quinta-feira, 14 de março de 2013

O avanço socialista no Brasil em números: de 2000 a 2012.




As eleições municipais de 2000 e 2012 [1].

Em 2000, PDT, PT, PSB, PPS e PCdoB venceram as eleições municipais em 775 dos 5.555 municípios brasileiros, o que equivalia, na época, a 14% dos municípios. O orçamento desses municípios somava cerca de R$ 23,7 bilhões, o que equivalia a 36% do orçamento total destinado à prefeituras. Desses partidos, aquele que elegeu mais prefeitos foi o PDT, com 288 prefeituras, seguido do PT, com 187 prefeituras.
Já em 2012, PT, PSB, PDT, PPS, PCdoB e PSOL venceram as eleições municipais em 1.570 dos 5.568 municípios brasileiros, ou seja, 28% dos municípios. O orçamento desses municípios soma cerca de R$ 171 bilhões, o que equivale a 50% do orçamento total das prefeituras. Desses partidos, o que mais elegeu prefeitos foi o PT, com 636 prefeituras, seguido do PSB, com 444 prefeituras.
Portanto, em 12 anos, os partidos socialistas:
  • aumentaram em 103% o número de prefeituras sob seu domínio (de 775 para 1570);
  • dominam, hoje,  metade do orçamento destinado aos municípios (50%);
  • contaram com um aumento de R$ 147,3 bilhões (aumento de 622%) no orçamento disponível através das prefeituras sob seu comando.
  • elegeram, em 2012, prefeitos em 14 capitais, ou seja, em mais da metade delas.
O mapa abaixo ilustra o avanço do domínio dos partidos socialistas nos municípios brasileiros após as eleições de 2000 e 2012.
municipios   O avanço socialista no Brasil em números: de 2000 a 2012.

A evolução do PT e a força que desponta no movimento esquerdista: o PSB.

Os partidos que mais cresceram nos últimos 12 anos foram o PT e o PSB. O número de prefeituras governadas pelo PT aumentou de 187 para 636, o que equivale a um aumento de 240% no período. Já o PSB elegeu 444 prefeitos em 2012 contra 133 em 2000, um aumento de 230%.
O PSB foi o partido que mais elegeu representantes nas capitais, com 5 representantes. Ainda, o PSB elegeu 6 governadores em 2010, superando o número de governadores eleitos pelo próprio PT.
Aliados históricos, PT e PSB somam hoje 1.133 prefeituras, superando o PMDB (1.032), tradicional campeão isolado em número de prefeituras. Somam também 9 prefeituras em capitais e 11 governos estaduais.
Pelos interesses políticos comuns e pelo crescimento de ambos partidos, é natural pensar em uma aliança mais próxima entre PT e PSB, vindo a configurar o núcleo do poder hegemônico da esquerda para os próximos anos, o que fará com que tradicionais aliados de centro do PT (PMDB, PR) sejam gradualmente descartados nas próximas eleições, especialmente para o governo federal.
O gráfico abaixo ilustra o avanço do PT e do PSB nas prefeituras do país.
municipios pt psb   O avanço socialista no Brasil em números: de 2000 a 2012.

Socialistas + Social-Democratas

Se incluirmos na análise os partidos social-democratas (PSDB, PSD), observaremos uma extensão ainda maior do domínio da esquerda no mapa político do país.  São, ao todo, 2.769 prefeituras, 50% dos municípios, totalizando um orçamento de R$ 232,5 bilhões, ou seja, 68% do orçamento total destinado aos municípios.

Partidos de Centro e Centro-Direita

Em 2000, os dois partidos que mais possuíam prefeituras sob a sua administração eram o PMDB, com 1.256 prefeituras, seguido do PFL, com 1.026 prefeituras. Juntos, contavam com a administração de 41% dos municípios brasileiros, e um orçamento que representava 26% do total do orçamento dos municípios.
Em 2006, o PFL passou por uma drástica mudança. Após resultados negativos nas eleições federais de 2006, o partido, sob a batuta de Jorge Bornhausen, decidiu se reestruturar em um novo nome, Democratas (sigla DEM), com um discurso de renovação, e com o intuito de desvincular o partido da imagem conservadora e de direita.
Bornhausen, que desfiliou-se do partido em 2011, deixou como legado para o PFL/DEM as consequências das mudanças que  propôs: o partido passou de 1.026 prefeituras em 2000 para 278 em 2012, uma redução de 73% (perdeu 748 prefeituras).
Nem mesmo o PMDB, fiel aliado do PT no governo federal, escapou da redução em seu quadro de prefeitos.  O número de prefeituras sob o governo do PMDB passou de 1.256 em 2000 para 1.032 em 2012, uma redução de 18% (perdeu 224 prefeituras).

