terça-feira, 2 de junho de 2015

10 coisas que você não sabia sobre a relação entre o PT e o PSDB

PT e PSDB são os irmãos Karamazov da política nacional. Nas últimas décadas, ambos os partidos travaram duelos apaixonados e transformaram o debate público brasileiro num imenso caldeirão, um Fla-Flu. De um lado os azuis, do outro os vermelhos. De um lado o tucano, do outro a estrela. De um lado o professor, do outro o operário.
O que poucas pessoas sabem é que há mais coisas em comum entre oPartido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira do que julga nossa vã filosofia. PT e PSDB nasceram no mesmo lugar, no coração da esquerda paulistana, com concepções políticas e econômicas muito parecidas, e com duas figuras históricas – Lula e Fernando Henrique Cardoso – que não teriam ascendido sem o outro. E tudo isso nunca foi negado por seus criadores. Pelo contrário.

“Nós estamos que nem dois jogadores de futebol, somos amigos, somos até irmãos e estamos jogando em times diferentes”, já disseLula sobre a relação entre os partidos.

“Nossas diferenças com o PT são muito mais em relação à disputa de poder do que sobre ideologia”, já assumiu Fernando Henrique Cardoso.

De fato, é muito difícil desassociar a história de ambos. O sociólogo francês Alain Touraine, de esquerda, ex-professor e amigo pessoal de Fernando Henrique, chegou a afirmar que o futuro do Brasil seria a união dos partidos. Em 2004, Touraine disse que os governos de FHC e Lula faziam parte de um mesmo projeto. E tal cenário é assumido por seu pupilo. Para FHC, há uma massa política atrasada no país e a polarização entre PT e PSDB serve para tirá-lo desse atraso.

“Os dois partidos que têm capacidade de liderança para mudar isso são o PT e o PSDB. Em aliança com outros partidos. No fundo, nós disputamos quem é que comanda o atraso”,disse.
Aqui, 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre os dois partidos que mais pediram o seu voto nos últimos tempos.

1) LULA JÁ GARANTIU ELEIÇÃO PARA FERNANDO HENRIQUE 

CARDOSO. E LOGO NA ESTREIA DOS DOIS NA POLÍTICA PARTIDÁRIA.

456872_354276264631676_370978480_o
Foi em 1978.
Fernando Henrique Cardoso era o príncipe dos sociólogos, um membro ativo da comunidade acadêmica paulistana que havia deixado a universidade para abraçar a vida pública. Era sua estreia de gala, o candidato de esquerda na corrida ao Senado pelo maior estado do país, a nova aposta do MDB.
Lula era o sapo dos operários, um líder do movimento sindical que tinha “ojeriza” à política partidária. Convencido por alguns amigos, abriu uma exceção para a candidatura do sociólogo do Morumbi. Pediu em troca sua adesão às bandeiras econômicas dos sindicatos, prontamente atendidas. Tal qual FH, era sua primeira vez nas corridas eleitorais. E a meta era clara: somar o máximo de votos possíveis para Fernando Henrique Cardoso.
Como conta o próprio Lula:

“Acontece que em 78, primeiro ano das greves do ABC, o MDB estava lançando sua chapa de senadores. Algumas pessoas, alguns jornalistas cujos nomes não vou dizer, queriam que a gente apoiasse Cláudio Lembo, da Arena. Fui apresentado a Fernando Henrique Cardoso. Aí fomos para a campanha. Fui representar Fernando Henrique Cardoso em vários comícios.”

Lula levou FHC às portas de fábrica e rodou com ele pelo interior do estado. Era o príncipe e o sapo unidos em torno da criação do mesmo reino – a maior figura daquilo que viria a ser o PSDB com a maior figura daquilo que viria a ser o PT. Num palanque do MDB, com artistas e figuras ilustres da esquerda paulistana, o líder operário irritou-se com a festividade. Virou-se para Ulysses Guimarães e esbravejou:

“O trato é que iria pedir votos só para o Fernando Henrique Cardoso. Todo mundo sabe que sou o principal cabo eleitoral do Fernando Henrique Cardoso. Agora querem que eu peça votos também pro Montoro. Eu não vou pedir. Se não me deixarem fazer o que eu quero, eu desço e levo o palanque todo comigo, e vamos fazer o comício em outro lugar.”
Era o início de tudo. Fernando Henrique acabaria eleito primeiro suplente do senador Franco Montoro e, quatro anos depois, quando Montoro virou governador, assumiu a vaga, dando princípio à carreira política que o levaria ao cume do poder nacional. Sem o apoio de Lula em seus primeiros passos, nada disso seria possível.

