quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FORA DILMA JÁ: Dilma diz que Brasil só é respeitado no mundo porque "se submete às urnas"


Presidente voltou a falar de forma contundente contra ameaças de impeachment

AE

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Em mais uma fala contundente para responder às ameaças de impeachment, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 12, que o Estado brasileiro só é respeitado no mundo "na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular".

Em discurso de formatura da turma do curso de formação do Instituto Rio Branco, Dilma disse que a "democracia só foi possível quando os povos de nossa região derrotaram as ditaduras no século passado" e que é "claro pra todos os países do continente que devemos respeitar a democracia, os direitos humanos, não importa de que forma se revista, quando elas estão em risco".

"O Estado nacional brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular. Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas. Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e político de mudanças que a sociedade escolhe sistematicamente de quatro em quatro anos", discursou a presidente, que conclamou os diplomatas a impedirem que fatores internacionais "criem constrangimentos ao livre exercício da soberania tanto popular como nacional e ao mesmo tempo fazer desta um trunfo maior de nosso pertencimento à comunidade internacional".

Construção

Dilma destacou em seu discurso que o Brasil viveu nos últimos anos uma "fascinante experiência de construção da democracia", mas destacou que ela é "bastante complexa e ainda inconclusa".

"Complexa porque a sociedade brasileira compreendeu que nossa democracia não seria efetiva se se contentasse apenas com a imprescindível constituição de um Estado Democrático de Direito, era fundamental acrescentar a ela uma dimensão econômica e social", frisou Dilma. "Inconclusa porque toda democracia é um processo constante, permanente, que ganha novas dimensões constantemente, novas metas, novos objetivos. Passamos a ser respeitados no mundo na medida em que unimos essas duas dimensões da democracia: a liberdade e a justiça social."

fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/431739_DILMA+DIZ+QUE+BRASIL+SO+E+RESPEITADO+NO+MUNDO+PORQUE+SE+SUBMETE+AS+URNAS+?pathImagens&path&actualArea=internalPage


Em manobras suspeitas, Banco Central 'perde' R$ 57 bilhões do dinheiro do povo brasileiro


INACREDITÁVEL! O Banco Central Brasileiro enfiou no rabo R$ 57 bilhões, isso mesmo, R$ 57 bilhões tentando evitar o  inevitável.
As manobras são muito suspeitas, já que se pressupõe que no BC há especialistas, pessoas amplamente treinadas para prever tais situações, sobretudo, uma situação que até leigos poderiam prever o resultado terrível para os cofres públicos.
O que os 'anta' fizeram foi jogar dinheiro fora, sabendo que iam jogar dinheiro fora.
***O Banco Central registrou prejuízo de cerca de R$ 57 bilhões com os contratos de "swap cambial", instrumentos que equivalem à venda de dólares no mercado futuro (derivativos), nos sete primeiros meses deste ano, ou seja, até julho, segundo números da própria autoridade monetária do país.
Mesmo assim, não impediu uma alta do dólar, que, no fim do ano passado, estava em R$ 2,65. Somente em julho, quando a moeda norte-americana avançou pouco mais de 10%, para R$ 3,42, as perdas foram de R$ 23,9 bilhões. De forma geral, o BC lucra com estas operações quando o dólar cai e perde quando a cotação da moeda norte-americana sobe.
O dólar fechou em queda de 0,83% nesta sexta-feira, após 6 altas seguidas, mas permaneceu cotado acima de R$ 3,50. Na semana, o dólar subiu 2,44%. No ano, há valorização acumulada de 31,95%.
No fechamento da véspera, o BC anunciou aumento da oferta de swaps, contratos equivalentes a venda futura de dólares, o que foi visto como um esforço para tentar segurar a alta da divisa.
O valor do prejuízo com as intervenções do BC no mercado de câmbio é incorporado às despesas com juros da dívida pública e é um dos itens que pressiona o atual déficit nas contas do governo, que registraram neste ano o pior resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica.
OLHA O CINISMO: BC destaca valorização das reservas
O BC informou nesta sexta-feira, por meio da sua assessoria de imprensa, que apesar da perda de R$ 57 bilhões até julho com os contratos de "swap cambiais", também houve uma valorização das reservas internacionais brasileiras (atualmente em US$ 369 bilhões) superior a R$ 150 bilhões (valor líquido de custo) nos 7 primeiros meses deste ano. Esse valor, de acordo com o BC, supera as perdas com os swaps cambiais.
Ainda de acordo com o BC, a valorização das reservas, entretanto, não tem impacto no chamado superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública), assim como não tem efeito no déficit nominal do setor público, mas incorporam o balanço do Banco Central. Os valores são exclusivamente utilizados para abater a dívida pública.
Para que servem os contratos de swap?
Os swaps cambiais, cujo estoque supera R$ 330 bilhões, são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Segundo o BC, os contratos de "swap cambial", que voltaram a ser emitidos em junho de 2013, quando a moeda norte-americana se aproximava de R$ 2,40, visam dar proteção para os agentes ("hedge") que têm dívida em moeda estrangeira e fornecer liquidez para o mercado – evitando também uma volatilidade maior (forte sobe e desce) das cotações no mercado à vista.
Entretanto, analistas observam que, com estas operações, o BC também busca conter uma disparada da moeda norte-americana, o que dificultaria mais o controle da inflação, pois os produtos e insumos importados ficariam mais caros no Brasil. Mesmo com estas operações, o dólar fechou o mês de julho a R$ 3,42. ***(Com informações de G1)