Conclusão.

As eleições municipais de 2012 foram emblemáticas. Em pleno fervor do julgamento do Mensalão, que resultou na condenação de lideranças históricas do PT (Dirceu, Genoíno e Delúbio) e revelou os detalhes do maior esquema de corrupção da estrutura democrática que já se teve notícia no país, o projeto de poder hegemônico da esquerda, orquestrado pelo PT e acompanhado por outros partidos, continuou mostrando sua força e sua marcha cada vez mais retumbante.
A exposição pública do caso Mensalão durante as eleições praticamente não abalou os objetivos eleitorais do PT. No estado de São Paulo, por exemplo, suas 3 maiores cidades (Guarulhos, Campinas e São Paulo – responsáveis por 14% do PIB do país [2]) contaram com representantes petistas no segundo turno das eleições. Apenas em Campinas o PT perdeu, e para o não menos socialista (e tradicional aliado do PT) PSB.
Na cidade de São Paulo, a eleição foi ainda mais emblemática. Foi eleito Fernando Haddad, ilustre desconhecido, lançado de para-quedas na cidade por Lula, e cuja incompetência à frente do Ministério da Educação fora muito bem comprovada nos casos de irregularidade no ENEM [3].
Nem mesmo a comprovação dos meios criminosos de que a esquerda lançou mão para se instalar no poder parece frear a marcha do país rumo à hegemonia totalitária da esquerda. Muito pelo contrário: tal comprovação parece facilitar ainda mais essa marcha, encobrindo-a com um véu de aparente moralidade, justiça e democracia.
Por outro lado, não há a menor expectativa pelo surgimento de alguma força política que venha fazer frente a esse plano de poder hegemônico. Até mesmo os partidos de centro e de centro-direita convenceram-se de que, longe do discurso populista e socializante, não é possível ganhar eleições.
Esses partidos renderam-se à máxima de que, “se não é possível vencê-los, junte-se a eles”. Dessa forma, acreditam que, mantendo o poder pontual através da eleição de um ou outro prefeito ou deputado, podem manter-se respirando, à espera de um ressurgimento triunfante no futuro, ludibriando o inimigo. Ledo engano: agindo dessa forma e suportando essas idéias, nada estão ganhando. De fato, estão dando a vitória ideológica à esquerda.
O resultado é um vácuo de representação político-partidária das idéias conservadoras da sociedade, e a total ausência de uma oposição, de fato, às ideias socialistas.

Esquerdismo, uma doença mental grave



Por Luciano Ayan

Geralmente vemos esquerdistas se referirem a quem é da direita como um “louco da direita”, e daí por diante. Enquanto isso, a crença esquerdista é baseada em quê? É isso que começamos a investigar de uma forma mais clínica a partir do livro The Liberal Mind: The Psychological Causes of Political Madness, de Lyle Rossiter, lançado em 2011.

Conforme a review da Amazon, já notamos a paulada que será dada nos esquerdistas:


“Liberal Mind traz o primeiro exame profundo da loucura política mais relevante em nosso tempo: os esforços da esquerda radical para regular as pessoas desde o berço até o túmulo. Para salvar-nos de nossas vidas turbulentas, a agenda esquerdista recomenda a negação da responsabilidade pessoal, incentiva a auto-piedade e auto-comiseração, promove a dependência do governo, assim como a indulgência sexual, racionaliza a violência, pede desculpas pela obrigação financeira, justifica o roubo, ignora a grosseria, prescreve reclamação e imputação de culpa, denigre o matrimônio e a família, legaliza todos os abortos, desafia a tradição social e religiosa, declara a injustiça da desigualdade, e se rebela contra os deveres da cidadania. Através de direitos múltiplos para bens, serviços e status social não adquiridos, o político de esquerda promete garantir o bem-estar material de todos, fornecendo saúde para todos, protegendo a auto-estima de todos, corrigindo todas as desvantagens sociais e políticas, educando cada cidadão, assim como eliminando todas as distinções de classe. O esquerdismo radical, assim, ataca os fundamentos da liberdade civilizada. Dadas as suas metas irracionais, métodos coercitivos e fracassos históricos, juntamente aos seus efeitos perversos sobre o desenvolvimento do caráter, não pode haver dúvida da loucura contida na agenda radical. Só uma agenda irracional defenderia uma destruição sistemática dos fundamentos que garantem a liberdade organizada. Apenas um homem irracional iria desejar o Estado decidindo sua vida por ele, ao invés e criar condições de segurança para ele poder executar sua própria vida. Só uma agenda irracional tentaria deliberadamente prejudicar o crescimento do cidadão em direção à competência, através da adoção dele pelo Estado. Apenas o pensamento irracional trocaria a liberdade individual pela coerção do governo, sacrificando o orgulho da auto-suficiência para a dependência do bem-estar. Só um louco iria visualizar uma comunidade de pessoas livres cooperando e ver nela uma sociedade de vítimas exploradas pelos vilões.”
O que temos aqui, na obra de Rossiter, é o tratamento do esquerdismo de forma clínica, por um psiquiatra forense. (Um pouco mais no site do autor do livro, e um pouco mais sobre sua prática profissional).

