segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Após 200 anos de independência, a Venezuela volta a ser “colônia” de uma ilhota falida e escravizada há 54 anos...



Tenente Diosdado Cabello, ratificado na presidência da Assembléia Nacional, irresponsavelmente ilude os seguidores de Chávez afirmando que ele tomará posse no dia 10 de janeiro

No sábado 05 de janeiro Diosdado Cabello foi ratificado como presidente da Assembléia Nacional. O que seria um ato legislativo normal em qualquer país, converteu-se em mais um palanque para a deificação de Chávez, estando presente ao ato o Vice-Presidente Nicolás Maduro e uma numerosa aglomeração de militantes que se formou do lado de fora da Assembléia, a convite dos dirigentes do PSUV. Nessa ocasião Cabello aproveitou para reiterar suas “excelentes relações” com Maduro, unidos em torno ao “comandante”, quando todos sabem que isto não passa de mais um teatro para que o povo não tome conhecimento da disputa interna feroz entre ambos. Maduro, temendo a concorrência de Cabello, fez contatos com os Estados Unidos para a volta do DEA, como forma de intimidá-lo por seu reconhecido envolvimento com o narco-tráfico e os 5 processos que hoje repousam confortavelmente no fundo de alguma gaveta.

Conforme eu já havia mencionado em outras ocasiões, Maduro é o “ungido” de Chávez e dos Castro porque é fiel a Chávez e dócil às ordens de Havana. Ele é o único que tem acesso ao CIMEQ, aos médicos que cuidam de Chávez e está plenamente informado do seu quadro clínico. Cabello, ao contrário, apesar de ser 100% chavista desde a primeira hora, corrupto, envolvido com narco-tráfico e adepto do socialismo do século XXI, é, como a maioria dos militares nacionalista, e não admite a ingerência de nenhum país sobre a Venezuela. E nesse “nenhum” inclui-se, sobretudo, Cuba. 

Chávez nomeou Maduro como seu vice-presidente para o restante do mandato que termina em 10 de janeiro, substituindo Elías Jaua que afastou-se para concorrer ao governo do estado Miranda que perdeu para Capriles. Desta forma, segundo reza a Constituição, em 10 de janeiro cessam por completo suas funções como vice-presidente e como chanceler, pois encerra-se um mandato presidencial e com ele todo os cargos de governo.

Entretanto, pelas informações agora já oficiais de que o estado de saúde de Chávez não lhe dará condições de juramentar-se para o novo período presidencial, que inicia em 10 de janeiro, e de acordo com os artigos 231 e 233 da Constituição venezuelana, declara-se o presidente da Assembléia Nacional (AN), Diosdado Cabello, como presidente interino e dentro de 30 dias chama-se a novas eleições. 

Orientados por Havana, que é quem está de fato governando a Venezuela, tanto Maduro como Cabello passaram a dar uma nova leitura à obrigatoriedade da juramentação, alegando que Chávez continua sendo “presidente em funções”, considerando que foi solicitado e atendido por unanimidade seu afastamento temporário por 90 dias para se tratar em Cuba. Segundo Maduro,“no caso do presidente Chávez é um presidente re-eleito e continua em suas funções, e o formalismo de seu juramento poderá se resolver no TSJ, em coordenação com o Chefe de Estado”. Quer dizer, para eles as leis estabelecidas na Constituição são apenas "formalismos" que não necessitam  ser cumpridos se isto por alguma razão contraria suas excelsas vontades.

A oposição, a Igreja Católica (através do Conselho Episcopal Venezuelano) e vários juristas constitucionalistas se opõem a isto e pedem que uma junta de médicos venezuelanos vá a Havana fazer uma avaliação do estado clínico de Chávez e dar um parecer sobre se há condições de um breve retorno para tomar posse. A Academia Nacional de Medicina da Venezuela enviou uma carta pública ao Tribunal Supremo de Justiça e ao povo venezuelano, oferecendo seus melhores profissionais para avaliar se há incapacidade parcial ou total de Chávez continuar em suas funções e tomar posse no dia 10, porém foi negado. É isto inclusive o que determina a Constituição em seu artigo 133, entretanto, para a dupla Maduro-Cabello, sob a batuta dos Castro, isto é um “golpe de Estado da direita contra o presidente Chávez” e que “não deve ficar espaço para a conspiração opositora”. Quer dizer: Chávez é um ser transcendental, que está acima de tudo, de todos e até da Carta Magna do país. Vale salientar que a presidente do TSJ, a advogada Luisa Estela Morales, foi expulsa em duas oportunidades do Poder Judiciário por “erros indesculpáveis” em sentenças agrárias, um eufemismo que na época encobriu a venda de sentenças.

Com essa nova tese esboçada por Havana e com o aval da presidente do TSJ, Maduro deu uma longa entrevista no dia 04 de janeiro em que afirma que “não há necessidade de um novo juramento porque Chávez foi re-eleito, e que tudo continua igual em Miraflores com data aberta e indeterminada, até que Chávez retorne”. E a pergunta que não quer calar é: e se o presidente fosse da oposição, a interpretação seria a mesma? Não preciso comentar. Assistam parte dessa entrevista abaixo: 




O professor de Direito Constitucional da Universidade Andrés Bello, de Caracas, José Vicente Haro, qualifica de atropelo à Constituição a decisão de que o presidente não tenha que jurar seu novo mandato no próximo dia 10 de janeiro. Em uma entrevista concedida ao jornalista Pedro Corzo da Radio Martí, o professor José Vicente explicou que a interpretação de Maduro de que se Chávez não puder juramentar-se na AN nesta data, poderá fazê-lo a qualquer tempo perante o TSJ, “constitue uma fraude à Constituição venezuelana”. O jurista acrescenta ainda o que já sabemos e que é de extrema gravidade: ele disse que “não descarta que os atuais funcionários estejam se aproximando de um golpe constitucional e que se no dia 10 não se procede de acordo com os termos da juramentação na Venezuela, haveria um governodeslegitimado, que não teria base constitucional para exercer o poder e isso é muito grave”. Ouçam a entrevista completa aqui.

