sexta-feira, 5 de junho de 2015

Governo do PT adota política econômica utópica e míope que pode levar o Brasil à recessão


Governo do PT adota política econômica utópica e míope que pode levar o Brasil à recessão

crise_economica_12Caos vermelho – Anunciada no começo da noite de quarta-feira (3), quando milhões de brasileiros estavam nas estradas por conta do feriado prolongado de Corpus Christi, a decisão do Comitê de Polícia Monetária (Copom) do Banco Central de elevar para 13,75% ao ano a taxa básica de juro, a Selic, mostra com antecedência a tragédia que a população terá de enfrentar por conta da incompetência de um governo perdulário, paralisado e corrupto.
A medida não apenas serve (sic) para conter a inflação oficial, atualmente acima dos 8%, mas para elevar a dívida pública e em empurrar o Brasil na direção de uma recessão profunda. Isso acontece no momento em que o desemprego aumenta mês após mês, a produção industrial cai de forma assustadora e o consumo recua sem contestação.
A grande questão nesse cenário macabro patrocinado pela presidente Dilma Rousseff está no fato de a alta da Selic ser uma dose excessiva de remédio para tratar de um problema que poderia ser resolvido de outra maneira. Isso porque a alta da taxa básica de juro brasileira, uma das maiores do planeta, puxa para cima os chamados preços administrados, como combustível, energia elétrica, água e transporte. Com isso, no melhor estilo efeito cascata, os preços de produtos e serviços tendem a subir.
A situação não seria tão grave se o salário do trabalhador sofresse aumentos na mesma proporção da elevação de preços, o que não acontece. Na verdade, o trabalhador brasileiro vem acompanhando a corrosão diária do salário, o que impacta no consumo e por consequência na arrecadação de impostos, além de piorar sobremaneira a qualidade de vida da população.
Com a maior carga tributária e a pior contrapartida entre os países classificados como desenvolvidos ou emergentes, o Brasil assiste a uma derrocada econômica sem precedentes e que pode piorar muito com o passar do tempo, caso o governo do PT insista nessa fórmula suicida de rever o quadro atual. Sem contar que a projeção de crescimento negativo do Produto Interno Bruto (PIB) para 2015 é de 2%, mas mesmo assim o governo teima em arrochar a economia.
Por outro lado, o Palácio do Planalto aposta todas as fichas no programa de ajusta fiscal defendido pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que não está a analisar a economia verde-loura como um todo. Dilma e seus estafetas de plantão buscam recuperar a confiança dos investidores, nacionais e internacionais, às custas do sacrifício desmedido da população, como se isso fosse tão simples quanto acionar o interruptor da luz da sala.
Fosse pouco, a corrupção ancorada pelo PT continua correndo solta, enquanto o governo aumenta os gastos correntes e se recusa a enxugar a máquina pública, escandalosamente inchada por dezenas de milhares de cargos de confiança, um dos maiores absurdos já vistos na história da humanidade.
Lamentavelmente, os brasileiros, que têm aversão à política e seus criminosos penduricalhos, estão mais preocupados com a roubalheira na FIFA do que com a situação do País, que cada vez mais afunda na crise e na lama da corrupção. É preciso mudar enquanto ainda há tempo, pois mais um pouco a situação será irreversível. Como sempre acontece quando a cena transforma-se em terra arrasada, surge no palco do cotidiano um salvador da pátria, um Messias de araque para tentar vender aos incautos a ideia da mudança e de dias melhores.
Não se pode esquecer que, com quase quatro anos de antecedência, Luiz Inácio da Silva, o malandro Lula, já trabalha para voltar ao poder central. Tanto é assim, que nos bastidores o lobista de empreiteira transformou em comitê de campanha o instituto que leva o seu nome, ao mesmo tempo em que nas coxias petistas pede à “companheirada” para minimizar as críticas à sucessora, Dilma Rousseff, até porque é preciso vender a ideia do “quanto pior, melhor”, mas nem tanto.
Não é preciso doses extras de tutano ou diploma de especialista para enxergar a realidade que nos ronda. Basta um pouco de raciocínio lógico e boa vontade para perceber que o quebra-cabeça do Palácio do Planalto é golpista e tem peças a menos e trocadas. Ou seja, o que tentam nos impingir não encaixa, assim como a conta não fecha. Mas tudo caminha na rota da falsa serenidade porque ainda está valendo a fórmula do “pão e circo”, que faz a alegria dos incautos. Virar o jogo é possível, mas é preciso querer. De nada adianta bater panelas na janela de casa, quando a solução está em pressionar Dilma e seu bando até a renúncia. É agora ou nunca. Do contrário o último a sair que apague a luz

FONTE: http://ucho.info/governo-de-dilma-rousseff-adota-politica-economica-utopica-e-miope-que-pode-levar-o-brasil-a-recessao

Quando aprenderão? POR OLAVO DE CARVALHO

Quando aprenderão?