O modelo de mente esquerdista

O livro é bastante analítico, e, por vezes, até chato de se ler. Quem está acostumado a livros de fácil leitura de autores conservadores de direita, como Glenn Beck e Ann Coulter, pode até se incomodar. Outro livro que fala do mesmo tema é Liberalism Is a Mental Disorder: Savage Solution, de Michael Savage. Mas o livro de Savage é também uma leitura informal, embora séria. O livro de Rossiter é acadêmico, de leitura até difícil, sem muitas concessões comerciais, e de um rigor analítico simplesmente impressionante. Se não é sua leitura típica para curar insônia, ao menos o conteúdo poderoso compensa o tratamento seco e acadêmico dado ao tema.
Segundo Rossiter, a mente esquerdista tem um padrão, que se reflete tanto em um padrão comportamental, quanto um padrão de crenças e alegações. Portanto, é possível “modelar” a mente do esquerdista a partir de uma série de padrões. A partir daí, Rossiter investiga uma larga base de conhecimento de desordens de personalidade, e usa-as para modelar os padrões de comportamento dos esquerdistas. Segundo Rossiter, basta observar o comportamento de um esquerdista, mapear suas crenças e ações, e compará-los com os dados científicos a respeito de algumas patologias da mente. A mente esquerdista pode ser classificada como um distúrbio de personalidade por que as crenças e ações resultantes deste tipo de mentalidade se encaixam com exatidão no modelo psiquiátrico do distúrbio de personalidade. As análises de Rossiter são feitas tanto nos contextos individuais (a crença do cidadão esquerdista em relação ao mundo), como nos contextos corporativos (ação de grupo, endosso a políticos profissionais, etc.).
Rossiter nos lembra que a personalidade é socializada pelos pais e pela família, como uma parte do desenvolvimento infantil. Mesmo com a influência do ambiente escolar, são os pais que preparam a criança para o futuro. A partir disso, ele avalia o que é um desenvolvimento sadio, para desenvolver uma personalidade apta a viver em um mundo orientado a valorização da competência, dentro do qual essa personalidade deverá reagir. Uma personalidade sadia reagiria bem a esse mundo já sem a presença dos pais, enquanto uma personalidade com distúrbio não conseguiria o mesmo sucesso. Em cima disso, Rossiter avalia a personalidade desenvolvida com os itens da agenda esquerdista, demonstrando que muitos itens dessa agenda estão em oposição ao desenvolvimento sadio da personalidade.
Para o seu trabalho, Rossiter classifica os esquerdistas em dois tipos: benignos e radicais. Os radicais são aqueles cujas ações (agenda) causam dano a outros indivíduos. De qualquer forma, os esquerdistas benignos (seriam os moderados) dão sustentação aos esquerdistas radicais.
Rossiter define o homem como uma fonte autônoma de ação, ao mesmo tempo em que está envolvido em relações, como as econômicas, sociais e políticas. Isto é definido por Rossiter como a Natureza Bipolar do Homem, pois mesmo que ele seja capaz de ação independente, também é restrito pelo contexto social, na cooperação com os outros. A partir dessa constatação, tudo o mais flui. Para permitir que o homem seja capaz de operar com sucesso em seu ambiente natural, deve existir um desenvolvimento adequado da personalidade. Este desenvolvimento da personalidade surge a partir dos outros, idealmente a mãe e a família.
Outro ponto central: toda a análise de Rossiter é feita no contexto de uma sociedade livre, não de uma sociedade totalitária. Portanto, ele avalia o quão alguém é sadio em termos de personalidade para viver em uma sociedade democrática, e não em uma sociedade formalmente totalitária, como Coréia do Norte, Cuba ou China, por exemplo.

