segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A questão do nióbio — ou diga não à doutrina da subjugação nacional

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Avro Arrow, como seria o supersônico em vôo

Por Ronaldo Schlichting
O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas gerações de seus cidadãos escravizados pela abominável doutrina da subjugação nacional.
 
Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus “testas de ferro” locais.
 
Salvo raríssimas exceções, tanto no Império quanto na República, todos os homens e mulheres das elites que serviram ou servem aos poderes constituídos trabalharam e vêm trabalhando, conscientemente ou não, para que esta doutrina se mantenha e se fortaleça.
 
Ao longo do tempo foi disseminada e implementada também, através do uso de “inocentes” organizações, como as ONGS, fundações, igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos, fóruns, centros de estudo e outras arapucas.
 
Para se poder entender o alcance ilimitado e a potência do poder do braço dessa doutrina, vamos nos reportar ao século passado, mais precisamente até a segunda metade dos anos 50.
A AVRO, fabricante do famoso bombardeio lancaster, usado durante a II Guerra Mundial, era uma próspera indústria aeronáutica estatal canadense, assim como a Embraer.
 
Em 1955, com o recrudescimento da “guerra fria”, o governo canadense encomendou à AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto, desenvolvimento e a construção de um caça a jato, totalmente nacional, capaz de interceptar e destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos “que tentassem um ataque contra o Canadá ou aos EUA” via seu território.
 
Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um jato 30 anos avançado no tempo, fruto do gênio e do patriotismo dos canadenses.
 
Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas, todos nacionais.
Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by wire e com velocidade superior a mach 2, isto é, duas vezes superior à velocidade do som, aproximadamente 2400 km por hora.
 
Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível mão da Doutrina esmagou a soberania do país com toda a sua força.
Canadá também
Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os protótipos, motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a demissão de milhares de engenheiros, técnicos e operários para que o botim fosse repartido entre a França, a Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou com a parte do leão.
Assim, a nova tecnologia adquirida com o desenvolvimento do Arrow foi totalmente rapinada e aplicada, de graça, pelos franceses e ingleses na fabricação do primeiro avião supersônico de passageiros, o concorde.
Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a economia, para o desenvolvimento e para o destino do povo canadense.
Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível sem a utilização de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, o nióbio: o mais leve dos metais refratários.
Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett — na época o denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um novo elemento ao separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe, filha do mitológico rei Tântalo.
Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito a procura pelo nióbio. Ligas de nióbio, foram desenvolvidas para utilização na indústria espacial, nuclear, aeronáutica e siderúrgica.
A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir melhoria de propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga, além de superligas que operam a altas temperaturas em turbinas das aeronaves a jato.
O nióbio também é utilizado na produção do aço inoxidável, na de ligas supercondutoras usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética. Encontra aplicação, da mesma forma, em cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria naval e, na ferroviária para a fabricação dos “trens bala”.
Dezenas de superligas estão em uso nos mais diversos meios abrasivos ou operando em altas temperaturas.
Essas ligas são a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais quanto militares.
Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em dia, contém cerca de, no mínimo, 300 quilogramas de nióbio de alta pureza. A maior parte desse precioso metal é proveniente da mina da CBMM, em Araxá, Minas Gerais.
Talvez, por isso, o jornal Folha de São Paulo, no dia 5 de novembro de 2002, tenha noticiado:
“Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp...”
A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de Minas Gerais e é a maior exploradora do metal do mundo.
O caso é antigo. Por meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do antigo Instituto Cidadania(atual Instituto Lula), presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o Fome Zero, que integra o programa de governo do presidente eleito.
A matéria evidencia uma aliança anterior às eleições presidenciais entre um político, supostamente de “esquerda”, e uma multinacional.
O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio e o mundo consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil.
O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo a 400 reais o quilograma, portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá, Minas Gerais, e Catalão, em Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 6 bilhões e 580 milhões de dólares, a mais, em nossas exportações anuais.
“Eu não sabia”...
O preço do metal refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a 90 dólares o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único fornecedor mundial. Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E por que não o faz?
Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma é hoje o mesmo que petróleo a menos de um dólar o barril.
No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os interesses dos consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma “questão de Estado”. O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem estabelece o preço de venda do produto são os seus compradores. Por quê?
Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio “exportado” seria suficiente para erradicar a subnutrição da população explorada e empobrecida, e livrar o Brasil da desfavorável condição de devedor, além de financiar o seu desenvolvimento.
Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100% dependentes das reservas brasileiras de nióbio, metal que é tão essencial como o petróleo, só que muito mais raro.
Como já demonstramos, sem nióbio não existiria a indústria aero-espacial, de armamentos, de instrumental cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os aviões a jato não decolariam.
Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam eles para garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a conivência de governantes, cujas campanhas políticas e projetos são previamente financiados, como muito bem estão a nos provar as CPI's em andamento no Congresso Nacional.
O “tratamento VIP”, segundo a Folha de São Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em Araxá, bem como o financiamento de seus “projetos” pessoais, são no mínimo suspeitos e merecem uma investigação urgente e criteriosa por parte do Ministério Público Federal.
Porém, quem voltou ao assunto no dia 6 de julho de 2005, foi o jornal O Estado de São Paulo:
“Brasília - O empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI dos Correios ... ‘É mentira a afirmação de que eu discuti cargos', insistiu. (...) Ele (Marcos Valério) confirmou ter agendado um encontro do banco Rural com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. ‘Não foi um encontro comercial nem financeiro. O banco Rural foi informar ao ministro José Dirceu que pretendia explorar uma mina de nióbio no Amazonas',disse. ...”.
No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da Coluna do jornalista Cláudio Humberto voltar a carga:
— “Nióbio é a caixa-preta na CPI — Especialista na comercialização de metais não-ferrosos alerta que a CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério disse ‘levei o pessoal do BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio' — minério usado em foguetes, armas, instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do nióbio consumido no mundo é brasileiro, mas oficialmente exportamos só 40%. Suspeita de décadas de subfaturamento, com prejuízo anual de bilhões de dólares. Fonte milagrosa — a CB MM, do grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, exporta 95% do metal retirado em Minas. Em 2002, Lula se hospedou na casa do diretor da CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá, terra de Dona Beija.”
Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que durante o programa Roda Viva, levado ao ar, em rede nacional ao vivo, pela TV Cultura, no dia 24 de outubro de 2005, confirmou ter tratado “a questão do nióbio” com banqueiros mineiros...
Ato falho ou um recado para o presidente?
Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a comentarista econômica da Rede Globo e da rádio CBN, Miryan Leitão, em sua “análise” matinal para as duas emissoras, fazia o tipo da mulher desinformada sobre as constantes noticias da contínua valorização do real frente ao dólar, não sabendo explicar o paradoxo da manutenção do ritmo das nossas exportações mesmo com a moeda nacional super valorizada.
“Governantes” nossos, prepostos deles
Dizia que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a entender que a política econômica do “governo” estaria no rumo certo, etc.
No cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado de mico preto, cujo perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar.
A vítima, aqui no Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da burrice do seu jogador, o ministro da Fazenda.
O mico preto, também conhecido como papel pintado, moeda sem lastro, dinheiro falso, massa podre, etc., emitida, sem lastro e sem limites, por 12 bancos particulares “norte-americanos” — de que as grandes economias do mundo como a chinesa, a japonesa, a coreana, inglesa, são possuidoras de gigantescas somas desse “dinheiro”, tanto na forma de reservas líquidas como em títulos do tesouro norte-americano —, estando portanto com a carta fatal nas mãos.
Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa “moeda” em euros, por exemplo, ou à venda antecipada desses títulos precipitaria rapidamente o fim do jogo, não dando tempo suficiente para se passar adiante o “mico” para os outros players.
Então, sem chamar a atenção, se valendo do artifício da compra de matérias primas, insumos básicos, etc, usando o “papel pintado”, estão, inteligentemente, transformando esterco em ouro. Por isso, no momento, pouco importa o valor relativo do dólar frente ao real porque, mesmo assim, eles vão continuar importando tudo o que puderem.
Perante ao apresentado não restam dúvidas, podemos afirmar que o Brasil está pagando para ter todo o seu nióbio roubado e que os nossos últimos “governantes”, para não perderem os seus assentos em Davos, Washington, Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã e..., vão continuar fiéis discípulos e feitores da pavorosa doutrina da subjugação nacional.

fonteUND

GOVERNO REAL -CRIME ORGANIZADO -ESTRUTURA DO PODER


Os Involuntários Mártires do Regime

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por Antônio Ribas Paiva

A conspiração do silêncio foi rompida pela revista Veja, e as falcatruas da classe política e do seu Regime de suposta democracia vieram a público.

A maioria artificial na Câmara, obtida a peso de ouro pelo Governo Federal, para aprovar legislações de interesse do Regime, denunciada por Roberto Jeferson, é a práxis das Câmaras legislativas no País.

Nos últimos 30 anos, todos os prefeitos de São Paulo e Governadores do Estado aproveitaram confortável maioria no legislativo. Não foi “a troco de conversa” que Sarney conseguiu o 5º ano de mandato e Fernando Henrique a reeleição. Lula chamou o Mensalão de caixa dois e, gaguejando, confessou em Paris, que todo mundo fazia.

O fato é que a Classe política e a alta administração pública constituem uma Casta de poder e dinheiro, à custa da Nação. Protege este Regime de Castas de Poder Político um véu de Suposta democracia, defendido por todos os beneficiários. Qualquer crítica é rotulada por eles de antidemocrática.