fonte: http://folhacentrosul.com.br/brasil/8520/em-manobra-suspeita-banco-central-torra-r-57-bilhoes-do-dinheiro-do-povo-brasileiro

Tem tem culpa no cartório sempre tira o corpo fora e culpa os outros: Em dia de denúncia grave, Lula resolve culpar os EUA pela crise do Brasil

Declaração foi feita em em evento patrocinado pelo governo.

Foto: Felipe Rau / Agência Estado
O ex-presidente-em-exercício parece agitado, e isso é compreensível diante da gravíssima denúncia de hoje. Tal agitação pode ser percebida pela declaração feita num evento patrocinado pelo governo (que contou com ‘sinceros’ aplausos ao líder do PT).
Confiram trecho da reportagem de Renan Ramalho, do G1:
“‘A única coisa que nós sabemos é que não foi o povo trabalhador que criou a crise econômica mundial. Foi os banqueiros internacionais. A crise não nasceu em Quixeramobim, a crise não nasceu em Garanhuns ou muito menos em Maceió. A crise não nasceu em Brasília. A crise nasceu no coração dos Estados Unidos, a crise nasceu no coração da Europa’, completou em seguida.”
Não, Lula. A crise foi criada por sua incompetência e pela incompetência da Dilma. Entendemos o desespero diante dos fatos de hoje, mas não exagere.

fonte: http://www.implicante.org/noticias/em-dia-de-denuncia-grave-lula-resolve-culpar-os-eua-pela-crise-do-brasil/

Bomba na Lava Jato: dinheiro de doleiro ligado ao prédio de Lula

Essa verdadeira bomba atômica foi revelada pelo jornal O Globo, em reportagem de Cleide Carvalho e Germano Oliveira. Segundo as informações, trata-se do triplex (sim, um apê de três andares!) de Lula no Guarujá.


Prédio onde Lula tem um triplex (foto: Michel Filho/Agência O Globo)
A seguir, trechos da bomba:
“Um grupo empresarial que recebeu R$ 3,7 milhões da GFD, empresa usada para lavar dinheiro do doleiro Alberto Youssef, repassou quase a mesma quantia para a construtora OAS durante a finalização das obras de um prédio no Guarujá onde o ex-presidente Lula tem apartamento. Entre 2009 e 2013, a empresa de Youssef fez vários pagamentos para a Planner, uma corretora de valores mobiliários. Em 2010, a Planner pagou à OAS R$ 3,2 milhões. A suspeita do Ministério Público Federal é que parte do dinheiro de Youssef repassado à Planner possa ter sido usado para concluir a obra iniciada pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), que foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Vaccari e Youssef estão presos na Operação Lava-Jato.” (grifos nossos)
O jornal O Globo também fez um infográfico ótimo, explicando parte do “Caso Bancoop”:

fonte: http://www.implicante.org/blog/bomba-na-lava-jato-dinheiro-de-doleiro-ligado-ao-predio-de-lula/

Culpados,Irresponsáveis e mentirosos sempre culpam os outros: Lula diz que Dilma não é "responsável" por crise

Em manifestação organizada e paga com dinheiro público, Lula, PT, CUT e MST defendem a corrupção e apoiam a impopular Dilma.


Ex-presidente sai em defesa da petista em discurso na 5ª Marcha das Margaridas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que a responsabilidade pela crise não é da presidente Dilma Rousseff e cobrou apoio à sucessora, que, na sua avaliação, enfrenta uma tentativa de "golpe". Na abertura da 5.ª Marcha das Margaridas, em Brasília, Lula afirmou que o momento é difícil, pediu ajuda para manter a governabilidade e atacou o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB.

