sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O que é realmente o socialismo e qual o seu maior problema por Jesús Huerta de Soto

                                                Sim, vivemos sob o socialismo

Não há nada mais prático do que uma boa teoria. 

Por isso, proponho-me a explicar em termos teóricos o que é o socialismo e por que ele não apenas é um erro intelectual, como também é uma impossibilidade científica.  Mostrarei por que ele se desmoronou — ao menos o socialismo real — e por que o socialismo que segue existindo na forma de intervencionismo econômico nos países ocidentais é o principal culpado pelas tensões e conflitos de que padece o mundo atual. 

Ainda estamos vivendo em um mundo essencialmente socialista, não obstante a queda do Muro de Berlim; e continuamos tolerando os efeitos que, segundo a teoria, são próprios da intervenção do estado sobre a vida social.
Para definir o socialismo, é necessário antes entendermos o conceito de "função empresarial".  Os teóricos da economia dizem que a função empresarial é uma capacidade inata do ser humano.  Não estamos nos referindo aqui ao empresário típico que leva adiante um empreendimento.  Estamos nos referindo, isso sim, à capacidade inata que todo ser humano tem de descobrir, criar, tomar conhecimento das oportunidades de lucro que surgem ao seu redor e atuar de modo a se aproveitar das mesmas. 
Com efeito, etimologicamente, a palavra 'empresário' evoca o descobridor, alguém que percebe algo e aproveita a oportunidade.  Em termos mais figurativos, seria a lâmpada que se acende.
A função empresarial é a mais essencial das capacidades do ser humano.  Essa capacidade de criar e de descobrir coisas é o que, por natureza, mais nos distingue dos animais.  Neste sentido geral, o ser humano, mais do que um homo sapiens é um homo empresario
Quem seria, portanto, um empresário?  Não se trata apenas de Henry Ford ou de Bill Gates, que sem dúvida alguma são grandes empresários no âmbito comercial e econômico.  Um empresário é toda e qualquer pessoa que tenha uma visão criativa, uma visão revolucionária.  Madre Teresa de Calcutá, por exemplo.  Sua missão era ajudar aos mais necessitados, e ela buscava fazer isso de forma criativa, unindo voluntários e canalizando os desejos de todos para o seu objetivo.  Por isso, Teresa de Calcutá foi um exemplo paradigmático de empresário.
Portanto, entendamos a função empresarial como sendo a mais íntima característica de nossa natureza como seres humanos, a característica que explica o surgimento da sociedade e o seu desenvolvimento como uma extremamente complicada rede de interações.  A sociedade é formada por inúmeras relações de interação e troca entre indivíduos, relações estas que são empreendidas porque, de alguma forma, imaginamos que estaremos melhor após elas.  Todas estas relações são impulsionadas por nosso espírito empresarial.
Todo ato empresarial produz uma sequência de três etapas.
A primeira consiste na criação da informação: quando um empresário descobre ou cria uma ideia nova; quando ele gera em sua mente uma informação que antes não existia. 
Para colocar essa descoberta em prática, ele parte para a segunda etapa, que é quando ele combina recursos para satisfazer necessidades.  Se, de um lado, ele percebe que há um recurso barato e mal aproveitado, e, do outro, ele descobre que há demandas que podem ser satisfeitas com este recurso, ele irá atuar de modo a coordenar este "desarranjo". Ele irá comprar barato o recurso, utilizá-lo, transformá-lo, e vendê-lo a um preço maior, satisfazendo assim a demanda que ele havia percebido. 
Desta forma, a informação é transmitida a todos, o que nos leva à terceira e última etapa, que é quando os agentes econômicos, atuando de maneira descoordenada, observam, aprendem e descobrem que devem conservar e economizar melhor um determinado recurso porque alguém o está demandando. 
Estes são os três planos que completam a sequência: criação de informação, transmissão de informação e, o mais importante, o efeito de coordenação gerado pelas duas etapas anteriores. 
Desde o momento em que acordamos e nos levantamos da cama até o momento em que voltamos a dormir, disciplinamos nosso comportamento em função das mais distintas necessidades, em função das necessidades de pessoas que nem sequer conhecemos; e fazemos isso por iniciativa própria porque, seguindo nosso próprio interesse empresarial, sabemos que assim saímos ganhando.  É importante entendermos tudo isso porque, em contraste, vejamos agora o que é o socialismo.
O socialismo deve ser definido como sendo "todo e qualquer sistema de agressão institucional e sistemática contra o livre exercício da função empresarial".  O socialismo consiste em um sistema de intervenção que se impõe pela força, utilizando todos os meios coercitivos do estado. 
O socialismo poderá apresentar determinados objetivos como sendo bons, mas terá de impor estes objetivos supostamente bons por meio de intervenções coercivas que provocarão distúrbios neste processo de cooperação social protagonizado pelos empresários.  Sendo assim — e essa é sua principal característica —, o socialismo funciona por meio da coerção.  Esta definição é muito importante porque os socialistas sempre querem ocultar sua face coerciva, a qual é a essência mais distintiva de seu sistema.
A coerção consiste em utilizar a violência para obrigar alguém a fazer algo.  De um lado temos a coerção do criminoso de rua que assalta um indivíduo qualquer; de outro temos a coerção do estado, que é a coerção que caracteriza o socialismo.  Quando a coerção é aleatória, não sistemática, o mercado tem, na medida do possível, seus próprios mecanismos para definir direitos de propriedade e defender-se da criminalidade. 
Porém, se a coerção é sistemática e advém institucionalmente de um estado que detém todos os instrumentos do poder, a possibilidade de nos defendermos destes instrumentos e evitá-los é muito reduzida.  É neste ponto que o socialismo manifesta sua realidade em toda a sua crueza.
O socialismo não deve ser definido unicamente em termos de propriedade pública ou privada dos meios de produção.  Isso é um arcaísmo.  A essência do socialismo é a coerção, a coerção institucional oriunda do estado, por meio da qual se pretende que um órgão planejador se encarregue de todas as tarefas supostamente necessárias para se coordenar toda uma sociedade. 
A responsabilidade é retirada à força dos indivíduos — que são naturalmente os únicos responsáveis por sua função empresarial, e que almejam seus objetivos e querem alcançá-los utilizando os meios mais adequados para tal — e repassada a um órgão planejador que, "lá de cima", pretende impor por meio da coerção sua visão específica de mundo e seus objetivos particulares. 
[N. do E.: no Brasil, pense nas agências reguladoras que cartelizam todo o mercado e impedem a livre iniciativa e a livre concorrência, em todos os ministérios que impõem a agenda de seus integrantes sobre toda a população brasileira, em toda a burocracia que atrapalha o empreendedorismo dos pequenos, e em toda a carga tributária que impede o surgimento de novas empresas].
Nesta definição de socialismo, vale enfatizar que é irrelevante se este órgão planejador foi ou não eleito democraticamente.  O teorema da impossibilidade do socialismo se mantém intacto, sem nenhuma modificação, independentemente de ser democrática ou não a origem do órgão planejador que quer impor à força a coordenação de toda a sociedade.
Definido o socialismo desta maneira, expliquemos então por que ele é um erro intelectual. 
O socialismo é um erro intelectual porque é impossível que o órgão planejador encarregado de exercer a coerção para coordenar a sociedade obtenha todas as informações de que necessita para fornecer um conteúdo coordenador às suas ordens.  Este é o grande paradoxo do socialismo, e o seu maior problema.  O planejador da economia necessita receber um fluxo ininterrupto e crescente de informação, de conhecimento e de dados para que seu impacto coercivo — a organização da sociedade — tenha algum êxito. 
Mas é obviamente impossível uma mente ou mesmo várias mentes obterem e processarem todas as informações que estão dispersas na economia.  As interações diárias entre milhões de indivíduos produzem uma multiplicidade de informações que são impossíveis de serem apreendidas e processadas por apenas um seleto grupo de seres humanos.
Os teóricos da Escola Austríaca de Economia, Mises e Hayek, elaboraram quatro argumentos básicos no debate que mantiveram durante a primeira metade do século XX contra os teóricos da economia neoclássica, os quais nunca foram capazes de entender o problema inerente ao socialismo.
E por que não foram capazes de entendê-lo?  Pelo seguinte motivo: eles acreditavam que a economia funcionava exatamente como nos livros-textos de faculdade.  Mas o que os livros-textos ensinam em relação ao funcionamento da economia de mercado é radicalmente falso e fictício.  Tais manuais baseiam suas explicações sobre o mercado em termos matemáticos que supõem um ajuste perfeito.  É como se o mercado fosse uma espécie de computador que ajusta de maneira automática e perfeita os desejos dos consumidores à ação dos produtores.  O modelo ideal dos manuais é o da concorrência perfeita, descrito pelo sistema de equações simultâneas de Walras. 