Chegamos a uma situação em que mesmo dois milhões de brasileiros clamando nas ruas e 90% da população exigindo nas pesquisas o fim do império petista são impotentes para remover de seus postos os delinquentes que se apossaram do país
Excetuadas algumas frustrações e desencantos banais que não vêm ao caso, só guardo uma única tristeza na alma: a de não sido ouvido numa época em que ainda havia tempo de bloquear a ascensão comunopetista e impedir que o Brasil mergulhasse no lodaçal em que vai afundando hoje em dia.
Não vai nisso o menor ressentimento pessoal. A indiferença à mensagem quase nunca implicou hostilidade ou desprezo ao mensageiro. Sempre fui muito bem recebido em toda parte. As pessoas me ouviam, aplaudiam e, com ares de amável ceticismo, prometiam pensar no assunto.
Ficaram pensando até agora. Nada fizeram.
Semana após semana os acontecimentos foram se avolumando exatamente como eu havia previsto, e ainda assim até os melhores entre os meus ouvintes continuaram acreditando que tudo passaria com o tempo, que nada de mau sucederia que não viesse a ser corrigido automaticamente pela mágica do mero rodízio eleitoral.
 Isso era impossível, protestava eu. Onze anos atrás escrevi:
“Quem quer que, a esta altura, ainda sonhe em ‘vencer o PT’, seja nas próximas eleições, seja ao longo das décadas vindouras, deve ser considerado in limine um bobão incurável, indigno de atenção.
“O PT, como digo há anos, não veio para alternar-se no poder com outros partidos -- muito menos com os da ‘direita’ -- segundo o rodízio normal do sistema constitucional-democrático. Ele veio para destruir esse sistema, para soterrá-lo para sempre nas brumas do passado, trocando-o por algo que os próprios petistas não sabem muito bem o que há de ser, mas a respeito do qual têm uma certeza: seja o que for, será definitivo e irrevogável.
“Não haverá retorno. O Brasil em que vivemos é, já, o ‘novo Brasil’ prometido pelo PT, e não tem a menor perspectiva de virar outra coisa a médio ou longo prazo, exceto se forçado a isso pela vontade divina ou por mudanças imprevisíveis do quadro internacional.”
Continuava:
“É deplorável ter de insistir numa coisa tão evidente, mas uma estratégia de escala continental, escorada numa rede global de organizações e no completo domínio da atmosfera cultural não pode ser enfrentada por meio de resistências locais, de espertezas provincianas, de críticas pontuais a erros econômico-administrativos ou da aposta louca nas brigas internas da facção dominante, que só a revigoram. A desproporção de forças, aí, é tão brutal, tão avassaladora, que não vale nem mais a pena insistir no assunto.”
Isso foi em 2004 (leia aqui).
Hoje até as crianças sabem que o establishment brasileiro – a administração pública, três quartos do Congresso, o STF, o sistema judiciário praticamente inteiro, a justiça eleitoral, a educação desde o primário até a universidade, a CNBB, parte considerável da “grande mídia” e um punhado de mega-empresas – se reduziu a uma máquina dócil e bem azeitada para amparar as tramas do PT, assessorar e acobertar os seus crimes, ajudá-lo na realização dos planos do Foro de São Paulo e na instauração da Pátria Grande comunista dos sonhos dos irmãos Castro e de Nicolás Maduro.
Chegamos finalmente a uma situação em que mesmo dois milhões de brasileiros clamando nas ruas, multidões xingando Lula e Dilma por toda parte e 90% da população exigindo nas pesquisas de opinião o fim do império petista são impotentes para remover de seus postos os delinquentes que se apossaram do país e dele fizeram um bordel de luxo para os poucos, um favelão para os demais.
Na melhor das hipóteses, ela mesma remota e dificultosa, conseguirão obter do Congresso, como prêmio de consolação pela legitimação de eleições notoriamente fraudulentas, um miserável impeachment presidencial, medida simbólica que bem pode deixar intacto o restante do sistema comunocleptocrático instalado em Brasília.
Quer isso dizer que minhas previsões de 2004 fossem proféticas? Que nada. Estavam é atrasadíssimas. Em 1993, no livro A Nova Era e a Revolução Cultural, eu já havia exposto o plano praticamente inteiro do PT para a dominação do país. O livro não foi ignorado. Vendeu uma edição inteira no dia do lançamento, outra nas semanas seguintes. A terceira esgotou-se, a quarta (Vide Editorial, 2014) já está no fim. Foi lido e guardado na estante, bem longe da possibilidade de inspirar qualquer ação, mesmo tímida.
Em 1989, em conferência na Casa do Estudante no Brasil, sob o título “O fim do ciclo nacionalista”, eu já equacionava o drama de um país cuja cultura se formara sob o signo do nacionalismo e da busca da identidade (o “senso da nacionalidade” de que falava Machado de Assis) e ao qual coubera o destino infeliz de começar a projetar-se no cenário do mundo justamente numa época em que a tendência geral é dissolver as soberanias nacionais e absorvê-las em conglomerados regionais que vão tentando aplanar o caminho para a ambição utópica mas persistente de um governo mundial.
Ao ver hoje a marcha triunfante da Pátria Grande, que o povo odeia mas da qual não sabe como se livrar, pergunto-me por que, de tantos intelectuais, políticos e militares que me ouviram na ocasião (pois repeti a conferência em vários lugares), nenhum entendeu que, naquele momento, a inventividade, a audácia criadora, em vez da acomodação preguiçosa no culto beócio da “estabilidade das nossas instituições”, eram uma questão de sobrevivência, não de livre escolha?
Por que tantas pessoas aparentemente inteligentes, em vez de vasculhar os livros e documentos a que eu me referia, preferiram crer na lenga-lenga anestésica da TV Globo e da Folha, para cujos porta-vozes eu era apenas um alarmista histérico, um “saudosista da Guerra Fria”, ou, como disse textualmente o sr. Otavio Frias Filho, um açoitador de cavalos mortos?
Quem, hoje, exceto o alucinado Marco Antonio Villa, que ama tanto a chacota que a atrai toda para si, seria ainda louco de negar que praticamente tudo o que expliquei e previ ao longo dos anos era no mínimo o que havia de mais próximo à verdade, enquanto em volta os luminares, os bem-pensantes, os senhores doutores, os consultores pagos a peso de ouro, só repetiam chavões soporíferos tipo “Lula mudou”, “o socialismo morreu”, “as nossas instituições são sólidas” etc. etc.?
Aos poucos, porém, fui notando que as mudanças históricas que eu descrevia -- e que as inteligências mais vigorosas da platéia não negavam, mas nas quais nada viam além de uma caminhada brilhante em direção a “mais democracia” – traziam, em si mesmas, a causa da incompreensão com que minhas palavras eram recebidas.
Comecei a documentar esse aspecto do processo em O Imbecil Coletivo, de 1995: estrangulada pela “ocupação de espaços” gramsciana, onde o critério do prestígio intelectual e artístico passava a ser uma carteirinha do PT ou do PSOL, a alta cultura no Brasil agonizava.
As inteligências definhavam a olhos vistos, tornando impossível um debate sério sobre o que quer que fosse e substituindo tudo por uma linguagem de clichês na qual nada se podia dizer que já não tivesse sido dito mil vezes.
A juventude, nascida já no meio da debacle, não podia ver nela nada de anormal, por lhe faltar a escala comparativa. Acomodava-se à degradação confortavelmente, prazerosamente, embriagada pela promessa de deleites sensuais espetaculares sob a proteção do Estado-babá.
Mas, para quem tinha sido criado na época em que os debates culturais e políticos eram conduzidos por leões como um Otto Maria Carpeaux, um Álvaro Lins, um Nicolas Boer, um Julio de Mesquita Filho, um Antônio Olinto, um Mário Ferreira dos Santos, um Vilem Flusser, ver de repente o cenário intelectual ocupado inteiramente por micos-leões-dourados tipo Emir Sader, Marilena Chauí, Renato Janine Ribeiro, Vladimir Safatle, Gilberto Felisberto de Vasconcelos, Luís Fernando Veríssimo e tutti quanti era algo que prenunciava, para esta parte do mundo, uma idade das trevas.
Analisado à luz da regra de Hugo von Hoffmanstal, de que “nada está na política de um país que não esteja primeiro na sua literatura”, o Brasil do futuro que se vislumbrava nos debates públicos dos anos 90 era exatamente o que temos hoje: um vácuo sangrento, um Nada crescente e invencível que tudo devora.
Documentei o fenômeno em linguagem satírica, que a evolução posterior dos acontecimentos veio a tornar inadequada à medida que o ridículo e o grotesco, passando da esfera das idéias à dos atos e das leis, afirmaram o poder da sua autoridade incontrastável e se consolidaram nas formas monstruosas do deprimente, do abjeto, do indescritivelmente vergonhoso. Daquilo que não pode ser satirizado porque, como diria Karl Kraus, já ultrapassou as fronteiras da sátira.
Não posso repassar mentalmente esse trajeto sem que me volte à memória o  refrão de uma velha canção folclórica americana: “Oh, when will they ever learn?”