"A crise não nasceu em Quixeramobim, não nasceu em Maceió, não nasceu em Brasília. A crise nasceu no coração dos Estados Unidos e hoje tem muita gente pagando por isso. Tem gente que joga a responsabilidade em cima da Dilma, dizendo que ela é culpada, mas essas mesmas pessoas que se apresentam como se tivessem a solução para os problemas do mundo esquecem que, quando eu cheguei à Presidência, esse País estava quebrado, dependia do FMI", criticou Lula, numa alusão ao PSDB.

Saudado aos gritos de "Lula, guerreiro, do povo brasileiro", o ex-presidente ressuscitou o discurso do "nós contra eles" e disse que os tucanos não admitem que "o Brasil mudou para melhor”, apesar dos problemas.

"Essa gente está tão raivosa com a Dilma que não percebe que a eleição acabou em 26 de outubro”, comentou o petista, referindo-se a Aécio, candidato derrotado na disputa do ano passado. "Eles diziam que eu vivia no palanque, mas parece que quem não sai do palanque são eles." 

Lula comparou o atual momento à turbulência enfrentada durante o escândalo do mensalão, em 2005, e anunciou que retomará as viagens, desta vez para defender Dilma. “Eu estou quieto no meu canto, mas todo santo dia tem uma provocação. Queria dizer que eu estou preparando o meu caminho para voltar a viajar por este País”, afirmou. Ao ouvir o verbo "voltar", a plateia mal esperou que Lula completasse a frase, entendendo que ele estava anunciando a candidatura, em 2018.

Em meio a gritos de “Lula de novo”, o ex-presidente argumentou que ninguém pode julgar Dilma com apenas sete meses de mandato, diante de um cenário de crise econômica internacional. “É o momento de a gente levantar a cabeça e dizer para a companheira Dilma que o problema que esse País está passando não é só dela, é nosso. Qualquer um erra, nem sempre a gente acerta, mas, quando ela errar, ela é nossa e temos que ajudá-la a consertar”, insistiu.

Nos últimos dias, Lula, o PT e até mesmo ministros passaram a admitir genericamente que o governo pode ter cometido erros, na tentativa de superar a imagem de arrogância, detectada em pesquisas qualitativas, e de apelar para um pacto de união nacional. O discurso dos petistas é o de que uma ruptura nas regras do jogo nunca é feita sem consequências traumáticas para o País.

A cinco dias das manifestações de rua contra o governo, o ex-presidente destacou que "não há ninguém que possa ameaçar o processo de formação democrática". Sem citar as denúncias de corrupção na Petrobrás, que atingem o PT e o governo, Lula pediu compreensão e empenho dos movimentos sociais na defesa de Dilma, diante das ameaças de impeachment.

“Eu sei que o momento não é fácil. Lembro que em 2005, quando falavam que iam fazer o impeachment do Lula, eu dizia: 'Se vocês quiserem me derrotar, têm de ir para a rua e disputar o povo brasileiro' ", afirmou. “Não vai ter golpe”, gritavam as mulheres da Marcha das Margaridas, que nesta quarta-feira receberão a presidente, no Estádio Mané Garrincha, com uma faixa marcada pela inscrição “Fica Dilma. Em Defesa da Democracia”.

fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/431671_LULA+DIZ+QUE+DILMA+NAO+E+RESPONSAVEL+POR+CRISE

Nelson Trisotto: Este é o homem que o PT quer longe da Lava Jato

Por  | Claudio Tognolli – ter, 11 de ago de 2015

Atente para o currículo resumido que se segue:
“Newton Trisotto foi ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), entre 2010 e 2011. Natural de Ituporanga, no Vale do Itajaí, é bacharel em direito pela Fundação Regional de Blumenau (Furb) e ingressou na magistratura em 1976. Ele foi nomeado juiz de direito substituto de segundo grau em 1994 e se tornou desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em fevereiro de 1997”.
Te parece um currículo notarial, não? Nenhum lustro midiático daquele que se espera nessa época reality shows, de arrotação de peru via Facebook –ou daquelas opiniões cheias de adjetivos, que juízes aposentados (que gostam de aparecer na televisão) costumam moer nas rádios, sempre ao vivo.
Mas é de Newton Trisotto que o Brasil precisa: é o linha-dura que segue as leis à risca.
Esplenéticos, atrabiliários e coléricos pedem impeachment e são capazes de ir às ruas, dia 16, gritar por isso: pura bobagem.
Pra que impeachment? La Maison est tombée: a casa já caiu. Há que se cuidar agora do rigor na aplicação da lei aos bandidos.
Esqueça o impeachment: o apoio tem de ser dado ao  ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Newton Trisotto. E ele está saindo de cena: os bandidos aplaudem: fecham-se as cortinas
Newton Trisotto é o relator do julgamento que manteve preso João Procópio, homem apontado pela Polícia Federal  como operador de Youssef no exterior.
Mas está ali por acaso: ocupando a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Ari Pargendler.
  
