quarta-feira, 30 de setembro de 2015

7 coisas que você deve saber, aprender sobre o PSOL e nunca mais votar neles.




Chama-se PSOL. É o partido do solzinho; a sigla que busca conciliarsocialismo e liberdade.
Nascido há mais de uma década no coração do progressismo brasileiro, formado por dissidentes do Partido dos Trabalhadores – insatisfeitos com aquilo que entendiam como uma guinada à direita de Lula – o PSOL é identificado como um partido jovem, com uma forte presença nos campus universitários, pró-minorias e ciberativista. Em suma, alimenta um sentimento de pureza política e ideológica; a crença de que é diferente de tudo isso que está aí e que suas ideias podem mudar o mundo – um sentimento esvaziado no cenário político brasileiro.
Nesses anos todos, o partido de Luciana Genro, Jean Wyllys, Marcelo Freixo e Chico Alencar, fez uma série de discursos sobre muitos assuntos. Da economia aos direitos civis. Aqui, as 7 coisas que aprendi com eles.

1. QUE É POSSÍVEL TER DEMOCRACIA SEM DEMOCRACIA.


 O PSOL afirma defender um novo socialismo, que rompe com a repressão revolucionária e garante liberdade política – explícito no Art. 5º de seu Estatuto. Mas longe dos floreios retóricos, a realidade se esconde nas entrelinhas.
O partido apoia publicamente a ditadura venezuelana (e se você ainda tem alguma dúvida se o país vive um regime de exceção, sugiro ler essa matéria). No ano passado, suas lideranças acompanharam a eleição presidencial do país in loco e organizaram eventos de apoio a Maduro no Brasil. Nesse ano, o PSOL lançou moção de repúdio aos senadores que viajaram a Caracas para visitar lideranças políticas aprisionadas e perseguidas pela revolução, em apoio ao regime. Para o PSOL, a democracia sem democracia venezuelana é exemplo para o continente.

Nas últimas eleições, Luciana Genro – que está na foto acima fazendo ode ao simbolismo do punho cerrado na Praça da Revolução, em Havana – disse que Cuba não é exemplo de democracia. Há alguns anos, porém, ela e outros membros do partido (como Chico Alencar e Ivan Valente) lançaram nota em nome do PSOL em defesa da revolução.
“Cuba continua sendo uma grande referência revolucionária e seu futuro depende muito do que aconteça em nosso continente. Se continuam os processos abertos na Venezuela, Equador e Bolívia, Cuba não ficará isolada, pois aumentará a chance de fortalecimento da ALBA, uma nova forma de integração latino americana livre das políticas neoliberais que tanto massacram o nosso povo, proposta esta que infelizmente não tem sido apoiada pelo governo brasileiro.
Se Cuba resistiu à década da ofensiva neoliberal e aos ataques e pressões do governo BUSH foi pelas profundas raízes de sua revolução. Fidel Castro foi produto e líder maior ao lado de Che Guevara desta revolução que sustentou em meio a uma América Latina e um terceiro mundo dominado pela injustiça e pela pobreza.”
Aqui, das duas, uma: ou o PSOL acredita que as tais conquistas sociais cubanas valem o preço de uma ditadura, ao ponto de apoiá-la entusiasmadamente, ou a democracia só serve para o PSOL quando seus ideais não estão no poder.

