quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ditador venezuelano anuncia apoio integral de Lula, que aproveitou para atacar os EUA. Há 49 anos, o “Porco Fedorento” proclamava na ONU: “Fuzilamos, estamos fuzilando e fuzilaremos”. É o herói dos nossos progressistas, inclusive do Supercoxinha!


















Nojo!
O, atenção para o nome do órgão, Ministério do Poder Popular para a Informação e a Comunicação emitiu um comunicado, em nome do “Governo Bolivariano da Venezuela”, anunciando o apoio integral de Luiz Inácio Apedeuta da Silva ao assassino Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, que assumiu o poder em razão de um golpe de estado e nele vai se manter em razão de eleições fraudadas.
Segundo a ditadura, Lula afirmou o seguinte:
“Quando a gente está no cargo de presidente, há coisas que não se podem dizer, por diplomacia, mas, agora, eu posso dizer: de vez em quando, os americanos se dedicam a pôr em dúvida a eleição alheia. Deveriam se preocupar consigo mesmos e deixar que nós elejamos o nosso destino”.
Eis aí. Lula fez essa afirmação no evento de ontem em Belo Horizonte, mais um que comemora os 10 anos do PT no poder. Estava ao lado da presidente Dilma Rousseff, que já havia dado os parabéns ao assassino.
O Apedeuta, como se nota, faz uma alusão às críticas feitas pelos EUA, que pedem a recontagem dos votos, já que há milhares de acusações de fraude, numa eleição já disputada em condições absolutamente desiguais.
Um vídeoEm dezembro de 1964, Che Guevara, o Porco Fedorento, discursou na ONU em nome do governo cubano. Os mais antigos, como eu, já leram o discurso. Os jovens talvez o ignorem. Ouçam. Volto em seguida.

ExplicoEm 1964, a Venezuela era uma democracia, governada por Raúl Leoni, que havia sido eleito em 1963. Sucedia outro governo igualmente sufragado pelo povo, em 1958. Até esse ano, o país havia conhecido apenas nove meses de um governo saído das urnas, entre fevereiro e novembro de 1948.
Muito bem! O governo democrático da Venezuela enfrentava a luta armada de vários grupos terroristas, que se inspiravam em Cuba. E o que fez a ditadura cubana? Acusou, ora vejam!, o governo venezuelano de praticar genocídio… Houve excessos das forças de segurança, admitidos pelo próprio governo, que os condenou. Mas, obviamente, não havia morticínio em massa. Tratava-se apenas de uma das muitas fraudes históricas perpetradas pelas esquerdas.
Pois bem: o governo democrático da Venezuela reagiu à acusação, lembrando que o governo cubano era notório, ele sim, por fuzilar seus adversários. E é então que o Porco Fedorento, o “Chancho”,  o poeta do homicídio, aquele que descreveu com incrível prazer o movimento de uma bala que penetra de um lado do crânio e sai do outro (e ele era médico); aquele que confessou ter roubado um relógio de um homem que acabara de matar; aquele que acreditava que o homem deveria se transformar “numa fria e implacável máquina de matar”, motivado pelo ódio, eis que um vagabundo desse naipe afirma o seguinte na ONU (a partir do 36º segundo):
“Nós temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida, que temos expressando sempre diante do mundo: fuzilamentos, sim! Fuzilamos, estamos fuzilando e seguiremos fuzilando até que seja necessário. Nossa luta é uma luta até a morte. Nós sabemos qual seria o resultado de uma batalha perdida e os vermes também têm de saber qual é o resultado da batalha perdida hoje em Cuba. E vivemos nessas condições por imposição do imperialismo norte-americano. Isso, sim, mas assassinatos não cometemos, como comete neste momento a policia política venezuelana que, creio, recebe o nome de Digepol se não estou mal informado. Essa polícia cometeu uma série de atos de barbárie, de fuzilamentos, ou melhor, de assassinatos, e depois atirou os cadáveres em alguns lugares (…)”
