“Esta será a maior oferta global da história dos países emergentes”, avaliou o diretor do Rothschild, Osírio Ribeiro.
(Gazeta Mercantil 26/1/2000)
A privatização das estatais inglesas, no governo Thatcher foi feita desse modo, pulverizando a posição acionária do Estado nas Bolsas de Valores, decisão que prejudicou o patrimônio público daquele país, favorecendo a “City” de Londres (grupo de financistas capitaneados pelo Barão Rothschild, que controla a economia mundial a partir de Londres). Na época, a desculpa apresentada para a adoção desse “modelo” privatista foi a suposta socialização das ações das empresas públicas. Esse golpe, possibilitou ao Grupo Rothschild e seus associados, assumir o controle acionário das estatais, comprando, apenas, 17,5% do capital votante.
No decorrer do processo de privatização o governo conservador, após 8 anos, perdeu apoio no Parlamento Inglês, colocando em risco a incursão da “City” sobre as estatais. Para manter Margareth Thatcher no poder e concluir o golpe da privatização inglesa, os financistas provocaram a guerra das Malvinas, com o apoio dos americanos, que incentivaram Galtieri a invadir as ilhas, prometendo-lhe neutralidade. O presidente argentino, objetivando fortalecer-se no poder, invadiu as Malvinas e foi derrotado pela Inglaterra, com o apoio dos EUA. A “vitória” possibilitou mais 4 anos para o governo conservador, que concluiu a desestatização planejada, após 12 anos de governo.
O jornal The Economist, há algum tempo, elogiou Fernando Henrique, afirmando, que em apenas quatro anos de governo, ele teria privatizado mais do que Thatcher em doze. O editorial concluiu, afirmando, que ainda faltaria muita coisa para FHC terminar o “processo”.
O assalto às estatais inglesas não satisfez a ganância do grupo da „City”, que comprou estatais em todo o mundo, na Itália, na França e, principalmente, na América Latina. No Brasil, com o apoio de seus títeres no governo, assumiram o controle da CSN, Vale do Rio Doce, Comgás e de grande parte das telefônicas, através de seus associados, espanhóis e portugueses. Agora, querem apossar-se das outras “jóias da coroa”: Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Objetivando apossar-se da Petrobras e outras estatais, a preço vil, os financistas ingleses programaram a reeleição de FHC e pretendem repetir o golpe da privatização inglesa no Brasil, pulverizando ações com direito a voto, porque o controle acionário de uma empresa vale várias vezes a cotação de bolsa dos lotes normais, que não comprometem o controle. Portanto, QUANTO MAIOR A POSIÇÃO ACIONÁRIA, MAIOR O VALOR DE TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE DA EMPRESA. A União detém 84% do controle da Petrobras. Para que pulveriza-lo a preço de banana??? Está claro que é para favorecer os ingleses!
Seguindo o “Plano Rothschild”, o desmonte da Petrobras começou com a nomeação do “primeiro genro” para a Agência Nacional do Petróleo, o qual indicou o atual presidente da empresa, um francês com passado de terrorista no Brasil, desprezando, inexplicavelmente, os naturais da terra para o cargo.
A Agência Nacional de Petróleo está “coordenando” a entrega da Petrobras na Inglaterra, conforme noticiário abaixo compilado.
“Uma comitiva da ANP estará em Londres, na semana que vem, para apresentar a segunda rodada de licitações para exploração e produção de petróleo no Brasil. A agenda inclui reuniões com a Sociedade Britânica de Geólogos do Petróleo e com representantes de 700 indústrias do setor petrolífero do Reino Unido.”
(Folha de São Paulo – 10-02-2000)
O vultoso negócio da venda “pulverizada” de ações da Petrobras, conduzido pelo Banco Rothschild, maestro oculto das finanças mundiais, à partir da “City” de Londres, é mais um lance para a doação da empresa, e seu real objetivo é baratear o negócio para o comprador, que será o próprio Grupo Rothschild e ou seus testas de ferro, como Soros e outros, menos conhecidos.
A incursão contra a Petrobras atende, perfeitamente, o objetivo estratégico da City, que é ampliar o controle de toda cadeia produtiva de commodities estratégicas. Para manter o domínio da economia mundial, basta ao Grupo Rothschild e seus aliados, puxar ou derrubar as cotações da comoditie petróleo, por exemplo. Como as importantes reservas de petróleo na Amazônia e em outros locais do território brasileiro põem em risco os “projetos” da City, de submissão total do Brasil em razão de suas reservas de minerais estratégicos, o grupo de Londres tudo fará para apossar-se da Petrobras, como já fez com a Vale do Rio Doce. A venda pulverizada do bloco de ações minoritárias é apenas o primeiro passo.