Bem, Evo Morales, Rafael Correa e Marco Aurélio Garcia estiveram em Havana tentando visitar Chávez no CIMEQ mas nenhum pôde mais que encontrar-se com o ditador Raúl Castro, pois as visitas estavam resumidas às filhas, a Maduro e aos Castro. Tendo em vista a imensa repercussão que os informes do Dr José Rafael Marquina vinham tendo na Venezuela, hoje os Castro decretaram uma “quartelada” no hospital: ninguém sai, ninguém entra. A oposição denuncia que Havana tem seu presidente seqüestrado, que a Venezuela está sendo governada desde Cuba e que o país está acéfalo. E, apesar de o próprio governo ter anunciado na sexta-feira passada que o estado de saúde de Chávez é muito grave e que ele sofre de uma “grave insuficiência respiratória”, confirmando o que já havia dito dias antes o Dr Marquina, Diosdado Cabello hoje saiu com uma declaração disparatada e irresponsável que só serve para iludir e deixar na mais absoluta ignorância os cidadãos venezuelanos que têm o direito legítimo de saber “quem” está ou governará o país a partir do dia 10 de janeiro.
Cabello disse que não descarta a possibilidade de Chávez estar em Caracas no dia 10, que muitos chefes de Estado estarão presentes para prestar sua solidariedade a Chávez na Assembléia Nacional e que o povo deve comparecer maciçamente ao ato para respaldar seu voto dado em 7 de outubro. Suas declarações são incoerentes e desconexas, porque afirma que Chávez estará presente na data de posse e ao mesmo tempo alega que “há um grupo de pessoas naturalmente dissociadas que quer impor seu critério, uma minoria que não quis entender o que está ocorrendo na Venezuela e que acredita que o 10 de janeiro é para eles um 11 de abril”, em referência à renúncia de Chávez em 11 de abril de 2002 e que eles chamam de “golpe de Estado”.
E após a visita de Marco Aurélio Garcia a Havana o governo brasileiro, através dele, declarou que não vai se pronunciar a respeito do golpe à Constituição, porque “isso é uma questão interna da política venezuelana”. Quer dizer, essa mesma “questão interna” não serviu para o caso de Honduras e do Paraguai, quando ambos os países agiram absolutamente dentro da legalidade constitucional dos seus países para depor os presidentes Manuel Zelaya e Fernando Lugo. Resta agora aguardar o que vão dizer o MERCOSUL, a UNASUR, a ALBA e individualmente os presidentes membros do Foro de São Paulo a essa flagrante violação à Constituição Nacional da Venezuela, pois tudo indica que, com desculpas esfarrapadas e malabarismos politiqueiros, todos vão respaldar mais este golpe aos venezuelanos. Leiam abaixo o texto conhecido como o “Pacto de Havana” para compreender o incompreensível: como um país que há 200 anos tornou-se independente do jugo da Espanha, torna-se agora refém e colônia de uma ilhota miserável, congelada no tempo e que há 54 anos tem escravizados a 11 milhões de habitantes. Fiquem com Deus e até a próxima!
Conheça os detalhes do “Pacto de Havana”

Já são três as reuniões em menos de duas semanas, nas quais coincidiu o alto comando chavista com o duo Raúl Castro, presidente de Cuba e Ramiro Valdés, vice-presidente da nação antilhana. O alto comando chavista estaria integrado por Nicolás Maduro, Vice-Presidente Executivo e designado como candidato à presidência da Venezuela por Hugo Chávez no caso em que este não pudesse tomar posse de seu quarto mandato; Adán Chávez, irmão mais velho de Hugo Chávez e governador do estado Barinas; Diosdado Cabello, atual presidente da Assembléia Nacional e vice-presidente primeiro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV); Jorge Arreaza, genro de Hugo Chávez e ministro de Ciências e Tecnologia, e Cilia Flores, Procuradora Geral da Nação e membro da direção nacional do PSUV.

Por iniciativa de Raúl Castro, e para “garantir a sucessão de Hugo Chávez em paz e sem traições”, segundo o desejo do próprio Hugo Chávez na cidade de Havana, Cuba, o alto comando chavista aceitou a tutelagem de Raúl Castro e Ramiro Valdés no chamado “Pacto de Havana”, no qual se aceita que Hugo Chávez não assumiria a presidência da República, pelo que em 10 de janeiro se declararia sua “ausência temporária” por causa sobrevinda para seu novo mandato e a presidência provisória da Venezuela seria assumida por Diosdado Cabello, em sua condição de novo presidente da Assembléia Nacional, eleito com a maioria de votos consensuais do PSUV em 5 de janeiro de 2013. Ao assumir a presidência da República temporária, a presidência da Assembléia Nacional recairia na pessoa da Primeira Vice-Presidente Blanca Eéckhout. 

O compromisso se estende com a formação de um Politburo de governo, onde Nicolás Maduro seria nomeado Vice-Presidente Executivo no novo governo provisório de Diosdado Cabello, se este não se dedicar desde agora à sua campanha eleitoral. Seriam também membros do Politburo os governadores dos estados Barinas, Adán Chávez, Trujillo, General Henry Rangel Silva, e Aragua, Tarek El-Aissami, os quais seriam a última instância do governo, junto ao presidente provisório e a tutelagem cubana de Castro e Valdés, na tomada de decisões do Executivo Nacional e no controle interno da estrutura do PSUV. Em política exterior, a prioridade será conservar e ampliar os pactos com China e Rússia, mais a entrada no MERCOSUL, onde o Brasil exerce uma indiscutível liderança.

Segundo o estado de saúde de Hugo Chávez, a temporalidade da presidência de Diosdado Cabello, de um trimestre, poderia ser prolongada por mais três meses. Nesse lapso se se produzir a ausência absoluta de Hugo Chávez à presidência, se convocará novas eleições presidenciais com Nicolás Maduro como candidato do PSUV.

Em Havana manejaram a tese da “continuidade do atual governo”, defendida pela presidente do TSJ (Tribunal Superior de Justiça) Luisa Estela Morales, que insiste que a re-eleição de Hugo Chávez é a ratificação por mais seis anos de seu atual governo. Esta tese não pode se impor pelo precário de sua base legal. Em caso de prosperar, Nicolás Maduro continuaria como Vice-Presidente com os mesmos poderes delegados por Hugo Chávez no decreto datado de 9 de dezembro de 2012.

As recentes declarações de Dilma Rousseff sobre a necessidade de observar uma sucessão apegada à Constituição Nacional, deu suporte a esta tese que em princípio era a preferida do duo Castro-Valdés. 

Qual será o futuro de Diosdado Cabello depois de exercer a presidência provisória da República? Talvez na Assembléia Nacional o esperem com um serrote. As próximas horas são decisivas na forma final que o “Pacto de Havana” tomará. Em todo caso, este pacto foi zelosamente delineado pelo próprio Hugo Chávez quando decidiu competir enfermo à presidência da Venezuela.

Traduções e comentários: G. Salgueiro

fonte:notalatina

A loucura dos autoenganados


Duda Mendonça tem sido um ator saliente desse mergulho regressivo que a sociedade brasileira tem feito desde 2002. É culpado em mais alto grau.

Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, Duda Mendonça declarou: "Hoje o eleitor é pragmático. Só quer saber qual voto pode melhorar sua vida. Não quer saber quem é mais ou menos correto, se é de direita ou esquerda."
Estamos diante aqui de um aparentemente argumento irrefutável de cunho utilitarista em prol da falta de escrúpulos do discurso eleitoral do PT, bem como de suas ações de governo. O problema é que a sentença do Duda Mendonça é integralmente mentirosa, uma justificativa ex post facto para as estripulias eleitorais do partido governante. O eleitor sempre foi pragmático e por isso no passado votava contra o PT, porque desde que Sócrates e os profetas hebreus apareceram no mundo sabe-se que a moral superior é o Bem e o pragmatismo que pode triunfar é aquele que o coloca em primeiro lugar. Não há contradição entre o bem comum e o bem estar individual.
Por isso saber quem é mais ou menos correto é o primeiro passo para melhorar a vida coletiva e individual, pautando a escolha dos dirigentes políticos pela rigorosa ética. Saber se é de direita ou de esquerda também, porque a esquerda sempre esteve associada à revolução, à mentira, à impiedade, à tramoia, ao irracionalismo, ao errado. A história da esquerda é a história da destruição.
A mentira escondida na sentença de Duda Mendonça é a de que o uso de recursos estatais de forma desmedida e imoral para a manutenção do poder é algo certo e que a população que vota enganada nos impostores não está sendo pragmática na falsa escolha induzida, mas o seu oposto. Um maquiavelismo canhestro está implícito aqui. Colocar os piores no poder é ruim para toda gente, inclusive para os eleitores aparentemente utilitaristas, que pensam votar movidos pelos próprios interesses.
Essa mentira esconde que a verdade é conhecida. E qual é esta? A de que o Estado grande é antieconômico, dispendioso, desperdiçador, irracional. A ciência econômica tem três séculos que descobriu as leis que mostram por “a” mais “b” que a iniciativa privada precisa capitanear a economia porque é mais eficiente e faz a mais justa distribuição de renda. E que a união do poder político com o poder econômico tem a consequência nefasta de implantar as bases sobre as quais emerge o totalitarismo. Esse é um saber permanente que Duda Mendonça oculta, porque seu partido precisa dessa mentira para poder se eleger e se manter no poder. Unicamente quem ganhar com a mentira são os comissários do PT.
O discurso de Duda Mendonça é autojustificador de suas próprias tramoias pessoais. Creio que ele sabe discernir o certo do errado, a verdade do erro. Ele aderiu à mentira de forma espontânea, utilitariamente, fazendo propaganda descarada da causa que utiliza a mentira como ferramenta para chegar ao poder. É portanto um propagador profissional da mentira. Duda Mendonça se equipara aos piores militantes do PT, porque sabe o caminho certo e o oculta de propósito. É um mentiroso em busca de resultados. As mentiras do PT deram lucros para Duda Mendonça em prejuízo de todos os brasileiros.
É preciso que se diga que no eleitorado do PT estão os extratos mais ricos da sociedade e da mais alta burocracia do Estado, incluindo os militares. Toda a gente que compõe a elite econômica e letrada aderiu ao projeto do PT. É uma espécie de alucinação coletiva, que supõe que o socialismo é a melhor coisa e que o PT tem um propósito redentor, embora a ciência política e o bom senso digam o contrário. A loucura dos autoenganados vai custar muito caro para ser reparada na curva da história.
Os pobres também aderiram ao discurso populista e irracional do PT. Não têm sequer a desculpa de serem pobres, porque pobreza não é sinônimo de burrice e mau-caratismo. A desculpa que lhe cabe é de terem sido enganados pela propaganda profissional mentirosa de gente como Duda Mendonça.
Duda Mendonça tem sido um ator saliente desse mergulho regressivo que a sociedade brasileira tem feito desde 2002. É culpado em mais alto grau. É um mentiroso profissional.