Quando era universitário, minha primeira aula de economia foi com um professor que começou sua explanação com a seguinte e espantosa frase: "Suponhamos que todas as informações sejam conhecidas".  E logo em seguida ele se pôs a encher o quadro-negro com funções, curvas e fórmulas.  Esta é exatamente a hipótese da qual partem os neoclássicos: todas as informações são conhecidas e nada se altera; tudo é estático.  Mas esta hipótese é radicalmente irreal.  Ela vai contra a característica mais típica do mercado: a informação nunca é conhecida por todos; ela está dispersa pela economia.  Ela não é um dado constante que está ali para ser consultado a qualquer momento.  O conhecimento dos dados surge continuamente em decorrência da atividade criativa dos empresários: novos fins são almejados, novos meios são criados e utilizados.  Logo, qualquer teoria econômica construída a partir deste pressuposto irreal está fatalmente errada.
Os economistas neoclássicos pensaram que o socialismo era possível porque supuseram que todos os dados necessários para elaborar o sistema de equações simultâneas de Walras e encontrar sua solução eram "conhecidos".  Não foram capazes de apreciar o que ocorria neste mundo que tinham de investigar cientificamente; por conseguinte, não conseguiram entender o que realmente se passava.
Somente a Escola Austríaca seguiu um paradigma distinto.  Ela nunca supôs que as informações já estavam dadas e eram conhecidas por todos.  Ela sempre considerou que o processo econômico era impulsionado por empresários que continuamente incorrem em transações e descobrem novas informações.  Somente ela foi capaz de entender e explicar que o socialismo era um erro intelectual.  Ela desenvolveu seu argumento utilizando quatro enunciados: dois podem ser considerados "estáticos" e os outros dois podem ser considerados "dinâmicos".
Em primeiro lugar, a Escola Austríaca afirma, como já dito, ser impossível o órgão planejador coletar e utilizar corretamente todas as informações de que necessita para imprimir um conteúdo coordenador às suas ordens.  O volume de informações que os seres humanos manejam e com as quais lidam diariamente é imenso, de modo que é impossível gerir o que sete bilhões de seres humanos têm na cabeça.  Embora os neoclássicos não tenham sequer conseguido entender este argumento, ele é o mais fraco e o menos importante.  Ao fim e ao cabo, nos dias de hoje, com toda a capacidade informática existente, é um pouco mais fácil lidar com volumes imensos de informação.
O segundo argumento é muito mais profundo e contundente.  A informação com que lida o mercado não é objetiva; não é como a informação que se encontra impressa em um catálogo.  A informação empresarial possui uma natureza radicalmente distinta; ela é uma informação subjetiva, e não objetiva.  Ela é tácita, por assim dizer.  Ela é do tipo "sabemos algo, temos a técnica, a prática e o conhecimento, mas não sabemos no que tudo isso consiste detalhadamente." 
Explicando de outra forma: é como a informação necessária para andar de bicicleta.  É como se alguém quisesse aprender a andar de bicicleta estudando as fórmulas físicas e matemáticas que expressam o equilíbrio que mantém o ciclista enquanto ele pedala.  O conhecimento necessário para saber andar de bicicleta não é adquirido desta forma, mas sim mediante um processo prático de aprendizagem, normalmente bem acidentado, que finalmente permite entender como se equilibra sobre uma bicicleta, além de detalhes fundamentais, como o de que, ao fazermos as curvas, temos de nos inclinar para não cairmos.  É bem provável que Miguel Indurain desconheça os detalhes das leis da física que o permitiram vencer o Tour de France por cinco anos consecutivos, mas ele indubitavelmente possui o conhecimento de como se anda em uma bicicleta.
A informação implícita não pode ser moldada de maneira formalizada e objetiva; tampouco pode ser transmitida corretamente a um órgão planejador.  Só é possível transmitir a um órgão planejador — de modo que este assimile e imponha uma coerção, dando um conteúdo coordenador às suas ordens — uma informação unívoca que não dê brechas a mal entendidos.  Porém, a esmagadora maioria das informações das quais dependemos para sermos bem-sucedidos em nossas vidas não é objetiva; não é informação de catálogo.  É informação subjetiva e tácita.
Mas estes dois argumentos — que as informações são extremamente volumosas e que possuem um caráter subjetivo — não bastam.  Existem outros dois, de caráter dinâmico, que são ainda mais contundentes e cuja implicação inevitável é a impossibilidade do socialismo.
Nós seres humanos somos dotados de uma inata capacidade criativa.  Continuamente descobrimos coisas "novas", almejamos objetivos "novos", e escolhemos meios "novos" para alcançá-los.  É impossível transmitir a um órgão planejador a informação ou o conhecimento que ainda não foi "criado" pelos empresários.  O órgão planejador pode se empenhar o quanto quiser em construir um "nirvana social" por meio de uma publicação diária de decretos e da imposição da força.  Mas, para fazer isso — ou seja, para se alcançar o "nirvana social" — ele tem de saber exatamente o que ocorrerá amanhã.  E o que vai ocorrer amanhã dependerá de uma informação empresarial que ainda não foi criada hoje, e que não pode ser transmitida ainda hoje para que nossos governantes nos coordenem eficientemente amanhã.  Este é o paradoxo do socialismo, a terceira razão.
Mas isso ainda não é tudo.  Existe um quarto argumento que é definitivo.  A própria natureza do socialismo — que, como dito, se baseia na coerção, no impacto coercivo sobre o corpo social ou a sociedade civil — bloqueia, dificulta ou impossibilita a criação empresarial de informação, que é precisamente aquilo de que necessita o governante para dar um conteúdo coordenador às suas ordens.
Esta é a demonstração em termos científicos do motivo de o socialismo ser teoricamente impossível.  É impossível o órgão planejador socialista coletar, apreender e colocar em prática todas as informações de que necessita para imprimir um conteúdo coordenador aos seus decretos.  Esta é uma análise puramente objetiva e científica. 
Não é necessário pensar que o problema do socialismo está no fato de que "aqueles que estão no comando são maus".  Nem mesmo anjos, santos ou seres humanos genuinamente bondosos, com as melhores intenções e com os melhores conhecimentos, poderiam organizar uma sociedade de acordo com o esquema coercivo socialista.  Ela seria convertida em um inferno, já que, dada a natureza do ser humano, é impossível alcançar o objetivo ou o ideal socialista.
Todas estas características do socialismo têm consequências que podemos identificar em nossa realidade cotidiana.  A primeira é seu poder de encanto.  Em nossa natureza mais íntima, sempre encontramos o risco de ceder ao socialismo porque seu ideal nos tenta, porque o ser humano sempre tende a se rebelar contra sua natureza.  Viver em um mundo cujo futuro é incerto é algo que nos inquieta, e a possibilidade de controlar este futuro, de erradicar a incerteza, nos atrai.
Em seu livro A Arrogância Fatal, Hayek diz que, na realidade, o socialismo é a manifestação social, política e econômica do pecado original do ser humano, que é a arrogância.  O ser humano sempre teve o devaneio de querer ser Deus — isto é, onisciente.  Por isso, sempre, geração após geração, temos de estar em guarda contra o socialismo, continuamente vigilantes, e entender o fato de que nossa natureza é criativa, do tipo empresarial. 
O socialismo não é uma simples questão de siglas, abreviações, sindicatos ou partidos políticos em determinados contextos históricos.  O socialismo é uma ideia que está e sempre estará se infiltrando de maneira insidiosa em famílias, comunidades, bairros, igrejas, empresas, movimentos, partidos políticos de todas as ideologias etc.  É necessário lutar continuamente contra a tentação do estatismo porque ele representa o perigo mais original que há dentro dos seres humanos, nossa maior tentação: crer que somos Deus. 
O socialista acredita ser genuinamente capaz de superar o problema da impossibilidade da coleta, da apreensão e da utilização de informações dispersas, problema esse que desacredita totalmente a essência do sistema que ele defende.  Por isso, o socialismo sempre decorre do pecado da soberba intelectual.  Por trás de todo socialista há um arrogante, um intelectual soberbo.  E isso é algo fácil de constatarmos ao nosso redor.
O socialismo não é somente um erro intelectual.  É também uma força verdadeiramente antissocial, pois sua mais íntima característica consiste em violentar, em maior ou menor escala, a liberdade empresarial dos seres humanos em seu sentido criativo e coordenador.  E, como é exatamente isso o que distingue os seres humanos dos outros seres vivos, o socialismo é um sistema social antinatural, contrário a tudo o que o ser humano é e aspira a ser.



