quinta-feira, 5 de junho de 2014

Filhotes de Marcuse: os “intelectuais” que aplaudem os black blocs -Rodrigo Constantino


Nenhuma revolução saiu da cabeça de proletários. Todas as utopias sangrentas e assassinas foram paridas no conforto de escritórios e salas de aula, por gente de classe média ou alta entediada, alienada, ressentida, rancorosa, ávida por fortes emoções, por uma aventura “purificadora”. Quem paga o preço com a própria vida é a massa de manobra feita de cobaia por tais “intelectuais”.
Em sua coluna de hoje, Demétrio Magnoli usa um caso particular para ilustrar esse fato. Trata-se da socióloga Esther Solano, da Unifesp, que teria, segundo reportagem do Estadão, justificado e defendido a ação criminosa dos black blocs. Afinal, em um país com mais de 50 mil homicídios, vamos dar importância a estes quarenta garotos? Demétrio foi buscar as origens do fenômeno em Marcuse:
As ideias têm importância. Os “40 garotos” inspiram-se no filósofo Herbert Marcuse, que interpretava as democracias representativas como regimes autoritários disfarçados sob uma película irrelevante de falsas liberdades. A rejeição marcusiana às instituições da “falsa democracia” funcionou como mola das organizações de “ação direta” que emergiram no rescaldo do Maio de 1968 na Europa. Dos destroços da “ação direta”, surgiram grupos terroristas como o Baader-Meinhof e as Brigadas Vermelhas. Os ancestrais dos black blocs eram “garotos” alemães e italianos cujas vidas — e as de tantos outros da mesma geração não envolvidos em atos de terror — foram tragadas no caldo letal das ideias formuladas por intelectuais-militantes.
A professora da Unifesp só tem relevância como sintoma. Na hora da repressão, ela estará defendendo sua tese acadêmica ultrarradical numa sala climatizada, entre pares ideológicos. Mas as bobagens rasas que diz e escreve descortinam um panorama trágico: uma parte da esquerda brasileira não aprendeu nada e ensaia reproduzir experiências catastróficas bem conhecidas.
Marcuse, confortavelmente vendo o circo pegar fogo…
A insistência nos mesmos erros do passado é, realmente, a marca registrada de nossa esquerda, que flerta com tudo que há de pior. Não satisfeitos com a desgraça que é o PT no poder, agora convertido em situação, em “partido da ordem”, esses “intelectuais” sonham com algo mais radical ainda, com o PT de ontem, com o PSOL, o PSTU, os black blocs.
Demétrio vai direto ao ponto quando diz que, seguindo a trilha do mestre Marcuse, esses “intelectuais” enxergam nesses “garotos” mascarados a “centelha de uma grande fogueira purificadora”. A violência vai aplacar suas angústias existenciais, seu niilismo, sua sede de “vingança”, sabe-se lá de que ou de quem. É preciso destruir, apenas isso. Fogo nessa “democracia burguesa”, no “sistema”!
Esse foi um tema que já abordei aqui diversas vezes. Por exemplo, mostrei que o coordenador de Pós-Graduação de Psicanálise da Uerj, Luciano Elia, havia se transformado em uma máquina de propaganda dos criminosos mascarados, endossando o uso de violência como arma política. Foi um tema amplamente abordado em meu Esquerda Caviar também, em que disse:
Na segurança da vida acadêmica, com estabilidade no emprego, e mergulhados no mundo platônico das ideias, esses intelectuais habitam torres de marfim, e do conforto de seus escritórios desenham castelos nas nuvens. A definição do historiador Paul Johnson para intelectual vem bem a calhar aqui: aquele que gosta mais das ideias do que dos homens. É como o alerta feito por Nelson Rodrigues e destacado na epígrafe desse livro: “Amar a Humanidade é fácil; difícil é amar o próximo”. 
Esses nossos “intelectuais”, filhotes tardios de Marcuse, não conseguem amar o próximo. Não conseguem amar, ponto. E com muito ódio nos corações, eles vendem utopias que justificam quaisquer meios. Afinal, o prêmio é bom demais para clamar por moderação e prudência, as duas principais bandeiras conservadoras. Antes de chegar a este paraíso terrestre, precisamos só quebrar alguns ovos, e teremos uma linda omelete.
Os “garotos” mascarados serão os instrumentos dessa bela revolução, ainda que, na prática, não passem de cobaias sacrificadas no altar das utopias dos “intelectuais”, que seguem com suas vidas confortáveis e, sim, bastante burguesas.
Rodrigo Constantino

quarta-feira, 4 de junho de 2014

LUTO HOJE POR AQUELES QUE ESTÃO CEGOS, LUTAREMOS SEMPRE PELA LIBERDADE. ABAIXO O COMUNISMO, ABAIXO A DITADURA DO PT.