Desarmamento e genocídios


No dia 24 de abril deste ano, o primeiro genocídio do século XX completará 98 anos: o governo turco dizimou mais de um milhão de armênios desarmados. A palavra-chave da frase é justamente esta última: "desarmados".
Os turcos escaparam de uma condenação mundial porque utilizaram a desculpa de tudo ter sido uma 'medida de guerra'. Findada a Primeira Guerra Mundial, eles não sofrerem nenhuma represália por este ato de genocídio. É como se o governo turco não houvesse conduzido absolutamente nenhuma medida de homicídio em massa contra um povo pacífico.
Outros governos perceberam que o ardil funcionara e rapidamente tomaram nota do fato. Era um precedente internacional conveniente demais para ser ignorado.
Setenta e nove anos após o início daquele genocídio, o famoso Hotel Ruanda abriu as portas.
Os Hutus também se safaram.  Ironicamente, pelo menos uma década antes do massacre em Ruanda — gostaria de me lembrar da data exata -, a revista americana Harper's publicou um artigo em que profetizava com acurácia este genocídio, e por uma razão muito simples: os Hutus tinham metralhadoras; os Tutsis, não. O artigo foi escrito em um formato de parábola, sem se preocupar em fazer previsões especificamente políticas. Lembro-me vivamente de, ao ler aquele artigo, ter imediatamente pensado: "Se eu fosse um Tutsi, emigraria o mais rápido possível".
O fato é que, em todo o século XX, não foi um bom negócio ser um civil.  As chances sempre estavam contra você.
Péssimas notícias para os civis
Tornou-se um lugar comum dizer que o século XX, mais do que qualquer outro século na história conhecida da humanidade, foi o século da desumanidade do homem para com o homem. Embora esta frase seja memorável, ela é um tanto enganosa. Para ser mais acurada, o certo seria modificá-la para "o século da desumanidade dos governos para com civis desarmados". No caso do genocídio, no entanto, tal prática não pode ser facilmente descartada como sendo um dano colateral imposto a um inimigo de guerra. Trata-se de extermínio deliberado.
O século XX começou oficialmente do dia 1º de janeiro de 1901. Naquela época, uma grande guerra já estava em andamento; portanto, vamos começar por ela. Mais especificamente, era a guerra iniciada pelos EUA contra as Filipinas, cujos cidadãos haviam sido acometidos da ingênua noção de que a libertação da Espanha não implicava uma nova colonização pelos EUA. Os presidentes americanos William McKinley e Theodore Roosevelt enviaram 126 mil soldados para as Filipinas para ensinar àquele povo uma lição sobre a moderna geopolítica. Os EUA haviam comprado as Filipinas da Espanha por US$20 milhões em dezembro de 1898. O fato de que os filipinos haviam declarado independência seis meses antes dessa compra era irrelevante. Um negócio é um negócio. Aqueles que estavam sendo comprado não podiam dizer nada a respeito, muito menos protestar.
Naquela época, era uma prática comum fazer a contagem de corpos dos combatentes inimigos. A estimativa oficial foi de 16 mil mortos. Algumas estimativas não-oficiais falam em aproximadamente 20.000.  Para os civis, tanto naquela época quanto hoje, não há estimativas oficiais.  O número mais baixo fala em 250 mil mortos. A estimativa mais alta é de um milhão.
E então veio a Primeira Guerra Mundial e as comportas foram abertas — ou melhor, os banhos de sangue foram institucionalizados.
Turquia, 1915
genocídio armênio de 1915 foi precedido por uma limpeza étnica parcial, a qual durou dois anos, 1895—97. Aproximadamente 200 mil armênios foram executados.
Os armênios eram facilmente identificáveis. Alguns séculos antes, os invasores turcos otomanos os haviam forçado a acrescentar o "ian/yan" aos seus sobrenomes. Como os armênios estavam dispersos por todo o império, eles não possuíam o mesmo tipo de concentração geográfica que outros cristãos possuíam na Grécia e nos Bálcãs. Eles nunca organizaram uma força armada para oferecer resistência. E foi isso o que os levou à destruição. Eles não tinham como lutar e resistir.
Os armênios eram invejados porque eram ricos e mais cultos do que a sociedade dominante. Eles eram os empreendedores do Império Otomano. O mesmo ocorreu na Rússia. O mesmo ressentimento existia na Rússia, embora não com a intensidade do ressentimento que existia na Turquia.
As estimativas não-turcas falam em algo entre 800 mil e 1,5 milhão de armênios mortos. Embora a maioria destes homicídios tenha ocorrido com o uso de baixa tecnologia, os métodos eram extremamente eficazes. O exército capturava centenas ou milhares de civis, levava-os até áreas desertas e inóspitas, e os deixava lá até que literalmente morressem de fome.
O nome Arnold Toynbee é bem conhecido. Já na década de 1950 ele era um dos mais eminentes historiadores do planeta. Seu estudo, compilado em 12 volumes (1934—61), sobre 26 civilizações não possui precedentes em sua amplitude. Sua obra O Tratamento dos Armênios no Império Otomano foi sua primeira grande publicação.
Por que algumas organizações armênias não dão ampla divulgação e notoriedade a este documento é algo que me escapa completamente. O livro está em domínio público. A seção a seguir, que está na Parte VI, "As Deportações de 1915: Procedimento", é iluminadora. Leia-a com atenção. Trata-se do aspecto crucial de todo o genocídio. O governo confiscou as armas dos cidadãos.
Um decreto foi expedido ordenando que todos os armênios fossem desarmados.  Os armênios que serviam no exército foram retirados das fileiras combatentes, reagrupados em batalhões especiais de trabalho, e colocados para construir fortificações e estradas.  O desarmamento da população civil ficou a cargo das autoridades locais.  Um reino de terror foi instaurado em todos os centros administrativos.  As autoridades exigiram a produção de uma quantidade estipulada de armas.  Aqueles que não conseguissem cumprir as metas eram torturados, frequentemente com requintes satânicos; aqueles que, em vez de produzir, adquirissem armas para repassá-las ao governo — comprando de seus vizinhos muçulmanos ou adquirindo por qualquer outro meio —, eram aprisionados por conspiração contra o governo.
Poucos desses eram jovens, pois a maioria dos jovens havia sido recrutada para servir o estado.  A maioria era de homens mais velhos, homens de posse e líderes da comunidade armênia, e tornou-se claro que a inquisição das armas estava sendo utilizada como um disfarce para privar a comunidade de seus líderes naturais.  Medidas similares haviam precedido os massacres de 1895—96, e um mau presságio se espalhou por todo o povo armênio.  "Em uma certa noite de inverno", escreveu uma testemunha estrangeira desses eventos, "o governo enviou soldados para invadir as casas de absolutamente todos os armênios, agredindo as famílias e exigindo que todas as armas fossem entregues.  Essa ação foi como um dobre de finados para vários corações".
Desarmamento
Lênin desarmou os russos. Stalin cometeu genocídio contra os kulaks ucranianos durante a década de 1930. Pelos menos seis milhões de pessoas foram mortas.
Como mostrou a organização Jews for the Preservation of Firearms Ownership (Judeus pela Preservacao da Propriedade de Armas de Fogo), o modelo do Decreto do Controle de Armas de 1968 nos EUA — até mesmo as palavras e o fraseado — foi copiado da legislação de 1938 de Hitler, a qual, por sua vez, era uma revisão da lei de 1928 aprovada pela República de Weimar. Uma boa introdução a esta história politicamente incorreta da história do controle de armas pode ser vista aqui.
Quando as tropas de Mao Tsé-Tung invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos. Em seguida, elas ofereciam a devolução das vítimas em troca de dinheiro. As vítimas eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado. Mais tarde, o governo voltou a sequestrar essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate. Ato contínuo, assim que as armas eram entregues, as vítimas eram libertadas. Essa mudança de postura — exigir armas em vez de dinheiro — fez com que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas. Porém, tão logo o governo se apossou de todas as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa começaram.
A ideia de que o indivíduo tem o direito à autodefesa era tão comum e difundida no século XVIII que ela foi escrita na Constituição americana: a segunda emenda. Carroll Quigley, eminente historiador e teórico da evolução das civilizações, era também um especialista na história do uso de armas pela população. Ele escreveu um livro de mil páginas sobre o uso de armas como meio de defesa durante a Idade Média. Em sua obra Tragedy and Hope (1966), ele argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em posse das tropas britânicas.  Foi exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra governos despóticos em todo o século XVIII. 
Tão logo as armas em posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido nos séculos anteriores.
Há uma razão por que os governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu monopólio da violência a todo custo. A ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos. Afinal, para que serve um monopólio se ele não pode ser exercido?  Cidadãos armados impõem um limite natural à tirania do estado. 
Conclusão
Genocídios acontecem.
Mas não há genocídio quando os alvos estão armados.


Gary North
, ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seuwebsite.

domingo, 6 de janeiro de 2013


Um país aonde não há planejamento, e descaso do com uso do dinheiro público, assistam essa reportagem sobre o setor de energia.. Detalhe.. a Sra. ai que é presidente foi Ministra das Minas e Energias, poderia ter feito algo, não??? Um pais que não pode crescer mais de 5% ao. ano que terá colapso energético.. alguns anos atrás li um relatório do MME sobre isso, passarm dois governos FH e Lula nada foi feito no setor, leilões/privatizações com dinheiro público, só desvio de dinheiro pelo visto, não?? empresas eólicas paradas, prejuízo, quem comanda o MME Edson Lobão agente do Sarney... somos cada vez mais roubados com esses criminosos que estão no poder.