Competência em uma sociedade livre

Fica claro que não devemos esperar de Rossiter avaliação sobre um modelo de personalidade para toda e qualquer sociedade, pois ele é bem claro em seu intuito: desenvolver e estudar personalidades competentes para a vida em uma sociedade livre. A manutenção de tal sociedade requer regras para existir, que devem ser codificadas em leis, hipóteses, assim como regras do senso comum.
Nesse contexto, as habilidades a seguir são aquelas de um adulto competente em uma sociedade com liberdade organizada:
  • Iniciativa – Fazer as coisas acontecerem.
  • Atuação – Agir com propósito.
  • Autonomia – Agir independentemente.
  • Soberania- Viver independentemente, através da tomada de decisão competente.
Rossiter define os direitos naturais do homem, para uma pessoa adulta vivendo em uma sociedade de liberdade organizada. Estes compreendem o exercício, conforme qualquer um escolher, das habilidades selecionadas acima, todas elas sujeitas às restrições necessárias para uma sociedade com paz e ordem. Assim, direitos naturais resultam da combinação de natureza humana e liberdade humana. Natureza humana significa viver como alguém quiser, sujeito as restrições necessárias para paz e ordem.
Considerando estes atributos humanos, Rossiter define como uma ordem social adequada, aquela que possui os seguintes aspectos:
  • Honra a soberania do indivíduo
  • Respeita a liberdade do indivíduo.
  • Respeita a posse de propriedade e integridade dos contratos.
  • Respeita o princípio da igualdade sob a lei.
  • Requer limites constitucionais, para evitar que o governo viole os direitos naturais.
 Os aspectos acima são avaliados na perspectiva do indivíduo, não de grupos ou classes, em um processo relacionado à individuação, conceito originado em Jung. Neste processo, o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implicará necessariamente em uma ampliação da consciência. A partir daí, surge cada vez mais o conhecimento de si-mesmo, em detrimento das influências externas. Eventuais resistências à individuação são causas de sofrimento e distúrbios psiquícos.
Segundo Rossiter, o indivíduo adulto que passou adequadamente pelo processo de individuação assume de forma coerente seu direito a vida, liberdade e busca da felicidade. Mesmo assim, isso não significa que ele pode fazer o que quiser, pois deve respeitar o individualismo dos outros e interagir com eles através da cooperação voluntária. Assim, o individualismo deve ser associado com mutualidade, para o desenvolvimento de um adulto competente para viver em uma sociedade de liberdade organizada.
Rossiter estuda com afinco as características de desenvolvimento do invidíduo, de acordo com regras pelas quais ele pode viver em uma sociedade de liberdade organizada, e lista sete direitos individuais do cidadão comum, dentro dos quais ele pode exercitar sua autonomia, livre da interferência do governo:
  •  Direito de auto-propriedade (autonomia)
  • Direito de primeira posse (para controlar propriedade que não tenha sido de posse de ninguém antes)
  • Direito de posse e troca (manter, trocar ou comercializar)
  • Direito de auto-defesa (proteção de si próprio e da proriedade)
  • Direito de compensação justa pela retirada (a partir do governo)
  • Direito a acesso limitado (a propriedade dos outros em emergências)
  • Direito a restituição (por danos a si próprio ou propriedade)
Estes são normalmente chamados de direitos naturais, direitos de liberdade ou direitos negativos. O governo deve ser estruturado para proteger estes direitos, e precisa ser estruturado de forma que não infrinja-os. A obrigação do governo em uma sociedade de liberdade organizada envolve implementar e sustentar estas regras para proteger o cidadão de infrações cometidas tanto por outros como pelo próprio governo.
Eis que surge o problema da mente esquerdista, que quer atacar basicamente todos os pilares acima. Em cima disso, Rossiter levanta as crenças da mente esquerdista, que, juntas, dão um fundamento do modelo da mente deles:
  •  Modelos sociais ideais tradicionais estão ultrapassados e não se aplicam mais.
  • A direção do governo é melhor do que ter os cidadãos tomando conta de si próprios.
  • A melhor fundação política de uma sociedade organizada ocorre através de um governo centralizado.
  • O objetivo principal da política é alcançar uma sociedade ideal na visão coletiva.
  • A significância política do invidíduo é medida a partir de sua adequação à coletividade.
  • Altruísmo é uma virtude do estado, embutida nos programas do estado.
  • A soberania dos indivíduos é diminuída em favor do estado.
  • Direitos a vida, liberdade e propriedade são submetidos aos direitos coletivos determinados pelo estado.
  • Cidadãos são como crianças de um governo parental.
  • A relação do indivíduo em relação ao governo deve lembrar aquela que a criança possui com os pais.
  • As instituições sociais tradicionais de matrimônio e família não são muito importantes.
  • O governo inchado é necessário para garantir justiça social.
  • Conceitos tradicionais de justiça são inválidos.
  • O conceito coletivista de justiça social requer distribuição de riqueza.
  • Frutos de trabalho individual pertencem à população como um todo.
  • O indivíduo deve ter direito a apenas uma parte do resultado de seu trabalho, e esta porção deve ser especificada pelo governo.
  • O estado deve julgar quais grupos merecem benefícios a partir do governo.
  • A atividade econômica deve ser cuidadosamente controlada pelo governo.
  • As prescrições do governo surgem a partir de intelectuais da esquerda, não da história.
  • Os elaboradores de políticas da esquerda são intelectualmente superiores aos conservadores.
  • A boa vida é um direito dado pelo estado, independentemente do esforço do cidadão.
  • Tradições estabelecidas de decência e cortesia são indevidamente restritivas.
  • Códigos morais, éticos e legais tradicionais são construções políticas.
  • Ações destrutivas do indivíduo são causadas por influências culturais negativas.
  • O julgamento das ações não deve ser baseado em padrões éticos ou morais.
  • O mesmo vale para julgar o que ocorre entre nações, grupos éticos e grupos religiosos.
Como tudo na vida, o aceite de crenças tem consequências. No caso do aceite das crenças esquerdistas, consequências incluem:
  • Dependência do governo, ao invés de auto-confiança.
  • Direção a partir do governo, ao invés da auto-determinação.
  • Indulgência e relativismo moral, ao invés de retidão moral.
  • Coletivismo contra o individualismo cooperativo.
  • Trabalho escravo contra o altruísmo genuíno.
  • Deslocamento do indivíduo como a principal unidade social econômica, social e política.
  • A santidade do casamento e coesão da família prejudicada.
  • A harmonia entre a família e a comunidade prejudicada.
  • Obrigações de promessas, contratos e direitos de propriedade enfraquecidos.
  • Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas premiações.
  • Corrupção da base moral e ética para a vida civilizada.
  • População polarizada em guerras de classes através de falsas alegações de vitimização e demandas artificiais de resgate político.
  • A criação de um estado parental (nanny state) e administrativo idealizado, dotado de vastos poderes regulatórios.
  • Liberdade invididual e coordenação pacífica da ação humana severamente comprometida.
Aliás, eu acho que Rossiter esqueceu de consequências adicionais como: Aumento do crime, devido a tolerância ao crime e Incapacidade de uma base lógica para que a sociedade sequer tenha condição de julgar o status em que se encontra.