Dilma deve nomear alguém para a vaga de Ari por estes dias.
Se eu fosse ela, manteria Newton Trisotto ali. Nas mãos dele está o futuro de gente honesta como Marcelo Odebrecht e José Dirceu. Sobre os dois, aliás: são mentirosos, lobistas, criminosos: mas também têm muitos defeitos, como diria Lula.
Vou te lembrar algumas frases do ministro Newton Trisotto, disparadas no final do ano passado:

“A corrupção brasileira é “uma das maiores vergonhas da humanidade”.
E, ao hipotecar toda a sua solidariedade a Sérgio Moro, pediu-lhe “coragem”: e citou o jurista Ruy Barbosa, ao dizer que um juiz não pode ser “covarde”:
“Não há salvação para o juiz covarde. O juiz precisa ter coragem para condenar ou absolver os políticos e os economicamente poderosos”

Nos EUA, a nomeação de juízes  conservadores para a Suprema Corte sempre foi associada a brecar os direitos civis. Desde Nixon, tivemos figurinhas conservadoras como William Renquist, Sandra O`Connor, John G. Roberts Jr. , Samuel Alito, todos com posições bem claras. Afinal lá o barato é outro: segurar a peruca das demandas do “campo social”, porque  é o que resta ao conservador –já que corrupção ali é inexistente ou nula.
Aqui, no país em que se rouba mosca de aranha cega e lençol de fantasma, um linha dura como Newton Trisotto é necessário não por motivos análogos aos conservadores da Suprema Corte dos EUA: mas porque  Trisotto vai saber ser justo e duro com os ladrões.
Dilma salvaria seu futuro politico se mantivesse Newton Trisotto onde está: brandindo contra os dirceus e odebrechts da vida o que a lei lhes reserva…

fonte: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/tudo-sobre-o-homem-que-o-pt-quer-longe-da-lava-193346906.html?cache=clear&linkId=16237946

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Economista dá uma "aula de economia" em resposta a Tico Santa Cruz no Facebook



Não é de agora que as redes sociais estão dominadas pela discussão política/econômica.
No  Brasil criou-se um" clima de guerra entre oposições, onde apenas os extremos são considerados. E na última semana um novo debate chamou atenção no Facebook entre a economista Renata Barreto e o vocalista da banda Detonautas, Tico Santa Cruz.
Após ele afirmar que não acredita que o Brasil está vivendo em uma crise muito grave como está sendo noticiado, Barreto decidiu enviar um texto para o cantor para explicar a real situação do País. A economista comenta sobre a queda do PIB (Produto Interno Bruto), disparada da inflação e dos juros, além da piora da indústria e da disputa política.
A postagem na página de Tico Santa Cruz já contabiliza mais de 21 mil curtidas e resultou em uma breve resposta do cantor, que afirmou não se sentir intimidado e que não acredita ter a obrigação de continuar o debate, sendo que sua página é para expor suas próprias opiniões e não "verdades absolutas". Confira abaixo o texto na integra da economista, ou confira o post no Facebook aqui:

Grande pensador contemporâneo, Tico Santa Cruz. Ontem você postou um texto sobre a crise, com maluquices tão absurdas que resolvi te enviar uma resposta, não só como economista, mas como cidadã brasileira consciente.

Você está em dúvida se existe realmente uma crise, já que apesar de estarmos passando um momento de retração da economia, tivemos 10 anos positivos, com pessoas tendo acesso à carros, imóveis e etc. Tiquinho, meu bem, a tia te explica: Primeiro que tínhamos uma farra de preços de commodities e nunca incentivamos a indústria de forma consistente, correndo o risco de essa farra acabar e a receita cair, não tendo outra fonte substancial para segurar o crescimento. Segundo que, tudo que as pessoas compraram nesses últimos anos foi às custas de redução de juros drástica e imatura, que incentivou o crédito demasiadamente, além de preços administrados controlados artificialmente, assim como redução de impostos para diversos bens de consumo. Os gastos públicos só aumentaram sem responsabilidade nenhuma. Meta de superávit? Inflação controlada? Responsabilidade fiscal? Pra que?? Com essa política populista, ganhamos uma belíssima conta para pagar no futuro. E esse futuro chegou.