2. QUE TAXAR OS RICOS É MAIS IMPORTANTE QUE REDUZIR A CARGA TRIBUTÁRIA DOS POBRES.


 
O PSOL acredita que a tributação sobre grandes fortunas é mais do que uma necessidade, mas “uma obrigação moral num país com desigualdade abissal”, como o nosso.
No Brasil, cerca de 48,9% da renda dos mais pobres é destinada ao pagamento de impostos – enquanto para os mais ricos, eles pesam 26,3%. A carga tributária é um peso robusto sobre a vida do trabalhador brasileiro – que paga sempre muito caro em qualquer ocasião: quando nasce, quando morre, quando fica são e doente, quando trabalha e quando viaja em descanso. Cerca de 53% dos impostos coletados pelo governo brasileiros são pagos por pessoas que recebem até 3 salários mínimos. Para o PSOL, no entanto, mais importante do que uma ampla redução na carga tributária dos mais pobres, é o aumento dos impostos para os mais ricos. Só tem um problema: essa ideia não apenas não funciona, como gera um processo completamente inverso.
Como publicamos aqui, taxar os ricos não significa que eles irão pagar. Um estudo do think tank norte-americano Tax Foundation, um dos maiores e mais antigos centros de estudo dedicados à divulgação de pesquisas sobre efeitos de impostos na economia, demonstrou que impostos sobre patrimônio entre 0,5 e 2% para a camada mais rica da população traria uma diminuição de mais de 5% na média salarial dos Estados Unidos, uma diminuição de 6% do PIB, destruiria 1 milhão vagas de emprego e traria um ganho de somente 62 bilhões de dólares ao Estado – uma queda de 6% no PIB representaria cerca de 991 bilhões de dólares a menos na economia todos os anos. Essas estimativas foram feitas com base nas recomendações de Thomas Piketty, em O Capital no Século XXI.
Os estudiosos explicam que isso se deve a pelo menos um fator: os ricos não pagam essas taxas, de diversas maneiras.
“Piketty apresenta uma taxa sobre riqueza como sendo uma maneira bem orientada para reduzir a desigualdade. Isso seria supostamente tirar dos muito ricos sem atingir os pobres ou a classe média. Mas uma surpresa da análise quantitativa, em contraste, é que isso faria todo mundo mais pobre”, afirma Michael Schuyler, Doutor em Economia pela Universidade de Maryland e autor do estudo.
Ignorando qualquer base racional econômica, as políticas de aumento de impostos para os mais ricos do PSOL levam ao mesmo lugar: um país mais pobre.

3. QUE A LIBERDADE É UM VALOR IMPORTANTE. MENOS A DE EXPRESSÃO.


 Além da liberdade política, o PSOL também diz defender a liberdade de expressão no Art 5º de seu Estatuto. Mas esse é um ponto inequivocamente traiçoeiro. Se há uma área em que o partido da liberdade e do socialismo rejeita é aquela que permite aos indivíduos o direito de se expressarem livremente.
Não foram poucos os casos em que o partido buscou a censura em relação a opiniões contrárias – mesmoquando execráveis, dignas de boicote (outra faceta da liberdade de expressão). Como diz o Partido da Causa Operária, outra agremiação de esquerda:
“A liberdade de expressão, completa e irrestrita é uma condição sine qua non para a existência das outras liberdades democráticas, ela é uma liberdade que engloba toda a sociedade e que precede todas as liberdades individuais.O primeiro dos direitos democráticos deve ser o de pensar, e naturalmente transmitir suas ideias sem medo de repressão, e para isso não pode estar entre os poderes do Estado decidir o que os cidadãos devem pensar e qual conteúdo pode ou não ser veiculado, não é atribuição do Estado decidir como podem ou não ser transmitidas essas ideias.”
Não existe meia liberdade de expressão. Ou ela é possível integralmente, ou só é possível um discurso pré-estabelecido. A liberdade de expressão não foi um conceito criado para que se defenda o direito de desejar bom dia no elevador – ela existe para que as maiores atrocidades possam ser ditas. Se não aceitarmos que as coisas que repudiamos possam ser expressadas, não há qualquer sentido em defendermos explicitamente a liberdade de expressão.
Para o PSOL, portanto, a liberdade é um valor importante. Mas só aquela que está em sintonia com os desejos e os discursos do partido.

4. QUE GRANDES EMPRESAS FAZEM INVESTIMENTO EM CAMPANHA. PARTIDOS POLÍTICOS NÃO.


 O PSOL acredita que empresas não doam para partidos políticos: fazem investimentos. E por isso, o partido criticadoações empresariais para campanhas eleitorais. Acredita que dessa forma, ajudará a coibir a corrupção – ainda que a prática não possua qualquer relação empírica com o resultado pretendido. Para o partido, campanhas devem ser pagas com dinheiro público – sim, sua grana deveria bancar integralmente a atuação do PSOL, ainda que você não concorde com suas ideias.
O que o partido não condena é o investimento político na corrupção: quando partidos alugam suas bases distantes de quaisquer pretensões ideológicas em troca de cargos, comissões ou tempos de tv. O próprio PSOL, em eleições locais,já se aliou com PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB, PTC e PTN – além de PSDB, DEM e PPS. Num momento em que, contra o impeachment, Dilma oferece cinco ministérios ao PMDB como troca de moeda para acalmá-lo, a indignação do PSOL é seletiva.
O partido que brada ser contra a doação de grandes empreiteiras por seu caráter clientelista, não nega as coligações de aluguel com as mesmas motivações.

