quarta-feira, 2 de março de 2016

VENDAS DE CARROS CAEM 27% E REGRIDEM QUASE DEZ ANOS

PAÍS CAIU DA 4ª PARA A 7ª POSIÇÃO NO MERCADO MUNDIAL DE VEÍCULOS
DESEMPENHO DO BRASIL EM 2015 SÓ NÃO FOI PIOR DO QUE O DA RÚSSIA (FOTO: NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO)

As vendas de veículos no Brasil regridem em quase uma década e o mercado nacional desaba no ranking internacional dos maiores do mundo. Dados apresentados nesta quarta-feira, 2, pelas montadoras indicaram que o Brasil passou do quarto maior mercado do mundo de veículos em 2014 para o sétimo. A queda em termos porcentuais foi de 27%, a segunda pior do mundo e superada apenas pelos russos, sob embargo comercial. 
Os dados foram apresentados durante o Salão do Automóvel em Genebra, um dos mais importantes do mundo. "Depois de registrar anos de crescimento, vemos em 2015 uma confirmação de algo que já havia começado em 2014, que era a queda de vendas", explicou Yves van der Straaten, secretário-geral da Organização Internacional de Construtores de Automóveis (OICA).  "O que nos assusta, porém, é que a crise se acentuou em 2015 ", disse. 
"Lamentavelmente, o Brasil passou de ser o quarto maior mercado de carros do mundo para ocupar apenas a 7a colocação", indicou. Em 2014, a queda foi de 15%, contra outros 27% em 2015. "Houve um colapso", declarou o executivo. 
Em 2012, no auge das vendas, 3,8 milhões de carros foram matriculados no Brasil. Em 2015, o número é de 2,5 milhões, o equivalente ao que existia em 2007. Naquele ano, 2,46 milhões de carros foram produzidos. Com o desempenho, o Brasil passa a ser superado pelo Reino Unido, Índia e Alemanha. 
A produção também caiu, em 23%, para um total de 2,4 milhões de unidades. A situação brasileira acabou afetando toda a América do Sul, que voltou a ter patamares de venda de onze anos atras e com uma queda anual de 19,8% e 20,7% em produção. "Estamos de volta em 2005", indicou Straaten. 
O caso argentino, porém, é menos dramático que o do Brasil. Em 2015, a redução de vendas foi de apenas 1%. Mas, em 2014, a queda havia sido de 36%. "Acreditamos que a situação argentina vai melhorar com a volta do país ao mercado financeiro", disse.
China. Se a situação brasileira preocupa as multinacionais, o cenário é ainda de certa estabilidade na China. Em 2015, mesmo com a desaceleração do crescimento, as vendas de carros tiveram uma alta de 5%, contra uma elevação de 3% na produção. "A China continua sendo o maior mercado do mundo", disse. 
Mesmo nos EUA, as taxas de crescimento levaram o setor a superar as vendas que existiam antes da quebra do Lehman Brothers, em 2008. A América do Norte registrou um crescimento nas vendas de 6,2% em 2015. "Estamos bem acima da taxa registrada antes da crise", explicou o secretário-geral. No total, a região já vende 1,6 milhão de carros a mais que em 2005. Já a produção aumentou em 3%.
Apesar do bom nomento, a América do Norte perdeu espaço para a China, onde está hoje 27% da produção mundial de carros. Em 2005, a taxa era de apenas 9%. EUA, México e Canadá representam 20% da produção mundial. Hoje, Japão e Coreia representam 15%, contra 20% para a Europa. 
Segundo as montadoras, existem hoje 1,2 bilhão de carros nas ruas do mundo, um aumento de 4% em comparação a 2014. Para 2016, asprevisão é de um crescimento de 2%. 
Hoje, existem em média 180 carros para cada mil pessoas. No Brasil, a taxa é de 207, contra 808 nos EUA. Na China, apesar de liderar a produção mundial, a taxa é ainda de 108 carros por cada mil pessoas, contra apenas 22 na Índia. (AE)
FONTE:  http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=50301732558