 NÓS LUTAMOS E LUTAREMOS PELA LIBERDADE PARA NÃO SERMOS ESCRAVOS
DOS SOCIALISTAS, DOS COMUNISTAS, DA DITADURA.

 


O PT e as ideias de Gramsci para roubar o seu dinheiro - 15/05/2014




No programa Preto no Branco de 15/05/2014, do Antero Paes de Barros na TV Pantanal, Adriana Vandoni comenta sobre o porquê de mesmo com tantas provas, os petistas defendem a inocência dos corruptos do partido.



FLÁVIO MORGENSTERN DETONA PROFESSOR DA USP EM DEBATE SOBRE A REVOLUÇÃO BRASILEIRA DE 1964 E OLAVO DE CARVALHO JOGA A PÁ DE CAL



O vídeo acima é a gravação de um debate realizado no Grêmio Politécnico da USP sobre a ditadura militar brasileira. De um lado um tal de professor Igor Fuser, que se diz também jornalista e em suas primeiras palavras atacou o jornalista Augusto Nunes que nem sequer participava do evento. Por aí já dá para ter uma idéia da estatura moral e ética desse 'professor'. Além disso esnobou no início do debate, fingindo desconhecer Flávio Morgenstern, tradutor especializado em filosofia alemã, articulista no site do Instituto Milenium, enfim, um conhecido intelectual paulistano.

O tal professor se coloca desde o início com aquela arrogância comum a todo esquerdista delirante. Só baixou a crista depois da intervenção Morgestern que detonou um a um os argumentos de Fuser fundados no puro delírio ideológico em que patinam todos os esquerdistas.

Igo Fuser, personifica o "tipo ideal" (by Max Weber) do intelectualóide esquerdista e infelizmente é professor. São gente como ele que dominam a área de ciência humanas das universidades brasileiras, promovendo a lavagem cerebral dos jovens com o criminoso objetivo de torná-los militantes da desgraça comunista.

Por isso vale a pena ver este vídeo, como vale também ler o artigo que Olavo de Carvalho escreveu revelando, sobretudo, a brutal ignorância do dito 'professor' Fuser, no que tange aos fatos relativos ao desastroso governo de João Goulart. Leiam:

FALSIFICAÇÃO INTEGRAL
Por Olavo de Carvalho
Já nos primeiros dez minutos do seu debate com Flávio Morgenstern no Grêmio Politécnico, sobre a ditadura militar, o prof. Igor Fuser exemplificou com rara concisão a regra de que ninguém pode mentir com eficiência se não falsifica primeiro a própria Ele começou se queixando de que não há espaço para debates sobre o tema na grande mídia, onde reina a versão oficial única e indiscutível. Quem o ouvisse acreditaria, portanto, estar diante de um porta-voz da minoria amordaçada. Uma vez transmitida essa impressão, o prof. Fuser estava livre para impingir à platéia, sem temor de represálias, a mesma versão oficial à qual ele parecia se opor. E assim ele fez.
Essa versão é a seguinte: Em 1964 um governo democrático estava empreendendo, por vias legais democráticas, algumas reformas patrióticas que alarmaram o capital estrangeiro, o qual então se mobilizou para derrubar o presidente e instaurar uma ditadura.
É o que toda a mídia alardeia há mais de vinte anos, o que se repassa às crianças em todas as escolas do país, o que se imprime e reimprime em livros e mais livros de História. E foi o que o prof. Fuser repetiu com a cara mais bisonha do mundo, bem protegido sob a sua aparência enganosa de contestador da uniformidade.
É versão cem por cento falsa.
Em primeiro lugar, João Goulart não promoveu reforma nenhuma. Falou muito em reformas, mas até o último dia o Parlamento lhe implorou que enviasse ao menos um projeto delas, coisa que ele adiou, adiou e acabou não fazendo nunca. A lei mesma da remessa de lucros, que segundo o prof. Fuser teria sido a “causa imediata” do golpe, só o que Goulart fez com ela foi sentar-se em cima do projeto, que acabou sendo aprovado por iniciativa do Congresso, sem nenhuma participação do presidente. Se a fúria do capital estrangeiro contra essa lei fosse a causa do golpe, este teria se voltado não contra Goulart e sim contra o Congresso – Congresso que, vejam só, aprovou o golpe e tomou, sem pressão militar alguma, a iniciativa de substituir Goulart por um presidente interino.
Em segundo lugar, é falso que Goulart governasse por meios democráticos. Num governo democrático, o executivo não reina como um monarca absoluto, mas obedece as leis e cede às decisões do Congresso democraticamente eleito. Goulart fez tudo o que podia para fechar o Congresso, mandou invadir com tropas militares o Estado da Guanabara, fortaleza da oposição, e prender o governador Carlos Lacerda, matando-o se resistisse (a operação falhou por um triz). Não hesitou mesmo em usar contra esse Estado o recurso stalinista da “arma da fome”, vetando, através do seu cunhado Leonel Brizola, o fornecimento do arroz gaúcho que era uma das bases da alimentação do povo carioca. Como se isso não bastasse, protegeu a intervenção armada de Cuba no território brasileiro, ocultando as provas e enviando-as, por baixo do pano, a Fidel Castro. É eufemismo dizer que Goulart tramava um golpe de Estado: seu mandato foi uma sucessão de golpes de Estado abortados.
Terceiro: não houve nenhuma, literalmente nenhuma participação americana na preparação do golpe. A famosa “Operação Brother Sam”, tão demonizada pela esquerda, nunca foi nem poderia ter sido nada disso, e só adquiriu essa aparência graças a uma vasta campanha de desinformação lançada pela KGB logo após o golpe, conforme confessou o próprio chefe da agência soviética então lotado no Brasil, Ladislav Bittman. Nesse ponto a mendacidade esquerdista chega a ser deslumbrante. Todos os jornais do país – a maldita grande mídia a que o prof. Fuser finge se opor – até hoje usam como prova da cumplicidade americana a gravação de uma conversa telefônica na qual o embaixador Lincoln Gordon pedia ao presidente Lyndon Johnson que tomasse alguma providência ante o risco iminente de uma guerra civil no Brasil. Johnson, em resposta, determinou que uma frota americana se deslocasse para o litoral brasileiro. Fica aí provado, na cabeça ou pelo menos na boca dos fúseres, que os americanos foram, se não os autores, ao menos cúmplices do golpe. Mas, para que essa prova funcione, é necessário escamotear quatro detalhes: (1) A conversa aconteceu no próprio dia 31 de março, quando os tanques do general Mourão Filho já estavam na rua e João Goulart já ia fazendo as malas. Não foi nenhuma participação em planos conspiratórios, mas a reação de emergência ante um fato consumado. (2) A frota americana estava destinada a chegar aos portos brasileiros só em 11 de abril. Ante a notícia de que não haveria guerra civil nenhuma, retornou aos EUA sem nunca ter chegado perto das nossas costas. (3) É obrigação constitucional do presidente dos EUA enviar tropas imediatamente para qualquer lugar do mundo onde uma ameaça de conflito armado ponha em risco os americanos ali residentes. Se Johnson não cumprisse essa obrigação, estaria sujeito a um impeachment. (4) As tropas enviadas não bastavam nem para ocupar a cidade do Rio de Janeiro, quanto mais para espalhar-se pelos quatro cantos do país onde houvesse resistência pró-Jango e dar a vitória aos golpistas.
Para completar: se não houve intervenção americana, houve sim  intervenção soviética, e profunda. Se até hoje a esquerda vociferante não conseguiu dar o nome de nenhum agente da CIA então lotado no Brasil – e, sem eles, como participar de uma conspiração? -, documentos recém-revelados provam – com nomes -- que havia agentes da KGB infiltrados em todos os escalões do governo Goulart.
Em dez minutos, o prof. Fuser conseguiu falsificar nada menos que tudo. Do site Mídia Sem Máscara


ALERTA URGENTE!!! PMDB APOIA O GOLPE DE ESTADO DO PT!!!

PRESIDENTE DA CÂMARA DO PMDB DECIDIU QUE NÃO COLOCARÁ EM VOTAÇÃO PROPOSTA DE DECRETO LEGISLATIVO QUE SUSTA DECRETO INCONSTITUCIONAL DE DILMA PARA CUIDAR DE CAMPANHA!!!   