5. QUE A HOMOFOBIA DEVE SER DENUNCIADA. MENOS CONTRA LIDERANÇAS HOMOFÓBICAS DE ESQUERDA.


 O PSOL é um partido que se orgulha do protagonismo na luta contra a homofobia. Mas essa luta também possui seus poréns. Quando políticos não alinhados com o partido vociferam opiniões homofóbicas, o PSOL prontamente lança seu repúdio. Quando o mesmo ocorre com lideranças alinhadas, porém, a situação não se repete.
Isso é escancarado no vídeo que editei abaixo, em relação ao apoio ao homofóbico Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
A mesma situação é visível em relação à homofobia perpetuada pelo regime cubano, que perseguiu dezenas de milhares de gays, lésbicas e transexuais no último século – situação que ainda ocorre, de outros modos.
Assim como em relação à democracia, a julgar seus apoios entusiasmados à revolução e à falta de senso crítico às posições homofóbicas de políticos como Nicolás Maduro, aparentemente o PSOL considera que hipotéticas conquistas sociais valem o sacrifício da comunidade LGBT que ele diz defender.

6. QUE MELHORAR A EDUCAÇÃO E DESENVOLVER O PAÍS SÓ É POSSÍVEL POR UM ÚNICO CAMINHO: AUMENTANDO GASTOS.


 A solução é mágica. Quer resolver os problemas do país? Repita inúmeras vezes a palavrinha educação. Políticos adoram repeti-la como um mantra sagrado, disposto a curar todos os males da sociedade. E se a educação no Brasil é precária, qual a razão óbvia? Falta de dinheiro, claro. Não há outra possibilidade.

LEIA TAMBÉM: NÃO, AS ESCOLAS NÃO IRÃO RESOLVER OS PROBLEMAS DOS NOSSOS MENORES INFRATORES

Para o PSOL, o segredo para o nosso desenvolvimento é simples: jogar mais dinheiro nas mãos do Estado. Como citamos aqui, o valor gasto pelo governo com educação no país representava 5,7% do PIB em 2012. A taxa, apesar de parecer pequena, é superior ao gasto com educação por países como Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Itália, Rússia, Alemanha, Canadá e Austrália no mesmo ano.
Mas não pense que essa é uma boa estatística: dado o nosso baixo desempenho em diversos rankings de educação (inclusive entre os realizados dentro do próprio país), é fácil entender como boa parte desse dinheiro é mal administrado.
Mas isso não é o bastante: o partido de Luciana Genro quer aumentar ainda mais esse valor. Para o PSOL, um sistema construído com claros problemas de gestão deve receber de forma imediata dinheiro mal investido
Quem paga a conta no final? Você, como não haveria de ser diferente.

7. QUE NO MEU CORPO, O QUE MANDA SÃO AS MINHAS REGRAS. MENOS QUANDO DIZ RESPEITO À LEGÍTIMA DEFESA.


 O meu corpo, minhas regras é um mantra repetido incansavelmente pelo movimento feminista, apoiado e ecoado pelo PSOL. Mas sua base não morre aí: ele é também marca do liberalismo. Por entendê-lo como propriedade das suas próprias motivações, os liberais acreditam que as pessoas são as responsáveis por suas vidas – e pela sua proteção. E é isso que as feministas do partido bradam: o seu corpo diz respeito apenas a você. Quando alguém busca violá-lo, é seu direito retrucá-lo.
Ou ao menos é o que deveria ser. Para o PSOL, a legítima defesa não é um direito humano. Desse modo, o partido acredita que o direito à posse de armas deve ser violado – por isso, atua como poucos contra essa bandeira.
O desarmamento, no entanto, é a política dos senhores de escravos, dos que proibiam negros de possuírem até cães como forma de evitar que revidassem os abusos. É a política do fascismo, do stalinismo, do nazismo, dos tiranos de todas as orientações e todos os credos que ameaçavam de morte quem ousava não se desarmar. A base racional e ética da defesa do porte de armas ao cidadão comum – homens e mulheres – é exatamente a mesma do meu corpo, minhas regras.

Portanto, para o PSOL, o meu corpo é meu e atende apenas àquilo que eu mando – mas não sem um porém: eu não tenho o direito de proteger sua integridade. O que, na prática, como em outras políticas defendidas pelo partido, não faz o mais remoto sentido.