Por que a mente esquerdista é uma patologia?

Para Rossiter, a melhor forma de avaliar a mente do esquerdista é a através dos valores que ele tem, e os que ele rejeita. Mais:
“Como todos os outros seres humanos, o esquerdista moderno revela seu verdadeiro caráter, incluindo sua loucura, nos valores que possui e que descarta. De especial interesse, no entanto, são os muitos valores sobre os quais a mente esquerdista não é apaixonada: sua agenda não insiste em que o invidívuo é a principal unidade econômica, social e política, ele não idealiza a liberdade individual em uma estrutura de lei e ordem, não defende os direitos básicos de propriedade e contrato, não aspira a ideais de autonomia e reciprocidade autênticas. Ele não defende a retidão moral ou sequer compreende o papel crítico da moralidade no relacionamento humano. A agenda esquerdista não compreende uma identidade de competência, nem aprecia sua importância, e muito menos avalia as condições e instituições sociais que permitam seu desenvolvimento ou que promovam sua realização. A agenda esquerdista não compreende nem reconhece a soberania, portanto não se importa em impor limites estritos de coerção pelo estado. Ele não celebra o altruísmo genuíno da caridade privada. Ele não aprende as lições da história sobre os males do coletivismo.”
Rossiter diz que as crianças não nascem com este “programa”, que é adquirido especialmente durante o aprendizado escolar. Em resumo: um adulto, competente para operar em uma sociedade de liberdade organizada, na maior parte das vezes adquire estes valores dos pais e da família, mas um esquerdista radical não.
Basicamente, o esquerdismo pode ser caracterizado como uma neurose, baseada nos traumas do relacionamento com a família durante o desenvolvimento da personalidade. Sendo uma neurose de transferência, ela compreende as projeções inconscientes das psicodinâmicas da infância nas arenas políticas da vida adulta. É o resultado de uma falha no treino da criança nos elementos psicodinâmicos básicos de um adulto, competente para viver em uma sociedade de liberdade organizada. (Obviamente, um esquerdista jamais irá reconhecer as “fendas” em seu desenvolvimento de criança até um adulto).
Rossiter nos diz mais:
“Sua neurose é evidente em seus ideais e fantasias, em sua auto-justiça, arrogância e grandiosidade, na sua auto-piedade, em suas exigências de indulgência e isenção de prestação de contas, em suas reivindicações de direitos, em que ele dá e retém, e em seus protestos de que nada feito voluntariamente é suficiente para satisfazê-lo. Mais notadamente, nas demandas do esquerdista radical, em seus protestos furiosos contra a liberdade econômica, em seu arrogante desprezo pela moralidade, em seu desafio repleto de ódio contra a civilidade, em seus ataques amargos à liberdade de associação, em seu ataque agressivo à liberdade individual. E, em última análise, a irracionalidade do esquerdista radical é mais aparente na defesa do uso cruel da força para controlar a vida dos outros.”
Agora fica mais fácil entender por que os esquerdistas são tão frustrados e raivosinhos em suas interações, não?