As oposições são de fancaria porque o Regime de Castas beneficia a todos os poderosos. Quem salvou o Lula da cassação, no episódio do mensalão, foi Fernando Henrique e o seu PSDB. 

Com o mensalão, publicado e republicado na mídia, a verdade passou a ameaçar o Regime, devido à impunidade dos acusados.

O poder real, que manipula os cordéis do teatro de marionetes do poder formal, no País e no mundo, não teve outra alternativa: lançou seus antigos aliados a julgamento no Supremo Tribunal Federal, para salvar o seu Regime. 

O Supremo Tribunal Federal subverteu a Ordem Cronológica dos seus processos e julgou os mensaleiros, com estardalhaço, em clara tentativa de salvar o Regime, vitimando os mensaleiros com pesadas penas de prisão. 

Até aí tudo bem, porque muitos deles mereciam até o fuzilamento previsto no art 357 do Código Penal Militar, por tentar submeter o território pátrio ao talante de interesses estrangeiros, com a criação de falsas reservas indígenas e ambientais, como a IANOMAMI e a Raposa Serra do Sol - por sinal, aprovada por 10 entre 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, que, depois, com cara de maus, condenaram os Mensaleiros.

Era isso, ou a imediata queda do Regime da Suposta Democracia.

Os mensaleiros foram a bola da vez: Mártires involuntários do Sistema da Falsa República Brasileira. É falsa porque a Rés não é pública, mas privada, da casta do Poder.

Porém, o julgamento, a título de fazer Justiça, satisfazendo a justa indignação da Nação, condenou os réus, sem provas: Apenas por suposições e circunstâncias, subtraindo à sociedade os parâmetros legais e criando insegurança jurídica para todos. 

Haverá um efeito cascata e todos os juízes do País passarão a julgar e condenar as pessoas de acordo com aparências, suposições e circunstâncias e não com base na lei, escoimada, em provas, como deve ser. Doravante, todos estaremos sujeitos ao cárcere ou a pesadas multas, a juízo dos prepostos do Regime. 

É a ditadura do Controle Social, pela distorção da aplicação da lei penal. Apertou-se o nó do encoleiramento da sociedade. Portanto, todos fomos condenados com os mensaleiros. Agora, muitos esquecem que interessa à sociedade o império da lei e não a vontade e conveniência dos poderosos, daqui e de fora. 

Outro perigo para a sociedade foi a dosimetria das penas aplicadas, que foram distorcidas e agravadas para representar o Rigor da Corte para o público.

Mesmo que existissem provas, fato quase impossível nos crimes de trafico de influência e corrupção, porque são crimes invisíveis, os crimes aludidos são continuados e os réus são, na maioria, primários. Portanto, o espalhafatoso julgamento público não poderia agravar as penas base e, muito menos, aplicar o concurso formal, porque os delitos meio não podem ser apenados. Exemplificando: o assaltante não pode ser processado por porte ilegal de armas, porque é delito meio do crime de roubo. 

Sob a aparência de Rigor da Corte, o Mensalão, na verdade, foi um julgamento político, cuja principal condenada foi a Nação, que perdeu seus parâmetros legais. Tudo, para salvar o Regime da Suposta Democracia e o Sistema da Falsa República. 

Compete aos segmentos esclarecidos da sociedade desmistificar os fatos, em proteção das instituições e da liberdade. 

Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é presidente do Grupo de Estudos União Nacionalista Democrática – UND.

FONTE:Alerta Total

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dilma teme surpresas com investigação de servidores da Receita sobre o patrimônio do filho de Lula


Ela já avisou ao amante da Rose, não vai fazer nada sobre patrimonio do Lulinha.



Exclusivo do Alerta Total - Embora assuma o discurso globalitário do “combate à corrupção”, a Presidenta Dilma Rousseff anda hiperpreocupada com o risco de “rebeldia” entre servidores do alto escalão da Receita Federal. Dilma recebeu preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira órgão, à revelia do governo, promovem um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luis da Silva – filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha” (apelido que Fábio nunca usa na vida pessoal).

Lula já teria pedido a Dilma para interceder no caso. Ela já avisou que nada pode fazer. O ex-presidente tentou, inclusive, contatos com a cúpula da Super Receita. Recebeu a mesma mensagem de que nada pode ser feito. Foi-lhe lembrado que o acompanhamento patrimonial dos contribuintes, dentro da lei e respeitando sigilos, é um dever funcional dos servidores concursados da Receita. Lula teme que vazem informações também eventuais sobre seu patrimônio pessoal. E como sabe muito bem que o "movimento de combate à corrupção" é uma ordem de fora para dentro do Brasil, se apavora com o risco de retaliações promovidas por inimigos ligados à oposição.