Jesús Huerta de Soto , professor de economia da Universidade Rey Juan Carlos, em Madri, é o principal economista austríaco da Espanha. Autor, tradutor, editor e professor, ele também é um dos mais ativos embaixadores do capitalismo libertário ao redor do mundo. Ele é o autor de A Escola Austríaca: Mercado e Criatividade Empresarial, Socialismo, cálculo econômico e função empresarial e da monumental obra Moeda, Crédito Bancário e Ciclos Econômicos.


fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1430

Da Série A Incoerência Esquerdopata II

A Incoerência Esquerdopata II
Karl Marx, o mais influente pensador da esquerda, foi outro hipócrita de carteirinha. Nascido em família de classe média, filho de um advogado bem sucedido, Marx nunca chegou perto da classe trabalhadora sobre a qual escreveu. A luta de classes de que ele tanto fala nunca passou de elucubrações de sua mente, e a pena que escreveu O Capital foi segura por mãos virgens de trabalho pesado.

Da serie A incoerência esquerdopata I


Jean Jacques Rousseau, filósofo francês que deu início ao pensamento de esquerda com sua distorcida noção de que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade, foi o primeiro hipócrita da turma. Ao mesmo tempo em que escreveu um livro sobre como educar as crianças, abandonou todos os seus cinco filhos em um orfanato, sem piedade. Um primor de bondade e compaixão.

O socialismo, mesmo em sua versão democrática, gera uma inigualável destruição ambiental