FONTE: http://spotniks.com/7-coisas-que-aprendi-com-o-psol/




Fundação petista chama Dilma de farsante e de títere de banqueiros por Reinaldo Azevedo


Há alguém que me lê aí com vontade de defender a política econômica de Dilma Rousseff? Pois é… O PT não tem nenhuma! No dia em que a presidente discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU e faz uma defesa candente das medidas adotadas para minorar os desastres que ela própria provocou no primeiro mandato, a Fundação Perseu Abramo, o principal centro de, digamos assim, produção intelectual do petismo, divulgou dois documentos. Um deles —  “Mudar para sair da crise” — é explícito, arreganhado, com críticas duríssimas à política econômica. O outro — “O Brasil que queremos” — é um trololó neodesenvolvimentista, que já nasce com cara de pré-programa de partido que vai disputar a eleição. Em comum, os dois nascem da má-fé. E vou explicar por quê. Além da Fundação Perseu Abramo, assinam os estudos as seguintes entidades (ou sei lá o que sejam…): Brasil Debate,  Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fórum 21, Le Monde Diplomatique Brasil, Plataforma Política Social e Rede Desenvolvimentista.
O texto sobre a política econômica, o primeiro a que me refiro acima, não economiza já no primeiro parágrafo. Leiam:
“A lógica que preside a condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento. Eles querem capturar o Estado e submetê-lo a seu estrito controle, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social. Para alcançar estes objetivos restringem as demandas por direitos e a capacidade de pressão dos trabalhadores.”
Eita! Eu sempre achei que os petistas pensassem essas coisas sobre tucanos, não? Será que Dilma é uma quinta-coluna? Então ela não passa hoje de um pau-mandado de grandes brancos e fundos de investimento? Então ela é o instrumento de malvados que querem capturar o Estado? Por que diabos esse partido apoia Dilma?
O texto é de tal sorte aloprado — e meio analfabeto também — que chega a fazer esta afirmação:
“Este documento sublinha que a opção macroeconômica adotada em 2015 tem sua origem em uma disputa ideológica travada no período pré-eleitoral onde o ‘terrorismo’ econômico (representado pela equivocada interpretação liberal da ‘crise’) foi vitorioso na narrativa dos fatos, promovendo as bases para a adoção de um ajuste recessivo que caminha na direção oposta da construção de um país menos desigual.”
Gente alfabetizada e supostamente “culta” que emprega “onde” como pronome relativo que não indica lugar deveria levar chicotadas. Mas deixo isso pra lá. O trecho acima revela a qualidade intelectual de quem o produziu. Suponho que, na versão dos malucos, o tal “terrorismo econômico” era representado pela candidatura tucana, certo? Ora, mas quem venceu a eleição foi Dilma, que prometeu o contrário do que está fazendo — aliás, Aécio não anunciou nenhuma das medidas em curso; Dilma, ela sim, é que as atribuiu ao adversário.
Não é possível que esses sedizentes intelectuais não se envergonhem nem um pouquinho, especialmente quando escrevem “crise” assim, entre aspas, como se ela não existisse. Bem, a ser assim, quem é, então, Dilma Rousseff? Por que o PT não vai para as ruas pedir o impeachment?
Dilma é tratada no documento como mero títere de banqueiros. Pior do que isso: os petistas a acusam de farsante, embora não empreguem essa palavra. Leiam isto:
“Os defensores do ajuste vendem a ilusão de que ele é parte de uma estratégia de ‘retomada do crescimento econômico’. A recuperação do superávit primário contribuiria para reduzir os juros de longo prazo, promovendo uma retomada da ‘confiança empresarial’, incentivando o investimento e, por consequência, o crescimento. Na verdade, a racionalidade do ajuste é preservar a riqueza financeira e promover mudanças na correlação de forças entre capital e trabalho, em detrimento dos assalariados.”
O texto faz o elenco de medidas que Dilma deveria adotar para sair da crise. Curiosamente, o conjunto delas é justamente aquele que conduziu o país à… crise! Ocorre que os petistas não a reconhecem. Supõe-se, pois, que tudo vinha muito bem. E por que Dilma está a fazer essas escolhas? Ora, ou é doida ou tem um coração neoliberal, não é mesmo?
O texto é um requinte de má-fé porque até seus signatários devem saber que não passa de uma fraude intelectual. Imaginem se Dilma decidisse, como eles querem, retirar os investimentos da meta de superávit primário, estabelecer metas de inflação a cada biênio, calcular a inflação pelo núcleo dos preços e regular o mercado de câmbio… O dólar, no paralelo, iria para a estratosfera, as agências de classificação de risco mandariam o país para o diabo; começaríamos uma nova fase da economia flertando com a Argentina e terminaríamos na Grécia, depois de passar pela Venezuela.
As esquerdas são intrinsecamente imorais. Tivessem um mínimo de decência, fariam a defesa do governo que as representa e não teriam o topete de propor o que sabem que não vai acontecer porque a matemática não deixa.
Por Reinaldo Azevedo

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/fundacao-petista-chama-dilma-de-farsante-e-de-titere-de-banqueiros/

Lula fez lobby para Odebrecht, diz ministro em e-mai

Miguel Jorge, ex-titular do Desenvolvimento, relata a atuação de Lula para favorecer a empreiteira. 'PR fez o lobby', diz a troca de e-mails em mãos da PF.