2) EDUARDO SUPLICY, LULA E FHC JÁ 

DIVIDIRAM UMA CASA DE PRAIA EM UBATUBA

1998-016382-_19980618
Na década de setenta, Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa de praia em Picinguaba, Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Em 1976, entre as indas e vindas de sua vida acadêmica dentro e fora do país, deixou o imóvel nas mãos de um amigo de longa data que conhecia desde os tempos de garoto – um sujeito chamado Eduardo Matarazzo Suplicy.
“Em 1976, aluguei uma casa em Paraty e fui conhecer Picinguaba. O Fernando Henrique Cardoso tinha uma casa lá, que acabou me emprestando por seis meses quando ele foi para a França. O filho da caseira me mostrou um terreno, onde acabei construindo minha casa, dois anos depois”, conta Suplicy. 
Um ano depois, o fundador do PSDB abriria as portas para o fundador do PT e sua esposa – Lula e Marisa – passarem um final de semana no imóvel. Lula ficou extasiado com a paisagem. Só reclamou dos mosquitos.

3) LULA E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO QUASE CRIARAM UM PARTIDO POLÍTICO

fernando henrique sion
Fernando Henrique Cardoso no alto, à esquerda, Lula no centro da imagem.
No final da década de 1970, Fernando Henrique e Lula participaram de uma reunião no ABC paulista, com intelectuais e dirigentes sindicais, para discutir o que fazer diante da iminente redemocratização no país. Nesse espaço, discutiram a criação de um partido socialista. Mas a ideia não foi pra frente. Como conta o sociólogo Francisco Weffort, fundador do PT e posteriormente ministro do governo FHC:

“Apesar das muitas afinidades, prevaleceu a divergência. Daquele grupo, uns saíram para criar o PT e outros, anos depois, o PSDB.”
Segundo Eduardo Suplicy, que reuniu Lula e Fernando Henrique diversas vezes em sua casa para discutir o futuro do país e a possível criação de uma nova legenda, ela só não nasceu pelo conflito de liderança entre os dois:

“Cada um avaliava que seria o líder maior da organização que se formasse. Tinham dificuldade de aceitar a liderança um do outro, e ficava muito difícil para ambos ficar no mesmo partido”, conta.
Por muito pouco, PT e PSDB não se tornaram um único partido.

4) OS POLÍTICOS DE PT E PSDB SE CONFUNDEM COM A HISTÓRIA DA ESQUERDA BRASILEIRA

cms-image-000384035
A história dos principais caciques tucanos se confunde com a história dos principais caciques petistas. Juntos, ajudaram a construir a esquerda brasileira.
Fernando Henrique Cardoso sempre foi um estudioso do marxismo, por influência de Florestan Fernandes. Na década de 50, auxiliava a edição da revista “Fundamentos”, do Partido Comunista Brasileiro. Também integrava um grupo de estudos dedicado à leitura e discussão da obra O Capital, de Marx. Em 1981, ao lado de Eduardo Suplicy, ingressou numa lista da Polícia Federal. Era tratado como comunista pela ditadura.
O economista José Serra foi uma das principais lideranças estudantis de seu tempo, presidente da UNE e um dos fundadores da Ação Popular, grupo de esquerda que revelaria os petistas Plínio de Arruda Sampaio e Cristovam Buarque. Serra é amigo pessoal e conviveu por anos no exílio com a economista petista Maria da Conceição Tavares, uma das principais influências intelectuais do Partido dos Trabalhadores e referência particular de Dilma.
O tucano Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves na última eleição, foi membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella – era seu motorista e guarda-costa. Aloysio realizou inúmeros assaltos à mão armada em nome da revolução socialista.
Alberto Goldman, ex-governador tucano de São Paulo, teve uma educação marxista. Foi membro do clandestino PCB durante a ditadura.
José Aníbal, uma das figuras mais proeminentes do PSDB paulista, foi amigo de adolescência de Dilma Rousseff, com quem estudava matemática depois das aulas, e seu parceiro na Organização Revolucionária Marxista Política Operária, também conhecida como POLOP. Aníbal foi um dos fundadores do PT, antes de ser presidente do PSDB.
Juntos, eles fundariam os dois partidos políticos mais relevantes do país.