A América Latina está, mais uma vez, demonstrando ao mundo o veneno social que é o "socialismo democrático", aquela ideologia em pleno vigor na Venezuela e que, inexplicavelmente, possui cada vez mais adeptos entre os jovens dos países desenvolvidos.  (O socialista confesso Bernie Sanders conseguiu arrebatar mais de 13 milhões de votos nas primárias do Partido Democrata). O socialismo — seja ele democrático ou ditatorial — não é destrutivo apenas para a economia de um país, como a história nos mostrou repetidas vezes ao longo do século XX; ele também é inclemente para com a ecologia.
O socialismo e a ecologia
Após o colapso mundial do socialismo no final da década de 1980 e início da de 1990, o Ocidente teve a oportunidade de testemunhar abertamente, pela primeira vez na história, como era tratada a natureza sob um sistema socialista que havia banido por décadas a busca pelo lucro.  Em uma só palavra, era uma catástrofe, como descrito em detalhes em vários livros com títulos como "Ecocídio na URSS".
Neste livro, os autores Murray Feshbach e Alfred Friendly, Jr. fornecem um estudo aprofundado a respeito do "ecocídio" ocorrido na URSS. Abaixo, uma lista de alguns dos problemas mais proeminentes apresentados nesta e em outras fontes:
  • A poluição extrema do Lago Baikal, o mais antigo, o mais profundo e o até então mais limpo corpo de água doce do mundo.  A poluição foi causada por fábricas de papel e por outras indústrias soviéticas que despejavam resíduos não-tratados no lago.
  • O quase desaparecimento do outrora vasto mar de Aral, que secou devido ao desvio de sua água para irrigação, deixando para trás um deserto de sal envenenado por agroquímicos.
  • O desastre nuclear de Chernobyl em 1986, o pior do mundo, causado não apenas por erros de operação, mas também por um projeto negligente que não especificou nenhum recipiente de contenção em caso de acidente.  O acidente nuclear que até então era considerado o pior do mundo àquela época também havia ocorrido na União Soviética: a explosão de um tanque de armazenamento de resíduos sólidos no complexo de armas nucleares de Mayak, em 1957, o que dispersou de 50 a 100 toneladas de resíduos altamente radioativos, contaminando um imenso território a leste dos Urais.
  • Desastrosos incêndios em regiões de turfas nos arredores de Moscou, um legado de projetos soviéticos mal planejados e mal implantados que tinham o objetivo de drenar os pântanos locais.
  • Enormes emissões de gases poluentes em decorrência de uma forte dependência de carvão e de uma matriz energética muito menos eficiente do que as das economias capitalistas.
  • Elevados níveis de poluição do ar nas grandes cidades, causados por fábricas próximas a áreas povoadas e que operavam com um mínimo, ou nenhum, controle de poluição.
  • Práticas agrícolas e florestais destrutivas, levando a uma erosão generalizada e à destruição de habitats.
O mundo também descobriu que os países socialistas da URSS, durante várias décadas, despejavam esgoto não-tratado diretamente em seus rios, lagos e córregos.  O Rio Volga, na Rússia, era tão poluído, que barcos do governo carregavam sinais alertando contra jogar cigarros na água por medo de que os fortes resíduos químicos contidos na água pegassem fogo.  As fábricas não tinham absolutamente nenhum tipo de controle de poluição.  Cardumes encontrados mortos eram algo rotineiro.  A Academia de Ciências da Polônia relatou que, já no início da década de 1990, um terço dos poloneses vivia em áreas classificadas como "desastre ecológico".
Ainda em 1990, os ambientalistas ocidentais noticiaram que cerca de 40% dos cidadãos soviéticos viviam em áreas onde a poluição do ar excedia de três a quatro vezes o limite máximo permitido.  O saneamento era primitivo.  E, onde existia — por exemplo em Moscou — não funcionava adequadamente. Metade de todo o lixo sanitário da capital não era tratado.
Em Leningrado, quase metade de todas as crianças tinham doenças intestinais em decorrência de beberem água contaminada daquilo que um dia já havia sido o abastecimento mais puro da Europa.
A candidatura ao prêmio de local mais poluído do mundo é um dos trágicos legados da União Soviética. Hoje banhado de concreto, o lago Karachai nos montes Urais tornou-se o lixão radioativo de uma das maiores fábricas soviéticas de armamento nuclear. De 1951 a 1968, o despejo de resíduos nucleares enxugou o lago para um terço do seu tamanho original. Ao ser dispersada pelo vento, a poeira radioativa do Lago Karachai contaminou os arredores envenenando cerca de meio milhão de pessoas. Por isso, decidiu-se cobrir o lago com 10 mil blocos de concreto oco.
Quando Boris Yeltsin permitiu a presença de cientistas ocidentais no local, no início da década de 1990, noticiou-se que o nível radioativo nas margens do lago ainda era de 600 röntgens por hora, o suficiente para matar um turista desavisado em trinta minutos.
Já a China, a outra grande economia socialista do mundo, também tem a sua longa lista de pecados ambientais. Em grande parte devido ao uso intensivo de carvão, o país assumiu recentemente a liderança mundial nas emissões de gases causadores de efeito estufa, apesar de ter uma economia cujo tamanho absoluto é metade da economia dos Estados Unidos.
Em termos de qualidade do ar, a China tem 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo. A poluição da água é um desastre nacional generalizado. A liderança chinesa na produção de metais raros foi alcançada em grande parte devido à mineração ilegal, o que causou uma intensa poluição gerada por metais pesados e um consequente desastre na saúde pública local.  Uma crescente porcentagem de poluentes, do mercúrio à fuligem, que está sendo observada na costa oeste dos Estados Unidos tem suas origens na China.
Socialismo versus capitalismo na ecologia
A velha teoria de que a busca pelo lucro em uma economia sem intervenções estatais é a raiz de toda a poluição foi destruída pelos próprios países socialistas.
A primeira razão pela qual o socialismo é mais propenso a desenvolver políticas prejudiciais ao ambiente é que os incentivos econômicos não funcionam sob uma economia socialista.  Em uma sociedade genuinamente capitalista, em que há respeito à propriedade privada, não apenas as empresas poluidoras têm de pagar por eventuais danos à propriedade privada de terceiros, como também as externalidades são plenamente incorporadas aos preços de mercado.  Se o preço da gasolina na bomba refletir integralmente os custos de oportunidade da poluição e o esgotamento de recursos, então os motoristas, independentemente da sensibilidade ambiental de cada um deles, serão forçados a pensar sobre a possibilidade de dirigir menos ou até mesmo de comprar um veículo mais eficiente.
O mesmo princípio se aplica a usuários de energia industrial, sejam eles fabricantes de plásticos, agricultores, ou usinas nucleares.