Os cinco déficits principais do esquerdista

Um esquerdista apresenta, segundo Rossiter, cinco principais déficits, cada um mais evidente nas diversas fases do desenvolvimento, desde os primeiros meses após o nascimento, até a entrada da fase adulta.
  1. Confiança básica: O primeiro déficit relaciona-se a confiança básica. Isto é, a falta de confiança nos relacionamentos entre pessoas por consentimento mútuo. Por isso, o esquerdista age como se as pessoas não conseguissem criar boas vidas por si próprios através da cooperação voluntária e iniciativa individual. Por isso, colocam toda essa coordenação nas mãos do estado, que funciona como um substituto para os pais. Se a criança não consegue conviver com os irmãos, precisa de pais como árbitros. Este déficit inicia-se no primeiro ano de vida. As interações positivas de uma criança com a mãe o introduzem a um mundo de relacionamento seguro, agradável, mutuamente satisfatório e a partir do “consentimento” entre ambas as partes. Mas caso exista um relacionamento anormal e abusivo na infância, algo de errado ocorre, e essa aquisição de confiança básica é profundamente comprometida. Lembremos que a ingenuidade é problemática, mas o esquerdista é ingênuo perante o governo, que tem mais poder de coerção, enquanto suspeita dos relacionamentos humanos não abitrados pelo governo.
  2. Autonomia: Após os primeiros 15 meses, uma criança começa a incorporar os fundamentos de autonomia, auto-realização, assim como fundamentos de mutualidade, ou auto-realização (assim como realização dos outros). A partir dessa fase, a criança começa a agir por si própria para ter suas necessidades satisfeitas, de acordo com aqueles que cuidam dela. Junto com a ideia de autonomia, surgem ideias como auto-confiança, auto-direção e auto-regulação. A criança “mimada”, que cresce dependente do excesso de indulgência dos pais é privada das virtudes de auto-confiança e auto-controle e de atitudes necessárias para cooperação com os outros.
  3. Iniciativa: No desenvolvimento normal, esta é a capacidade de se iniciar bons trabalhos para bons propósitos, sendo desenvolvida nos primeiros quatro ou cinco anos da vida de uma criança. No caso da falta de iniciativa, há falta de auto-direção, vontade e propósito, geralmente buscando relacionamentos com os outros de forma infantil, sempre pedindo por condescendência, ao invés de lutar para ser respeitado. Pessoas como esta personalidade normalmente assumem um papel infantil em relação ao governo, votando para aqueles que prometem segurança material através da obrigação coletiva, ao invés de votar naqueles comprometidos com a proteção da liberdade individual. A inibição da iniciativa pode ocorrer por culpa excessiva adquirida na infância, surgindo, por instância, do completo de Édipo.
  4. Diligência: Assim como a iniciativa é a habilidade de iniciar atos com boas metas, diligência é a habilidade para completá-los. A criança, no seu desenvolvimento escolar, se torna apta a completar suas ações de forma cada vez mais competente. Na fase da diligência, a criança aprende a fazer e realizar coisas e se relacionar de formas mais complexas com pessoas fora de seu núcleo familiar. A meta desta fase é o desenvolvimento da competência adulta. É a era da aquisição da competência econômica e da socialização. Nessa fase, se aprende a convivência de acordo com códigos aceitos de conduta, de acordo com as possibilidades culturais de seu tempo, de forma a canalizar seus interesses na direção da cooperação mútua. Quando as coisas não vão muito bem, surgem desordens comportamentais, uso de drogas, ou delinquência, assim como o surgimento de ações que sabotam a cooperação. A tendência é a geração de um senso de inferioridade, assim como déficits nas habilidades sociais, de aprendizado e identificações construtivas, que deveriam ser a porta de entrada para a aquisição da competência adulta. Atitudes que surgem destas emoções patológicas podem promover uma dependência passiva comportamental como uma defesa contra o medo diante das relações humanas, vergonha, ou ódio.
  5. Identidade: O senso de identidade do adolescente é alterado assim que ele explora várias personas, múltiplas e as vezes contraditórias, na construção de seu self. Ele deve se confrontar com novos desafios em relação ao balanço já estabelecido entre confiança e desconfiança, autonomia e vergonha, iniciativa e culpa, diligência e inferioridade. Esta fase testa a estabilidade emocional que foi desenvolvida pela criança, assim como sua racionalidade, sendo de adequação e aceitabilidade, superação de obstáculos, e o aprofundamento das habilidades relacionais. O desenvolvimento desta identidade adulta envolve o risco percebido de acreditar nas instituições sociais. O adulto quer uma visão do mundo na qual possa acreditar. Isto é especialmente importante se ele sofreu formas de abuso anteriormente. Sua consciência ampliada de quem ele é facilita uma integração entre suas identidades do passado e do presente com sua identidade do futuro. Nesta fase do desenvolvimento o jovem pode ser vítima das ofertas ilusórias do esquerdismo. É a fase “final” da escolha.