JUSTIÇA FRANCESA CONDENA PAULO MALUF A 3 ANOS DE PRISÃO

CONDENADO A 3 ANOS DE CADEIA, DEVE RESPONDER A AÇÃO NO BRASIL
FAMÍLIA FOI CONDENADA A MULTA E TEVE VALORES CONFISCADOS, MAS JÁ RECORREU DA DECISÃO (FOTO: LEONARDO PRADO/CÂMARA DOS DEPUTADOS)

O deputado Federal Paulo Maluf (PP-SP) foi condenado, em Paris, a três anos de prisão por lavagem de dinheiro em grupo organizado, crime cometido de 1996 a 2005 em território francês. De acordo com a sentença, proferida no fim do ano passado e informada à Procuradoria Geral da República no último mês, a lavagem foi fruto de corrupção e desvio de dinheiro público no Brasil.
A acusação teve o apoio de provas compartilhadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, a partir das ações que tramitam contra ele no Brasil. 
A 11ª Câmara do Tribunal Criminal de Paris também determinou a perda dos valores apreendidos em nome da família do parlamentar. Foram confiscados 1.844.623,33 euros em contas e outros valores em espécie. A corte condenou pelo mesmo crime Sylvia Lutfalla Maluf e Flávio Maluf, esposa e filho do deputado. Além disso, os três deverão pagar multas que somam 500 mil euros. Eles já recorreram da condenação, e a decisão está pendente de decisão na Corte de Apelação de Paris.
A Justiça francesa ordenou ainda a manutenção dos mandados de captura internacional expedidos contra os três réus.
Após ser informada da condenação, a PGR pediu a transferência da ação criminal que corre na França para o Brasil e também requereu a repatriação dos valores confiscados na ação penal contra o parlamentar.
Segundo a PGR, a Justiça francesa afirmou que os três agiram para ocultar a origem de recursos oriundos de corrupção e peculato e enviar valores para empresas offshore (firmas criadas para fazer investimentos no exterior) e contas em bancos no exterior.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, argumenta que, segundo a Constituição Federal, cidadãos brasileiros não podem ser extraditados, mesmo quando condenados no exterior. No Supremo Tribunal Federal (STF), Janot é responsável por duas ações penais promovidas pelo MPF contra Maluf.
No Supremo, o deputado é alvo de ações penais que o acusam de desvios quando era prefeito de São Paulo. Entre as obras suspeitas está a construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho. Ele é acusado do crime de corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro. A suspeita é que o prejuízo aos cofres públicos tenha seja de US$ 1 bilhão.

FONTE: http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=50247315328

OLIMPIADAS DA FRAUDE? OLIMPÍADAS: AUTORIDADES FRANCESAS INVESTIGAM RIO 2016 E TÓQUIO 2020

MEMBRO DO COI PODE TER "VENDIDO" INDICAÇÕES DE SEDES DOS JOGOS


A SUSPEITA É QUE AS ESCOLHAS DA SEDES FORAM FEITAS MEDIANTE PAGAMENTOS DE PROPINA. FOTO: ROGÉRIO SANTANA/GERJ

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e de Tóquio, em 2020, estão sob investigação na Justiça francesa desde dezembro, segundo jornal inglês The Guardian. A Justiça francesa suspeita que Lamine Diack, membro do Comitê Olímpico Internacional, e seu filho Massata Papa Diack serviram como intermediários entre cidades-candidatas e acabaram por “influenciar” nas indicações para sediar os Jogos.
A investigação conduzida pela Promotoria Financeira francesa é a mesma que culminou com o indiciamento de Diack, em novembro, por corrupção quando presidia ada Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, sigla em inglês), a mesma que está envolvida no escândalo de doping envolvendo atletas de diversos países, especialmente da Rússia. Diack foi membro do COI de 1999 a 2013. A escolha do Rio foi feita em 2009 e de Tóquio, em 2013.
Segundo o jornal inglês, as autoridades francesas suspeitam que Diack e seu filho distribuíram “pacotes de benesses” para influenciar votos. Um dos casos investigados foi a súbita troca da sede dos Jogos de 2020 de Istambul para Tóquio, após uma empresa japonesa fechar um grande acordo de patrocínio com a IAAF.