Além do medo de “surpresas desagradáveis” com servidores sérios e independentes da Super Receita, Dilma encara outra guerra institucional. A Presidenta e seus ministros são cada dia mais mal vistos pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal - integrado por sete entidades de procuradores da Fazenda, Previdência Social, do Banco Central e de procuradores lotados em autarquias e ministérios. A entidade enxerga uma intenção do governo em submeter às vontades de militantes petistas todos os setores jurídicos da área federal.

O primeiro alvo do aparelhamento petista é a Advocacia-Geral da União. Luís Inácio Adams, chefe do órgão, elaborou um projeto de lei complementar que prevê a nomeação, como advogados federais, de pessoas de fora da carreira e sem concurso. O projeto de Adams considera “infração funcional o parecer do advogado público que contrariar as ordens de seus superiores hierárquicos”. O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal define o plano como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e põe em risco a existência da própria AGU".

Luis Inácio Adams é mais um do governo Dilma na corda bamba. Cotado para assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima e urgente reforma ministerial que Dilma Rousseff promoverá no começo do ano, agora tem tudo para não emplacar no cargo. Também pode ver naufragar seu objetivo maior de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, tal qual seu antecessor José Dias Toffoli.

Alvos de processos pesados, como o do Mensalão e seus desdobramentos, os petistas definiram como prioridade o “aparelhamento” da máquina Judiciária. Além de indicar ministros aliados para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça, o partido também quer ter um controle maior sobre a Advocacia Geral de União, para impedir que o órgão não crie problemas para os negócios feitos entre a União os empresários parceiros.

Papo furadíssimo

Da presidenta Dilma Rousseff em entrevista ao jornal espanhol El País:

Estoy radicalmente a favor de combatir la corrupción, no solo por una cuestión ética, sino por un criterio político (…) Un Gobierno es 10.000 veces más eficiente cuanto más controla, más fiscaliza y más impide. No hay términos medios en este aspecto”.

Sobre as condenações impostas aos petistas pelo Supremo Tribunal Federal, Dilma avisou que acata as decisões, não as discute, mas pondera:

"Lo que no significa que nadie en este mundo de Dios esté por encima de los errores y las pasiones humanas”.

Só falta esta...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


Fonte: Alerta Total

Ativistas do Alerta Antonina em Antonina do Norte -Ceará sofre ameaças de corruptos e apoiadores

OS BANDIDOS,CRIMINOSOS NO PODER NÃO TEM LIMITES, QUEREM CALAR A BOCA DE TODOS QUE LUTAM CONTRA A ROUBALHEIRA E MOSTRAM AS FALCATRUAS E ROUBALHEIRAS. BANDO DE PILANTRAS, PICARETAS,  NOSSO APOIO E SOLIDARIEDADE PARA O ALERTA ANTONINA

ISSO É APENAS UMA AMOSTRA QUE ESSES BANDIDOS FAZEM, ELES SE ACHAM ACIMA DE TUDO E DA LEI, NÃO QUEREM QUE O POVO SAIBA DE SUAS FALCATRUAS E ROUBALHEIRAS, AINDA SE ACHAM INJUSTIÇADOS ,ALGUMA SEMELHANÇA COM OS 40 DO MENSALÃO?




Ameaças, chantagens, calunias e difamação não irão calar o Alerta Antonina.

Nos últimos dias temos recebidos dezenas mensagens com ameaças, chantagens, injurias, calunias e difamações via comentários nas pastagens. Todas estas mensagens são de anónimos  pessoas covardes que não tem a coragem de assumir o que dizem e escrevem.

Francisco Fernandes (PAULISTA)
Coordenador do Alerta Antonina do Norte
Estas ameaças, chantagens, injurias, calunias e difamações são todas direcionadas a Francisco Fernandes (PAULISTA),coordenador do Movimento Social Alerta Antonina do Norte, que tem como objetivo o controle social das contas públicas e o combate a corrupção e a impunidade no município de Antonina do Norte. Apesar do anonimato, sabemos que estes comentários partem de pessoas diretamente envolvidas nas irregularidades denunciadas e constatadas pela recente fiscalização do TCM - PROCAP.


Francisco Fernandes já sofreu ameaças antes e em Fevereiro de 2011 sofreu um atentado onde foi covardemente espancado em público, o caso teve repercussão nacional em varias agências de noticias como G1, R7, VEJA, ÉPOCA, ESTADÃO, VERDES MARES, O POVO, JANGADEIRO E OUTRAS.

Francisco Fernandes encontra-se incluído no Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos - PNPDDH, da Secretaria Especial de Direitos Humanos - SEDH da Presidência da República.

Temos recebidos também dezenas e comentário destas pessoas que provavelmente  são ligadas a administração do município que demonstram claramente a falta de carater em fazer apologia as graves irregularidades na administração do nosso município, uma total falta de respeito aos cidadãos que pagam impostos e sofrem com as carências na saúde, a falta de médicos  funcionários públicos sem receber seus pagamentos, professores ganhando mal, enfim com uma cidade administrada por pessoas que não tem nenhum compromisso com o cidadão.