ATENÇÃO RIO GRANDE DO NORTE, NÃO REELEJAM ESSE SUJEITO...





Ditadura petista: presidente da Câmara cuida da própria campanha e ignora o país

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara e candidato ao governo do Rio Grande do Norte, decidiu que não vai colocar em votação, em regime de urgência, proposta de decreto legislativo que susta o famigerado decreto 8.243, da presidente Dilma Rousseff, aquele que atrela a administração pública federal ao PT por intermédio de conselhos populares formados pelos ditos “movimentos sociais”, que são controlados pelo partido. É que o digníssimo deputado está mais preocupado com a sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte do que com o país. Na próxima segunda, Dilma visita seu Estado. Vai fazer proselitismo no aeroporto São Gonçalo do Amarante. É aquele que foi inaugurado sem a regulamentação da alfândega, o que o impede de operar voos internacionais.
Indagado sobre o motivo de não dar ao decreto legislativo tratamento de urgência, ele resolveu ter um chilique e se comportar como o ditador da Câmara, segundo informa a VEJA.com: “Não, [o decreto legislativo] não está pautado. Não vou pautar agora”. E ele disse o motivo “Porque eu não quero”.
Dez partidos entraram com o pedido de urgência para votar o decreto: DEM, PPS, PSDB, Solidariedade, PR, PV, PSD, PSB, Pros e PRB. Juntos, somam 238 deputados. Para que um decreto legislativo seja aprovado, são necessários 257 votos — metade mais um dos 513 deputados.
Dilma decidiu criar a sociedade civil por decreto, o que é um delírio típico de ditadores. Caso o conteúdo do texto prospere, os petistas passarão, digamos assim, a ser sócios do poder sem precisar nem mesmo vencer as eleições.
Com efeito, a Constituição permite mecanismos de consulta direta à população e estabelece três formas: plebiscitos, referendos e emendas de iniciativa popular. Não há nada no texto constitucional que determine que o país será governado em parceria com conselhos populares. A representação, segundo o texto constitucional, se dá por intermédio do Parlamento.
Por Reinaldo Azevedo

FONTE: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ditadura-petista-presidente-da-camara-cuida-da-propria-campanha-e-ignora-o-pais/