Há uma cura para o esquerdismo?

Com uma identidade mantida por uma série de neuroses, o esquerdista não consegue mais assumir responsabilidades pelos seus atos, e muito menos pelas consequências de suas ações. Tende a se fazer de vítima para conseguir o que quer, e não se furta em mentir para conseguir seus objetivos. É quando podemos questionar: há uma cura para isso tudo? Possivelmente, mas a questão é que o esquerdista deve buscar ajuda por si próprio, mas quanto mais ele estiver recebendo reforço de seus grupos, menos vontade ele terá para fazê-lo. Ao contrário, mesmo com tantos déficits e tamanhos delírios, ele sempre julgará estar com a razão.
Diante disso, quem pode fazer algo pelos esquerdistas são os direitistas, mas isso só pode acontecer pela via da refutação e do desmascaramento de suas ações. Incapazes de julgarem seus próprios atos, jamais se deve confiar no auto-julgamento de um esquerdista. Todas as auto-rotulagens e outro-rotulagens tendem a ser mentirosas, assim como seus argumentos. A refutação de uma parte externa, não contaminada pela ideologia esquerdista, é a única alternativa que pode dar um fio de esperança ao esquerdista.
Entretanto, mesmo que ainda exista esperança para o esquerdista, os maiores afetados são os não-esquerdistas, que possuem suas vidas impactadas por suas crenças. Por isso, as nossas ações não devem ser realizadas primeiramente em prol de salvar os esquerdistas de suas patologias (envergonhando-o, por suas mentiras, assim como denunciando suas chantagens emocionais) , mas sim por salvar-nos das consequências de suas neuroses e psicoses.
Nesse intento, entender por que eles achem assim, como eles se sentem, e o que os tornou assim, passa a ser essencial. Neste ponto, a obra de Lyle Rossiter é simplesmente um achado.
Fontes: 




PSDB contra PT: uma falsa dicotomia, uma oposição inventada.








Publicado originalmente por  em 5 Feb, 2013 no observatorioconservador


Nos últimos 20 anos, assistimos a uma crescente polarização entre dois partidos políticos: o PSDB, Partido da Social Democracia do Brasil, e o PT, Partido dos Trabalhadores. Essa polarização foi construída por ambos com o intuito de transparecer a imagem de um legítimo antagonismo de idéias entre duas bandeiras políticas diametralmente opostas (supostamente), que disputam o poder no país. No entanto, se PSDB e PT opõem-se ferozmente numa luta nas urnas e nas ruas (entre seus passionais partidários), do ponto de vista ideológico, as diferenças entre os dois partidos são superficiais: o suposto antagonismo de vida ou morte não se sustenta à mais simples inspeção dos fatos.

As divergências entre PSDB e PT começaram anos após o impeachment do presidente Fernando Collor/PRN. Até aquele momento, PSDB e PT compartilhavam de apoio mútuo, explícito, por exemplo, no segundo turno da eleição presidencial de 1989, com o apoio do PSDB ao candidato do PT, Luiz Inácio da Silva, o Lula; ou no esforço conjunto no impeachment do presidente Collor em 1992; e no apoio de Lula à candidatura de Mário Covas/PSDB ao governo de São Paulo, em 1994. A partir daí, durante o primeiro mandado do presidente Fernando Henrique Cardoso/PSDB, eleito em 1994, o distanciamento entre os dois partidos foi tomando forma, e se estabeleceu por completo com as eleições presidenciais de 1998, quando FHC foi reeleito e Lula foi derrotado.