VEJAM ABAIXO O TEOR DE ALGUNS COMENTÁRIOS: 

mas não vai faser, sabe porque? porque o Toin tem dinheiro e poder e agora é o dono de Antonia e vocês vão fiar chupando o dedão do pé! kkkkk em Incendio na prefeitura de Antonina do Norte.

Vejam o absurdo, os donos de Antonina do Norte somos nós os cidadãos, o prefeito é apenas um servidor público, foi eleito para servir ao povo e não ao contrario.  O POVO DE ANTONINA DO NORTE TEM QUE SABER DISSO, QUE O VERDADEIRO DONO DO PODER É O POVO.

Vocês estão é com inveja porque o Toin ta com o poder e o dinheiro na mão, qualquer um que ficasse no lugar do Toin faria igual ou pior, bando de olhos gordos e invejosos. em TCM faz Tomada de Contas Especial em Antonina do Norte.

Em Antonina do Norte estamos presenciando um cenário político onde alguns cidadãos, num comportamento que beira a insanidade, insistem em acreditar que o que é publico é para ser roubado, desviado. Acreditam que tal procedimento, não traz consequências negativas para eles, os seus familiares, os seus assessores, os seus conterrâneos e a sua comunidade de uma maneira em geral.

E esses e outros comportamentos clássicos que verdadeiramente, difere um cidadão de um pilantra, um mau-caráter. O pior é que pessoas deste tipo querem medir o carater dos outros pelo dele.

Talvez, essa pessoa precise fazer uma auto-analise sobre ele e a cultura que lhe foi passada pelo seu pai ou a sua família, que lhe ensinaram de forma errada ou esqueceram, de lhe dizer que:

Que um cidadão, não deve se apossar daquilo que não lhe pertence.

Que um homem de bem, deve procurar criar a sua família, com o fruto do suor do seu rosto e não roubar.

O comentário abaixo faço questão de postar para dar uma resposta pessoal a pessoa que escreveu.

Pelos menos Antonina do Norte não está com 5 meses de salário atrasado igual Campos Sales e 3 meses igual Saboeiro. O Paulista devia cuidar em pagar as contas que ele deixou aqui em Antonina, devia procurar o que fazer ao inves de querer ser o salvador da pátria, só o que ele causa é prejuízo ao município, pq ao inves do prefeito tá fazendo alguma coisa pra população tem q tá gastando tempo e dinheiro por causa de suas denuncias, coisa que existe em todo município brasileiro. POSTE ESSE COMENTÁRIO DE FOR HOMEM, PAULISTA! em TCM faz Tomada de Contas Especial em Antonina do Norte.

Presado anónimo. sou muito homem sim, aqui esta seu comentário, seja homem também e se identifique e fale que contas são estas que eu estou devendo em Antonina do Norte ou em qualquer outro lugar, DESAFIO VOCÊ A SE IDENTIFICAR E FALAR A QUEM E QUANTO EU DEVO, DENEGRIR E DIFAMAR AS PESSOAS ATRÁS DO ANONIMATO É TÍPICO DOS COVARDES.

Não sei e nem quero saber quantos meses esta atrasado o pagamento dos funcionários em Campos Sales ou Saboeiro, isso é problema deles, somos de Antonina é nosso município que importa, e segundo o relatório da fiscalização os salários dos servidores esta atrasado, e ponto.

E quanto ao que eu devo fazer, estou fazendo o trabalho mais digno que um Brasileiro poder fazer, combater a corrupção e denunciar pessoas como você que vive de roubar e saquear os cofres da nossa querida Antonina do Norte. O que faço é um direito meu garantido pela Constituição, e também uma obrigação de todo cidadão.

E também não quero ser o salvador da pátria não, o que nós estamos fazendo um trabalho que é simplesmente o controle social das contas públicas, já que os nossos vereadores não cumprem com a obrigação de fiscalizar como é gasto os recursos do município, resta a sociedade fazer. Fiscalizamos e denunciamos as irregularidades aos órgãos competentes.

Como você disse, corrupção existe em todos os município mas em centenas de municípios como é o caso de Antonina do Norte, existem grupos de cidadãos que estão fazendo a diferença, e as coisas estão mudando, em Antonina do Norte pelo geito você já sentiu esta diferença.

E aqui neste site o que fazemos levar a informação e o conhecimento a todos as irregularidades, as fraudes e os desvios de recursos públicos que constatamos. Se você anda não sabe, vivemos uma democracia plena e todo e qualquer cidadão tem o direito de expressão e o direito a informação, seja através de jornal, revista, radio, TV ou Internet Todo cidadão tem o direito de criticar e cobrar dos seus governantes.