Bilderberg 2014


"Você já viu as pessoas que estão em tais encontros? Vão os ministros, os reis, a OTAN, o FMI...////////
Tais pessoas não se deslocam para conversar sobre o tempo."
bilderberg2014
No domingo passado (01/06) veio a término a 62ª edição da reunião anual do Clube Bilderberg, a seleta organização que congrega as autoridades máximas da política, economia, aristocracia e do poder militar da Europa e dos Estados Unidos.
Todas as propostas e deliberações, celebradas num hotel de Copenhague, foram feitas no mais absoluto segredo: às portas fechadas, sem acesso dos meios de informação e sem publicação das suas conclusões. Embora o clube diga que suas reuniões não tem um caráter oficial e é apenas um fórum de discussão privado, há quem considere o Bilderberg como o encontro internacional mais importante no mundo, onde são tomadas decisões concretas que afetam a todas as pessoas.
“O efeito mais imediato dessa reunião do clube que acabamos de tomar conhecimento é a abdicação do rei Juan Carlos”, afirma ao El Confidencial a jornalista Cristina Martín Jiménez, que há 10 anos investiga os meandros da instituição. “Note que todas as monarquias estão fazendo o traslado geracional. Eles trabalham em consenso e foi decidido que chegou o momento onde é necessário efetuar esse traslado. Não tenho a menor dúvida que a abdicação do rei é uma decisão consensual do Bilderberg”.
Na opinião da autora de 'Perdidos. Los planes secretos del Club Bilderberg (Martínez Roca)', não é um acaso que a reunião desse ano tenha tido a participação da rainha Sofia, da rainha Beatriz da Holanda (filha do fundador do clube, Bernardo de Holanda) e do príncipe Felipe da Bélgica, que também recebeu a chefia da monarquia no ano passado. “Estão renovando todas as cúpulas dos poderes que trabalham conjuntamente no Bilderberg”, assegura ela.
Uma grande reestruturação militar, econômica e comercial
Porém, embora a abdicação do rei da Espanha afete especialmente nosso país, Martín Jiménez tem por certo que este não foi o tema mais discutido em Copenhague. Neste ano, grande parte das conversações orbitou sobre possíveis conflitos armados na Rússia, China e no Oriente Médio. E é por isso que a presença militar foi especialmente significativa.
Na lista de convidados desse ano estavam o secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen; o general em chefe das Forças Norte-Americanas na Europa, Philip Breedlove – que, segundo informa Charlie Skelton do The Guardian, foi acompanhado de representantes de altos cargos do Ministério da Defesa Norte-Americano; o ex-diretor da CIA, David Petraeus; o chefe do MI6 (o serviço de espionagem britânico), Sir John Sawers; bem como diversos ministros do exterior europeus, entre outros da Espanha, José Manuel García-Margallo (que compareceu acompanhado de Mercedes Millán Rajoy, diplomata espanhola e sobrinha do presidente).
Na opinião de Martín Jiménez, o Clube Bilderberg está preparando o cenário para a possibilidade de um grande conflito bélico: “O consenso é que daqui a alguns meses ou um ano haverá uma grande reestruturação militar, econômica e comercial com origem em alguma modificação importante na história mundial: um conflito bélico de grandes dimensões”.
O Clube Bilderberg celebrou sua primeira reunião em 29 e 30 de maio de 1954, no hotel Bilderberg, na Holanda, encontro promovido pelo imigrante polonês e conselheiro político Jozef Retinger, preocupado pelo crescente antiamericanismo provocado pelo Plano Marshall na Europa. Desde então, afirma Martín Jiménez, sua principal preocupação tem sido preservar a hegemonia do Ocidente, que agora está sendo questionada.
“No ano passado, Tony Blair, outro dos líderes que trabalham com os Bilderberg, escreveu um artigo para o Daily Mirror (1) em que dizia claramente que a questão não é a paz, mas sim de falar sobre questões de poder”, explica Martín Jiménez. “Isso foi dito alguns meses antes de reunir-se com o clube na Inglaterra (entre 8 e 9 de junho do ano passado), pois existia uma grande rejeição popular à União Europeia, e recém havia sido criado o UkiP (2), que agora teve grande sucesso nas eleições. Blair interviu afirmando que os trabalhistas e os conservadores teriam de se unir para dar apoio à União Europeia. Estão sendo formados blocos de poder. O Ocidente é um bloco, e ele está sendo reforçado para não permitir a sua invasão por outros blocos.”
Convidados que não vão apenas para papear
A jornalista tem consciência que suas afirmações levantam suspeitas, porém ela está convencida que aquilo que é dito no Bilderberg é de extrema importância. “Eles possuem um mecanismo para desprestigiar aquelas pessoas que os investigam, tachando suas atividades de 'conspiranóia', para que acreditemos que não estão fazendo nada. Dizem que são apenas reuniões informais nas quais as pessoas participam em caráter privado, e que por esse motivo não tem de dar informações. Você já viu as pessoas que estão em tais encontros? Vão os ministros, os reis, a OTAN, o FMI... Tais pessoas não se deslocam para conversar sobre o tempo.”
Além dos grandes líderes militares e da aristocracia, este ano participaram do Bilderberg diretores de corporações como Shell, BP, Fiat, Novartis, Dow Chemicals, Unilever, Airbus e Nestlé; diretores de bancos e instituições financeiras como HSBC, Citigroup, Lazard, Goldman Sachs, Santander, Barclays, American Express, JP Morgan, TD Bank e do Deutsch Bank; e os CEOs e presidentes do Google, LinkedIn e Microsoft; proprietários, editores e representantes de meios de informação como The Financial TimesThe Wall Street JournalDie ZeitLe MondeEl País e The Washington Post; líderes e políticos de instituições como o Banco Mundial, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, Banco de Compensações Internacionais, o FMI, a Reserva Federal e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos; e políticos europeus, norte-americanos e canadenses como Mark Rutte, o primeiro ministro holandês, ou David Cameron, primeiro ministro britânico.
A representação espanhola incluiu além da rainha Sofia, o ministro de Relações Exteriores, o diretor geral da La Caixa, Juan Maria Nin, e o presidente do grupo Prisa, Juan Luis Cebrián.
O grande grupo de pressão ocidental
As decisões do Bilderberg, afirma Martín Jiménez, são consensuais e tem efeitos diretos sobre as políticas nacionais. Apenas 15 dias após a reunião do clube em 2012, realizada nos Estados Unidos, a Espanha pediu um empréstimo à Europa para fazer o resgate bancário. Uma decisão que, segundo a jornalista, foi tomada na conferência do Clube, que naquele ano havia tido a participação da vice-presidente Soraya Sáenz de Santamaría. O Bilderberg também foi responsável, ainda segundo Martín Jiménez, de colocar Mario Monti, membro do Comitê Diretor do Clube, como primeiro ministro italiano. “E assim os italianos tiveram de engolir um primeiro ministro que não foi eleito nas urnas”, assegura a jornalista.
O Bilderberg também está por trás dos cortes orçamentários realizados no nosso país. “A Fundação Rockfeller (outro dos grandes promotores históricos do clube) tem falado do tema da superpopulação desde os anos 30”, explica ela. “Não é coisa nova. Os mais velhos e os doentes não são úteis, pois são um ônus econômico. Bruxelas pressiona nossos governos eleitos democraticamente para que reduzam as ajudas aos dependentes e o orçamento para a saúde”.
O clube põe suas mãos em tudo aquilo que possa afetar o desempenho de seus sócios (a elite econômica e política). Incluindo o futuro sucessor do PSOE (3). “Segundo minhas investigações, Madina é o candidato que apoiam os membros espanhóis do Bilderberg”, afirma a jornalista. Somente o tempo dirá se ela está certa, ainda que ela mesma reconheça, “há muitas coisas que eles preveem, porém mais tarde seus planos não se desenvolvem como havia sido desejado”.