fonte: http://diariodopoder.com.br/noticia.php?i=50278410888

Ou Ela sai ou eles juntos (Lula,DIlma e PT) acabam com o Brasil: DONO DAS BATERIAS MOURA APELA A DILMA PARA RENUNCIAR E DAR CHANCE AO PAIS

EMPRESÁRIO DAS BATERIAS MOURA APELA À RENÚNCIA DA PRESIDENTE
PARA PAULO SALES, ADIAR SUA SAÍDA, DILMA AUMENTARÁ O SEU MARTÍRIO E O SOFRIMENTO DA NAÇÃO.

O empresário Paulo Sales, principal executivo do Grupo Moura, líder brasileiro na produção de baterias automotivas com mais de 60 anos no mercado, publicou na sua página no Facebook, sábado (27), uma carta aberta em que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff.
“O seu jogo já está perdido. Procrastiná-lo por mais três anos só aumentará o seu martírio e o sofrimento da nação”, diz ele, afirmando que uma nova lógica terá que nos ser apresentada, pois “só assim aumentaremos as chances de darmos início de imediato à reconstrução do nosso já destroçado País”. Está na hora de “dar adeus ao povo que a elegeu!”.
Sales, aos 61 anos, compara o Brasil a um transatlântico e diz que “’seu comandante não consegue mais comandá-lo, a sua tripulação sabota as ordens do enfraquecido comandante, os piratas roubam-lhe os mantimentos e os passageiros por enquanto ficam apenas batendo panelas, esperando que apareça no distante horizonte algum sinal de salvação.
O empresário afirma que o equívoco da presidente foi sua reeleição. “Durante o primeiro mandato ainda seria possível nos fazer acreditar que a senhora estava muito bem-intencionada e que o seu sonho seria tentar transformar as suas crenças ideológicas em ações para o bem do povo e consequentemente da nação.”
Ele diz que poderia ficar calado, por conveniência, mas diante de tantos desatinos e desacertos que comprometem o futuro do País dos nossos netos, decidiu publicar sua carta aberta na rede social.


FONTE: http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=50250424884

A delação de Pinheiro é feita para impedir que Lula seja preso.( LULA CONSEGUIU UMA SAÍDA)

LULA CONSEGUIU UMA SAÍDA
A delação de Léo Pinheiro é a saída de Lula pelo STF. A matéria da Folha diz que o ex-presidente da OAS vai entregar pagamentos de propina para políticos com foro privilegiado.
Essa informação é preciosa, pois permitirá que a defesa de Lula questione a competência da investigação. Caberá ao STF decidir se fatia ou não o caso.
Ou seja, a investigação do triplex e do sítio pode subir para o Supremo e lá ficar.
Mesmo que volte para Curitiba, Léo Pinheiro vai dizer que "preparou o apartamento do Guarujá para Marisa", isentando Lula de responsabilidade.
A delação de Pinheiro é feita para impedir que Lula seja preso.
O Antagonista .



A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS.




Novo ministro da Justiça estreia rasgando a Constituição! É um escárnio! Dilma, cuidado com a improbidade administrativa!