O nosso trabalho não causa nenhum prejuízo ao município de forma alguma, quem causa prejuízo ao município são vocês que a anos vivem saqueando os cofres públicos. E se o prefeito esta gastando dinheiro do município para se defender das denuncias ele esta cometendo outro crime, ele não pode gastar dinheiro do município com problemas particulares não. Dinheiro do município só pode ser gasto com as despesas do município e para isso tem que se fazer licitações e outros procedimentos, ele não pode simplesmente gastar não.

Esses corruptos insistem em dizer que estão sendo perseguidos. Esse é o sentimento equivocado de serem eles as vitimas e não toda a sociedade a quem eles enganam. É um exemplo clássico, do nível de alucinação e inversão de valores vividos por alguns cidadãos, de nossa cidade.

Ou seja, o sujeito vive de roubar a todos nós e ainda acha – cultura as avessas – que ele é a vitima e não aqueles a quem ele sistematicamente rouba, prejudica.

É uma questão de Gramática da Língua Portuguesa, tão simplesmente, a esses referidos comportamentos, só existem estes termos disponíveis. Quem se sentir ofendido, incomodado ou atacado na sua honra, o mesmo precisa rever os seus conceitos.

INFORMATIVO

A maioria dos comentários que recebemos nas pastagens são de anónimos, na maioria cidadãos indignados que querem fazer um desabafo e não querem se identificar porque temem por represálias, e estão certos porque em Antonina do Norte os cidadãos não tem o direito de fazer qualquer critica aos gestores. Mas também tem os que publicam comentários com apologia aos políticos ou denegrindo pessoas ou com denuncias caluniosas, estes comentários não são publicados, excluímos.



FONTE:  ALERTA ANTONINA

A Classe Média e a Corrupção no Brasil

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por Flavio Lyra

O tema da corrupção, especialmente em sua existência associada ao desvio de recursos públicos para o favorecimento de empresas, de políticos e de pessoas comuns, constitui a pièce de résistance, o prato principal, do cardápio político da classe média.

Não sem fortes razões é assim, pois os membros da classe média conhecem de perto o funcionamento dos mecanismos da corrupção, seja como observadores, seja como executores das práticas envolvidas, através das posições que ocupam nas empresas e na administração pública, seja como beneficiários parciais dos resultados das fraudes.

A atitude de indignação que os membros da classe média revelam frente aos casos mais notórios de corrupção que chegam ao conhecimento público deve-se, em boa medida, a razões de ordem moral. Entretanto, não cabe descartar dois aspectos: os casos de corrupção de menor importância são muito difundidos e geralmente aceitos como normais; e os casos realmente importantes beneficiam apenas pequenos grupos contra os quais se levantam as vozes dos que ficam de fora dos esquemas: não há necessidade nem recursos de corromper a todos que aceitariam ser corrompidos. Existe um dito popular que define corrupção como “todo bom negócio para o qual não fomos convidados”.

As denuncias de casos de corrupção, bem como a insinuação de suspeitas a respeito, assumem assim em nossa sociedade a condição de arma política importante, porquanto fácil de ser mobilizada e acionada, quando conveniente, contra competidores e adversários, especialmente com a utilização dos meios de comunicação controlados por grupos minoritários vinculados à classe dominante.

Seu uso para fins políticos é sobejamente conhecido e muito bem aproveitado pela mídia que faz das denúncias e dos escândalos comprovados, material fértil para aumentar a venda de seus serviços ao público em geral e aos interessados diretos na divulgação das notícias pertinentes.

Para que a corrupção possa continuar sendo usada para atingir inimigos é indispensável que os atos que lhe são inerentes sejam vistos como desvios da normalidade. Os corruptos acabam sendo apenas aqueles que, em virtude de circunstâncias desfavoráveis, foram flagrados com a mão na massa e não tiveram o poder suficiente para corromper os responsáveis pela aplicação da lei ou para desviarem de si o foco das atenções.

À classe dominante não interessa, de modo algum, que venha à luz o fato de que a corrupção é inerente à forma de organização econômica em que vivemos, baseada na concentração da propriedade privada nas mãos de uma minoria, na exploração do trabalho e na acumulação de riqueza. Enfim, na organização capitalista. Daí que se esmere em manter a classe média, usando o controle que exerce sobre meios de comunicação, convencida de que o grande problema nacional é a corrupção, sem apontar suas causas reais.

O ofuscamento da questão política central, que é a luta de classes entre capitalistas e trabalhadores, por uma simples disputa dos partidos políticos em torno da questão da corrupção, mostra-se amplamente favorável à perpetuação do sistema capitalista e, portanto, é estimulado e promovido, a preço de ouro, pelos formadores de opinião vinculados às minorias que controlam a empresa privada e suas associações.