FONTE: http://dcomercio.com.br/categoria/opiniao/quando_aprenderao
































Como estudantes liberais devem lidar com professores esquerdistas

profs
O artigo abaixo foi escrito pelo professor de Relações Internacionais no Ibmec/MG Diogo Costa
establishment acadêmico do Brasil é de esquerda. Os alunos podem passar um curso universitário inteiro sem perceber que aquilo que lhes está sendo apresentado como consenso intelectual não passa de propaganda ideológica, o que dificulta a vida daqueles que percebem o que está acontecendo. Estudantes liberais tendem a se sentir isolados. Suas idéias são marginalizadas e ainda devem tratar como mestres os seus oponentes intelectuais. Aqui vão alguns pontos que podem ser úteis para a vida universitária de estudantes liberais:
Aprenda os fatos. Os libertários normalmente se apóiam em primeiros princípios, e é importante que nosso entendimento das ciências sociais não seja alicerçado em contingências e proposições vagas. Mas isso não substitui o conhecimento dos fatos sobre assuntos específicos. Um liberal radical pode responder a todas as questões políticas com um “não cabe ao governo fazer X”, mas, se ele não entender como proceder com determinada reforma, ou como o mercado substituiria uma determinada função do governo, pode facilmente perder uma discussão e passar a impressão (às vezes correta) de que sua crença não passa de uma teimosia. Enriqueça suas explicações com exemplos da história de diferentes sociedades que ilustram a aplicação de seus princípios. Seus argumentos se tornarão mais convincentes e sua compreensão do liberalismo mais apurada.
Aproveite sua vantagem comparativa. Não tenha medo de usar as ferramentas intelectuais que o liberalismo pode oferecer. Em questões econômicas e políticas, os liberais conhecem hipóteses não consideradas pela maioria dos professores. É muito difícil produzir algo diferente quando se está preso dentro de uma mesma doutrina. Aproveite os insights liberais para destacar os seus trabalhos do resto da multidão. Uma idéia surrada como a “luta de classes” marxista pode ser desmontada e substituída pela sofisticação da análise dos grupos de interesse a partir da escola de Escolha Pública. Se você apresentar suas idéias de forma razoável e bem fundamentada, o liberalismo pode dar ao seu trabalho acadêmico um vigor que o professor não achará em outros alunos.
Trate os professores como objeto de estudo. O esquerdismo acadêmico é um fenômeno social. Estude-o como tal. Receba os discursos de esquerda com aquela “suspensão voluntária da descrença” (awilling suspension of disbelief proposta por Samuel Taylor Coleridge) com que lemos obras de ficção. Tente entender como seu professor chegou às suas convicções, quais são seus pontos mais fracos, qual a formulação mais consistente de seus argumentos. Separe os erros distintivos da vagueza incoerente. Conheça o outro lado tão bem a ponto de conseguir reproduzir o seu discurso melhor do que seus professores. Apenas conhecendo bem seus oponentes intelectuais você conseguirá agir com estratégia e certeza.
Aprenda a discutir. Vencer uma discussão não é simplesmente obter o convencimento absoluto e incondicional da outra parte. Se você for viver esperando que as pessoas se desmontem perante a força de seus argumentos, sua vida será repleta de frustrações. O que você pode fazer com relativo sucesso é trazer as pessoas um pouco mais perto de você, como fazer com que o comunista se torne um pouco cético ou com que o social-democrata ache que os liberais entendem alguma coisa do que falam. Quando se trata de professores, até essa modesta aproximação pode ser impossível, mas a discussão em sala de aula pode servir para atrair os demais alunos.
Aprenda a não discutir. Discussões intermináveis em salas de aula distanciam os outros alunos e alienam os professores. Ninguém tem o dever moral de consertar todos os erros intelectuais que encontra pela frente. Como os liberais normalmente têm um horizonte intelectual mais amplo do que a maioria das pessoas e dos professores, eles percebem uma maior quantidade de incoerências e inconsistências. Não ache que é sua missão responder a todas elas. Esses erros são tão corriqueiros que você teria que dedicar a sua vida inteira a simplesmente corrigi-los, enquanto poderia usar sua energia e capacidades com atividades mais importantes e até mais eficientes de promover a liberdade.
Ouça o que eles têm a ensinar. Os libertários tendem a desmerecer seus professores. Sentem-se superiores por conhecer argumentos e autores que eles não conhecem, por considerar soluções que eles não consideram e, principalmente, por ouvir em seu discurso uma repetição chata, manjada e falaciosa. Mas os erros intelectuais, ou até as falhas de caráter, não significam que os professores de esquerda nada têm a nos ensinar. Entenda do que eles falam. Isso não significa se esforçar para tentar ser convencido, mas para tentar saber o que eles sabem. Os professores são seus professores porque, em áreas específicas, eles sabem mais do que você. Há matérias em que os professores de esquerda têm muito pouco a oferecer. Um marxista não tem muito o que ensinar de economia assim como um curandeiro não tem muito a ensinar de medicina. Mas na maioria dos assuntos, a crença ideológica pode coexistir com o conhecimento verdadeiro. O estudante deve ouvir tudo o que seu professor fala, discernir o que é propaganda do que é conhecimento, e guardar o que for bom.


FONTE: http://epl.org.br/2015/05/26/como-estudantes-liberais-devem-lidar-com-professores-esquerdistas/