Ao deixar a Presidência, em 2010, Luis Inácio Lula da Silva assumiu, como ele mesmo disse, o papel de "caixeiro-viajante" do Brasil, viajando pelo mundo com o objetivo declarado de abrir caminhos para empresas brasileiras. Em julho deste ano, a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um procedimento para apurar a suspeita de que mais do que boas intenções tenham motivado o ex-presidente: suas palestras e atividades no exterior poderiam, na verdade, ser enquadradas no tipo criminal do tráfico de influência, em especial para favorecer os interesses da Odebrecht, a maior empreiteira do país. Nesta terça-feira, e-mails obtidos pela Polícia Federal na operação Lava-Jato mostram que muito antes de encerrar seu mandato Lula e sua equipe já demonstravam um empenho especial em aproximar a Odebrecht de possíveis contratantes.

Uma série de e-mails analisada pela PF mostra o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht em conversa com dois executivos da empresa, Marcos Wilson e Luiz Antonio Mameri, e com o então ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Diz o relatório policial: "Miguel Jorge afirma que esteve com os presidentes (do Brasil e da Namíbia) e que 'PR fez o lobby', provável referência ao presidente Lula."
Na época, o presidente do país africano era Hifikepunye Pohamba. Em 11 de fevereiro de 2009, Lula o recebeu para um almoço no Itamaraty.

O primeiro e-mail analisado é de 6 de fevereiro de 2009. Odebrecht e executivos do grupo falam do convite do presidente Lula para almoço com o presidente da Namíbia. "Marcelo, o Presidente Lula está lhe fazendo um convite para participar de um almoço, com o Presidente da Namíbia, no dia 11/02 (quarta-feira), às 13h00, no Itamaraty, salão Brasília." O texto prossegue com uma menção específica a pedidos do presidente em nome da empreiteira: "Seria importante eu enviar uma nota memória antes via Alexandrino com eventualmente algum pedido que Lula deve fazer por nós."

O Alexandrino mencionado é Alexandrino Alencar, o executivo da Odebrecht com ligação mais estreita com Lula. Ele foi preso há 100 dias, completados no último domingo, sob a suspeita de ser um elo fundamental da empreiteira com o esquema do petrolão. Na mesma ocasião, foram presos Marcelo Odebrecht e outros três ex-adminsitradores da companhia.
A série de e-mails prossegue. Eram 9h56 de 11 de fevereiro de 2009, quando o executivo da Odebrecht Marcos Wilson escreveu para o ministro. "Miguel, se você estiver com o presidente Lula e o da Namíbia é importante que esteja informado sobre esta negociação e, se houver oportunidade.,manifestar sua confiança na capacidade desta multinacional brasileira chamada Odebrecht."

O projeto em questão, descrito no e-mail, é o de uma hidrelétrica, a Binacional Baynes, que envolvia um consórcio brasileiro formado pela Odebrecht com a Engevix - duas empreiteiras acusadas de corrupção na Lava Jato - e as estatais Eletrobrás e Furnas, junto com Namíbia e Angola. Um investimento de 800 milhões de dólares.

Às 17h21, Miguel Jorge respondeu ao executivo. "Estive e o PR fez o lobby. Aliás o PR da Namíbia é quem começou - disse que será licitação, mas que torce muito para que os brasileiros ganhem, o que é meio caminho andado."

Para os investigadores, a sigla "PR" é uma referência ao presidente da República, usada em várias outras trocas de e-mails. A mensagem eletrônica foi depois copiada a Marcelo Odebrecht.

Seminarista - Os e-mails analisados pela PF, resultado da abertura de computadores e caixas de mensagens recolhidos nas sedes da Odebrecht, alvo de buscas em 19 de junho, quando o empresário e outros cinco executivos do grupo foram presos pela Lava Jato, revelam o monitoramento e as tentativas de influir nas agendas do presidente Lula durante seu governo.
São mensagens que começam em 2005 e seguem até o último ano de mandato do presidente Lula, em 2010. Nelas, há pedidos de encontro e atuação do chefe da República em nome da empreiteira em países como Venezuela, Peru, Angola e dentro do próprio governo.
Chama atenção no material uma pessoa identificada como "Seminarista", que para a PF é o ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho. Em maio de 2005, por exemplo, a secretária de Marcelo Odebrecht encaminha documento para Alexandrino Alencar: "Dr. Marcelo pede-lhe a gentileza de encaminhar ao Seminarista e informar que o encontro com o Presidente está previsto para amanhã às 10h30", informa.