Aliás, fenômeno semelhante ocorre nos países capitalistas centrais. Nestes, a corrupção sistêmica inerente ao funcionamento do sistema de livre empresa, hegemonizado pelas grandes corporações privadas, que controlam de modo avassalador o poder político, não permite sequer a posta em prática de políticas que fortaleçam os mecanismos estatais de regulação da atividade econômica, que poderiam atenuar as formas fraudulentas de atuação das grandes empresas privadas, especialmente, os bancos.

Nos Estados Unidos e na Europa a disputa política central entre capitalistas e trabalhadores não vem à tona, pois aparece sob o disfarce de um conflito em torno do tema da intervenção estatal na economia, com os conservadores (Tea Party) defendendo à volta ao ‘paraíso perdido’ da máxima liberdade de empresa e os liberais defendendo um maior poder de regulação do Estado.

Para ambos contendores, não fica claro que o problema real reside exatamente na forma de organização econômica predominante, cujo funcionamento é dirigido para favorecer a acumulação da propriedade nas mãos de poucos e o empobrecimento da classe média.

Anteriormente, ao primeiro governo do PT (antes de 2003) a bandeira da luta contra a corrupção estava nas mãos do PT. Nos anos subseqüentes, os partidos derrotados nas eleições e as organizações de direita, encontraram no combate nominal à corrupção o instrumento eficaz para demonizar o governo, o PT, e os movimentos de esquerda.

Por certo, que o PT, em sua ingenuidade ideológica, não percebeu a armadilha em que estava se metendo, ao copiar os métodos dos grupos políticos tradicionais no que respeita ao uso de recursos públicos para financiar arranjos políticos e atender a insaciável demanda de recursos desses grupos.

Para essa mudança de mãos da bandeira anticorrupção têm jogado papel primordial os quatros grandes grupos empresariais familiares que controlam os meios de comunicação no país: Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Globo e Veja.

A mudança deu-se com grande receptividade na classe média que, em sua ânsia de condenar o PT, como represália pela perda de privilégios que vem sofrendo para dar lugar à ascenção social dos segmentos mais pobres da população, chega a esquecer que os maiores escândalos de corrupção ocorridos no país, nos últimos tempos, não estiveram ligados ao PT: as privatizações nos governos de FHC, as operações financeiras de Daniel Dantas (operação Satiagraha), a operação Gautama, as fraudes do governo Arruda no Distrito Federal, e o recente caso de Carlos Cachoeira, que envolveu o Senador Demóstenes Torres.

Para entender o verdadeiro espírito da empresa capitalista e sua propensão natural à corrupção, basta concentrar a atenção no significado do lucro, que nada mais é do que o resultado do uso da capacidade da empresa para gerar receita e para reduzir custo. As formas como a receita é gerada e o custo é reduzido, dispensam qualquer juízo moral. Aplica-se ao caso o dito chinês: “não importa a cor do gato, o fundamental é que como ratos.”

O poder de mercado das empresas privadas é usado para aumentar as receitas e/ou reduzir os custos, portanto, para aumentar os lucros, sem qualquer justificativa ou preocupação social. Os oligopólios da indústria farmacêutica, por exemplo, aumentam seus lucros à custa da vida dos que não podem pagar seus preços exorbitantes. A Nike, mantém suas altas taxas de lucro, pagando míseros salários a trabalhadores asiáticos e contando com vultosos subsídios fiscais dos governos. A alma da empresa capitalista é a idéia de que tudo que aumenta a receita e diminui o custo, é meritório, pois aumenta o lucro e favorece a acumulação de riqueza

Quem aceita o discurso liberal de que o mercado é um mecanismo justo e eficiente de alocação de recursos e distribuição renda desconhece as poderosas forças que estão por trás da fixação de preços e de salários. Não existem mercados perfeitos, nem neutros, os preços a que compramos os produtos e vendemos nosso trabalho são apenas o reflexo das relações poder na sociedade. São eles que viabilizam a acumulação das grandes fortunas privadas nas atividades realizadas dentro da lei. Os preços e os salários, portanto, já são em si mesmos formas “corruptas” de realização das transações econômicas consideradas legais.

No mundo empresarial a corrupção é um elemento importante da estratégia de negócios, uma arma adicional para enfrentar a competição. Nenhuma empresa bem sucedida sobrevive sem um caixa dois que lhe permita registrar as operações que realiza fora do controle do fisco, nem sem o pagamento de comissões e propinas aos que com ela mantêm transações econômicas e financeiras.

Os inúmeros paraísos fiscais existentes no mundo, sinônimo de corrupção”, são uma peça importante do sistema financeiro mundial, pois sem eles os recursos de origem ilícita (dos lucros que fogem à tributação, das rendas do tráfico de drogas e de armamentos, dos valores subtraídos aos países, através de operações de sub e superfaturamento do comércio, as propinas aos políticos e aos funcionários públicos) não teriam onde ser acumulados e transformados em “dinheiro limpo” para retornarem aos países de onde provieram, como investimentos.