A venda das ações da Petrobras, coordenada pelos próprios interessados na compra, é caso de polícia. Esse crime já foi praticado anteriormente, na doação da Vale do Rio Doce. As financeiras que “modelaram” a privatização, representavam os compradores. É o caso, agora do Banco Rothschild e sua controlada Merrill Lynch, que também participou da tomada da Vale, “modelando” a sua privatização. É importante lembrar, que as “modeladoras” não auditaram a empresa, apenas fizeram consultoria, opinando sobre o seu valor, supostamente, baseado na sua capacidade de gerar recursos no futuro.
No caso da Vale, o governo vendeu o controle da empresa pela cotação de bolsa, para lotes de 1.000 ações, desprezando o patrimônio líquido, o valor da transferência do controle, as concessões de lavra e pesquisa e o potencial estratégico da empresa, que é o nosso principal instrumento para a extração de riquezas minerais. Para pressionar o mercado internacional a importar produtos brasileiros, basta, administrar a produção de minérios, influenciando as cotações da Bolsa de Metais de Londres. Cioso do seu poder, o grupo Rothschild, manipulador das cotações dos metais e outras commodities e que, em razão disso, domina o sistema financeiro internacional, apoderou-se da Vale com a clara colaboração do governo FHC.
A Petrobras também é o nosso instrumento para extrair o petróleo do subsolo e detém valiosas concessões em lençóis de petróleo. Nessa medida, não há como vender a empresa sem ceder a soberania, porque os compradores são os mesmos concorrentes que há décadas procuram ocultar a existência de óleo em nosso subsolo. Como não deu mais para esconder o potencial petrolífero do país, os concorrentes estrangeiros resolveram “comprar” a Petrobras, barato, com a colaboração de seus “aliados” no governo.
Está claro, que o objetivo do governo FHC é submeter o perfil energético do país aos concorrentes externos.
As elétricas já estão sendo vendidas a preços de “ocasião”. Doando a Petrobras, a Nação certamente será tangida, ao bel prazer da pirataria internacional.
Que é feito do capital arrecadado, até agora, com as “privatizações”? Desapareceu em forma de pagamento de juros.
Juros, “data venia”, paga-se com saldo de exportações, com trabalho, não com a doação do patrimônio público. Contudo, sintomaticamente, as exportações brasileiras declinam desde a posse de FHC, cujo governo, ano a ano, acumula “déficits” comerciais, com claro intuito de provocar a crise, para subordinar nossos interesses à ganância da “City”. Os tímidos valores das exportações do governo FHC dão conta disso. Enquanto o México exporta 125 bilhões e a pequena Bélgica 165, o Brasil exporta apenas 46 bilhões.
A liberação predatória de importações de supérfluos também demonstra a ação do governo, contrária aos interesses do país. Sequer conta o governo FHC com o fundamental Ministério do Comércio Exterior! Denunciada essa omissão, criou a “Câmara de Comércio Exterior”, que em nada tem contribuído para fomentar as exportações. O Brasil continua exportando empregos e impostos!
Coroando o processo de submissão do país aos interesses da City, FHC multiplicou o endividamento interno e externo, sem nada realizar. Em 1997 tentou doar, por 600 mil reais a mina de NIÓBIO do Pico da Neblina, que está avaliada em UM TRILHÃO DE DÓLARES, golpe traiçoeiro, que não foi adiante porque denunciado a tempo.
Qual a grande obra deste governo? Nenhuma. O que salta aos olhos é o projeto de internacionalização da economia com risco real de perda de soberania. Agravando o caos, dolosamente implantado, o crime organizado permeia os poderes da República, estando embricado nos três níveis de governo. Está claro, que o projeto Brasil de FHC é a quebra da unidade nacional, para ceder o potencial mineral da Amazônia aos reis da City.
A venda pulverizada de ações é o golpe da “desossa” para entrega da Petrobras, ao preço que for imposto pelos compradores e, se possível, com financiamento do BNDES. Tudo isso apoiado pelos caciques do PFL, do PSDB e PMDB.
O “grande negócio”, de 8 ou 9 bilhões de dólares, mencionado pelo diretor do Banco Rothschild no Brasil, na realidade é uma incursão danosa ao patrimônio público, porque na negociação do controle acionário, considerando-se a condição estratégica da Petrobras, as ações que o Ministro Tourinho, quer “pulverizar”, vendidas em bloco, com o controle, valeriam cinco vezes mais. O golpe em andamento visa saquear o Tesouro Nacional em cerca de 30 bilhões de dólares. Portanto, mesmo que a privatização da empresa fosse conveniente, a venda pulverizada de ações seria danosa, em virtude do aviltamento do preço final.
O eleito deve defender o interesse público! A venda da Petrobras, mesmo pelo seu justo valor, certamente não é do interesse da Nação, e deve ser, incondicionalmente, barrada, sob pena da perda irremediável da soberania.
São Paulo, 03 de fevereiro de 2000
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS PAIVA
Presidente
fonte: http://brunotoscano.blogspot.com.br/2013/07/o-fio-da-meada-xii-petrobras-plano.html