Em setembro de 2009, mensagem trocada entre Marcelo Odebrecht e executivos do grupo fala "sobre investimentos e encontro com o Presidente do Peru, Alan Garcia, e eventual mensagem ou orientação por parte do presidente Lula".

"Seria importante verificarmos com nosso amigo se existe alguma mensagem ou orientação por parte do Pres. Lula para minha conversa com Alan Garcia."
Em outra mensagem aberta nos computadores apreendidos pela Lava Jato, Odebrecht encaminha e-mail para outros executivos, em outubro de 2007, e na conversa usa siglas e trata da agenda de Lula, que estava em visita a Angola.

"Aparentemente, os executivos da Odebrecht mantêm contatos com autoridades da embaixada a fim de colocar em pauta, no encontro, assuntos de interesse da construtora", registra análise da PF.

Com o título "Agenda Lula - URGENTE", há citação a contatos no Itamaraty e o pedido para inclusão de Emílio Odebrecht - pai de Marcelo - em agenda do presidente. "Rubio já fez os primeiros contatos junto ao Ita e me informou que é tradição: cabe ao anfitrião a escolha dos 20 convidados."
Na visita, nos dias 17 e 18 de outubro, o empresário monitora a agenda do presidente Lula, lembra que da última vez o pai, Emílio, foi um dos convidados e reitera o pedido para incluir representante da empresa no evento. "Importante incluir Emílio no almoço. Novamente, segundo o Embaixador, é lado daí quem decide".

No mesmo ano de 2007, Odebrecht recorre ao "Seminarista" para resolver um problema da empreiteira com um dos ministros do governo Lula. Marcelo pede a Alexandrino que acione o personagem com nome cifrado para tratar de um leilão em que a empresa participava e questiona a postura do então ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner.
"Alex, O Hubner está querendo jogar o PR ainda mais contra nós. Importante você fazer esta mensagem chegar no seminarista ainda hoje".

Os documentos analisados pela PF foram anexados na última sexta-feira, 25, aos autos da Lava Jato pelo delegado Eduardo da Silva Mauat. São uma pequena parte dos 392.842 mensagens abertas, sendo que nesse levantamento foram analisados grupos específicos de mensagens de interesse.
Defesa
Leia a nota da assessoria de imprensa do Instituto Lula: "O e-mail é de autoria do ex-ministro Miguel Jorge, por isso cabe a ele falar sobre sua mensagem, que indica que o assunto foi levantado pelo presidente da Namíbia, dentro das relações entre os dois países. O Itamaraty detém as informações sobre o referido almoço e os presentes na recepção ao presidente da Namíbia. A visita oficial e o almoço do presidente da Namíbia fizeram parte da agenda do ex-presidente, publicamente divulgada para a imprensa naquele dia".
O ex-ministro Miguel Jorge escreveu o seguinte e-mail para a reportagem: "Eu não me lembro desse episódio nem de como foi a reunião entre os dois presidentes, mas havia uma atuação institucional em favor de empresas brasileiras, sendo a Embraer uma espécie de cartão de visita da capacidade da indústria nacional. Em praticamente todas as viagens do presidente, havia reuniões com empresas, embora elas não viajassem com ele - mas, sempre, havia uma reunião pública e aberta, em que falavam o PR e ministros (das Relações Exteriores, ou do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ou da Agricultura (nessas duas regiões, havia um enorme interesse pelo trabalho de pesquisa da Embrapa). Nas reuniões do PR com outros presidentes, das quais participei, não havia a presença de empresas. Durante meu tempo no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, organizei mais de 10 missões comerciais, usando o Sucatão da Presidência, e cerca de mil empresas participaram dessas missões - empresas grandes, como Embraer, Sadia etc - e muitas médias e pequenas, que aliás, eram nossa prioridade."
A Odebrecht divulgou a seguinte nova: "A Odebrecht esclarece que os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País - nos quais atua, em especial como investidora. A empresa lamenta, no entanto, a divulgação e interpretações equivocadas sobre mensagens sem qualquer relação com o processo em curso".

O ex-ministro Gilberto Carvalho negou ter recebido diretamente de Marcelo Odebrecht ou Alexandrino Alencar qualquer sugestão para discursos em agendas internacionais ou assuntos relativos à Odebrecht.
(Com Estadão Conteúdo)

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-e-mail-ex-ministro-diz-que-lula-fez-lobby-para-odebrecht








DE CADA DEZ, SÓ UM BRASILEIRO APROVA SEU GOVERNO, DILMA CAINDO, CAINDO..