Já sob o socialismo, os incentivos econômicos para se combater a poluição não funcionam.  Os gestores das indústrias não apenas são insensíveis a incentivos econômicos para a proteção do meio ambiente, como também são insensíveis a todo e qualquer tipo de incentivo econômico.  O sistema soviético, por exemplo, não apenas incentivava a depredação ambiental, como também era esbanjador e gerava desperdícios em todos os sentidos possíveis.  Ele desperdiçava trabalho, capital, energia, recursos naturais, cimento, aço, carvão, tratores, fertilizantes, madeira, água — desperdiçava tudo.  Por quê? Porque não havia busca pelo lucro.
O segundo motivo pelo qual o socialismo tende a ser mais poluidor do que um genuíno capitalismo está relacionado às atitudes sociais que surgem quando não há direitos de propriedade.  Onde há direitos de propriedade bem definidos, sempre haverá um proprietário que resistirá à transgressão, seja ela feita por pessoas a pé ou por produtos químicos nocivos jogados no ar.  Sim, é verdade que o sistema judiciário não funciona perfeitamente.  Muitas vezes, os proprietários não conseguem proteger adequadamente os seus direitos.  Mas os direitos existem.  Se não estão sendo impingidos, isso é culpa do estado, que detém o monopólio do sistema judiciário.  Adicionalmente, quando a noção de propriedade privada se torna generalizada, ocorrendo até mesmo sobre minúsculos pedaços de terra, o respeito aos direitos de propriedade de terceiros também se torna difuso — embora, infelizmente, não de forma universal.
Adicionalmente, sob o capitalismo, entidades ambientais podem utilizar os mecanismos de propriedade privada para proteger habitats críticos.  Veja ótimos exemplos práticos aqui e aqui.  Por fim, a propriedade privada dos meios de comunicação pode sustentar uma voz independente para mídias alternativas, que podem então divulgar suas causas ambientais.  Até os eco-socialistas desfrutam da proteção da propriedade privada em seus sites e suas conferências.
Já em um sistema socialista, os produtores detêm o total controle das alavancas do poder político.  Na condição de empresas estatais, eles não são apenas meros lobistas; eles são parte integrante da estrutura do governo.  Na URSS, por exemplo, todo o sistema de incentivos da economia soviética, desde o Politburo até o gerente de uma fábrica local, estava focado em apenas uma coisa: alcançar as inatingíveis metas de produção do Plano Quinquenal.  O ambiente sempre era a vítima.
Portanto, ao contrário de países capitalistas que respeitam a propriedade privada — e que, por isso, responsabilizam judicialmente os responsáveis pelos danos que causam a terceiros —, nos países socialistas, os políticos responsáveis pela poluição causada pelas indústrias nacionalizadas ou pela poluição sofrida por rios, lagos e lagoas (que são de propriedade do governo) têm pouca ou nenhuma responsabilidade sobre o ocorrido. 
A propriedade estatal dos recursos naturais significa, com efeito, que ninguém é dono de nada; e se ninguém é dono de nada, então todos esses recursos serão explorados, abusados e utilizados em excesso.  A ausência de direitos de propriedade e de um sólido e independente sistema judiciário é uma receita para o desastre ecológico.
Quando um horrível acidente causou uma letal explosão em uma plataforma de petróleo no Golfo do México, a British Petroleum, uma empresa privada, imediatamente criou um fundo de US$ 20 bilhões, o qual a empresa sabia que teria de utilizar para pagar pelos estragos. 
Em contraste, quando o governo do México provoca desastres ambientais e humanos muito piores no Golfo do México, ele rotineiramente nada faz, alegando "imunidade soberana". 
Desde 2015, a Pemex, a empresa petrolífera estatal do país, causou três catastróficas explosões em suas plataformas de petróleo, resultando em várias mortes, em muitos feridos, e em severas poluições do ar e do oceano.  O governo mexicano, inacreditavelmente, alegou que não houve derramamento do petróleo, o que rapidamente foi desmentido por imagens de satélite mostrando uma mancha de óleo de quase 5 quilômetros de extensão.
[N. do E.: para ver a posição libertária sobre o desastre causado pela mineradora Samarco, veja este artigo].
As Olimpíadas do Rio
A cobertura televisiva das Olimpíadas 2016 no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, já está mostrando os horrendos problemas de poluição daquele país, o qual foi governado por mais de 13 anos pelos "socialistas democráticos" do Partido dos Trabalhadores, o qual orgulhosamente proclama ser o "socialismo revolucionário" a ideologia que o define.  Além de criar uma das piores pobrezas no mundo, o governo brasileiro também conseguiu transformar as outrora belas praias do país em fétidos esgotos.
Um artigo publicado no dia 2 de agosto no jornal britânico The Daily Mail relatou as conclusões de um estudo sobre a poluição no Rio de Janeiro às vésperas das Olimpíadas.  Eis uma amostra do que foi relatado (clique no link para ver as horrendas fotos):
* Os atletas foram alertados a não colocarem suas cabeças dentro da água.
* Os níveis virais na Baía de Guanabara, onde ocorre a prova de triatlo, estão 1,7 milhão de vezes acima do limite aceitável nos EUA e na Europa.
* O lixo boiando sobre algumas regiões da baía é tão volumoso que você não consegue ver a água; ratos vivem e se procriam sobre o lixo flutuante.
* Um cadáver boiando e um braço decepado foram recentemente vistos na Baía de Guanabara.
* Há níveis extremamente elevados de vírus na areia das praias.
* O nível viral na Marina da Glória, onde ocorrerão as provas de vela, está vários milhares de vezes acima do limite máximo tolerado nos EUA.
* "Línguas negras de águas fétidas de esgoto" são "comuns" na "elegante" praia de Ipanema.
* Vastas ilhas formadas por lodo de esgoto são avistadas durante a maré baixa, despejadas ali por prédios residenciais.
* Vários rios estão "da cor preto-alcatrão" por causa da poluição.
Tais tipos de pesadelos ecológicos também já se tornaram comum em outra vitrine latino-americana do "socialismo democrático": a Venezuela vivencia hoje um maciço desflorestamento, e seu Lago Maracaíbo está sendo poluído a uma taxa de 38.000 litros de esgoto por segundo, despejado diretamente nele por dois milhões de residências ao redor do lago.  Mais de 800 empresas, praticamente todas elas ligadas à estatal petrolífera PDVSA, têm permissão do governo para despejar resíduos industriais no lago.
Já o enorme Lago Valencia também está "maciçamente poluído", com relatos de que a PDVSA já encheu mais de 15.000 poços de armazenamento de petróleo com uma borra contaminada oriunda do petróleo explorado nas adjacências.  Essa borra inevitavelmente irá contaminar o lençol aquático.
Uma lição que todos os defensores do "socialismo democrático" — principalmente os adolescentes sonhadores — devem aprender é que o socialismo, democrático ou ditatorial, não apenas destrói seu futuro econômico (especialmente dos adolescentes), como também inflige danos irreparáveis ao ambiente no qual vivem.
O socialismo, sempre e em todos os lugares, é um desastre econômico e ambiental.