A parábola dos talentos: a Bíblia, os empreendedores e a moralidade do lucro

A parábola dos talentos: a Bíblia, os empreendedores e a moralidade do lucro
por 

parable-of-the-talents.jpegAs parábolas de Jesus nos ensinam verdades eternas, mas também oferecem lições práticas inesperadas para as questões mundanas.
No Evangelho de Mateus (Mt 25:14-30), encontramos a parábola dos talentos de Jesus. Como todas as parábolas bíblicas, elas têm muitos níveis de significado. Sua essência se relaciona a como utilizamos o dom da graça de Deus. Com relação ao mundo material, trata-se de uma história sobre capital, investimento, empreendedorismo, e o uso adequado de recursos econômicos escassos. É uma refutação direta àqueles que veem uma contradição entre o sucesso dos negócios e a vivência da vida cristã. 
Um homem rico, prestes a iniciar uma longa viagem, chamou os seus três servos e lhes disse que eles seriam os guardiões de seus bens enquanto estivesse ausente. Após o mestre analisar as habilidades naturais de cada um, ele deu 5 talentos a um servo, 2 a outro, e 1 ao terceiro. Em seguida, partiu para sua viagem.
Os servos não perderam tempo e imediatamente adentraram o mundo do empreendimento e dos investimentos.  Aquele que recebera cinco talentos empreendeu e ganhou outros cinco.  Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que havia recebido apenas um fez uma cova no chão e escondeu ali a propriedade do seu mestre.
Depois de muito tempo, o mestre retornou e foi acertar as contas com seus servos. O servo que havia recebido 5 talentos se apresentou. "Meu senhor", ele disse, "o senhor me confiou 5 talentos; veja, aqui estão mais cinco que eu consegui!".
"Muito bem, servo bom e fiel!" o mestre respondeu. "Já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra no gozo do teu senhor!"
Em seguida, o servo que havia recebido 2 talentos se aproximou do mestre. "Meu senhor", disse, "o senhor me confiou 2 talentos; veja, obtive mais dois!" O mestre disse: "Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito, entra no gozo do teu senhor". 
Finalmente, aquele que havia recebido 1 talento se aproximou de seu mestre. "Meu senhor", disse, "eu soube que és um homem severo, ceifas onde não semeaste e recolhes onde não joeiraste; e, atemorizado, fui esconder o teu talento na terra; aqui tens o que é teu!".
A resposta do mestre foi rápida e severa: "Servo mau e preguiçoso! Se sabias que ceifo onde não semeei e que recolho onde não joeirei, devias, então, ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros e, ao meu retorno, teria recebido o que é meu com juros".
O mestre ordenou que o talento fosse tomado do servo preguiçoso e dado àquele que tinha dez talentos: "Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos; porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes!"
Essa não é a história que frequentemente ouvimos nos púlpitos e sermões. Nossos tempos ainda exaltam uma ética socialista na qual o lucro é suspeito, e o empreendedorismo é visto com suspeita e desagrado. Porém, a história apresenta um significado ético facilmente perceptível, e apresenta lições profundas que ajudam a compreender qual é a responsabilidade humana na vida econômica.
Uma análise mais atenta
Nessa parábola, a palavra "talento" possui dois significados. É uma unidade monetária: era a mais utilizada da época. O estudioso bíblico John R. Donovan relata que um único talento era equivalente ao salário de 15 anos de um trabalhador comum. Portanto, sabemos que a quantia dada a cada servo era considerável.
Se interpretarmos de uma forma mais ampla, os talentos se referem a todos os dons que Deus nos deu. Essa definição abarca todos os dons — naturais, espirituais e materiais. Inclui, também, nossas habilidades e recursos naturais — saúde e educação —, bem como nossas posses, dinheiro e oportunidades.
Uma das lições mais simples dessa parábola é que não é imoral lucrar por meio do uso de nossos recursos, inteligência e trabalho. A alternativa ao lucro é o prejuízo; e a perda de riqueza, especialmente por falta de iniciativa, certamente não constitui uma boa e sensata administração.
A parábola existente no Evangelho de São Mateus pressupõe uma compreensão básica da correta administração do dinheiro. De acordo com a lei rabínica, o ato de enterrar o dinheiro era considerado a forma mais segura contra o roubo. Se a uma pessoa fosse confiada uma quantia em dinheiro e ela o enterrasse tão logo estivesse em seu poder, ela estaria livre da culpa se algo acontecesse com ele. O oposto era verdade se o dinheiro fosse enrolado em um pano.  Nesse caso, a pessoa era responsável por cobrir qualquer perda (prejuízo) incorrida devido à má administração do depósito que lhe foi confiado.  
Ainda nessa história, o mestre inverte o entendimento da lei rabínica. Ele considerou enterrar o talento — ficando elas por elas — como um prejuízo, pois ele pensava que o capital deveria receber uma taxa de retorno razoável. De acordo com esse entendimento, tempo é dinheiro (ou juros).
A parábola também contém uma lição crítica sobre como devemos utilizar as habilidades e recursos dados por Deus. No livro de Gênesis, Deus deu a Adão a Terra à qual ele deveria misturar seu trabalho para seu próprio uso. Na parábola, de forma similar, o mestre esperava que seus servos buscassem ganhos materiais. Em vez de preservar passivamente o que lhes tinha sido dado, o mestre esperava que investissem o dinheiro. O mestre ficou furioso diante da timidez do servo que tinha recebido um talento. Deus nos ordena a utilizar nossos talentos para fins produtivos. A parábola enfatiza a necessidade do trabalho e da criatividade, e condena a preguiça.
A busca por segurança
Ao longo da história, as pessoas tentaram construir instituições que assegurassem uma segurança perfeita, como o servo fracassado tentou. Tais esforços variam dos estados de bem-estar greco-romanos, passando pelo totalitarismo soviético em grande escala, até as comunidades luditas da década de 1960.
De tempos em tempos, esses esforços foram adotados como soluções cristãs para inseguranças futuras. Ainda assim, na Parábola dos Talentos, a coragem frente a um futuro incerto é recompensada no primeiro servo, que recebeu mais. Ele havia empreendido os 5 talentos, e ao fazê-lo, obteve mais 5. Teria sido mais seguro para o servo investir o dinheiro no banco para obter juros. Pela fé que demonstrou, foi-lhe permitido manter os 5 iniciais mais os 5 que havia recebido, compartilhando da alegria do mestre. 
Isso implica uma obrigação moral de confrontar a incerteza de maneira empreendedora. E ninguém o faz melhor que o empreendedor. Muito antes de saber se haverá retorno aos seus investimentos ou ideias, ele arrisca seu tempo e sua propriedade. Ele tem de pagar os salários de seus empregados muito antes de saber se o seu empreendimento terá algum retorno.  Ele incorre em gastos muito antes de saber se previu os eventos futuros de forma acurada. Ele vê o futuro com esperança, coragem e um senso de oportunidade. Ao criar novos negócios, ele oferece alternativas para os trabalhadores, que agora podem optar por receber um salário e desenvolver suas habilidades.
Por que, então, os empreendedores são frequentemente punidos como maus servos de Deus? Muitos líderes religiosos falam e agem como se o uso dos talentos e recursos naturais dos empresários em busca do lucro fosse imoral, uma noção que deveria ser descartada à luz da Parábola dos Talentos. O servo preguiçoso poderia ter evitado seu destino sombrio ao ser mais empreendedor. Se houvesse feito um esforço para empreender o dinheiro do seu mestre e retornado com prejuízos, ele não teria sido tratado tão mal, pois ao menos teria trabalhado em nome do seu mestre.
Empreendedorismo e ganância
A religião deve reconhecer o empreendedorismo pelo que ele é — uma vocação. A capacidade de sucesso nos negócios, na bolsa de valores ou em um banco de investimentos é um talento. Como outros dons, não deveriam ser desperdiçados, mas usados em sua plenitude para a glória de Deus. Críticos ligam o capitalismo à ganância, mas a natureza fundamental da vocação empresarial é se concentrar nas necessidades dos consumidores e se esforçar para satisfazê-las. Para ter sucesso, o empreendedor tem de servir aos outros.
A ganância se torna um risco espiritual — que ameaça a todos nós, independentemente de nossa riqueza ou vocação — quando passa a haver um desejo excessivo ou insaciável por ganhos materiais, independentemente de nossa condição financeira. O desejo se torna excessivo quando, nas profundezas do seu ser, ele supera as preocupações morais e espirituais. Mas a parábola deixa claro que a riqueza por si só não é injusta — pois o primeiro servo recebeu mais do que o segundo e o terceiro. E quando o lucro é o objetivo a ser alcançado pelo uso do talento empresarial, isso não configura ganância. É apenas o uso apropriado do dom.
Além de condenar o lucro, os líderes religiosos frequentemente favorecem diversas variedades de igualdade social e redistribuição de renda. Sistema de saúde universal, maiores gastos com políticas assistencialistas, e tributação pesada sobre os ricos são todos promovidos em nome da ética cristã. O objetivo supremo de tais políticas é a igualdade, como se as desigualdades inatas que existem entre as pessoas fossem, de alguma forma, inerentemente injustas.
E não é assim que Jesus se posiciona na Parábola dos Talentos. O mestre confiou talentos a cada um de seus servos de acordo com suas respectivas habilidades e capacidades. Um recebeu 5, enquanto outro recebeu somente 1.  Aquele que recebeu menos não recebe compaixão do mestre pela sua falta de recursos em comparação ao que seus outros colegas receberam. 
Podemos inferir dessa parábola que a igualdade de renda ou a realocação de recursos não é uma questão moral fundamental. Os talentos e matérias-primas que cada um de nós tem não são inerentemente injustos; sempre existirão desigualdades desenfreadas entre as pessoas. Um sistema moral é aquele que reconhece tal fato e permite que cada pessoa utilize seus talentos em sua plenitude. Todos nós temos a responsabilidade de empregar as capacidades e habilidades das quais fomos dotados.
Também podemos aplicar a lição dessa parábola às nossas políticas sociais. No sistema vigente, o salário do trabalhador é tributado para pagar os benefícios daqueles não trabalham. Frequentemente ouvimos que "não existem empregos" para a grande maioria dos pobres. No entanto, sempre existe trabalho a ser feito.  A necessidade de trabalho é, por definição, infinita. Um homem com duas mãos saudáveis pode encontrar trabalho que pague $1 por hora. Ele decide trabalhar ou não, e o governo decide se ele pode ou não aceitar tal valor. Nosso sistema de bem-estar desencoraja o trabalho. Ele cria um incentivo perverso para se recorrer ao assistencialismo ao menos que exista um trabalho que pagará pelo menos o mesmo que o seguro-desemprego.
Deus ordena que todas as pessoas utilizem seus talentos; todavia, em nome da caridade, nosso sistema assistencialista encoraja as pessoas a deixarem que suas habilidades naturais atrofiem, ou que nem mesmo as venham a descobrir. 
Dessa maneira, estimula-se o pecado. A Parábola dos Talentos implica que a inatividade — ou o desperdício de talento empreendedorial — incita a ira de Deus. Afinal, o servente mais baixo não havia desperdiçado o talento; ele simplesmente o havia enterrado: algo que era permissível (aceitável) pela lei rabínica. A rapidez da reação do mestre surpreende. Ele o chama de "mau e preguiçoso" e o expulsa para sempre de sua convivência.
Aparentemente, não é somente a preguiça do servo que motiva tanta ira. Ele não mostrou nenhum arrependimento, e ainda culpou seu mestre pela sua timidez (incompetência). Sua desculpa para não investir o dinheiro é que ele considerava o seu mestre duro e exigente, embora a ele houvessem sido confiados recursos generosos.  Por medo do fracasso, ele se recusou até mesmo a tentar ter sucesso.
Essa parábola também nos ensina algo sobre macroeconomia. O mestre seguiu viagem deixando o total de 8 talentos; ao retornar, os 8 haviam se transformado em 15. A parábola não é a história de um jogo de soma zero. O ganho de uma pessoa não ocorre à custa de outrem. O empreendimento exitoso do primeiro serve não prejudica as possibilidades do terceiro servo. O mesmo se aplica à economia atual. Ao contrário do que é normalmente pregado do púlpito, o sucesso dos ricos não vêm à custa dos pobres.
Se por se tornar rico o servo mais bem sucedido tivesse prejudicado a outrem, o mestre não o teria elogiado. O uso sábio dos recursos em investimentos ou em poupança a juros não somente é correto do ponto de vista individual, como também ajuda as outras pessoas. Como John Kennedy disse certa vez, uma onda que sobe levanta todos os barcos. Da mesma forma, a riqueza do mundo desenvolvido não ocorre nas costas das nações em desenvolvimento. A Parábola dos Talentos implica uma sociedade livre e aberta.
Cristãos de esquerda normalmente recorrem às palavras de Jesus: "Como é difícil entrar no Reino de Deus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Seus discípulos foram tomados de surpresa, e se perguntaram: quem poderia ser salvo, então? Jesus acalmou seus medos: "para um homem é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis".
Isso não significa que nosso sucesso material nos afastará do paraíso; implica, isso sim, a necessidade de levarmos uma vida moralmente, a qual deve estar acima de qualquer preocupação com bens materiais. Nossa preocupação para com Deus deve ser a mesma que os servos tiveram com relação aos interesses do seu mestre enquanto buscavam o lucro. Permanece verdade que, não obstante todas as nossas posses e feitos terrenos, dependemos completamente de Deus para alcançarmos a salvação.
No entanto, para a condução da economia, dependemos fortemente do empreendedorismo, do investimento, da tomada de risco e da expansão da riqueza e da prosperidade.  Deveríamos ser mais críticos quanto à maneira como nossa cultura trata o empreendedorismo. As revistas de negócios estão repletas de histórias de sucesso. O herói é frequentemente o empreendedor corajoso, visionário e alegre, que se assemelha ao servo capaz que recebeu 5 talentos. Contudo, ao mesmo tempo, a fé religiosa popular continua a louvar e promover o comportamento endêmico do servo preguiçoso que foi expulso do convívio do mestre.
O cristianismo é frequentemente culpado pelo fracasso dos projetos socialistas ao redor do mundo. E, em muitos casos, cristãos desinformados participaram da construção desses tipos de projetos. A lição da Parábola dos Talentos precisa ser mais bem entendida. O sonho socialista é imoral. Ele simplesmente institucionaliza o comportamento condenável do servo preguiçoso. Onde Deus recomenda a ação criativa, o socialismo encoraja a preguiça. Onde Ele demanda fé e esperança no futuro, o socialismo promete uma falsa forma de segurança. Ao passo que a Parábola dos Talentos sugere a superioridade moral da livre iniciativa, do investimento e do lucro, o socialismo a nega.
Todas as pessoas de fé deveriam trabalhar tenazmente para acabar com a divergência entre religião e economia. Essa parábola de Jesus é um bom ponto para se começar a incorporar a moralidade do livre mercado e da livre iniciativa à ética cristã. 