Um assunto que, este ano, o Fantástico vai acompanhar com muita atenção: os gargalos da infraestrutura no Brasil. O Show da Vida vai falar de portos, usinas, ferrovias, estradas, que são fundamentais para o país crescer e gerar empregos.
Você vai ver como bilhões de reais são desperdiçados por falta de um bom planejamento. E quem paga essa conta, no final, é você!
Nunca ficou pronta, e parece em ruínas. Há tanto tempo abandonada, que do fosso sobe uma árvore adulta. E muita coisa aconteceu no Brasil desde que o projeto começou.
O início foi ainda no regime militar. Veio o movimento Diretas Já, a morte de Tancredo Neves, o vice, José Sarney, virou presidente - e começaram as obras. Vieram as primeiras eleições diretas - e Fernando Collor parou as obras por falta de verbas. Veio o governo Itamar Franco.
Depois, Fernando Henrique Cardoso privatizou o setor elétrico, e com ele a usina. O primeiro operário presidente, Lula. A primeira mulher presidente, Dilma. E as obras da usina de Jacuí 1, a 60 quilômetros de Porto Alegre, nunca foram terminadas.
Nos depósitos mostrados em vídeo, estão os equipamentos, importados da Alemanha em 1987 pelo equivalente hoje a R$ 500 milhões.
Uma usina completa, com capacidade para abastecer toda a região metropolitana de Porto Alegre, empacotada dentro de galpões há 25 anos.
Instalada, poderia gerar 360 megawatts/hora de energia. Geradores de vapor, turbinas e painéis de controle nunca registram um kilowatt sequer.
A manutenção é feita pela antiga dona, a empresa Tractebel, que comprou a usina em obras na privatização da estatal Eletrosul. A Tractebel afirma que depois vendeu a usina, mas não recebeu o pagamento. O caso está na justiça.
Segundo a Tractebel, os equipamentos são a garantia da dívida. Mas mesmo em bom estado, a possibilidade de que um dia gerem energia são cada vez menores.
Meio bilhão de reais que podem virar ferro velho, se a termoelétrica não for concluída.
“Na verdade, ela seria sucateada. Seria quase vendida a peso de ferro e dos outros metais que existem no lugar”, disse o procurador dos proprietários da usina, Marco Antônio de Costa Souza.
Na época, parecia o plano perfeito pra se aproveitar uma riqueza abundante da região, que está toda sobre um lençol de carvão mineral, a menos de 15 metros de profundidade. Mas o que levou Jacuí 1 às ruínas não foi o fato de que o carvão se tornou o inimigo número um do aquecimento global. Foi uma sequência de compras e vendas mal sucedidas.
Investidores que compraram, mas não pagaram a usina, acabaram presos por falsificar documentos para pegar empréstimo no exterior. Depois, a usina foi parar na mão de uma empresa de previdência privada americana, que faliu.
“Dificilmente se iniciaria um projeto como esse hoje. Mas, no estágio em que se encontra, eu acho um desperdício imenso não se terminar essa obra. Nós temos 70% das obras civis prontas.  A usina está praticamente toda aqui estocada”, explica o procurado. Marco Antonio Costa Souza.
O administrador da massa falida acrescenta que, com um investimento de mais meio bilhão, a usina poderia gerar energia.
Fantástico: Existe chance da usina sair?
“Muito pequena de que essa usina fique pronta, porque são praticamente 22 anos de espera”, disse o prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar de Abreu Souza
Durante décadas a região se mobilizou para que a usina fosse terminada. Agora, a prefeitura tem outros planos. Desapropriou boa parte do terreno para fazer um polo industrial.
Sobre o dinheiro público enterrado no lugar, ele afirma: “A gente não sabe em quanto que está essa conta. E é dinheiro público. Isso dói. É dinheiro do contribuinte, do cidadão brasileiro que foi investido nesse projeto de Jacuí 1 que não saiu de onde está”.

Parques eólicos estão com hélices paradas no Nordeste
A 2,6 mil quilômetros, no sertão da Bahia, há outro exemplo de desperdício. No lugar, o recurso abundante é o vento. Basta ver as árvores, que crescem curvadas. E, nas serras da região de Caetité, torres com turbinas eólicas, que poderiam gerar energia limpa e barata, brotam às centenas sobre a caatinga.
O Nordeste já tem instalados e prontos para funcionar parques com capacidade para abastecer uma cidade do tamanho de Brasília. Mas as hélices estão paradas. E não por falta de vento.
Os parques ficaram prontos em julho, bem a tempo de ajudar o Brasil a enfrentar o período das secas, quando os reservatórios das hidrelétricas ficam mais baixos. Só que até agora nem um kilowatt produzido no lugar entrou na rede. Simplesmente porque as linhas de transmissão, que deveriam entregar a energia de lá até o sistema, não foram construídas.
Várias empresas privadas investiram R$ 1,2 bilhão nos parques eólicos.
“Enquanto isso não é escoado, os parques têm que ficar parados. Tem uma manutenção especial, custosa, pra poder manter a máquina que foi feita pra girar, ela ficar parada”, disse o diretor presidente da Renova Energia, Mathias Becker.
Por contrato, como terminaram a construção no prazo, as empresas estão recebendo do governo pela energia que poderiam gerar R$ 33,6 milhões por mês. De julho a outubro, foram R$ 134,4 milhões. E, segundo a Aneel, deve passar dos R$ 440 milhões até setembro, quando as primeiras linhas deverão ficar prontas. Esse dinheiro sai da sua conta de luz.
Cabos enrolados no local indicam literalmente um fim de linha. Toda a energia produzida pelos parques eólicos da região já poderia chegar até o lugar. Bastaria os cabos cruzarem a estrada pra chegar a uma subestação que deveria ter sido construída em um terreno onde o mato ainda está crescendo. Do ponto mostrado em vídeo até a linha principal pra se conectar ao sistema nacional, são 120 quilômetros. Só que as obras ainda nem começaram.
A responsável pela linha é a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O diretor de engenharia da empresa diz que a culpa é da demora nos licenciamentos ambiental e do patrimônio histórico. Mas a Aneel entendeu que a Chesf geriu mal os prazos, e multou a empresa em R$ 12 milhões - o que dá menos de 10% do prejuízo acumulado até agora.
A Aneel informa que vai cobrar esse dinheiro da Chesf.
Fantástico: A Chesf é também uma empresa pública?
“A Chesf é uma empresa de economia mista”, disse o diretor de Engenharia e Construção da Chesf, José Aílton de Lima.
Fantástico:Com maioria controladora do poder público. O contribuinte brasileiro. Se a Aneel ou a Chesf pagarem o prejuízo, de qualquer maneira o prejuízo sai do consumidor.
“De Todo jeito.Se fosse privada também. Quem paga a conta é sempre o consumidor de qualquer jeito. No momento em que a energia não tiver lá, não tiver saindo da usina, o consumidor vai estar pagando”, disse o diretor.
Especialistas apontam as linhas de transmissão como o ponto crítico do sistema elétrico brasileiro hoje.
“Quando hoje nós observamos alguns apagões aqui e ali, isso quer dizer subinvestimento nas redes, subinvestimento na rede de transmissão. Não adianta você ter geração e ter distribuição se você não tem aquele meio que é a transmissão de energia”, explica o especialista em infraestrutura Cláudio Frischtak.
No Brasil inteiro, 58 linhas de transmissão estão com as obras atrasadas em pelo menos quatro meses; 21 são de responsabilidade da Chesf. Em outras cinco a Chesf faz parte do grupo construtor.
Repórter: A empresa não tentou dar um passo maior que a perna? Ou pegar muitas concorrências, muitos leilões sem conseguir entregar as obras?
Diretor: A empresa que não tentar dar um passo maior que a perna não é uma empresa, é outra coisa. Toda empresa que se preza dá um passo maior que a perna. E nós vamos continuar dando passo maior do que a perna. Isso pra mim não é problema.
Neste momento, o Brasil não pode desprezar energia. Está usando todas as usinas térmicas, por causa dos reservatórios baixos nas hidrelétricas.
Sobre o risco de apagão que o Brasil corre, Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, afirma: “Depende de que horizonte você está olhando. Se você olhar a realidade hoje, não. Hoje não estamos correndo esse risco de maneira dramática como corremos por exemplo em 2008. Mas se olharmos pra frente, supondo que o Brasil volte a crescer a taxas que todos desejamos, então nós temos que olhar pros problemas que estão acontecendo como indicadores de que há um risco, sim”, disse o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales.
“No momento eu diria que a gente não corre o risco de falta de energia. O risco que a gente corre é dessa energia ser progressivamente muito cara”, diz o ex-presidente da Eletrobrás, José Luiz Alquéres.
Outra energia indispensável é combustível. A frota de veículos mais do que dobrou em dez anos. Somos autosuficientes em petróleo, mas precisamos importar cada vez mais gasolina, por falta de refinarias.
Um imenso complexo petroquímico, na região metropolitana do Recife, a Refinaria do Nordeste, A Abreu e Lima, deveria resolver parte do problema. Só podemos mostrar imagens de helicóptero, porque a Petrobras não permitiu o acesso ao canteiro de obras, alegando falta de segurança. Pelo projeto inicial, ela já deveria estar funcionando.
Só que as obras estão com dois anos atraso. E com essa demora, os custos também se multiplicaram. Em 2005, quando foi aprovado o orçamento para a construção, era de R$ 4,7 bilhões. Em agosto do ano passado, ele foi revisto pela Petrobras para 41,2 bilhões. Um aumento de mais de oito vezes e meia.
Numa cerimônia no ano passado, a presidente da Petrobrás disse que o caso da refinaria deveria ser estudado e nunca mais repetido.
“As razões são muitas. Erros de planejamento, erros de projeto, entrega de equipamento atrasado. Então, tudo isso está colaborando pro preço duplicar, triplicar, multiplicar por 20”, disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.
Mas a Petrobras diz que houve muitas mudanças no projeto, e não dá para usar o preço inicial como referência.
“É uma referência a um projeto muito diferente do projeto que esta sendo implementado”, diz o gerente-executivo de engenharia e abastecimento, Mauricio Guedes.
Segundo a Petrobras, a refinaria terá capacidade para produzir também outros combustíveis com nova tecnologia ambiental.
Então, um projeto diferente, sendo implantado num cenário diferente, num contexto diferente.
Mas o relatório Fiscobrás, editado pelo Tribunal de Contas da União, aponta irregularidades.
A terraplenagem teria sido superfaturada em R$ 90 milhões. Outros cinco contratos têm sobrepreço, ou seja, serão pagos preços muito acima do mercado.
Segundo o TCU, nesses cinco contratos o prejuízo para os brasileiros, todos sócios da Petrobras, chega a R$ 1,380 bilhão. A Petrobras não acatou a recomendação de paralisar as obras e refazer os contratos.
“Paulatinamente, nós temos esclarecido todas as irregularidades ou supostas irregularidades apontadas pelo TCU. E até hoje não existe julgamento sobre nenhuma irregularidade que tenha, em definitivo, sido constatada como tal pelo TCU. Até hoje conseguimos esclarecer a maior parte delas. Tem uma pequena parte que a gente ainda precisa esclarecer. E essa discussão continua”, disse gerente-executivo de engenharia e abastecimento, Mauricio Guedes.