Não há interpretação possível que justifique a nomeação de Wellington César se ele não se desligar do Ministério Público da Bahia. É o que diz a Constituição. É o que diz o Supremo. É que o diz a vergonha na cara


A escolha de Wellington César Lima e Silva, do Ministério Público Estadual da Bahia, para a pasta da Justiça é escandalosamente inconstitucional. Não há dúvida a respeito. A menos que ele ponha fim à sua carreira de promotor, não pode assumir o ministério. Ou então que se dê a Dilma Rousseff o direito de rasgar a Constituição quando isso lhe parecer conveniente.
O Artigo 128 da Constituição, no Parágrafo 5º, Inciso II, alínea d, permite que um membro do Ministério Público atue, ainda que em disponibilidade, apenas no magistério. Não pode ser ministro de estado. Mais: o próprio Supremo já se pronunciou uma penca de vezes a respeito.
Reproduzo uma vez mais trecho de um voto de Ricardo Lewandowski, que cita uma penca de decisões de colegas seus de tribunal:
“Sobre essa matéria, o Tribunal Pleno decidiu, por unanimidade, em sede cautelar, na ADI 2.534/MG, Rel. Min. Maurício Corrêa, que o ‘afastamento de membro do Parquet [Ministério Público] para exercer outra função pública viabiliza-se apenas nas hipóteses de ocupação de cargos na administração superior do próprio Ministério Público’, acrescentando ser inadmissível a ‘licença para o exercício dos cargos de Ministro, Secretário de Estado ou seu substituto imediato.
(…)
Na realidade, esta Suprema Corte, em diversos precedentes (ADI 2.084/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO ADI 2.836/RJ, Rel. Min. EROS GRAU – ADI 3.298/ES, Rel. Min. GILMAR MENDES – ADI 3.838-MC/DF, Rel. Min. CARLOS BRITTO – ADI 3.839-MC/MT, Rel. Min. CARLOS BRITTO – MS 26.325-MC/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.), estabeleceu orientação no sentido de que membros do Ministério Público, especialmente aqueles que ingressaram na Instituição após a promulgação da vigente Constituição, não podem exercer cargos ou funções em órgãos estranhos à organização do Ministério Público, somente podendo titularizá-los, se e quando se tratar de cargos em comissão ou de funções de confiança em órgãos situados na própria estrutura administrativa do Ministério Público’. (grifos no original).”
Retomo
É um despropósito que Dilma resolva afrontar a Constituição ao escolher nada menos do que seu ministro da Justiça. E a quem caberia ter alertado a presidente para a inconstitucionalidade? Ora, à Casa Civil. Ocorre que foi justamente o lulista Jaques Wagner a escolher Wellington César para o cargo.
Auxiliares de Wagner e do próprio José Eduardo Cardozo estariam elaborando um parecer em que alegam que membro do Ministério Público Estadual não pode ser secretário e integrante do Ministério Público Federal não pode ser ministro. Mas não haveria impedimento para que um integrante do MPE exercesse cargo federal.
É uma aberração! Onde está escrito isso? A Constituição, por acaso, foi reescrita, e ninguém nos avisou?
A palhaçada chega a tal ponto que membros do Ministério da Justiça dizem que decisão do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) permite que seus membros ocupem qualquer cargo. Notável! Então, agora, o CNMP pode mais do que a Constituição!
Até haveria um fiapo de debate se Wellington César tivesse entrado no Ministério Público antes de 1988. Mas não! Ele passou a integrá-lo em 1991. E não há debate possível a respeito. Sua nomeação é inconstitucional.
Caso Wellington César decida declinar do convite, é até possível que Dilma indique alguém pior do que ele. Não interessa. Não podemos ter um ministro da Justiça ao arrepio da Constituição.
E lembro outra coisa a Dilma. Não cometa outro crime de responsabilidade — no caso, de improbidade administrativa. Leiam o que diz o item 5 do Artigo 9º da Lei 1.079:
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:

(…)
5 – infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais;
Os petistas agora estão dizendo que tudo não passa de pressão política da oposição… Entendi. Rasgar a Constituição é coisa para o governo; preservá-la, para a oposição.
Para lembrar
Pedro Taques (PSDB), hoje governador do Mato Grosso, era procurador da República. Quando decidiu se candidatar, em 2010, deixou o Ministério Público Federal, ora bolas! Vale para os promotores e procuradores o que vale para os juízes, até porque todos eles têm praticamente as mesmas garantias. Não agiu de modo diferente o hoje governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Tornou-se um ex-juiz federal quando decidiu ser político.
A natureza do Ministério Público, federal ou estadual, é a sua independência. Fico a imaginar o sr. Wellington César a retomar a sua carreira de “promotor independente”, depois de ter servido a um projeto de poder.
Isso é um escárnio.
Não entre nessa, Wellington César. Ou deixe a sua função no Ministério Público.
Um ministro da Justiça não pode estrear no cargo rasgando a Constituição.


Manual para a eliminação da liberdade por meio de processos democráticos por Fernando Cruz Gabriel by IMB


Seguindo estes seis simples passos, você consegue eliminar as liberdades econômicas e sociais de um país utilizando processos puramente democráticos. E com o apoio da maioria da população.