Robert Sirico é fundador e presidente do Acton Institute.  Padre e mestre em teologia, ele também é membro da Mont Pèlerin Society, da Academia Americana de Religião e da Philadelphia Society, além de ser conselheiro do Instituto Cívico de Praga. 


FONTE:http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2046

Aumentar Impostos é com os comunas mesmo, bem feito aos banqueiros e empresários que financiaram a campanha do PT e outros comunistas, chupa essa agora: Aumentar impostos sobre os ricos e sobre os lucros é uma medida economicamente destrutiva

Dilma-Rousseff-e-Joaquim-Levy.jpeg
Aumentar impostos sobre os ricos e sobre os lucros é uma medida economicamente destrutiva

Para uma economia enriquecer e melhorar o padrão de vida de sua população, ela tem de produzir bens e serviços de qualidade. Quanto maior a abundância desses bens e serviços de qualidade, menor o preço deles e maior a qualidade de vida da população.
O nível de riqueza de um país é proporcional à quantidade e à variedade de bens disponíveis em sua economia.
Porém, para que eles sejam produzidos, é necessário haver capital. Capital, no caso, refere-se aos ativos físicos das empresas e indústrias. Capital são as instalações, os maquinários, as ferramentas, os estoques e os equipamentos de escritório de uma fábrica ou de uma empresa qualquer. Ou seja, capital é tudo aquilo que auxilia um modo de produção
Quanto maior a quantidade desse capital, maior será a intensidade, a abundância e a qualidade dos produtos criados. Portanto, para uma economia crescer e melhorar o padrão de vida das pessoas, ela precisa ser intensiva em capital.
Já impostos sobre o lucro das empresas afetam diretamente esse processo de formação de capital. Os lucros são exatamente o que possibilitam as empresas a fazer novos investimentos, a adquirir mais maquinários, a expandir suas instalações e, com isso, aprimorar sua capacidade produtiva.
Outro "efeito colateral" dos lucros é que são eles que possibilitam a contratação de novos empregados ou até mesmo a concessão de aumentos salariais.
Ou seja, são os lucros que permitem que as empresas façam novos investimentos, intensifiquem seu capital produtivo, contratem mais pessoas e paguem maiores salários.
Tributar lucros significa fazer com que capacidade futura de investimento das empresas seja seriamente afetada, o que significa menor produção, menor oferta de bens e serviços no futuro, e menos contratação de mão-de-obra.
Ainda há quem acredite que os lucros das empresas são integralmente utilizados pelos capitalistas para seu consumo próprio. Isso é de uma ignorância atroz. Se os lucros realmente fossem utilizados pelos empreendedores para consumir "produtos e serviços em benefício próprio", então simplesmente não haveria mais empresa nenhuma.
Lucros necessariamente têm de ser reinvestidos na empresa, seja na forma de reposição de estoques, seja na forma de expansão dos negócios, seja na forma de contratação de novos trabalhadores, ou até mesmo na forma de aumentos salariais. Se os lucros fossem consumidos em produtos e serviços, as empresas simplesmente não seriam capazes nem de repor seus estoques. A padaria da esquina não teria nem como comprar farinha para fazer mais pão.
Por tudo isso, impostos sobre o lucro representam a medida mais destrutiva para a formação de capital, algo que seria ainda mais prejudicial para os mais pobres no longo prazo.
O dinheiro dos ricos e das empresas não está parado dentro de uma gaveta. Em nosso atual sistema monetário e financeiro, todo o dinheiro está inevitavelmente em algum depósito bancário. Não importa se o rico comprou ações, papeis, títulos, CDBs, aplicou em fundos de investimento ou em fundos de ações: no final, este dinheiro caiu em alguma conta bancária, e será emprestado pelos bancos para financiar investimentos.
Portanto, se a preocupação é dar um direcionamento útil ao dinheiro dos ricos, não há por que se preocupar.
Se o governo tributar esse dinheiro, fará apenas que o dinheiro que antes estava investido em coisas produtivas seja direcionado para o mero consumismo do governo, ficando sob os caprichos de seus burocratas, obstruindo a formação de capital. Por isso, impostos que recaem sobre a produção, sobre a renda dos mais ricos e sobre o lucro são um enorme obstáculo à formação de capital. É deste dinheiro que vem a poupança necessária para os investimentos produtivos.
Aumentar impostos sobre este dinheiro será ainda mais prejudicial para os mais pobres no longo prazo, pois se trata de uma medida extremamente destrutiva para a formação de capital, impedindo o consequente aumento da oferta de bens e serviços na economia, que é justamente o que beneficia os mais pobres.