Para especialistas no setor do petróleo, as causas do aumento de custos são muitas.
Abreu e Lima começou errada desde o momento que foi escolher o sócio  que foi a PDVSA da Venezuela.
Até hoje a PDVSA não colocou um tostão na obra. No Rio de Janeiro, a Petrobras constrói outro complexo petroquímico, o COMPERJ - também atrasado, e também com indício de sobreço apontado pelo TCU. O contrato de implantação de uma tubovia está R$ 163 milhões acima do preço de mercado.
Um exemplo de falha de planejamento ocupa um grande espaço no porto do Rio. São 13 equipamentos - todos muito grandes e muito pesados para passar nas estradas existentes.
Estão no pátio há um ano e meio, porque não tem como ser transportados até o complexo petroquímico.
Precisam atravessar a Baía de Guanabara, chegar à Praia da Beira, em São Gonçalo.
Mas no lugar não há sinal de obras para construir o píer onde os equipamentos serão desembarcados.
Para ser levados por uma estrada especial - que ainda não existe - até a obra do Comperj.
A Petrobras não informa quanto está pagando pelo espaço ocupado no porto. Mas o Fantástico apurou que esse valor está na casa dos milhões de reais.
A poucos quilômetros de Caetité, no sertão da Bahia, bem perto das usinas eólicas paradas que mostramos no início desta reportagem, mais uma noite chega escura para Dona Luiza.
“Eu sento aqui na calçada de noite no escuro sozinha, só mais Deus, olhando. A gente já acostumou. Tudo no escurinho. Tem vez que a tem lamparina. Tem vez que não tem. Não tem nem pra comprar o óleo para colocar nela. Fazer o que? Não tem novela, porque não tem energia”, conta a agricultora Dona Luiza.
A eletricidade ainda não chegou a mais de um milhão de lares no brasil. A agricultora não tem o dinheiro para puxar os fios, a 500 metros de casa.
Ela conta o que vai querer colocar em casa, quando tiver energia: “só uma geladeira pra guardar as comidinhas. Às vezes, sobra um pouquinho que tem que botar na geladeira. Por que a gente não tem a geladeira, sobrou tem que jogar fora”.
À luz da lamparina, ela sonha. “Tem que sonhar mesmo. Sonhar sempre. Um dia vai chegar. Fé em Deus”, diz a agricultora.

O Fantástico tentou por três semanas uma entrevista com o Ministro de Minas e Energia, mas não foi atendido.

fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/01/obra-de-usina-esta-parada-ha-25-anos-e-r-500-mi-podem-virar-ferro-velho.html

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Mentira$ & Negociata$ da holding petralha


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

O discurso revolucionário da dita esquerda pratica a verdade mentirosa ou a mentira verdadeira? A resposta tanto faz, quando o objetivo maior do papo mistificador é conquistar, consolidar ou ampliar o poder. O político se transforma em um mitomaníaco que acredita na veracidade daquilo que sua boca proclama. Seus seguidores, fanatizados pelas palavras, reproduzem o que foi dito. A máquina de marketagem e propaganda difunde e amplia o alcance da mitomania.

Primeiro caso para reflexão: a conversinha fiada do vice-presidente Venezuelano Nicolas Maduro que nada esclarece sobre o real estado de saúde de Hugo Chávez – que até outro dia estava curado do câncer pela “revolucionária medicina cubana” - na qual nem a Velhinha de Taubaté e muito menos José Dirceu devem acreditar tão piamente. Os dirigentes bolivarianos nada revelam de concreto em seus discursos públicos. Apenas usam a velha retórica de mistificações acerca de uma “mídia direitista” para iludir os cidadãos e para criar um clima de milagre para favorecer o regime chavista – bem na hora de morte.

Segundo caso, bem conhecido de todos: o discurso dos principais condenados no processo do Mensalão. Todos posam de “injustiçados”, “perseguidos políticos” e “vítimas de um esquema direitista-golpista dentro do judiciário”. Longe de cumprirem efetivamente as penas, eles abusam da arte ideopática de proclamar e propagar mentiras que se tornam politicamente verdadeiras. Vide o exemplo do futuro deputado José Genoíno que não terá o menor pudor de assumir a suplência da legenda da Perda Total na Câmara Federal. Pelo menos, com o empregão, poderá juntar uma graninha para pagar as multas do mensalão sem precisar tomar grana dos seguidores petistas. A ética parlamentar – se é que existe no Brasil – que se dane...