5) NAS ELEIÇÕES DE 1989, O PSDB APOIOU LULA CONTRA COLLOR

Mario Covas, Lula e Brizola.
O recém formado PSDB, criado por dissidentes de esquerda do MDB, lançou o senador Mario Covas candidato à presidência em 1989. Covas alcançou pouco mais de 7 milhões de votos no primeiro turno e terminou a corrida na quarta colocação. O que pouca gente se lembra é que o PSDB apoiou Lula no segundo turno – o PMDB, de Ulysses Guimarães, tentou seguir o mesmo caminho, mas acabou rejeitado pelo Partido dos Trabalhadores. Os tucanos, por outro lado, foram acolhidos. Em almoço com o prefeito de Belo Horizonte eleito pelo PSDB, Pimenta da Veiga, Lulaouviu do tucano:
“Eu tenho também a alegria de saber que, pela primeira vez, aqui se reúnem representantes de todas as forças progressistas do país, nesta tarde, neste almoço. Eu estou certo que isso terá desdobramentos. E acho que deve ser assim, porque o Brasil deseja mudanças em profundidade. E só essas forças progressistas podem fazer essas mudanças.”
Lula perderia a eleição para Collor em poucas semanas.

6) “LULA, VENHA CONHECER A CASA ONDE VOCÊ UM DIA VAI MORAR”

Lula e FHC
Em 1993, o Brasil passou por um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do país. De um lado, o PT articulava a formação de uma Frente Presidencialista. De outro, o PSDB defendia a implementação do parlamentarismo. Numa conversa informal, Lula e FHC chegaram a conversar sobre um plano em que o operário se tornaria presidente e o sociólogo primeiro-ministro.
Em 1998, como revela numa conversa com o ex-senador petista Cristovam Buarque, FHC recebeu Lula no Palácio do Alvorada e arriscou uma nova previsão.


“Cristovam Buarque: Em novembro de 1998, acompanhei o Lula para visitá-lo. Quando o senhor abriu a porta do apartamento residencial no Alvorada, disse: “Lula, venha conhecer a casa onde você um dia vai morar”. Foi generosidade ou previsão?
Fernando Henrique Cardoso: Não creio que tenha sido uma previsão, mas sempre achei uma possibilidade. E também um gesto de simpatia. Eu disse ao Lula naquele dia: “Temos uma relação de amizade há tantos anos, não tem cabimento que o chefe do governo não possa falar com o chefe da oposição”. Era uma época muito difícil para o Brasil. Eu disse lá, não sei se você se lembra: “Algum dia nós podemos ter de estar juntos”. Eu pensava numa crise. E disse ao Lula: “Não quero nada de você. Só conversar. É para você ter realmente essa noção de que num país, você não pode alienar uma força”. Lula conversou comigo no dia da posse. E foi bonita aquela posse… Na hora de ir embora, o Lula levou a mim e a Ruth até o elevador. E aí ele grudou o rosto em mim, chorando. E disse: “Você deixa aqui um amigo”. Foi sincero, não é?”
Em 1999, Fernando Henrique relatou o quanto respeitava Lula. Numa conversa com Eduardo Suplicy, revelou que quando Lula aparecia na televisão falando mal dele, simplesmente desligava o aparelho.

“Fico triste, perco até o humor. Para vocês terem uma ideia do quanto eu gosto e admiro o Lula. Você sabe, Eduardo, o que eu fiz com Lula quando ele esteve comigo no Alvorada, mostrei a ele o meu quarto e disse: “Um dia isso aqui vai ser os seus aposentos”. A gente faz isso com adversário, nem com todos os amigos a gente faz isso. Pois eu mostrei a Lula as dependências da residência oficial em que moro. Mostrei o meu quarto.”
Em três anos, Lula viraria presidente. A profecia tucana se cumpriu.