Sua lógica me surpreende. Diz que houve demissões, em especial no setor automotivo, o mesmo que teve um boom nos últimos anos, que contratou muita gente para dar conta do alto índice de consumo que o povo brasileiro adotou. “Será que esses setores, que lucraram tanto, não podem manter seus funcionários neste momento de crise ou será que quebram? Pergunta de leigo, pois não sou economista”. Não precisa ser economista querido, precisa ter o mínimo de massa encefálica, coisa que lhe falta, aparentemente, tanto quanto uma boa música. Se a empresa não faz nada num momento de crise, é obvio que ela quebra! E se ela quebra, não tem emprego para ninguém! Entendeu? Mas você acha que o problema é o sistema capitalista opressor e seus lucros não é mesmo? Comovente.

A minha parte favorita é quando você diz que muitos economistas preveem aumento de juros, de taxas e que NADA efetivamente aconteceu. Aí eu levo minhas mãos à cabeça e fico imaginando que espécie de sinapses você faz com os neurônios que lhe sobraram. A taxa de juros básica está em quase em 14%; a inflação está cada vez maior (projetado para o final do ano é de mais de 9%, e a de junho foi a maior para o mês em 19 anos); houve aumento de impostos; os preços administrados foram corrigidos (energia, gasolina, etc.); o dólar está no maior patamar em 12 anos (que por acaso pressiona ainda mais a inflação) e o endividamento das famílias está quase em 50% com o incentivo do crédito nas épocas que você chama de boa fase econômica. Ah, não se esqueça que ainda houve corte das metas fiscais; o desemprego cresceu e deve crescer ainda mais; o PIB está em retração, estimando-se 1.70% de crescimento negativo em 2015 (dois anos seguidos de retração não acontece no Brasil desde os anos 30); corte de verbas na educação; demissões nos setores de indústria, infraestrutura, comércio e serviços; escândalos absurdos em grandes companhias do país como a Petrobras e Odebrecht; recuo na renda real do trabalhador; mudanças em direitos trabalhistas; corte de 40% no orçamento do PAC e uma enorme crise de credibilidade, que apesar de intangível (procure no dicionário), é responsável pela escassez de crédito e diminuição drástica de investimentos no país. Com a crise política, essa credibilidade fica ainda mais afetada.

Sua sensação é de que a crise é apenas um sentimento plantado por pessoas que queiram ver o país desestabilizado financeiramente e emocionalmente e que isso sim seria o responsável por nos levar à verdadeira crise, pois o medo desta é o que realmente faz que ela aconteça. Agora o problema é psicológico? Quanta criatividade para uma teoria da conspiração. Que gente é essa que está interessada numa grave crise? Quem quer ver o país perdendo valor, retraindo, perdendo cada vez mais credibilidade, empregos, poder de compra? Que setores são esses que você fala que ganham com crises e podem “voltar à cena??”. Que raio de pessoas são essas que ganham com o medo? E mais, como eles conseguem dominar todos os canais de notícias, inclusive internacionais? Que brilhante conclusão!!!

Te digo com absoluta certeza que a única coisa que acertou neste mar de asneiras foi dizer que poderia estar completamente errado em suas considerações. Não só está MUITO errado nesta avaliação econômica non sense, quanto em lógica e tudo que conheço por pensamento racional. Você próprio diz que é preciso reconhecer os problemas para poder saná-los, mas que estes ainda não aconteceram. Se a situação que temos hoje ainda não é uma crise preocupante para você e o que vivemos é apenas uma especulação, pode aposentar seu diploma de pseudo intelectual. Nem isso dá mais pra fazer.

Ser realista nesta joça de país virou ser pessimista, que virou ser antipatriótico, que virou ser coxinha, que virou “alguém tem interesse nessa tal de crise”. Se o pior cego é aquele que não quer ver, Tico, você precisa de um cão guia.

Um grande abraço (com tapinhas nas costas), da economista, brasileira e sem interesse algum no medo de outrem,


Renata Barreto.


FONTE: http://www.infomoney.com.br/blogs/blog-da-redacao/post/4202501/economista-uma-aula-economia-resposta-tico-santa-cruz-facebook