Terceiro caso, fresquinho, para análise de um psiquiatra forense, de preferência: a polícia revela que a vereadora Ana Maria Branco de Hollaben forjou seu próprio sequestro, logo depois de aparecer toda faceira na posse da Câmara Municipal de Ponta Grossa, no Paraná. Adivinhem o partido ao qual é filiada e militante a ilustre política, que ontem ganhou seus 15 segundos de fama no noticiário nacional por causa do desaparecimento de mentira? (en)Hollaben é do Partido dos Trabalhadores. Claro, isto é apenas uma mera coincidência... A moça foi indiciada por falsa comunicação de sequestro – mentirinha por ela empregada apenas para protelar a votação que escolheria o presidente da casa legislativa que vai empregá-la por quatro anos...

Mais umas mentirinhas, além dos discursos e promessas dos 5.550 prefeitos que tomaram posse em 1o de janeiro? Basta torturar seus ouvidos, olhos e cérebros com a discurseira oficial sobre a economia brasileira. O ano de 2013 – que termina com a numeração azarenta do PT – só trará sorte para os especuladores de sempre ou para aqueles que mamam muito forte nas tetas das negociatas de nosso Estado Capimunista. Os demais mortais devem se preparar para segurar a onda de uma crise econômica. A inflaçãozinha é um escorpião em nosso bolso. A maioria das famílias brasileiras já se contorce em dívidas. O governo continua desperdiçando dinheiro – e cobrando impostos elevadíssimos – para pouco ou nada fazer.

A perspetiva é boa para a mais próspera empresa do Brasil – que deveria ser registrada na junta comercial como PT Comércio & Participações Sociedade Anônima. Mas tal pessoa jurídica se esconde atrás da pessoa política para produzir grandes lucros para as pessoas físicas que comandam sua soviética cúpula.

Esta holding virtual, que é parceira do governo do crime organizado, recebe muito dinheiro de todas as grandes empresas nacionais e transnacionais que dependem do Estado capimunista tupiniquim. Como uma seita religiosa, também recolhe muita grana no dízimo (20%) sobre os vencimentos que a máquina pública paga aos militantes. Eis um dos motivos porque a “empresa” dá emprego para tanta gente que nem precisa trabalhar, só bater o ponto de vez em quando, no serviço público.

A PTSA ainda terá uma grande fase de prosperidade – principalmente porque vai administrar a cidade mais rica do País (pelo menos) nos próximos quatro anos. Além disso, a gastadeira máquina federal continua a pleno vapor. Mesmo que não funcione direito, está muito bem aparelhada pelos petistas, petralhas e demais parceiros de negócios políticos, naquele estilo “tu somos nós, e vice-versa”.

Se houver problemas na condução do Titanic, basta trocar algumas peças. É o que fará a grande timoneira Dilma Rousseff, logo depois do carnaval que acaba nunca no Brasil. Guido Mantega deve ser o mais ilustre desempregado do Ministério da Fazenda e do Conselho de Administração da Petrobrás. A pressão contra o grande gerente dos maiores negócios petistas é muito alta. As apostas indicam que Aloisio Mercadante Oliva é quem vai azeitar a máquina quando Mantega for da Fazenda para a roça.


Agora, o PT se diz vítima de uma campanha de desmoralização. OA turma da Perda Total compara o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Getúlio Vargas e João Goulart. Por isso, a cúpula resolve convocar o quinto congresso nacional da legenda. Segundo a Folha de S. Paulo, o texto de convocação ataca a mídia e "grupos incrustados em setores do aparelho de Estado" como substitutos dos partidos da oposição em uma suposta tentativa de desqualificar o PT. Super legal, né? Os caras nem falam do Mensalão, Rosegate e outros escândalos menos votados.

Enfim, entre verdades mentirosas e mentiras verdadeiras, com muita grana no meio, tudo parece estar na mesma... Assim começa e vai acabar o ano... Minhas férias de mentirinha já estão acabando também...

País dos sem vergonhas




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto Freire Filho

O Brasil transformou-se em um país de sem-vergonhas, de gente sem caráter, sem pudor e sem um mínimo de respeito ao cidadão de bem. Ontem assisti pela Internet um espetáculo deprimente ocorrido em um dos três poderes da República.

Um marginal condenado pelo suprema corte do país tomando posse, imaginem, como legislador. Legislador do que ? da bandidagem? E mais, arrogante e ameaçador com os jornalistas que trabalhavam, cumprindo o seu dever profissional e direito constitucional de informar.

O bandidão estava cheio de coragem. Aquela coragem que lhe faltou no Araguaia, onde foi preso sem a menor reação e, antes de levar o primeiro tapa no escutador de novelas, delatou todos os companheiros.

É bem verdade que a Justiça brasileira permite tais aberrações, pois no processo no qual foi condenado pela suprema corte do país ainda cabe recurso ao réu. Porém, por caráter, princípios morais e em respeito à sociedade, o recém empossado não deveria ter comparecido a essa cerimônia promovida pelo podre e desmoralizado poder Legislativo.

Vou além, em um país sério o novo "nobre" parlamentar dessa triste república teria saído do tribunal, após a condenação, algemado e estaria atrás das grades, esperando o resultado de um possível recurso favorável impetrado por seus advogados. Mas, nessa republiqueta bananal, foi transformado em um legislador.

Pergunto: o que podemos esperar de um país que não tem o menor respeito pelo cidadão, pela civilidade e pelos princípios éticos e morais? No Brasil de hoje, ser mentiroso, ladrão e mau caráter é virtude; que o diga o chefe dos chefes. Um bêbado desqualificado que transformou o Palácio do Planalto em balcão de negócio e o avião presidencial em motel.
Humberto de Luna Freire Filho, médico e CIDADÃO brasileiro sem medo de CORRUPTOS.

fonte:Alerta Total

Gurgel deve pedir bloqueio dos proventos de Genoíno como deputado para pagar multa do Mensalão

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, deverá pedir o bloqueio judicial dos salários do novo deputado José Genoíno Neto. Os proventos de R$ 26.723,13 e a verba extra de R$ 34.200 aos quais Genoíno têm direito mensalmente seriam arrestados para o pagamento da multa de R$ 468 mil da Ação Penal 470, onde ele foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semi-aberto por crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.

Genoíno pode tomar posse porque o julgamento do mensalão ainda não “transitou em julgado” e cabem recursos. A posse dele e de outros 13 parlamentares aconteceu a portas fechadas na presidência da Câmara em recesso. Genoíno sabe que é candidato a sair pela porta dos fundos do parlamento diretamente para a cela de um presídio, assim que não couberem mais recursos ao STF – que já decidiu que os parlamentares condenados em ação penal terão seus mandatos cassados automaticamente após a publicação da sentença.

Mas Genoíno prefere aproveitar o “direito que tem” para continuar influindo no processo político: “Me sinto confortável porque estou seguindo as normas da democracia e da Constituição do meu país. Além do mais, eu fui eleito em 2010, quando começou esta campanha condenatória. Eu respeito esta Constituição, lutei por ela e participei da elaboração e da votação. E quem respeita, cumpre".