A íntegra do discurso do vagabundo, em espanhol, está aqui. Na sequência, acreditem, ele critica o governo da Venezuela por aquilo que chama censura à imprensa. Em 1964, como ele mesmo confessa, não só não havia imprensa livre em Cuba como os adversários do regime eram fuzilados.
Poucas falas retratam com tanta precisão o horror moral da esquerda armada, e de seus herdeiros intelectuais, como essa. Notem que Che Guevara não acredita na existência de adversários, mas de “vermes”. Ora, se vermes são, então podem e devem ser eliminados. Seus fuzilamentos são parte da luta; os dos outros, crimes. Mais: ele diz que mata porque venceu e proclama que o outro lado faria a mesma coisa se tivesse vencido; logo, sua fala legitima tanto a própria brutalidade como a alheia. E pensar que os partidários desses pulhas ficam hoje, por aí,  a arrotar a sua moral vitimista, cobrando reparações. Tivessem ganhado aqui a batalha, Che Guevara informa o que teriam feito com os adversários — e não haveria, por certo, “Comissão da Verdade”. Antes que algum cretino se assanhe a dizer que estou defendendo tortura, digo: “Uma ova!”. Defendem a tortura, o assassinato e o fuzilamento os que perfilam com Che Guevara, não eu. Só estou evidenciando o que queriam aqueles anjos da morte.
Cinquenta anos depois, Nicolás Maduro, em nome de ideais derivados aquele Porco Fedorento, continua a fuzilar pessoas nas ruas. E, herança do mesmo chiqueiro moral, diz que o faz em nome da “revolução bolivariana”, que ele ameaça radicalizar.
Luiz Inácio Apedeuta da Silva lhe dá integral apoio. Dilma também. Vale dizer: ambos legitimam a morte de pessoas que só estavam protestando contra uma fraude eleitoral escancarada.
Assim, quando vejo as Dilmas, os Lulas e alguns fantasmas morais do passado a se levantar e a pedir justiça e reparação, indago: em nome de quais valores? “Ah, mas e o deputado Rubens Paiva?” O que tem ele? Foi vítima da brutalidade do regime, tem de ter a sua história contada, e o Estado tem de assumir a sua culpa, como, aliás, aconteceu. Mas nem ele nem ninguém mudam a história de um tempo, mudam os valores que estavam em conflito. E que, atenção!, ainda estão!
Cadê os nossos cultores da verdade, os nossos heróis da reparação, para enviar uma mensagem de solidariedade ao povo venezuelano e seus mortos? Estão calados em seu túmulo moral. Sabem por quê? Porque boa parte dessa gente acha que Maduro tem mais é de fuzilar mesmo. Porque boa parte dessa gente acha que Che Guevara estava certo. Porque boa parte dessa gente acha que humanos são os seus companheiros. Os adversários são apenas “vermes” que merecem morrer.
É isso aí. Fernando Haddad, o Supercoxinha, diz que sou uma “caricatura de jornalista” porque escrevo textos como este. É um elogio quando vem da boca de um Zé Ruela subacadêmico que escreveu, em 2004, um livro em defesa do socialismo e que, ora vejam!, se diz socialista até hoje. Nunca foi preciso, claro!, que arriscasse, como arrisquei, um fio de cabelo em defesa da sua “luta”. É o socialista que não suja o shortinho. Outros já haviam construído a democracia para ele. Conforta-se em defender um regime assassino lá do seu gabinete, protegido das chuvas e trovoadas.
Che Guevara o representa.