"Penso que é muito mais justo o imposto progressivo sobre grandes fortunas. Haveria um fato gerador anualmente, sem depender da morte do contribuinte", disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das defensoras da tributação dos mais ricos.
Já Lindbergh Farias (PT-RJ) gostaria de ver taxados lucros e dividendos, incluindo remessas ao exterior. O senador diz que muitos empresários exercem funções executivas em suas companhias, mas, no lugar de receber salários, são remunerados sob a forma de distribuição de lucros.
Técnicos da Fazenda e do Planejamento se debruçaram nos últimos meses sobre quatro possibilidades. Além de grandes fortunas, heranças e lucros e dividendos, a equipe econômica estudou também taxar altas somas doadas em dinheiro, hoje praticamente isentas de impostos.
E outra:
Taxação sobre lucro líquido é aposta do governo para equilibrar contas públicas
Para aumentar a arrecadação e conseguir equilibrar as contas públicas no final do ano, o governo continua estudando diversas alternativas. A principal aposta do Palácio do Planalto, no momento, é a taxação sobre o lucro líquido.
De acordo com interlocutores do Planalto, a medida não seria simplesmente a penalização dos mais ricos. A ideia do governo é criar um mecanismo que obrigue o segmento a reinvestir as fortunas em projetos no País. Os defensores da proposta afirmam que o objetivo é fazer que parte desse dinheiro cumpra uma função social.