Genoíno terá grande influência enquanto estiver no mandato herdado de Carlinhos Almeida (PT-SP), empossado prefeito de São José dos Campos (SP). O irmão de Genoíno, José Nobre Guimarães (PT-CE), foi escolhido como o líder da bancada do partido na Câmara. Guimarães é o mesmo que teve um assessor flagrado com US$ 100 mil dólares na cueca, em 2005. Guimarães também teve o nome citado, em novembro, nas conversas grampeadas pela Polícia Federal na Operação Águas Claras – na qual 18 pessoas foram presas por suspeitas de fraude em licitações em quatro estados e no Distrito Federal.

Os irmãos Genoíno e Guimarães vão colaborar, ainda mais, para o desgaste de imagem do Partido dos Trabalhadores. Se isto é bom ou ruim, o tempo vai revelar. Enquanto isto, o cidadão-eleitor-contribuinte brasileiro é submetido à tortura psicológica de aguentar tamanha falta de ética, honestidade e postura cívica no maravilhoso e muito bem remunerado mundo dos políticos profissionais – que se comportam como amadores da verdadeira democracia.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

fonte:Alerta Total

Conozca los detalles del “Pacto de La Habana” -Conheça os detalhes do Pacto de Havana


Ya son tres las reuniones en menos de dos semanas en las que coincidió el alto mando chavista con el dúo Raúl Castro, presidente de Cuba  y Ramiro Valdés, vicepresidente de la nación antillana. El alto mando chavista estaría integrado por Nicolás Maduro, Vicepresidente Ejecutivo y designado como candidato a la presidencia de Venezuela por Hugo Chávez en caso de que éste no pudiese tomar posesión de su cuarto mandato;  Adán Chávez, hermano mayor de Hugo Chávez y gobernador del Estado Barinas; Diosdado Cabello, actual presidente de la Asamblea Nacional y vicepresidente primero del Partido Socialista Unido de Venezuela (Psuv); Jorge Arreaza, yerno de Hugo Chávez y Ministro de Ciencias y Tecnología y Cilia Flores, Procuradora General de la Nación y miembro de la directiva nacional del Psuv.
Por iniciativa de Raúl Castro, y para “garantizar la sucesión a Hugo Chávez en paz y sin traiciones”, según el deseo del propio Hugo Chávez, en la ciudad de La Habana, Cuba, el alto mando chavista aceptó el tutelaje de Raúl Castro y de Ramiro Valdés en el llamado “Pacto de La Habana” en el cual se acepta que Hugo Chávez no asumiría la presidencia de La República, por lo que el 10 de enero de 2013 se declararía su “ausencia temporal” por causa sobrevenida para su nuevo mandato y la presidencia provisional de Venezuela la asumiría Diosdado Cabello, en su condición de nuevo presidente de la Asamblea Nacional elegido con la mayoría de votos consensuados del Psuv el 5 de enero de 2013. Al asumir la presidencia temporal de La República, la presidencia de la Asamblea Nacional recaería en la persona de la Primera Vicepresidenta Blanca Eéckhout.
El compromiso se extiende con la formación de un politburó de gobierno, en donde Nicolás Maduro sería nombrado Vicepresidente Ejecutivo en el nuevo gobierno provisional de Diosdado Cabello, si éste no se dedica desde ahora a su campaña electoral. Serían también miembros del Politburó los gobernadores de los estados Barinas, Adán Chávez, Trujillo, Gral Henry Rangel Silva; y estado Aragua, Tareck El Aissami, quienes serían la última instancia de gobierno, junto al presidente provisional y el tutelaje cubano de Castro y Valdés en la toma de decisiones del Ejecutivo Nacional y en el control interno de la estructura del Psuv. En política exterior, la prioridad será conservar y ampliar los pactos con China y Rusia, más la entrada al Mercosur, donde Brasil ejerce un indiscutible liderazgo.
Según el devenir de la salud de Hugo Chávez, la temporalidad de la presidencia de Diosdado Cabello, de un trimestre, podría ser prorrogada por tres meses más. En ese lapso de producirse la ausencia absoluta de Hugo Chávez a la presidencia, se convocaría a unas nuevas elecciones presidenciales con Nicolás Maduro como candidato del Psuv.
En La Habana han manejado la tesis de la “continuidad del actual gobierno”, defendida por la presidenta del TSJ Luisa Estela Morales, que insiste que la reelección de Hugo Chávez es la ratificación por 6 años más de su actual gobierno. Esta tesis no termina de imponerse por la precario de su base legal. En caso de prosperar, Nicolás Maduro continuaría como Vicepresidente con los mismos poderes delegados por Hugo Chávez en el decreto de fecha 9 de diciembre de 2012.
Las recientes declaraciones de Dilma Rousseff sobre la necesidad de observar una sucesión apegada a la Constitución Nacional le ha restado soporte a esta tesis, que en un principio era la preferida del dúo Castro-Valdés.
¿Cuál será el futuro de Diosdado Cabello después de ejercer la presidencia provisional de La República? Quizás en la Asamblea Nacional lo esperen con un serrucho.
Las próximas horas son decisivas en la forma final que tomará el “Pacto de La Habana”. En todo caso, este pacto fue celosamente delineado por el propio Hugo Chávez cuando decidió competir enfermo por la presidencia de Venezuela.  (LP)




fonte:http://www.lapatilla.com/site/2013/01/03/conozca-los-detalles-del-pacto-de-la-habana/

PREFEITURA VAZIA - Prefeito de Holambra acusa antecessora de saque


Godoy também pretende enquadrar a ex-prefeita na Lei de Responsabilidade Fiscal

Foto: Alessandro Rosman/AAN
Prefeito de Holambra e computador sem disco rígido
Prefeito de Holambra e computador sem disco rígido
























O prefeito de Holambra, Fernando Fiori de Godoy (PTB), irá denunciar à polícia a antiga Administração por saque de patrimônio público. A decisão foi tomada após a nova equipe chegar ao Paço Municipal para trabalhar, na manhã de ontem, e não encontrar computadores, mesas, cadeiras, aparelhos de televisão e documentos. O computador do Gabinete do prefeito, por exemplo, estava sem o disco rígido. A sala anexa foi encontrada vazia, sem mesa de reuniões.




Godoy também pretende enquadrar a ex-prefeita, Margareti Rose de Oliveira Groot (PPS), na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o novo chefe do Executivo, Margareti não pagou o salário de dezembro dos servidores, um valor de R$ 2,2 milhões. A Prefeitura, segundo Godoy, foi entregue com apenas R$ 500,00 em caixa. O prefeito afirmou ainda que a dívida de contratos com empresas, credores e folhas de pagamento deve ultrapassar R$ 10 milhões. A reportagem do Correio tentou contato com a antiga administração, mas não obteve retorno. Aliados disseram que os equipamentos levados foram pagos pela prefeita.

A nova equipe afirmou que não tinha noção da atual situação do Paço Municipal porque não houve processo de transição. “Procuramos diversas vezes a prefeita para fazer a transição. No primeiro contato ela disse que iria colaborar, mas depois não nos recebeu mais. Encontramos a Prefeitura saqueada”, afirmou Godoy. O boletim de ocorrência contra a antiga administração será feito após funcionários do mandatário concluírem o inventário dos objetos e documentos que sumiram do Paço.