Notas
:
(1) O artigo em questão pode ser lido aqui: http://dailym.ai/1o5bEWP. No trecho referido o líder do Partido Trabalhista diz:

(...) Em 1946, Winston Churchill fez seu afamado discurso conclamando por um Estados Unidos da Europa. Ele via um continente assolado por séculos de conflito e recentemente por duas guerras mundiais. Ele via uma França e uma Alemanha – inimigos em ambas as guerras – tornando-se amigos numa nova união. O racional para a Europa [naquele momento] era simples – paz e não a guerra. Em 2013, existe uma nova lógica que é mais forte, clara e mais duradoura: não a paz, mas o poder. O cenário geopolítico para o Século XXI está passando por uma revolução. A questão para a Grã-Bretanha é: qual é o ponto que nos dá mais vantagens nesse novo cenário? Ao fim do século XIX, a Grã-Bretanha era a maior potência mundial. No final do século XX, eram os EUA. No final do século XXI, possivelmente será a China ou, no mínimo, a China e possivelmente a Índia serão tão poderosos quanto os EUA. Nós precisamos compreender quão profunda é essa mudança e como ela irá nos atingir (...)

(2) UKiP – Partido Independista do Reino Unido. Eurocéptico. Direita. O partido defende a independência da Inglaterra frente à União Europeia (abandonar a UE). O título do seu Manifesto 2014 diz: “Imigração portas-abertas está sucateando os serviços públicos locais no R.U.” Suas propostas envolvem: soberania e livre comércio sem união política. Proteção das fronteiras e imigração sob condições reguladas. Isenção fiscal sobre salário mínimo e sobre a transmissão de heranças. Fim de subsídios e ajudas ao exterior. Combate ao crime. Cassação do direito a voto de prisioneiros. Sair da jurisdição da Corte Europeia de Direitos Humanos. Permitir a fundação de novas 'grammar schools'. Rejeição ao politicamente correto como proteção ao livre discurso (“free speech”).

(3) PSOE – Partido SOCIALISTA Operário Espanhol, fundado em 1879 (o segundo mais antigo da Espanha). Principal partido de oposição. Parte integrante do Partido SOCIALISTA Europeu e da Internacional Socialista. Adepto da Terceira Via, do multiculturalismo, do humanismo laico, progressista.

Tradução: Francis Lauer
fonte: http://www.heitordepaola.com.br/publicacoes_materia.asp?id_artigo=883

Reações ao Decreto 8.243 — a sociedade ainda respira. Até quando?