1. Expanda o funcionalismo público
Comece elevando sistematicamente os gastos do governo, aumentando o número de empregados no setor público e dando a esses funcionários públicos toda a sorte de direitos sem quaisquer obrigações relevantes.
Quanto menores forem a experiência no setor privado e o grau de conhecimento prático destes funcionários melhor: dessa forma, as possibilidades de emprego fora do setor público estão drasticamente limitadas ou serão mesmo inexistentes.
2. Impossibilite a reversão da estatização da sociedade
A melhor maneira de garantir a irreversibilidade da estatização da sociedade é pela via constitucional, por meio da consagração de uma série de direitos programáticos e totalitários, contra os quais qualquer reforma liberalizante inevitavelmente colidirá.
Em particular, é crucial garantir a impossibilidade prática de se demitir os funcionários públicos.  Mais ainda: é essencial incutir-lhes a noção do "direito adquirido", para que eles jamais, em hipótese alguma, aceitem qualquer redução salarial, ou mesmo não-aumentos salariais.
Este é o exército silencioso que constituirá sempre a primeira e principal barreira a qualquer tentativa de reforma que envolva a reversão da expansão do estado.
Todas as reformas liberalizantes encontrarão feroz oposição por parte dos funcionários e dos respectivos agregados familiares: é a sua subsistência que está em jogo.
A liberdade gera responsabilidades causadoras de angústia e de receio; já a dependência traz a tranquilidade das certezas.
3. Dificulte ao máximo as revisões constitucionais
As chances de uma revisão constitucional com a profundidade necessária para se reverter o totalitarismo são nulas dentro de um sistema representativo que exige que 2/3 dos representantes eleitos concordem com essa revisão.
A partir do momento em que se atinge o número necessário e suficiente de eleitores diretamente dependentes do estado (tanto via funcionalismo público quanto via assistencialismo), os políticos a soldo do interesse destas pessoas serão sempre eleitos.
Consequentemente, com cada vez mais representantes eleitos por essa gente para defender seus interesses, a simples reforma liberalizante do estado torna-se democraticamente impossível.
Com eleições baseadas no princípio do sufrágio universal igualitário, sempre que algumas medidas de corte de gastos ferirem a "constitucionalidade", os políticos defensores do interesse dos dependentes do estado entrarão em cena para barrar tais medidas.  É a reeleição deles que está em jogo.
Na pior das hipóteses, quaisquer medidas que porventura em custos imediatos para a maioria da população dependente do estado, tais medidas serão democraticamente revertidas no próximo ciclo eleitoral.
4. O mercado de trabalho precário deve ser estimulado
Deve-se permitir e até mesmo estimular o desenvolvimento e a expansão de um mercado de trabalho precário paralelo ao setor público e completamente desregulado. Este mercado é muito útil à estatização da sociedade.
A ausência absoluta de quaisquer garantias trabalhistas para esse segmento da mão-de-obra é a melhor forma de manter a pressão sobre os reformistas, enfatizando a "desumanidade do capitalismo selvagem".
Os reformistas liberais não terão qualquer chance de convencer o resto da população de que o trabalho "precário" é gerado, não pelo capitalismo, mas sim pelo "estatismo selvagem", cuja carga tributária necessária para sustentá-lo inviabiliza qualquer formalização da mão-de-obra.
Adicionalmente, o maior anseio de quem vive em condições de extrema incerteza será o de alcançar o "porto seguro" da estabilidade e das benesses do setor público, aumentando assim a pressão para o crescimento do estado.
Periodicamente, devem ser integrados ao estado largos contingentes desta parte da população, em nome da "justiça social". Esse era, afinal, o objetivo estratégico a ser alcançado.
5. A importância do ensino público
A manutenção de um sistema de ensino essencialmente público permite controlar a qualidade ideológica da formação intelectual.
É essencial fazer com que as crianças, desde cedo, sejam doutrinadas a respeito das glórias do estado.  É também essencial evitar, a todo o custo, que as crianças sejam educadas livremente por seus pais.  Daí a importância deameaçar-lhes de prisão caso não coloquem seus filhos na escola para ouvirem o que o estado tem a lhes dizer.
A analogia entre o modo ideal de funcionamento da sociedade e o sistema centralizado e planejado da escola é muito útil para a rejeição futura de estados sociais que não correspondam a um padrão geral de distribuição.
6. Em última instância, recorra aos referendos
Na remota hipótese do esquema precedente não aniquilar por completo qualquer desejo de liberdade e autonomia, e caso surjam alguns grupos sociais que contestem a absorção da sociedade pelo estado, pode-se sempre convocar um referendo legitimador.
A vitória está garantida desde o início, e só um pequeníssimo número de elementos da sociedade se recordará de que houve uma época em que a "democracia" era entendida como um regime político que incluía, para além de eleições regulares, a garantia do primado da lei, da separação de poderes e a proteção das liberdades básicas, designadamente as liberdades políticas, religiosas e econômicas.
Conclusão
Friedrich Engels não duvidava que as eleições e o voto eram os instrumentos mais eficazes para a triunfo da "luta de classes".  Ele deixou isso muito claro no prefácio que escreve em 1895 para a nova edição do ensaio de Karl Marx, Die Klassenkämpfe in Frankreich [As Lutas de Classes na França de 1848 a 1850], originalmente publicado em 1848:
Se isto continuar assim, conquistaremos até ao fim do século a maior parte das camadas médias da sociedade, tanto os pequenos burgueses como os pequenos camponeses, e transformar-nos-emos na força decisiva do país perante a qual todas as outras forças, quer queiram ou não, terão de se inclinar.
Manter ininterruptamente este crescimento até que ele se torne mais forte que o sistema de governo atual, não desgastar em lutas de vanguarda esta força de choque que dia a dia se reforça, mas sim mantê-la intacta até ao dia da decisão — esta é a nossa principal tarefa.
A ironia da história universal põe tudo de cabeça para baixo. Nós, os "revolucionários", os "subversivos", prosperamos muito melhor com os meios legais do que com os ilegais e com a subversão. Os partidos da ordem, como eles se intitulam, afundam-se com a legalidade que eles próprios criaram.
A democracia — entendida como a garantia da igualdade intrínseca aos direitos de participação política e da máxima inclusão nos processos de decisão coletiva da população adulta — não produz nem preserva, necessariamente, a liberdade. Para Tocqueville, a tensão entre democracia e liberdade era perfeitamente evidente, bem como os perigos potenciais que a primeira colocava à segunda.
Engels também o sabia, embora fizesse um juízo de valor obviamente diferente do de Tocqueville quanto às potenciais consequências "iliberais" da democracia.
Algumas lições antigas podem, por vezes, revelar-se apropriadas.
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Fernando Cruz Gabriel é colunista do site português O Insurgente.