Para entender a mentalidade de um partido político e de seus membros, mais do que analisar suas ações pontuais no tabuleiro político, é preciso entender o que está na origem dessas ações, e a qual a finalidade última que se busca alcançar através delas. Sem esse tipo de análise, é impossível chegar a conclusões que vão além do que os olhos conseguem observar. Conclusões estas que quase sempre nos conduzem ao equívoco.

Quando nos propomos a investigar a sustentação ideológica do PSDB, chegamos ao iTV – Instituto Teonônio Vilella. O iTV é uma associação civil sem fins lucrativos, que atua como “o órgão de estudos e formação política” do PSDB. Em seu quadro de associados estão as principais lideranças políticas do partido, bem como seus principais teóricos e pensadores. Entre as atribuições do instituto estão a promoção da “educação e formação políticas aos filiados e candidatos do PSDB“, a prestação de “consultoria e assessoria técnica aos órgãos e dirigentes partidários“, entre outras. Trata-se, portanto, da fonte ideológica onde os tucanos bebem e banham-se.
[é imperativo] o controle social do mercado e a submissão da propriedade privada à sua função social.
Se você acha que essa frase foi retirada de alguma cartilha doutrinária do PT, PCdoB, PSTU, PSOL, ou de algum outro partido socialista ou comunista, você está completamente enganado. Ela consta da descrição dos pontos fundamentais da doutrina do PSDB, e pode ser consultada na íntegra aqui. Fica claro o viés socialista de tal afirmação; e se ela consta da descrição dos pontos fundamentais da doutrina do partido, e foi publicada pelo instituto responsável pela formação ideológica dos membros do partido, é porque o partido, fundamentalmente, segue esse viés.

Ainda nessa afirmação, podemos notar uma característica fundamental da mentalidade esquerdista: quem definirá qual será a “função social” da propriedade privada? A sociedade civil? Ou os agentes que estiverem no poder, ao prazer das circunstâncias, e com todo o aparato do Estado nas mãos? E nas mãos de um governo corrupto e centralizador, “submissão da propriedade privada” não é, de fato, a submissão da liberdade individual? Desses detalhes, a utópica mente socialista e revolucionária, convenientemente, nunca se preocupa em alertar.
Outro ponto elucidativo é a consulta à bibliografia recomendada pelo iTV, que, segundo o instituto, reúne o pensamento do partido. Na lista, encontramos títulos como “Manifesto Operário e Outros Textos Políticos – Ferdinand Lassale”, “Por que não Vingou? História do Socialismo nos Estados Unidos – Saymour Lipset e Gary Marks”, “Socialismo Brasileiro – Evaristo de M. Filho“, entre outros, que podem ser consultados aqui.

Outros dois títulos chamam a atenção, principalmente pelos seus autores: “Socialismo e Organização Política, de Juan B. Justo” – Justo foi o primeiro a traduzir O Capital, de Karl Marx, na América Latina, e foi fundador do Partido Socialista da Argentina; “A Questão Agrária, de Karl Kautsky” – Kautsky foi um dos principais teóricos e divulgadores das idéias marxistas no início do século XX. Amigo pessoal de Engels, foi um dos dirigentes da Segunda Internacional. O título em questão foi uma das primeiras obras de cunho marxista a tratar sobre a questão agrária.

É muito comum ouvir sandices, de todos os lados, sobre a orientação ideológica do PSDB. Já ouvi de eleitores do partido: “voto no PSDB porque defende idéias conservadoras”; ou então “apoio os tucanos porque são de direita, e apoiam valores como propriedade privada, etc”. Se você apoia o PSDB porque busca uma alternativa ao projeto socialista hegemônico instalado no país, sinto tê-lo desapontado. O PSDB é apenas mais um agente, e um dos responsáveis pela gradual instalação do pensamento hegemônico esquerdista que domina o nosso país.
Você pode votar no PSDB em oposição ao projeto de poder do PT. Com isso, você estará tirando o poder das mãos de um grupo, e depositando-o nas mãos de outro grupo. Porém, a vitória ideológica continuará nas mesmas mãos: nas mãos do pensamento hegemônico e do projeto socialista. E o Brasil continuará caminhando para o mesmo fim trágico, embora pelas mãos de outros agentes.

Se esse é o seu caso, você tem duas opções: ignorar tudo que foi apresentado e fingir que não é com você, ou decidir de que lado você está. Se você se opõe ao estado atual das coisas, é necessário que você busque uma OPOSIÇÃO DE FATO, e aprenda a chamar as coisas pelos seus nomes corretos. E o PSDB, em relação ao PT e ao projeto socialista, pode ser chamado de muita coisa. Menos de oposição.