É patético o resultado da pesquisa CNI-Ibope.  77% dos brasileiros NÃO CONFIAM NA PRESIDENTE. Em qualquer lugar decente e que os políticos possuam honra e vergonha, a renúncia já seria fato. Não teriam a coragem de sair às ruas com tamanha rejeição.
A porcentagem da população que considera do governo da presidente Dilma Rousseff ruim ou péssimo oscilou de 68% para 69% de junho para setembro, de acordo com pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A parcela dos entrevistados que avalia a atual gestão como ótima ou boa também oscilou de 9% para 10%. Já os que consideram o governo regular permaneceram em 21%.
De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar de Dilma, ante 83% de desaprovação registrados em junho. A proporção dos que aprovam oscilou de 15% para 14%, na mesma comparação.
A CNI e o Ibope também perguntaram sobre a confiança na presidente Dilma Rousseff. A parcela dos que não confiam nela oscilou de 78% em junho para 77% em setembro, enquanto o porcentual do que confiam na pessoa da presidente ficou estável em 20%.
A pesquisa foi realizada entre 18 e 21 deste mês, depois, portanto, do rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s e durante as discussões sobre o retorno da CPMF. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais e o grau de confiança da pesquisa é de 95%.( O conteúdo é do Estadão)


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Disposta a tudo para salvar o mandato, Dilma sinaliza que dará 7 ministérios ao guloso PMDB


dilma_rousseff_481Balcão de negócios – Preocupada com a crise política que devasta o seu governo, a presidente Dilma Vana Rousseff embarcou de volta ao Brasil logo após participar, na segunda-feira (28), da abertura da 70ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em São Paulo.
Ao desembarcar na capital dos brasileiros, Dilma trouxe na bagagem presidencial a disposição de render-se ainda mais ao PMDB, principal partido da base aliada e legenda comandada pelo vice Michel temer, que há muito mantém uma silenciosa zona de conflito com o staff palaciano.
Na manhã desta terça-feira (29), a petista reuniu-se com Michel Temer no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial. Visando superar o impasse com o PMDB, Dilma não escondeu sua disposição de dar ao PMDB sete ministérios – até o momento são seis. Desta forma, ficaria mais fácil atender a demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.
Caso seja confirmado esse novo desenho da equipe de governo, o País estará diante de uma invasão da Esplanada dos Ministérios por parte do PMDB, que a cada dia mostra-se mais voraz pelo poder.
Na rápida reunião, a presidente garantiu a Temer que prestigiará todas as alas do PMDB na reforma ministerial e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da sigla na estrutura do governo.
De acordo com auxiliares do vice-presidente, ele saiu convencido de que Dilma está disposta a resolver o problema com seus aliados e a contemplar todo o partido na reforma ministerial. Eles devem voltar a conversar ainda nesta terça.
É importante destacar que Lula também é esperado em Brasília na quarta-feira (30) para discutir os últimos detalhes das mudanças. Espera-se que o anúncio da nova configuração da Esplanada dos Ministérios aconteça na quinta-feira, após o Congresso Nacional analisar, na quarta, os vetos presidenciais restantes, que constituem a chamada “pauta-bomba”. (Danielle Cabral Távora e Ucho Haddad)
fonte:  http://ucho.info/disposta-a-tudo-para-salvar-o-mandato-dilma-rousseff-sinaliza-que-dara-7-ministerios-ao-glutao-pmdb