7) FERNANDO HENRIQUE FEZ CAMPANHA SECRETA PARA LULA EM 2002

tumblr_l0s4h0xzKv1qb981eo1_1280
Nas eleições de 2002, FHC retaliou José Serra, candidato pelo PSDB à sucessão presidencial, por ataques feitos a Lula durante a campanha. Fernando Henrique disse também, em conversas reservadas, que foi um erro o ataque direto ao presidente do PT, o então deputado federal José Dirceu. Dirceu era o petista mais próximo de seu governo e a ordem era que se suspendesse imediatamente as críticas a ele. Seu puxão de orelha foi transmitido ao comando do marketing da campanha de Serra.
Com Lula eleito, FHC iniciou uma campanha secreta em sua defesa. A história é narrada no livro ”18 Dias — Quando Lula e FHC se uniram para conquistar o apoio de Bush”, escrito por Matias Spektor, doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford e colunista da Folha de São Paulo. Como conta Spektor:

“Lula despachou José Dirceu [que viria a ser o chefe de sua Casa Civil] para os Estados Unidos e acionou grupos de mídia e banqueiros brasileiros que tinham negócios com a família Bush. Disciplinou as mensagens de sua tropa e abriu um canal reservado com a embaixada americana em Brasília. Lula não fez isso sozinho. Operando junto a ele estava o presidente brasileiro em função – Fernando Henrique Cardoso. FHC enviou seu ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em missão à Casa Branca para avalizar o futuro governo petista. O presidente também instruiu seu ministro da Fazenda, Pedro Malan, a construir uma mensagem comum junto ao homem forte de Lula, Antonio Palocci.
Eles fizeram uma dobradinha para dialogar com o Tesouro dos Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional e Wall Street. Fernando Henrique ainda orientou Rubens Barbosa, seu embaixador nos Estados Unidos, a prestar todo o apoio a Lula.”
Sem esse apoio, Lula certamente não conseguira a estabilidade internacional que teve. Não fosse FHC, sua história teria tomado outros rumos. E a do Brasil também.

8) O HOMEM FORTE DA ECONOMIA DO GOVERNO LULA ERA… UM TUCANO!

No início dos anos 2000, Henrique Meirelles deixou de lado uma vida bem sucedida como executivo do setor financeiro para candidatar-se a deputado federal por Goiás. Recebeu 183 mil votos e se tornou o deputado mais votado do estado. Seu partido era o PSDB. Com o sucesso eleitoral e o respeito do mercado financeiro, foi convidado por Lula para ser o primeiro presidente do Banco Central de seu governo, cargo que ocuparia por longos 7 anos. Meirelles ainda receberia as bençãos de FHC, antes de se desfiliar do PSDB e deixar o cargo que havia sido eleito.Lula telefonou para Fernando Henrique para avisar a escolha.
Em 2003, Marcos Lisboa, outro homem forte da economia do primeiro governo Lula, declarou que a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso merecia uma “estátua em praça pública” por ter promovido os acordos com os governos estaduais e municipais na negociação da dívida e também por ter criado a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Anos mais tarde, Fernando Henrique revelou comemorar as conquistas do governo Lula.
“Eu também comemoro a melhoria na distribuição de renda. A política dele é a minha”, disse.

9) FERNANDO HENRIQUE CARDOSO EVITOU O IMPEACHMENTDE LULA EM 2005

EX PRES LULA
Durante todo governo Lula, duas figuras construíram uma ponte entre o presidente operário e o ex-presidente sociólogo: os então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Os encontros foram confirmados por ambos – Palocci confirmou que esteve pessoalmente com FHC “pelo menos cinco vezes”; Bastos disse ter conversado pessoalmente com o ex-presidente apenas uma vez, em junho de 2005, mas confirmou que os contatos por telefone eram muito frequentes. Lula sempre soube das conversas e, mais de uma vez, em momentos difíceis, sugeria a Palocci: “Vai conversar com Fernando Henrique”.
Em 2005, no auge do escândalo do Mensalão e com a pressão por impeachment, Lula orientou seus dois homens fortes para pedirem a FHC que aplacasse os ânimos da oposição. O tucano aceitou de prontidão. Na conversa com Thomaz Bastos, FHC concordou que um impeachment de Lula, à época uma ameaça real, “tornaria o país ingovernável”. Fernando Henrique dizia que não queria criar “uma cisão no Brasil”. Os tucanos acataram a ordem e a história do impeachment perdeu força.

10) NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS, PT E PSDB ESTAVAM COLIGADOS EM 999 DISPUTAS DE PREFEITURAS

19set2012---fachada-de-comite-politico-no-municipio-de-ilha-grande-no-piaui-1348081172140_956x500
PT e PSDB são tratados como antagonista no cenário político nacional, mas a verdade é que em pelo menos 999 cidades (o correspondente a 18% das 5.569 cidades brasileiras), os partidos fizeram parte da mesma coligação nas últimas eleições municipais. Só no estado de São Paulo, esse número foi de 54 municípios.
Em Schroeder, Santa Catarina, por exemplo, o prefeito eleito foi o tucano Osvaldo Jurck; seu vice foi o petista Moacir Zamboni. Em 149 casos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as chapas que contaram com o PT foram encabeçadas por candidatos a prefeito pelo PSDB.
Tudo como se fossem feitos um para o outro.


FONTE: http://spotniks.com/10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-relacao-entre-o-pt-e-o-psdb/

RATOS FUGINDO PARA OUTROS PARTIDOS NÃO VOTEM E NÃO ELEJAM PETISTAS EM NENHUM OUTRA LEGENDA ACORDA POVO:Debandada no PT paulista

Prefeitos de redutos históricos do partido negociam a saída da legenda preocupados com o antipetismo em São Paulo. De olho nas eleições de 2016, o PSB é o provável destino

Ludmilla Amaral (ludmilla@istoe.com.br)
A esvaziada abertura do Congresso Estadual do PT em São Paulo, na sexta-feira 22, compôs o retrato da deterioração do partido no Estado. Como se constata na foto acima, as cadeiras dispostas na quadra do Sindicato dos Bancários, antes disputadíssimas, desta vez, careciam de donos. Ao menos 70% delas não foram ocupadas. Nem mesmo o anúncio da presença do ex-presidente Lula motivou os petistas a comparecer. Para não passar pelo constrangimento de ser visto diante de plateia tão reduzida, Lula preferiu cancelar a ida ao evento. No segundo dia do Congresso, Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, desabafou: “Nunca vi uma reunião do PT tão esvaziada quanto ontem, quando se anunciava que o Lula viria, e tão esvaziada quanto hoje, quando no passado as pessoas disputavam o crachá para estar aqui”. O crescimento do sentimento antipetista em São Paulo somado a atitude pusilânime da militância e a falta de perspectiva de reversão deste quadro têm levado lideranças do PT no Estado a planejar deixar a legenda. Preocupados com seu futuro político, que estará em jogo nas eleições municipais de 2016, prefeitos e vereadores de cidades paulistas dominadas pelo PT já abrem diálogo com o PSB com o objetivo de migrar para a legenda antes de outubro – prazo limite para a troca de partido visando ao pleito do próximo ano.
PT-01-IE.jpg
DEU ATÉ ECO
Petistas não ocuparam nem 30% dos lugares no Congresso
Estadual do PT, realizado na sexta-feira 22 em São Paulo
A crescente rejeição ao PT em São Paulo já atingiu redutos tradicionais do partido no Estado. Um caso emblemático é o da cidade de Hortolândia. Comandado pelo PT desde 2005, o município foi o único onde o então candidato Alexandre Padilha (PT) conseguiu superar Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo governo de São Paulo. Agora, a cidade de 212 mil habitantes figura entre aquelas em que políticos do PT, temendo o infortúnio eleitoral em 2016, ensaiam sair da sigla rumo ao PSB, seguindo o mesmo caminho trilhado pela senadora Marta Suplicy, que será oficializada na nova casa em junho. O cenário se repete nas cidades de Araçatuba, Bragança Paulista, Jaú e Itupeva.
IE2374pag36e37_PT_Attuch-1.jpg
Nas últimas semanas, as conversas comandadas pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), ganharam força. “Tenho sido procurado sim por prefeitos do PT. O diálogo conosco está aberto”, afirmou França à ISTOÉ. O prefeito de Itupeva, Ricardo Bocalon (PT), admite ter conversado com o PSB. Embora ainda não tenha sacramentado a saída do PT, o discurso de partida já está bem ensaiado. “Eu e outros prefeitos do partido estamos pedindo à direção para darem mais atenção às cidades menores em que o PT governa. Se as coisas não mudarem, vamos buscar uma outra alternativa”. Na tentativa de estancar a deserção, dirigentes do PT têm realizado viagens às cidades comandadas pelo partido com o objetivo de convencer potenciais desertores de sua importância para a sigla. Pode ter sido tarde.
Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo 




FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/420468_DEBANDADA+NO+PT+PAULISTA

DILMA ESTÁ NAS MÃOS DO TCU: PESSOAL VAMOS ENVIAR EMAILS E LIGAR PARA OS MINISTROS E DEIXAR NOSSAS MENSAGENS.

DILMA ESTÁ NAS MÃOS DO TCU.
No próximo dia 17/06, serão julgadas pelos Ministros do TCU as contas de 2013/2014 do governo Dilma, que incluem maquiagem de números e pedaladas fiscais, dentre outros crimes. Vamos pressionar os Ministros para que rejeitem as contas, o que fortalecerá o pedido de instauração de ação penal solicitado ao Procurador Janot, pelos partidos de Oposição. Com as contas rejeitadas, Janot precisará dar provimento à ação penal junto ao STF. DAÍ A IMPORTÂNCIA DE ENVIARMOS ESTE TEXTO ABAIXO AOS MINISTROS DO TCU:

"Exmo. Sr. Ministro do TCU,
A Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos congrega dezenas de grupos e movimentos voltados para o combate à corrupção e à impunidade, atuando na interlocução entre os milhões de cidadãos que saíram às ruas nos dias 15/03 e 12/04/2015 e os Três Poderes.
CONSIDERANDO:
a) que é nosso dever, na qualidade de cidadãos, fiscalizar a aplicação dos princípios da boa governança em todos os níveis da administração pública, contribuindo para o resgate da dignidade e da moralidade na gestão pública brasileira;
b) que a "maquiagem" nos números e as “pedaladas fiscais” estão identificadas e caracterizadas nas contas de 2013/2014 prestadas pela presidente Dilma Rousseff pelo próprio TCU;
c) que as ditas contas serão julgadas por este Tribunal no dia 17 de junho.
PLEITEAMOS que os votos dos eminentes Ministros sejam pela REJEIÇÃO das citadas contas, comprovando que, neste Tribunal, a lei atinge a todos os brasileiros, independentemente do cargo exercido ou posição social.
Reafirmamos o nosso compromisso de apoiar o trabalho do TCU no combate à corrupção, esta chaga que mina a democracia e atenta contra a dignidade do povo brasileiro. A sociedade brasileira conta com este Tribunal como guardião da probidade, da moralidade e da eficiência nos gastos públicos, cumprindo o seu papel institucional de forma isenta e independente. Estamos convictos de que é com esse espírito que o Colegiado conduzirá o julgamento das contas no dia 17/6."
E-mails dos MINISTROS DO TCU:
Ministro Aroldo Cedraz - min-ac@tcu.gov.br
Ministro Raimundo Carreiro - min-rc@tcu.gov.br
Ministro Walton Alencar Rodrigues - min-war@tcu.gov.br
Ministro Benjamin Zymler - min-bz@tcu.gov.br
Ministro Augusto Nardes - nardes@tcu.gov.br
Ministro José Múcio Monteiro Filho - MIN-JM@tcu.gov.br
Ministra Ana Arraes - min-aa@tcu.gov.br
Ministro Bruno Dantas - brunodantas@tcu.gov.br
Ministro Vital do Rêgo Filho - vitalrf@tcu.gov.br;

RELAÇÃO DE MINISTROS DO TCU

Presidente 
Ministro Aroldo Cedraz
E-mail: min-ac@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 317 
Cidade: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900 
Tel. 61-33165402 / 5403 / 7814 / 5409 / 5413 (Fax) 