Thomas DiLorenzo é professor de economia no Loyola College, em Maryland e membro do corpo docente senior do Mises Institute. É o autor dos livros The Real LincolnLincoln Unmasked, How Capitalism Saved America: The Untold History of Our Country, From the Pilgrims to the Present, Organized Crime: The Unvarnished Truth About Government e, mais recentemente, The Problem with Socialism.
Edwin Dolan é economista e Ph.D. pela Universidade de Yale.  De 1990 a 2001, lecionou em Moscou, onde ele e sua mulher fundaram o American Institute of Business and Economics (AIBEc), um programa de MBA independente e sem fins lucrativos.  Desde 2001, ele já lecionou em várias universidades da Europa, como Budapeste, Praga e Riga.  É autor do livro TANSTAAFL, the Economic Strategy for Environmental Crisis.


fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2484

As fragorosas incoerências de quem se diz socialista e progressista por Lawrence W. Reed,


 
Qual o problema com socialistas progressistas?  Só para ficar no básico: eles prometem a paz e a harmonia (quando não estão incitando a inveja e o roubo), mas entregam revolta e conflito.  Eles gostam de jogar uma classe contra a outra.  Eles prosperam com o discurso do vitimismo e do coitadismo.  Eles desprezam a responsabilidade individual e a delegam a um amorfo "coletivo".   Eles estimulam o pensamento grupal e a mentalidade de manada.  Eles abolem a individualidade e esvaziam os humanos de sua humanidade. Os socialistas oferecem favores, subsídios e segurança econômica, nenhum dos quais podem ser mantidos, tampouco gerar os resultados pretendidos.  E, tão logo essas políticas se revelam um fracasso retumbante, eles despreocupadamente ignoram suas consequências como se nada tivessem a ver com isso
Eles dão mais valor a palavras bonitas e a declarações de boas intenções do que às reais consequências e realidades de seus atos.  Eles estão em constante guerra com a natureza humana.  Eles são o equivalente intelectual daquele traficante de drogas que tenta criar dependência e impor um paternalismo sobre os outros.  Eles parecem adorar a burocracia por sua própria natureza, pois se opõem a todas as idéias voltadas para reduzi-la.
Como bem disse Ludwig von Mises, ainda em 1944, em seu livro Burocracia:
Os proponentes do socialismo chamam a si próprios de progressistas, mas defendem um sistema que se caracteriza pelo mais rígido imobilismo, pela mais estrita manutenção da rotina, e por uma resistência a todo e qualquer tipo de avanço e de aumento da eficiência. 
Eles gostam de se dizer liberais, mas defendem medidas que aniquilam a liberdade individual. 
Eles se dizem democratas, mas anseiam por uma ditadura (desde que estejam no comando). 
Eles se dizem revolucionários, mas querem tornar o governo onipotente. 
Eles prometem as bênçãos do Jardim do Éden, mas planejam transformar o mundo em um gigantesco DETRAN.  Todos os indivíduos meros balconistas seguindo ordens do burocrata do alto escalão. 
Que utopia sedutora! Que causa mais nobre pela qual lutar!
Os socialistas progressistas defendem a concentração poder nas mãos de pessoas cujo caráter faz delas as mais suscetíveis à corrupção.  Eles defendem a espoliação das pessoas "para o seu próprio bem".  Seus esquemas sempre são compulsórios, nunca voluntários.  Eles têm desdém pelas mais elementares lições de economia e de história porque juram que, se da próxima vez tentarem com mais afinco, tudo será diferente.
Um alerta aos "socialistas bem intencionados": governo grande atrai gente de caráter abominável
Um dos mais negligenciados argumentos contra o "socialismo democrático" — um que os socialistas progressistas mais ignoram — é aquele que enfatiza a inevitável conexão entre governo grande e caráter abominável. 
Os socialistas progressistas mais sonhadores dizem que irão eleger e formar um governo virtuoso, um governo formado por homens e mulheres, negros e brancos, gays, heterossexuais e transgêneros honestos, humildes, sábios, sensatos, independentes, responsáveis, incorruptíveis, respeitosos e com uma visão voltada para o futuro do país.
Tal raciocínio mostra como os socialistas progressistas são profundamente contraditórios.  Eis o ponto principal: quanto maior e mais poderoso se torna o governo, menores são as chances de ele atrair pessoas com essas virtudes.
Vocês "socialistas democráticos" ainda não perceberam quão baixas e asquerosas as campanhas políticas se tornaram?  Mentiras cabeludas e distorções gritantes já se tornaram uma característica corriqueira da política atual.  Óbvio: o prêmio almejado por esse gente é o poder de mandar em nossas vidas e a licença para controlar um orçamento trilionário, comprando favores com o dinheiro dos outros e ganhando agrados.  A consequência inevitável disso é a deterioração do caráter de quem está em busca desse prêmio.
Por que uma pessoa genuinamente boa e bem intencionada iria querer se sujeitar a essa imundície?  Pessoas genuinamente boas querem é manter distância desse esgoto, deixando o campo aberto para todos os tipos de demagogos desprezíveis.  A menos que você goste de chafurdar na lama com os porcos, você simplesmente irá querer distância dessa gente.
Se um "socialista progressista e democrático" diz querer entrar no governo para adotar medidas mais socialistas, então sabemos qual o seu real caráter.
Lord Acton famosamente disse, há mais de um século, que "o poder corrompe, e o poder total corrompe totalmente".  Embora ele tenha acertado na mosca, ainda cabe um acréscimo: "O poder atrai os corruptos".
Se você, socialista democrático e progressista, defendeu essa monstruosa expansão do governo federal nas últimas décadas, ou possui uma lista de coisas que gostaria que o governo fizesse a mais, pois acredita que ele ainda não faz o bastante, você não tem direito de sair por aí parolando sobre como a política está fétida e sobre como seria bom se tivéssemos políticos bons e honestos.  Você é parte do problema.  Um governo agigantado, que se intromete em tudo e que detém amplos poderes regulatórios sobre a sociedade e a economia, como você defende, é, por sua própria e inevitável natureza, sujo e desonesto.  Esse é o tipo de gente que ele irá atrair.  E é isso que o poder concentrado sempre gera.
É uma ingenuidade — comprovada empiricamente pela história — acreditar que pessoas boas e honestas irão permanecer boas e honestas se elas detiverem o poder de gerenciar e redistribuir um orçamento trilionário anualmente, regulando cada aspecto da nossa vida e da economia.  Esse tipo de poder pode transformar um santo em pecador em um curtíssimo espaço de tempo.
Quanto mais o governo cresce, mais pessoas sem caráter ele atrai.  Quanto mais as regulamentações e os poderes do estado se expandem, mais a liberdade do indivíduo honesto encolhe prol do crescimento dos escroques.  Apenas pense adiante e tente imaginar como será o futuro caso o governo federal continue crescendo a este ritmo, como defendem os socialistas progressistas.  Daqui a algumas décadas, quando ele estiver controlando 50, 60 ou mesmo 70% da renda nacional, ele estará repleto de tipos arrogantes, manipuladores, de fala bonita mas de caráter desprezível.  Não serão pessoas sábias e sensatas o bastante para perceber que não são sábias e sensatas o bastante para controlar nossas vidas e regular a economia.  E então, quando finalmente vocês perceberem que colocaram os piores dentre nós no controle de uma máquina espoliadora gigantesca, será tarde demais.
O poder atrai pessoas ruins e pessoas ruins não saem de cena sem causar estragos.
Governo grande, com grandes poderes, atrai gente sem caráter.  Socialistas progressistas, que são os mais incansáveis defensores desse arranjo, parecem simplesmente não entender isso.
Conclusão
Ao contrário do que dizem os socialistas progressistas, a escolha entre capitalismo e socialismo não é uma mera escolha entre sistemas alternativos de organização social, uma preferência a ser dada a um sistema em relação a outro.  Essa alternativa não existe.
Como disse Mises em Ação Humana:
O socialismo não pode ser realizado porque está além dos poderes do homem instaurá-lo como um sistema social. A escolha é entre o capitalismo e o caos.
Um homem que escolher entre beber um copo de leite e um copo com cianureto de potássio não estará escolhendo entre duas bebidas: estará escolhendo entre a vida e a morte. Uma sociedade que escolher entre capitalismo e socialismo não estará fazendo uma escolha entre dois sistemas sociais: estará escolhendo entre a cooperação social e a desintegração da sociedade.
O socialismo não é uma alternativa ao capitalismo; é uma alternativa na qual os homens não viveriam como seres humanos. A tarefa da economia é demonstrar esse fato, assim como a tarefa da biologia e da química é mostrar que o cianureto de potássio não é uma bebida, mas um veneno mortal.




fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2487

Por que o “efeito multiplicador” é uma brutal falácia keynesiana por Yonatan Mozzini,

                                 Um seguidor fervoroso da teoria do "efeito multiplicador"