Auxiliares da presidente Dilma Rousseff afirmam que a intenção é mostrar a disposição do governo em dividir o bolo das classes atingidas pelo ajuste fiscal. O governo tem sido acusado durante as negociações das medidas provisórias que alteraram os direitos trabalhistas que estaria poupando o "andar de cima" em detrimento dos trabalhadores.
Não são poucos os brasileiros que acreditam que obrigar os mais ricos a pagar mais impostos seja uma política "socialmente justa" e "boa para o país".  Com efeito, não seria exagero afirmar que, no geral, as pessoas ficariam contentes se terceiros pagassem suas contas.  E o governo é ótimo em insuflar este sentimento.
Só que a encrenca é que há vários problemas inevitáveis gerados por um aumento de impostos.
Um por todos
O aspecto mais importante a ser observado é que é impossível isolar os custos de qualquer imposto.  No caso dos impostos indiretos — os quais absolutamente todas as pessoas pagam —, isso é explícito.  Mas o que poucos entendem é que isso também é válido para os impostos diretos, principalmente sobre a renda.
A maioria das pessoas pensa que cada indivíduo paga, sozinho, seus impostos diretos.  Mas essa crença é demonstravelmente falsa. 
Se, por exemplo, a alíquota do imposto de renda que incide sobre as rendas mais altas fosse elevada em 20%, os trabalhadores de renda mais alta reagiriam a isso negociando um aumento salarial.  (Dado que a esquerda quer muita gente pagando mais imposto, então creio ser correto dizer que ela defende maior imposto justamente sobre pessoas mais produtivas; caso contrário, seria na prática impossível elevar impostos permanentemente.  Logo, por se tratar de pessoas produtivas, não é incorreto dizer que elas têm poder de barganha junto a seus empregadores). 
Se essas pessoas conseguirem um aumento salarial de, por exemplo, 10%, isso significa que praticamente metade do aumento de 20% da carga tributária foi repassada aos seus empregadores.
Essa maior alíquota do imposto de renda reduziu os salários líquidos; o consequente aumento nos salários elevou os salários brutos.  Neste ponto, a exata divisão do fardo tributário entre empregados e empregadores vai depender do relativo poder de barganha entre eles no mercado de trabalho.  O que interessa é que os empregados de maior renda irão repassar uma parte, se não a maior parte, de qualquer aumento em seu imposto de renda para seus empregadores.
Consequentemente, estes empregadores irão contratar menos empregados — ou tentarão contratar oferecendo salários bem menores, algo difícil —, e irão tentar repassar esse aumento havido nos custos trabalhistas para os consumidores, na forma de preços maiores.  Esse aumento, no entanto, vai depender do relativo poder de barganha entre o vendedor e seus clientes, bem como do nível de concorrência no mercado.  
Os empresários irão repassar estes maiores custos aos consumidores até o ponto em que possam elevar preços sem sofrer uma relativamente grande perda no volume de vendas.  Desta forma, os consumidores que ainda continuarem comprando a estes preços maiores estarão pagando parte do aumento na carga tributária que supostamente deveria afetar apenas os "ricos".
A direita está errada ao alegar que os mais pobres não pagam imposto de renda.  Além de absolutamente toda a população pagar os impostos indiretos que estão embutidos nos preços dos bens e serviços, a classe média e os pobres também acabam pagando parte daquele aumento do imposto de renda que visava a atacar apenas os ricos.  A esquerda, por sua vez, também está errada ao crer que todo o fardo de uma elevação de impostos pode ser confinada exclusivamente aos "ricos".  A classe média e os pobres sempre acabarão pagando por um aumento de impostos sobre os ricos através dos maiores preços dos bens e serviços. 
Qualquer aumento no imposto de renda da camada mais rica da população — seja o 1% mais rico ou os 5% mais ricos — irá acabar por elevar os impostos que toda a população paga indiretamente.
É possível contra-argumentar dizendo que o repasse para os preços desse aumento no imposto de renda seria muito pequeno.  Talvez apenas uma pequena porcentagem da elevação do imposto de renda, o qual foi repassado aos empregadores, seria repassada aos consumidores na forma de preços maiores.  No entanto, caso isso ocorra, o efeito de longo prazo será ainda pior. 
Se os empregadores tiverem de arcar com uma elevação marginal dos custos trabalhistas sem uma correspondente elevação marginal de sua receita, suas margens de lucro diminuirão.  Redução nos lucros significa menos investimentos.  E menos investimentos inibem um maior crescimento econômico.  Um menor crescimento econômico significa menores aumentos nos salários e na renda de toda a população.  Os efeitos dos impostos sobre o crescimento econômico, portanto, são bem mais indiretos do que se imagina.
Primeira conclusão: ao menos alguma porcentagem dos impostos que foram aumentados sobre os ricos serão repassados a todos os consumidores — e isso prejudicará majoritariamente os mais pobres.  Qualquer aumento de impostos sobre um grupo acabará sendo compartilhado por todos.  E não há nada que as autoridades estatais possam fazer quanto a isso.  Os indivíduos de mais alta renda irão arcar com apenas uma fatia do aumento ocorrido em suas alíquotas.  E essa importante constatação quase nunca é reconhecida.  E é dessa maneira que um imposto sobre um se transforma em um imposto sobre todos.
Tributar lucros - uma medida asinina
Para uma economia enriquecer e melhorar o padrão de vida de sua população, ela tem de produzir bens e serviços de qualidade.  Quanto maior a abundância desses bens e serviços de qualidade, menor o preço deles e maior a qualidade de vida da população.  O nível de riqueza de um país é proporcional à quantidade e à variedade de bens disponíveis em sua economia.
Porém, para que eles sejam produzidos, é necessário haver capital.  Capital, no caso, refere-se aos ativos físicos das empresas e indústrias.  Capital são as instalações, os maquinários, as ferramentas, os estoques e os equipamentos de escritório de uma fábrica ou de uma empresa qualquer.  Ou seja, capital é tudo aquilo que auxilia um modo de produção
Quanto maior a quantidade desse capital, maior será a intensidade, a abundância e a qualidade dos produtos criados.  Portanto, para uma economia crescer e melhorar o padrão de vida das pessoas, ela precisa ser intensiva em capital.
Já impostos sobre o lucro das empresas afetam diretamente esse processo de formação de capital.  Os lucros são exatamente o que possibilitam as empresas a fazer novos investimentos, a adquirir mais maquinários, a expandir suas instalações e, com isso, aprimorar sua capacidade produtiva. Outro "efeito colateral" dos lucros é que são eles que possibilitam a contratação de novos empregados ou até mesmo a concessão de aumentos salariais. 
Ou seja, são os lucros que permitem que as empresas façam novos investimentos, intensifiquem seu capital produtivo, contratem mais pessoas e paguem maiores salários.
Tributar lucros significa fazer com que capacidade futura de investimento das empresas seja seriamente afetada, o que significa menor produção, menor oferta de bens e serviços no futuro, e menos contratação de mão-de-obra.
Ainda há quem acredite que os lucros das empresas são integralmente utilizados pelos capitalistas para seu consumo próprio.  Isso é de uma ignorância atroz.  Se os lucros realmente fossem utilizados pelos empreendedores para consumir "produtos e serviços em benefício próprio", então simplesmente não haveria mais empresa nenhuma.
Lucros necessariamente têm de ser reinvestidos na empresa, seja na forma de reposição de estoques, seja na forma de expansão dos negócios, seja na forma de contratação de novos trabalhadores, ou até mesmo na forma de aumentos salariais. Se os lucros fossem consumidos em produtos e serviços, as empresas simplesmente não seriam capazes nem de repor seus estoques. A padaria da esquina não teria nem como comprar farinha para fazer mais pão.
Por tudo isso, impostos sobre o lucro representam a medida mais destrutiva para a formação de capital, algo que seria ainda mais prejudicial para os mais pobres no longo prazo. 
O dinheiro dos ricos e das empresas não está parado dentro de uma gaveta.  Em nosso atual sistema monetário e financeiro, todo o dinheiro está inevitavelmente em algum depósito bancário.  Não importa se o rico comprou ações, papeis, títulos, CDBs, aplicou em fundos de investimento ou em fundos de ações: no final, este dinheiro caiu em alguma conta bancária, e será emprestado pelos bancos para financiar investimentos.  Portanto, se a preocupação é dar um direcionamento útil ao dinheiro dos ricos, não há por que se preocupar.
Se o governo tributar esse dinheiro, fará apenas que o dinheiro que antes estava investido em coisas produtivas seja direcionado para o mero consumismo do governo, ficando sob os caprichos de seus burocratas, obstruindo a formação de capital.  Por isso, impostos que recaem sobre a produção, sobre a renda dos mais ricos e sobre o lucro são um enorme obstáculo à formação de capital.  É deste dinheiro que vem a poupança necessária para os investimentos produtivos.  Aumentar impostos sobre este dinheiro será ainda mais prejudicial para os mais pobres no longo prazo, pois se trata de uma medida extremamente destrutiva para a formação de capital, impedindo o consequente aumento da oferta de bens e serviços na economia, que é justamente o que beneficia os mais pobres.
A fuga
Um terceiro problema com um aumento de impostos sobre as rendas mais altas, sobre as fortunas e sobre os lucros é que algumas pessoas irão simplesmente deixar de pagar esses impostos. 