Chefe de Gabinete 
Karla Ismail - 61 3316-4122
-----------------------------------------------------------------------------
Vice-Presidente e Corregedor
Ministro Raimundo Carreiro
E-mail: min-rc@tcu.gov.br 
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 357 
Município: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900 
Tel. 61-33167403 / 7924 / 3316-7509 (Fax) 

Chefe de Gabinete 
Ary Braga Pacheco Filho - 61 33167401 
-----------------------------------------------------------------------------

Ministro
Ministro Walton Alencar Rodrigues
E-mail: min-war@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 273 
Bairro: SAFS
Município: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70042900 
Tel. 61 33167140 / 7856 / 7515 (Fax)
Chefe de Gabinete 
Ivo Mutzenberg - Tel. 61 3316-7446
-----------------------------------------------------------------------------



Ministro

Ministro Benjamin Zymler
E-mail: min-bz@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede, sala 211 
Município: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900 
Tel. 61 3316-5498 3316-5294 Fax: 3316 7552

Chefe de Gabinete 
Karine Lilian de Sousa Costa Machado - 61 3316 5294 
-----------------------------------------------------------------------------
Ministro
Ministro Augusto Nardes 
E-mail: nardes@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 373
Cidade: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900
Tel. 61 3316 7212 Fax: 3316 7510
Chefe de Gabinete 
Maurício de Albuquerque Wanderley - 3316-7466
-----------------------------------------------------------------------------
Ministro

Ministro José Múcio Monteiro Filho 
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 237 
Município: Brasília
UF: DF
CEP: 70.042-900
Tel. 61 3316 7253 / 7451 Fax 3316 7507
E-mail: MIN-JM@tcu.gov.br
Chefe de Gabinete
Ricardo Gaban Fernandez - Telefone: 3316-7850
-----------------------------------------------------------------------------
Ministro

Ministra Ana Arraes 
E-mail: min-aa@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 325
Município: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900
Tel. 61-3316 7211 Fax: 61-3316 7505
Chefe de Gabinete
Ricardo de Mello Araújo Tel. 61-3316-7219


-----------------------------------------------------------------------------
Ministro

Ministro Bruno Dantas
E-mail: brunodantas@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede Sala 303 
Município: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70042900
Telefone: 
-----------------------------------------------------------------------------
Ministro
Ministro Vital do Rêgo Filho 
E-mail: vitalrf@tcu.gov.br
Endereço: SAFS Qd 4 Lote 1 - Ed. Sede 
Cidade: Brasília 
UF: DF 
CEP: 70.042-900
Tel. (61) 3316-7223




SERÁ MAIS UM COMPANHEIRO DU PARTIDO DU CHEFFÃO DA CORRUPÃO, QUE IA LEVAR A MALA ELE? Auditor da Aneel é preso com mala de dinheiro em SP

Servidor foi flagrado pela polícia em um shopping quando recebia R$ 400 mil



Mala com R$ 400 mil é apreendida
Mala com R$ 400 mil é apreendida(Divulgação/Deic/Divulgação)
Um auditor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi preso na tarde desta segunda-feira suspeito de extorsão. Iuri Conrado Posse Ribeiro foi encaminhado à 2ª Delegacia de Inestigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas após ser surpreendido no momento em que recebia uma mala com 400.000 reais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a quantia era "exigida para que não atrapalhasse os negócios de um empresário do ramo".
O auditor foi flagrado dentro de um shopping na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. A vítima procurou agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para pedir ajuda. Responsável pelo caso, o delegado Walter Ferrari, do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), monitorava o auditor há dois meses. A função de Ribeiro era validar o cumprimento de contratos entre empresários e o governo federal.
"A vítima tinha contratos [com o governo] para investir em infraestrutura. O cumprimento de metas resultava em bônus. O auditor dizia que, se não recebesse a propina, atrapalharia a obtenção desses benefícios", disse o delegado.
A Aneel informou que o servidor é concursado e trabalha na sede da agência em Brasília - é especialista em Regulação. O órgão informou que vai abrir um processo administrativo disciplinar para investigar o caso.
(Com Estadão Conteúdo)


FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/auditor-da-aneel-e-preso-com-mala-de-dinheiro?fb_action_ids=10202894086584946&fb_action_types=og.recommends