Uma das coisas mais importantes ao estudar economia é saber distinguir ação de reação, causa de efeito — ou, tecnicamente falando, variável dependente de variável independente.
O cachorro ficou molhado porque saiu da casinha e pegou chuva ou está chovendo porque o cachorro saiu da casinha molhado?  Por incrível que pareça, a depender dos métodos econométricos — com os quais os economistas atuais têm praticamente uma tara —, muitas vezes essa pergunta não pode ser respondida.
No entanto, no que diz respeito à teoria keynesiana, ela também comete esse erro grotesco, confundindo ação com reação. O que vem primeiro: o consumo ou a produção?  Como todos nós sabemos, para algo ser consumido, ele primeiramente tem de ser produzido.  Não há como inverter essa relação.
No entanto, no mundo keynesiano, o consumo pode perfeitamente vir antes da produção.
A equação de Keynes
Em termos econômicos algébricos, Keynes definiu a equação da renda (na verdade, há algumas críticas até mesmo em relação à composição da equação a seguir; no entanto, por uma questão pragmática, vamos considerá-la completamente correta):
Y = C + I + G + NX             (1)
No lado esquerdo da equação acima temos Y, que é a renda, isto é, tudo o que é produzido em uma economia em determinado período de tempo — ou seja, é a oferta de bens e serviços.
No lado direito da equação temos quatro elementos: C é consumo, I é investimento, G é gasto do governo e NX são exportações líquidas (exportações menos importações) — ou seja, é a demanda de bens e serviços.
Isso significa, basicamente, que a produção interna de um país pode ser subdivida em quatro destinos: ou ela é consumida pelas famílias, ou é investida pelas firmas (ou pelo governo), ou é consumida pelo governo, ou é exportada.
De maneira simplista, mas ao menos razoavelmente correta, Keynes manipula a equação acima e descobre novos elementos.
Primeiramente, ele encontra a renda disponível ao consumidor (Yd), que é a renda nacional (Y) menos os tributos (T):
Yd = Y – T                        (2)
Em seguida, ele expande um elemento da equação, o consumo, encontrando dois determinantes dele:
C = ca + c.Yd                   (3)
C = ca + c.Y – c.T            (3.1)
O consumo privado (C) é igual a um "consumo autônomo" (ca) — ou seja, um determinado conc.Yd).
sumo que independe da renda — mais um percentual da renda disponível (
Ou seja, do total de renda disponível às famílias, uma porcentagem (c) dela os indivíduos gastarão (e outra eles pouparão).  Essa porcentagem foi chamada de "propensão a consumir".
Voltando à equação (1) e expandindo-a utilizando a equação anterior, então, temos o seguinte caso:
Y = ca + c.Y – c.T + I + G + NX                 (4)
Manipulando a equação anterior a fim de isolar o Y, então, chega-se à seguinte equação:
Y =     1     . (ca – c.T + I + G + NX)               (5)
        1 – c
A primeira parte do lado direito da equação acima [ 1/(1 – c) ] é conhecida como "multiplicador da renda", em que 1 – c é a propensão a poupar. A segunda parte [ca – cT + I + G + NX] é conhecida como "gastos autônomos".
Até aqui tudo está relativamente correto (em termos puramente matemáticos).  Pelo menos, ao se escolher alguns elementos internos que utilizarão a renda nacional, e ao manipular a álgebra, está tecnicamente correto.
É após isso, no entanto, que Keynes dá um golpe e promove uma verdadeira lambança na interpretação: na prática, ele iguala as necessidades da economia com o produto — isto é, trata variável dependente como se fosse variável independente.
O que normalmente seria uma causa (a produção gera um aumento da renda e do consumo), ele considera como efeito (o aumento do consumo gera aumento da renda e produção). E isso é fatal no modelo dele.
[N. do E.: o governo brasileiro, ao adotar medidas artificiais de estímulo ao consumo ao mesmo tempo em que não incentivou nem a produção (ao não desburocratizar, ao não reduzir a carga tributária e ao não desregulamentar) e nem a oferta (elevando brutalmente as tarifas de importação), cometeu o clássico erro keynesiano de acreditar que mais consumo geraria mais produção.  O resultado estamos sentindo hoje].
A partir daí, mesmo que todo o raciocínio de Keynes (e de seus adeptos que criaram modelos baseados nessa equação) possa estar tecnicamente correto, o pilar central da idéia dele, que é falacioso, invalida todo e qualquer modelo posterior.
Façamos um exemplo do que Keynes quis dizer:
Em um determinado país, a propensão marginal a consumir, em média, é de 0,8. Ou seja, de cada $100 de renda disponível ao consumidor, $80 é consumida e $20 é poupada. Caso o governo — que faz parte dos gastos autônomos — resolva gastar $1 milhão a mais do que o normal, então isso irá gerar uma renda de $5 milhões a mais para toda a economia!
Veja:
Y =       1        .  1.000.000
         1 – 0,8
Y = 5 (1.000.000)
Y = 5.000.000
Assim, tem-se uma conclusão absurda: dado que o efeito multiplicador é sempre positivo e maior que 1 — devido ao fato de que a propensão a poupar é sempre menor que 1 —, se os gastos agregados autônomos forem aumentados, a renda total da economia será sempre (muito) maior do que esse aumento absoluto nos gastos autônomos.
E quanto maior for a propensão a consumir das pessoas, maior será o impacto do aumento dos gastos autônomos sobre o produto — em outras palavras, Keynes, está cometendo um erro duplo brutal. É como se ele dissesse, hilariamente: "se saírem dois cachorros molhados da casinha, o volume de chuva será mais do que o dobro do que se sair apenas um cachorro".
Obviamente, não existe isso de, se o governo aumentar seus gastos, haverá um aumento maior na renda.  Afinal, de onde é que vieram os bens que o governo gastou, senão de alguma produção anterior? O raciocínio é tautológico: para o governo gastar, ele tem antes de confiscar de alguém (seja via impostos, seja via endividamento).  Se ele confiscou de alguém, esse alguém está agora impossibilidade de consumir ou de investir.
Como explicado neste artigo, G não cria nada.  G confisca.  G não pode gastar nada que não tenha antes extraído à força dos consumidores ou investidores. C, I e NX são baseados na produção.  Eles representam forças criativas.  G é baseada no confisco.  Não é uma força criativa.  Tudo o que é gasto por G é feito à custa de C, I e NX.  Quando G gasta, ele o faz à custa de todos os outros.
Portanto, e ao contrário do que Keynes afirmou, a verdade é que: apenas se houver um aumento na produção, poderá haver um aumento no consumo privado, nos gastos do governo, nos investimentos e nas exportações.
Por exemplo: em uma economia hipotética, 500 unidades de bens são produzidas em um dado período de tempo. Dessas 500 unidades, 250 unidades (ou seja, 50%) são destinadas ao consumo do setor privado, 100 unidades (ou seja, 20%) são destinadas ao investimento, 100 unidades (20%) são destinadas ao setor público e 50 unidades (10%) são destinadas à exportação.
Se, devido a um crescimento econômico ocorrido em um dado período, a produção aumentar em 10%, então o Y será agora no valor 550 unidades. Assim, caso a economia mantenha a mesma proporção do destino do produto de antes (50% para C; 20% para G; 20% para I e 10% NX), o resultado agora será: 275 unidades destinadas ao consumo do setor privado, 110 são destinadas ao investimento, 110 destinadas ao consumo do setor público e 55 destinadas à exportação.
"Mas, existe ou não existe o efeito multiplicador?", alguém pode perguntar. A resposta é: podemos dizer que sim, mas "funciona" exatamente ao contrário do que Keynes quis dizer e pouco agrega à ciência econômica.
Uma definição mais correta do efeito multiplicador seria: havendo um aumento da produção, o aumento nos gastos agregados autônomos será menor do que esse aumento da produção.  E será assim justamente porque a propensão a consumir não pode ser maior do que a renda.
E quanto maior for a propensão a poupar — ou seja, quanto menor for a propensão a consumir —, maiores serão os gastos autônomos. Em outras palavras, quanto mais poupadoras forem as pessoas, menor será o consumo que depende da renda — por definição — e maior será a proporção da renda nacional destinada aos investimentos, ao setor público, às exportações e ao consumo autônomo.
Veja o exemplo anterior agora tratado corretamente:
5.000.000   =       1         .  Gastos autônomos
                       1 – 0,8
Gastos autônomos = 1.000.000
Ou seja, com uma propensão a poupar de 20%, um aumento de $5 milhões no produto tem capacidade de aumentar os gastos autônomos no valor de $ 1 milhão.
Agora, suponhamos que haja uma alteração no comportamento da população e esta se torne bem mais poupadora, com sua propensão a consumir caindo pela metade de antes:
5.000.000   =       1         .  Gastos autônomos
                       1 – 0,4
Gastos autônomos = 3.000.000
Ou seja, com uma propensão a poupar de 60%, um aumento de $5 milhões no produto tem capacidade de aumentar os gastos autônomos no valor de $ 3 milhões. Colocada nesses termos, com certeza a teoria de Keynes mereceria alguma aceitação.
Mas por que um aumento de $5 milhões na produção faz os gastos autônomos aumentarem apenas $3 milhões? Onde estão os outros $2 milhões que também foram produzidos?
Como dito acima, por causa da inclusão da "propensão a consumir "na equação, os gastos autônomos não representam o total do que foi consumido. Ou seja, um aumento da oferta de bens em $5 milhões faz com que, retirando um determinado componente da equação da demanda de bens, ainda sobrem $3 milhões para serem investidos, gastos pelo governo, exportados, consumidos no 'consumo autônomo' e subtraído dos impostos.
Para entender melhor, considere como exemplo uma equação bem simplificada da renda (Y), onde esta é igual ao consumo (C) mais o investimento (I):
Y = C + I
Considerando que a propensão a consumir nesse caso é a mesma do primeiro exemplo, isto é, igual a 0,8, e que não há consumo autônomo, segue-se:
Y = 0,8Y + I
0,2Y = I
Y = 5I
O efeito multiplicador (ou efeito divisor, que é mais coerente), nesse caso, é igual a cinco. Caso haja uma elevação de 100 unidades da produção, então observar-se-á uma elevação de 20 unidades de investimento.
100 = 5I
100 / 5 = I
I = 20
Se I é igual a 20, então é porque o outro elemento — isto é, o consumo — é igual a 80:
Y = C + I
100 = C + 20
C = 80
Assim, conclui-se que, por definição, quanto maior for a propensão a consumir — seja no que for —, menores serão os recursos direcionados aos investimentos, e vice-versa.
Mesmo quando correta, é inútil
Além de tudo isso, mesmo a equação keynesiana tradicional sendo visualizada e interpretada nos termos corretos, ela ainda é de pouca serventia a uma análise mais apurada a respeito da variação do produto.
Por exemplo, se considerarmos a realidade mais crua a respeito do destino da renda — aquilo que as pessoas produzem e não consomem, elas colocam no sistema financeiro para auferir algum juro e, na prática, isso acaba se tornando fundos para investimentos futuros que aumentarão o produto —, então mesmo a equação keynesiana "corrigida" — ou interpretada corretamente —, além de simplista, ainda continua sendo pouco útil.
Seria necessário acrescentar elementos que mostrem o mecanismo daquilo que faz a renda crescer, ou seja, dos investimentos, como fazem a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos ou a teoria neoclássica de crescimento econômico de Robert Solow.
Na verdade, essa equação keynesiana interpretada ao revés do que seria o correto já foi refutada há mais de cinquenta anos por Murray Rothbard (aqui, na página 866), um dos expoentes da Escola Austríaca de Economia.  Infelizmente, talvez em decorrência do não conhecimento de sua refutação, esse legado falacioso de Keynes ainda segue firme e forte nos manuais de Macroeconomia, sendo ensinado nos cursos de graduação e pós-graduação de Economia.
Então, até quando aqueles que estão no comando das academias de Economia vão seguir acreditando que a existência da chuva se deve ao fato de o cachorro sair molhado de sua casinha e seguirão ensinando isso aos alunos, perpetuando a insensatez econômica, e dando supostos motivos intelectuais para governos se tornarem cada vez mais intrusos na economia e, consequentemente, na vida particular das pessoas?
______________________________________