Vivemos numa cultura em que o objetivo primordial é acumular riqueza. Uns o fazem respeitando em alguma medida as leis, outros o fazem através do roubo, do contrabando, do tráfico de drogas, da apropriação ilícita de recursos públicos.

Imaginar que em nossas sociedades os organismos do Estado pairam acima das formas corruptas de operação das empresas privadas é uma grande ilusão. Estado e empresas acham-se inteiramente imbricados. Os tentáculos das empresas privadas, especialmente das grandes empresas penetram em toda a estrutura do Estado. Para os partidos de esquerda que chegam ao poder, constitui uma tarefa verdadeiramente hercúlea governar sujeitos às pressões corruptoras inerentes à realidade econômica.

Não é crível admitir que, numa sociedade em que o financiamento das campanhas dos candidatos a postos eletivos é feita por empresadas privadas, a maioria dos políticos não atue em favor dos interesses das empresas financiadoras. Quem conhece o funcionamento do Legislativo brasileiro sabe precisamente quem são patrocinadores de seus membros.

Nossas sociedades são fundamentalmente corruptas, pois sua forma de organização econômica, voltada para a acumulação de riqueza por indivíduos e grupos de indivíduos, em detrimento do resto da sociedade, estimula permanentemente tais comportamentos.

A eliminação total da corrupção é, portanto, praticamente impossível, mantidas as instituições atuais. Ao contrário do que pensa a classe média, somente com a crescente participação das organizações populares no controle do poder econômico e da política é possível reduzir a corrupção. O desafio que está diante de nossas sociedades é enveredar pelo caminho de novas formas de organização econômica, social e política. Essa solução só pode surgir da classe trabalhadora e das organizações populares, as quais são as grandes prejudicadas pelas formas de organização atual.

Flavio Lyra é Economista. Cursou doutorado de economia na UNICAMP. Ex-técnico do IPEA.

fonte: Alerta Total

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SEMINÁRIO TRANSPARÊNCIA E CONTROLE DA CORRUPÇÃO


Seminário Transparência e Controle da Corrupção
Dia 10 de dezembro de 2012 (segunda-feira), das 7h30 às 19h30
Local: Memorial da América Latina
Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo/SP
01156-001



O Seminário: Transparência e Controle da Corrupção - A Lei de Acesso à Informação, dia 10 de dezembro, no Salão dos Atos do Memorial da América Latina, em São Paulo.


O Seminário, vinculado à campanha Não Aceito Corrupção (www.naoaceitocorrupcao.com.br), visa promover multifacetado debate e formular convite a todos para a reflexão e para um novo posicionamento, incentivando as pessoas a também exercerem seus direitos por meio da denúncia.

O evento é gratuito, porém as vagas são limitadas. Para participar é preciso fazer a inscrição AQUI

Entre os palestrantes estarão conselheiros de tribunais de contas, professores, pesquisadores, jornalistas renomados, como Milton Jung, o Ministro Chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hade e promotores.


  • Painel da Manhã - das 09h00 às 13h20
    CONTROLE DA TRANSPARÊNCIA PELO ESTADO
  • Painel da Tarde - das 15h00 às 19h40
    CONTROLE DA TRANSPARÊNCIA PELA SOCIEDADE

CPIZZA DO CASCATA OPSS CACHOEIRA


21 empresas laranjas receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos #istotemqueserinvestigado


Grupo cede para evitar pizza na CPI do Cachoeira
O relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos
É preciso investigar a fundo o que foi levantado na CPMI do Cachoeira, 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos. #pizzanão
É preciso investigar a fundo o que foi levantado na CPMI do Cachoeira, 21 empresas laranjas receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos, precisamos saber mais sobre esta operação que é 3x maior que o mensalão em recursos desviados. #pizzanão
Brasília – Na tentativa de evitar que a CPI do Cachoeira termine em pizza, o grupo de parlamentares chamado de “independentes” está decidido a votar a favor do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Integrado pelos deputados Miro Teixeira (PDT-RJ),Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) e pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), o grupo tem divergências em relação ao parecer do petista e estuda apresentar um voto em separado, mas não descarta aprovar o texto de Cunha para evitar que a CPI seja concluída sem um relatório final.
Para conquistar os votos do grupo, o relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da empreiteira Delta nos últimos cinco anos. Os votos dos independentes são essenciais para o relatório de Cunha, apresentado em sua primeira versão há duas semanas, ser aprovado.
Parte da base aliada, em especial do PMDB, se uniu ao PSDB para retirar do parecer o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo; e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish; além da investigação das transações feitas pela empreiteira. No relatório final, Cunha recomenda ao Ministério Público que investigue 117 empresas, incluindo a Delta, que movimentaram R$ 84 bilhões nos últimos dez anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.