Gerard Depardieu abandonou a França para não ser obrigado a pagar a nova alíquota de 75% instituída pelo governo socialista.  E, dois anos após anunciar a nova alíquota, o governo francês se viu obrigado a revogá-la, pois o aumento da arrecadação foi ínfimo (a alíquota afetava apenas mil pessoas e proporcionava somente 250 milhões de euros a mais de arrecadação.  Para se ter uma ideia, 250 milhões de euros não representam nem 0,4% do déficit fiscal do governo espanhol de 2013, e não chegam nem a 0,05% de todo o gasto público da Espanha, que é um país mais pobre).
O que ocorreu com Gerard Depardieu não foi o primeiro e nem será o último caso de um auto-imposto exílio tributário.  Nas décadas de 1960 e 1970, o parlamento britânico elevou os impostos incidentes sobre os britânicos mais ricos.  A alíquota máxima sobre o imposto de renda foi elevada para 83%.  O governo britânico também elevou os impostos sobre ganhos de capital em 15%.  Qual foi o resultado?
Ringo Starr e Roger Moore se mudaram para Mônaco. David Bowie se mudou para a Suíça.  Os Rolling Stones começaram a perambular pelo mundo em busca de paraísos fiscais.  Phil Collins, Michael Caine, Pink Floyd, Led Zeppelin, Freddy Mercury, Sting, Frederick Forsyth e Sean Connery deixaram o Reino Unido, pelo menos temporariamente, como exilados fiscais. 
Apenas o principado de Mônaco abriga milhares de exilados fiscais britânicos.  Nos EUA, vários americanos começaram a renunciar à cidadania americana para evitar impostos.
Trata-se de uma constatação empírica o fato de que as pessoas com os maiores potenciais de ganhos — ou seja, as mais produtivas e que geram mais valor — são também as mais propensas a se mudarem. 
Como bem explicou Thomas Sowell:
No mundo real, só é possível confiscar a riqueza que já existe em um dado momento. Não é possível confiscar a riqueza futura; e é menos provável que essa riqueza futura seja produzida quando as pessoas se derem conta de que ela também será confiscada.
Na indústria, no comércio e nos serviços, as pessoas também não são objetos inertes. Os industriais, por exemplo, e ao contrário dos agricultores, não estão amarrados ao solo de nenhum país.  Os financistas são ainda menos amarrados à sua terra, especialmente hoje, quando vastas somas de dinheiro podem ser enviadas eletronicamente, a um simples toque no computador, a qualquer parte do mundo.
Aqueles que sabem que serão o alvo preferencial dos futuros confiscos podem imaginar o que está por vir e, consequentemente, agir de acordo — normalmente, enviando seu dinheiro para o exterior ou simplesmente saindo do país.
E conclui:
Entre os ativos mais valiosos de qualquer país estão o conhecimento, as habilidades práticas e a experiência produtiva — aquilo que os economistas chamam de "capital humano".  
Quando pessoas bem-sucedidas e com um grande capital humano deixam o país — seja voluntariamente, seja por causa de governos hostis ou por causa de multidões bárbaras que foram intelectualmente excitadas por demagogos que exploram a inveja —, haverá um estrago duradouro na economia desse país.
As políticas confiscatórias de Fidel Castro fizeram com que vários cubanos bem-sucedidos fugissem para a Flórida, vários deles deixando grande parte da sua riqueza física para trás.  Mesmo refugiados e completamente destituídos, eles cresceram e voltaram a prosperar na Flórida, tornando-se uma das comunidades mais ricas daquele estado.  Já a riqueza que eles deixaram para trás em Cuba não impediu que as pessoas de lá se tornassem indigentes no governo de Fidel.  A riqueza duradoura que os  refugiados levaram consigo era o seu capital humano.  A riqueza material que ficou para trás foi consumida e não foi replicada.
Qualquer tentativa do governo de jogar o fardo tributário exclusivamente sobre os ricos fará apenas com que cada vez mais ricos deixem o país.  E fará com que os mais pobres, que trabalhavam para estes ricos, fiquem desempregados. Os Rolling Stones podem se mudar para onde quiserem; já os técnicos de som e as pessoas que trabalhavam nos estúdios da banda permanecem no país original, e agora sem trabalho.
Em nenhum país ocidental os ricos arcam exclusivamente com os impostos; quem realmente fica com o grande fardo é a classe média.  Não há, em nenhuma sociedade, um número grande o bastante de ricos que possam custear sozinhos os gigantescos gastos efetuados pelos estados assistencialistas ocidentais.  É ingenuidade crer que as pessoas mais ricas irão simplesmente quedar inertes e aceitar pagar alíquotas mais altas.
Gastos do governo
O quarto problema com o aumento de impostos é que isso simplesmente gera uma reedição Lei de Parkinson: o professor Cyril Northcote Parkinson afirmou que, em uma burocracia estatal, "os gastos sobem de encontro à receita."
E, com efeito, sempre que o governo eleva impostos, ele concomitantemente eleva seus gastos correntes.  Os gastos do governo sempre sobem junto com o aumento das receitas.  E isso é uma empiria observada ao redor do mundo.  Veja o gráfico para o Brasil (valores nominais mensais):
cewolf.png
Fonte: Banco Central
O gasto público sempre cresce concomitantemente à receita, como mostra o gráfico acima.  Não há nenhum motivo para crer que "desta vez será diferente", e que um aumento dos impostos sobre os ricos será efetivo em cobrir o rombo nas contas públicas.
No que mais, dado que a base do financiamento do gasto público é a tributação — que, como explicado acima, recai sobre as classes médias e sobre os mais pobres —, todo aumento de impostos inevitavelmente se traduz em mais benesses para políticos e burocratas, sem nenhum benefício líquido para o povo, que agora estará com menos dinheiro no bolso.  Não há absolutamente nenhum motivo para crer que um aumento de impostos sobre os ricos será direcionado exclusivamente para o fim anunciado, qualquer que seja ele.
E vale repetir: não há, em nenhuma sociedade, um número grande o bastante de ricos que possam custear sozinhos os gigantescos gastos efetuados pelos estados assistencialistas ocidentais.  É ingenuidade crer que as pessoas mais ricas irão simplesmente quedar inertes e aceitar pagar alíquotas mais altas.
O governo federal vem notoriamente desperdiçando dinheiro tanto em corrupção quanto em programas ineficientes que só servem para beneficiar determinados grupos de interesse.  Por que alguma classe social deveria pagar mais impostos apenas para que os funcionários do estado continuem esbanjando dinheiro como se não houvesse amanhã? 
O desperdício de dinheiro público jamais deveria ser tolerado por uma sociedade minimamente civilizada.  No Brasil, o desperdício já chegou a níveis calamitosos.  Propostas para elevar impostos sobre indivíduos ricos equivalem, na mais educada das hipóteses, "a rearranjar as espreguiçadeiras do Titanic".
Conclusão
Os quatro problemas supracitados gerados pelo aumento de impostos têm pelo menos duas implicações importantes:
Primeiro: todo e qualquer esforço para "fazer os ricos contribuir com sua fatia justa" é fútil.  Para os ricos, não apenas é fácil compartilhar suas alíquotas de impostos com terceiros, como eles também podem simplesmente evadir esses impostos.  Algumas pessoas querem se auto-iludir dizendo que impostos podem ser utilizados para alcançar uma quimérica "justiça social".  Só que a realidade é que é impossível saber antecipadamente quem realmente arcará com o novo fardo tributário e como isso ocorrerá; sabemos apenas que os mercados sabem como compartilhar fardos de acordo com seus relativos poderes de barganha. 
O conceito de justiça social é, por si só, algo indefinido e arbitrário.  No entanto, mesmo se todos nós de alguma forma concordássemos com uma ideia de redistribuição "socialmente justa", simplesmente não haveria como estruturar a carga tributária (ou os gastos do governo) de maneira a alcançar este objetivo.  A imposição de novos impostos altera preços e salários de maneiras impossíveis de serem previstas e difíceis de serem mensuradas mesmo após o fato já consumado.  Tentativas de "fazer os ricos pagarem sua fatia justa" irão apenas aumentar o fardo tributário mutuamente compartilhado por todos, por meio de uma maior tributação indireta e oculta.  
Segundo, tentativas de resolver os problemas fiscais do governo por meio de aumento de imposto são fúteis.  A carga tributária no Brasil não é baixa; os gastos é que são altos demais.  A única solução realista para o problema fiscal é obrigar o governo a cortar na própria carne, abolindo ministérios, secretarias, autarquias, agências reguladoras, deputados e senadores.  E, no mínimo, congelando os salários de funcionários públicos.
O crescimento econômico que possibilitado por esse corte de gastos seria espantoso.
____________________________

Autores:

Leandro Roque, editor e tradutor do site do Instituto Mises Brasil.

D.W. MacKenzie, professor assistente no Carroll College, em Montana, EUA.

Vem aí um novo imposto de 50 bilhões de reais -É O DESGOVERNO DILAMA VAI EMPURRAR UMA NOVA CPMF PARA OS ESCRAVOS PAGAREM E FICAREM QUIETOS SEM FAZER NADA.

Vem aí um novo imposto de 50 bilhões de reais – Nosso correspondente no Palácio do Planalto, qua sabe tudo, enviou o seguinte relato: "Joaquim Levy já decidiu criar um novo imposto para substituir a finada CPMF. Querem arrecadar 50 bi por ano, claro que para ajudar a fechar as contas. Vão dizer que é para a Saúde. Dilma deu sinal verde. Estudam uma fórmula para valer ainda este ano".

FONTE: http://www.oantagonista.com/posts/vem-ai-um-novo-imposto-de-50-bilhoes-de-reais