Yonatan Mozzini é graduando em economia pela Unioeste – Francisco Beltrão. É adepto dos ideais do liberalismo econômico/libertarianismo e, especialmente, da Escola Austríaca de Economia.
fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2186

Ou a direita dá mais atenção à comunicação, ou não tardarará a sumir novamente por Marlos Ápyus


Na política, comunicação não é tudo, mas é quase tudo

Há 12 anos graduei-me bacharel em comunicação com habilitação em jornalismo. Mas nunca me senti muito à vontade para me descrever jornalista. Porque nunca trabalhei em redação. E porque sabia que a prática jornalística no Brasil era por demais irresponsável.
Mas cada vez mais me agrada o diploma em comunicação, ou o que fez de mim um comunicólogo.
Porque, se não fosse a capacidade de se comunicar claramente, a humanidade jamais evoluiria, jamais transmitiria para as futuras gerações as lições de toda uma vida, as frutas que melhor matavam a fome, as plantas que findavam em envenenamento, as orações que mais traziam paz de espírito, as trilhas mais seguras, as práticas mais saudáveis, o acúmulo de conhecimento que permite à ciência dar sempre um passo adiante.
Por isso a liberdade de expressão é tão importante. Sem ela, o conhecimento não caminha como deveria caminhar, a humanidade não evolui como deveria evoluir.
Também por isso a política soa tão tóxica. Interessa a ela controlar o que é dito, que tipo de informação ganha o mundo, quem pode falar o quê.
Para um político, comunicação não é tudo, mas é quase tudo. A esquerda percebeu isso após as grandes guerras. E foi esperta o suficiente para cercar todo tipo de formador de opinião. Primeiro avançou sobre o movimento estudantil. Mas, uma vez qualificados, aqueles estudantes se convertiam em trabalhadores ou professores. E assim a esquerda dominou o sindicalismo e a ciência. Se as pessoas querem ouvir o que um artista tem a dizer, a esquerda se aproxima do artista. Se os intelectuais querem ler jornal, a esquerda invade as redações. Se o povão só quer saber de novela, a esquerda transforma roteiros em panfletos de seu interesse. Nem mesmo a religião escapa, ou você não notou que o atual papa é o mais esquerdista que se tem notícia?
A direita não parece perceber isso. Trata a comunicação com descaso, como algo que só merece atenção em período eleitoral. Sigo em minhas redes sociais mais de 400 parlamentares. Os esquerdistas passam o dia reverberando o próprio discurso ou o de seus iguais. Os conservadores somem, surgem ocasionalmente, por vezes apenas para o apagar de incêndios.
Mais do que mandar em você, a esquerda quer que você queira o mesmo que ela. E oferece uma “narrativa” encantadora independente de resultados que nunca entrega.
O discurso conservador poderia ser até mais encantador, porque de fato dá resultado, mas a direita abre mão dele, deixa a esquerda tomar conta, fazer seu barulho, humilhá-la.
As três maiores derrotas da direita brasileira em 2016 poderiam ter sido contornadas com o melhor cuidado com a comunicação de seus protagonistas. Eduardo Cunha poderia ter dialogado melhor, senão com a imprensa, talvez com o povo que, nas ruas, pedia o impeachment de Dilma Rousseff. Jair Bolsonaro poderia ter usado de maneira muito mais sábia o voto proferido durante o processo, além de ter evitado cometer a falta que Maria do Rosário cavava. Quanto a Marco Feliciano, independente de ser culpado ou não, poderia ter trazido ao eleitor dele respostas mais firmes e hábeis, sem tentar resolver o caso “Patrícia Lélis” abafando-o em meio ao noticiário olímpico.
Chacrinha, que não era um comunicólogo, mas um grande comunicador, pregava que se “trumbicaria” qualquer um que não se comunicasse.
Enquanto a direita continuar ignorando que precisa se comunicar melhor, continuará se trumbicando.
Marlos Ápyus é formado em comunicação, trabalhou por 15 anos como desenvolvedor web e músico. Além de colaborar com o Implicante, atualiza o apyus.com, seu site pessoal. Escreve no Implicante às quartas-feiras.

fonte: http://www.implicante.org/noticias/colunas/marlos-apyus/ou-a-direita-da-mais-atencao-a-comunicacao-ou-nao-tardarara-a-sumir-novamente/