O DISCURSO Por Olavo de Carvalho


Por Olavo de Carvalho
Transcrito do site Mídia Sem Máscara
Nada ilustra melhor o estado de coisas numa sociedade do que a linguagem dos seus homens públicos. Aprendi isso com Karl Kraus e até hoje não vi esse critério falhar.
Num de seus últimos discursos, o comandante do Exército, general Eduardo Villas-Boas, afirmou que as Forças Armadas estão conscientes da atual “derrocada dos valores”, mas que sua missão é preservar acima de tudo a “estabilidade” e a “legalidade”. Ora, se o poder instituído é ele próprio o agente principal da derrubada dos valores – coisa que ninguém mais pode razoavelmente negar --, preservar sua estabilidade é garantir-lhe os meios de continuar a demolir esses valores tranqüilamente, imperturbavelmente, impunemente, sob a proteção de fuzis, tanques e navios de guerra pagos com o dinheiro do povo que ele espolia e engana. É a estabilidade da destruição.
Não creio que essa fosse a intenção subjetiva do general, mas é o sentido objetivo que suas palavras adquirem no contexto real. Lido nessa perspectiva, seu discurso é mais uma amostra do emocionalismo psitacídeo em que se transformou a fala brasileira nas últimas décadas, no qual as palavras valem pelas nuances emotivas associadas diretamente ao seu significado dicionarizado, independentemente dos fatos e coisas a que fingem aludir. Em termos de linguística, o significado usurpa o espaço do referente, que desaparece nas brumas da inexistência.
Quando à segunda expressão, “legalidade”, ela não tem nada a ver com a ordem legal substantiva, já destruída há tempos e que só subsiste na função de referente suprimido: ela visa apenas a marcar a diferença entre os militares de hoje e os de 1964, exigência indispensável do código “politicamente correto” contra o qual o general havia acabado de resmungar umas palavrinhas desprovidas de qualquer efeito objetivo até mesmo sobre o seu próprio discurso.
O general Villas-Boas não é nenhum imbecil e com certeza não é um homem desonesto. O que caracteriza o presente estado de coisas é precisamente que até os homens honestos e inteligentes começam a falar na linguagem dos cretinos e cretinizadores, pelo simples fato de que já não há outra disponível.
A finalidade dessa linguagem é construir aquilo que Robert Musil e, na esteira dele, Eric Voegelin, chamavam de “Segunda Realidade”, uma espécie de mundo paralelo feito inteiramente de significados dicionarizados e sem nenhum fato ou coisa dentro. Uma vez removida para a Segunda Realidade, a mente humana já não serve como instrumento de orientação na realidade genuína, mas conserva apenas duas funções essenciais: o engano e o auto-engano, que passam a vigorar como “ações políticas”, com resultados previsivelmente bem distintos das intenções alegadas.
Os dois milhões de manifestantes que foram às ruas protestar em março e setembro, com o apoio de noventa e três por cento da população, diziam e berravam da maneira mais clara os nomes dos inimigos contra os quais se voltavam: PT e Foro de São Paulo. Centenas de videos do youtube confirmam isso de maneira incontestável.
A Constituição Brasileira, Título I, Art. 1o., alínea V, parágrafo único, estabelece: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.” Que significa esse “ou diretamente”? Significa que os representantes eleitos, ocupantes do Executivo e do Legislativo,  são um “poder instituído”, o qual, por definição, não se sobrepõe jamais ao “poder instituinte”, a massa popular que o criou e que conserva o direito de suprimi-lo a qualquer momento pela sua ação direta.
Como, dos sete por cento que ainda apoiavam o governo àquela altura, seis o consideravam nada mais que “regular”, o apoio substantivo de que ele desfrutava  era de apenas um por cento. Nunca um governo foi rejeitado de maneira tão geral e avassaladora. Com ele, eram rejeitados também os ajudantes diretos e indiretos que o mantinham no poder contra a vontade do povo: congressistas omissos, juízes cúmplices, mídia chapa-branca.
O povo, em suma, voltava-se frontalmente contra o “sistema” como um todo, sabendo-o aparelhado  a serviço do esquema comunolarápio e do Foro de São Paulo, a maior organização subversiva e criminosa que já existiu na América Latina, empenhada em colocar o roubo, o homicídio, o narcotráfico e a mentira em doses oceânicas a serviço da ambição de poder total, não só sobre o país, mas sobre o continente.
O termo “estabilidade” designa uma qualidade, não uma substância. Estabilidade é sempre de alguma coisa, isto é, de uma ordem ou sistema. Ora, nas passeatas de março e setembro havia claramente duas ordens ou sistemas em confronto. De um lado, a ordem normal e constitucional, em que a maioria absoluta da nação, manifestando sua vontade de maneira direta e inequívoca, exigia o fim das entidades criminosas, PT e Foro de São Paulo. Do outro lado, o sistema federal de exploração, manipulação, roubo e auto-engrandecimento insano. De qual dessas duas ordens o general desejaria “manter a estabilidade”?
Ele não esclareceu esse ponto, que é a substância mesma do assunto nominal do seu discurso. Preferiu o adjetivo sem substantivo, como aliás é de praxe no Brasil de hoje. Acredita piamente ter dito alguma coisa porque a sua linguagem, coincidindo com os usos gerais do dia, soa bem aos seus próprios ouvidos e aos de todos aqueles que não precisam da realidade, só de palavras.
Não creio ser demasiado pessimista ao prever que, enquanto os homens inteligentes e honestos continuarem falando na linguagem que os charlatães inventaram para seu exclusivo uso próprio, o Brasil continuará vivendo na Segunda Realidade, onde um governo criminoso apoiado por um por cento da população constitui a “ordem”, e sua manutenção no poder por juízes e congressistas comprados é a única forma de “estabilidade” possível.
fonte: http://www.aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/09/o-discurso.html