A principal característica de um governo esquerdista é que ele jamais se contenta em governar de acordo com a ordem legal, instituída. Ele sempre acredita que detém a chave, a poção, a receita miraculosa para transformar o país no que, ele imagina, será o melhor dos mundos. O problema é que o melhor dos mundos, quando se trata da esquerda, está sempre próximo do que imaginamos ser o Inferno, quando não é o próprio Inferno.
A prova do que afirmo encontra-se não apenas na história das revoluções — vejam o Purgatório congelado no tempo em que Cuba se transformou, sobrevivendo graças à submissão de um povo sem esperança e sem armas e à propaganda esquerdista mundial, ou os milhões de crimes perpetrados pelo comunismo soviético —, mas também no presente, no cotidiano da sociedade brasileira, sequestrada, em grande parte, pelo pior tipo de populismo que já conhecemos, superior, em método e recursos, aos refinamentos do getulismo.
Esta semana, mais uma vez, o governo ensaiou uma tentativa de golpe. O alarme foi dado pelo editorial do Estadão, “Mudança de regime por decreto”, e rapidamente se espalhou pelas redes sociais e blogs, transformando-se em um fenômeno viral.
De fato, enquanto os políticos de oposição dormem, refestelados em seus altos salários e mordomias, parcela da sociedade vigia, atenta, os ensaios para se criar uma ditadura. As reações foram múltiplas: Reinaldo Azevedo pontificou: “A ‘democracia direta’ de Dilma é ditadura indireta do PT”. Alexandre Borges deu uma breve mas incisiva aula de história em “Todo poder aos sovietes petistas”. Felipe Moura Brasil denunciou a lentidão dos tucanos, sempre envergonhados ou sempre pactuando silenciosamente com o governo, no post“Ronaldo Caiado sai na frente de Aécio: ‘É golpe do PT!’”. No artigo “Um tumor inserido por decreto”, Fábio Blanco sangrou ainda mais a manobra traiçoeira. E Milton Simon Pires não deixou por menos: mostrou, em“Brasil 8243”, como o PT pretende destruir as instituições do país.
O mais didático e irônico, contudo, foi Erick Vizolli, no sempre ótimo Liberzone. No artigo “Afinal, o que é esse tal Decreto 8.243?”, Vizolli mostra que o sistema representativo, apesar de todos os seus defeitos, ainda é a única forma de nos protegermos de um Estado controlado por grupos que não têm compromisso com a democracia ou a liberdade, mas apenas com suas próprias ideologias.
Todos esses articulistas me recordaram as reflexões de Roger Scruton em The Uses of Pessimism and the Danger of False Hope (As vantagens do pessimismo, Editora Quetzal, Lisboa). No Capítulo 6, “A Falácia do Planeamento”, Scruton faz uma brilhante analogia entre a estrutura da União Europeia e a forma como Lenin aboliu, na Revolução Russa, “todas as instituições através das quais o partido e seus membros pudessem ser responsabilizados pelo que fizeram”, permitindo que um erro se sucedesse a outro, sempre maior, sempre mais criminoso.
Scruton reflete como se tivesse acabado de ler o decreto de Dilma Roussef: “Quando os poderes de Governo estiverem adequadamente repartidos e quando os que detêm a soberania puderem ser expulsos por uma votação, os erros podem encontrar o seu remédio. Porém suponhamos que as instituições de Governo estão montadas de tal maneira que toda a concentração de poder é irreversível, de modo que os poderes adquiridos pelo centro nunca podem ser recuperados. E suponhamos que aqueles que mandam no centro são nomeados, não podem ser afastados a pedido do povo, encontram-se em segredo e guardam poucas ou nenhumas atas das suas decisões. Acha que, nessas circunstâncias, existem condições em que possam ser retificados erros ou mesmo convincentemente confessados?”.
Todos os infinitos casos de corrupção; todas as manifestações de ódio coletivo que têm tomado as ruas; o longo e incansável trabalho de controle ideológico feito pelo Ministério da Educação, censurando, de forma velada, o conteúdo de milhões de livros didáticos distribuídos país afora; todas as tentativas de manter sob vigilância a mídia e a Internet; o evidente controle do Executivo sobre parcela do Congresso e do Supremo Tribunal Federal — tudo contribui para transformar o Decreto 8.243 na cereja do bolo.
Se ainda podemos ter alguma esperança, ela reside no fato de que eles sempre acabam destruindo uns aos outros. “Doze vozes gritavam cheias de ódio e eram todas iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco” — conta George Orwell no final de A Revolução dos Bichos.