Por Reinaldo Azevedo

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ditador-venezuelano-anuncia-apoio-integral-de-lula-que-aproveitou-para-atacar-os-eua-ha-49-anos-o-porco-fedorento-proclamava-na-onu-fuzilamos-estamos-fuzilando-e-fuzila/


Mas não representa os Brasileiros!!!

A RECONQUISTA DAS AMÉRICAS PELA FÉ



A RECONQUISTA DAS AMÉRICAS PELA FÉ

 

        A América Latina foi massacrada, por décadas, pela TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, rito pagão, que sob a falsa promessa do PARAÍSO NA TERRA, pratica a tirania, o terrorismo, a guerrilha, a discriminação social, a violência e o crime, sufocando a fé.                                 
         Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e, subsequente, esboroamento do Comunismo na Europa Oriental, dezenas de grupos terroristas e partidos comunistas latino-americanos (FARC, SENDERO, TUPAC, MST, PT, PCB, PCdoB e etc) com o apoio de Cuba, reuniram-se, em São Paulo em 1990, no antigo Hotel Danúbio, e fundaram o FORO DE SÃO PAULO, sob a presidência de Fidel Castro. Rapidamente, o Foro se imbricou com os militantes da Teologia da Libertação, para tentar criar a URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina).
          A exemplo do que ocorreu com o próprio Lenin, o Foro de São Paulo, fortalecido com a falsa mística da Teologia da Libertação, também é financiado pela Banca Internacional, a partir da City de Londres.
          O capital internacional e a mística do Foro de São Paulo, com sua igreja Progressista, dominaram vários países da América Latina, elegendo seus presidentes, como: Venezuela, Brasil, Paraguai, Equador, Bolívia, Uruguai e Argentina; quase concretizando o projeto político do ressurgimento do comunismo internacional.
          O materialismo da Teologia da Libertação solapou a fé no Catolicismo, fortalecendo as religiões pentecostais, porque as pessoas professam religiões para satisfazer o espírito e não para militar politicamente.
          Paralelamente à desconstrução da Religião Católica Apostólica Romana nas Américas, o próprio Vaticano sofreu com divisões internas, que enfraqueceram o papado.
          A Igreja Católica perdeu a isenção fiscal na Europa, fato que causou déficites no Estado do Vaticano, cuja saúde financeira é essencial para evangelização.
          Na América Latina, apesar de enfrentar evasão de crentes, a Igreja Católica, ainda goza de isenção fiscal e, caso único, é a religião oficial do Estado, na Argentina.
          Cristina Kirchner, membro do Foro de São Paulo, aliada de Chaves, Lula, Hugo, Fidel Castro e outros, sentindo o obstáculo aos seus projetos, representado pelas posições corretas e firmes do Cardeal Jorge Bergoglio, tentou excluir a Igreja Católica da Constituição Argentina, fato que seria “um passo adiante”, no projeto de enfraquecimento da fé Católica e consequente avanço da tirania Comunista na América Latina.
          De forma iluminada, o Papa Bento XVI, arquitetou a Reconquista das Américas pela fé, fortalecendo, ao mesmo tempo, o Papado, o Vaticano e a Religião Católica.   
          Magnânimo, renunciou à chefia da Igreja e apoiou a eleição do Cardeal argentino, o jesuíta Jorge Bergoglio, homem de fé verdadeira e de passado e vida exemplares.
          A Companhia de Jesus, a qual pertence o Papa Francisco, é a ordem religiosa mais forte e disciplinada do Catolicismo, que promoveu a Evangelização das Américas e do Mundo. São os Fundadores da cidade São Paulo, com Nóbrega e Anchieta.
          A eleição de Francisco, o jesuíta, fortaleceu, ao mesmo tempo, o Papado, o Estado do Vaticano e a fé Católica Apostólica Romana, nas Américas e no mundo.
           A partir da Argentina, a eleição do Papa Francisco já promoveu a Reconquista das Américas pela fé, asfixiando a Teologia da Libertação e o poder político do Foro de São Paulo.
          A fé é instrumento do bem e embasa o progresso humano, consubstanciando o alicerce para desenvolvimento político, social, humano, econômico e, para o aprimoramento institucional dos países.
          Porém, a Reconquista das Américas pela fé de Francisco, contraria os interesses político-econômicos e ideológicos do Foro de São Paulo e de seus militantes, que certamente reagirão à evidente perda de poder. O seu passado terrorista, acrescenta um componente de alto risco para os objetivos da fé.
          Além disso, a eleição do Papa Francisco, contraria os interesses dos Financistas da City, a quem serve o Foro de São Paulo, como facilitador de seus projetos de poder e exploração dos povos.
          Todos esses fatores apontam para o Risco de violência contra a figura Central do Processo de Reconquista da Fé Católica: o Papa Francisco.
          Por tudo isso, é de suma importância, que as Forças de Segurança se antecipem, para garantir a incolumidade do Papa Francisco, mormente, em sua próxima visita ao Brasil, para o Congresso Mundial da Juventude, que será a Apoteose da Reconquista da Fé Católica nas Américas. 
          Não se pode esquecer, que o Papa João Paulo II, que contrariou o Comunismo Soviético, foi alvo de atentado, que quase lhe custou a vida.
          Caso ocorra a tragédia de um atentado contra o Papa Francisco, todo o desenvolvimento humano, que ele já está promovendo, será prejudicado, inviabilizando, não só o fortalecimento da fé Católica, mas todo aprimoramento institucional, que a Reconquista da fé certamente ensejará.
          Para impedir, que a “Idade das Trevas” prevaleça, sobre a luz, é fundamental a Segurança do Papa Francisco e de tudo o que ele representa, para o Brasil, as Américas e o mundo.
     


São Paulo, 25 de março de 2013.



Associação dos Usuários de Serviços Públicos
Antônio José Ribas Paiva
presidente



DENUNICIA - SHOWS DISFARCADOS DE OBRAS DA CIDADE -ITANHAEM -SP



Leonardo estava lá?

EXTRATO DE CONTRATO Nº 38/11 PROCESSO Nº 2799/11 MODALIDADE: Convite nº 19/11 CONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Itanhaém CONTRATADA: VIP Promoções e Eventos LtdaOBJETO: Execução de reparo de aduelas, limpeza, reparos e colocação de tampas de concreto na Av. Cabuçu no Jd.Nossa Senhora do Sion VALOR: R$ 146.929,20 VIGÊNCIA: 04 (quatro) meses ASSINATURA: 15/04/2011.

Diário Oficial do Estado de São Paulo, Executivo, Seção I, 29/04/2011, Página 186.




Como uma empresa especializada em eventos,promoções pode executar serviços de limpeza, reparos e colocação de tampas de concreto???   Essa empresa no minimo contrata ou subcontrata  uma empresa que preste esse tipo de serviço. Há algo de podre nisso. Ministério Público Aonde está???

Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?


O coletivismo da esquerda ignora vidas humanas como a de Victor Hugo Deppman. Mas pessoas como Sakamoto se consideram defensoras dos direitos humanos.

Victor Hugo Deppman 600x338 Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?
Seja a vida o que for, deve-se lutar para mantê-la, já que a Natureza ainda é a grande Deusa que dita regras sem um SAC – ou sem um que funcione. Se a política é a arte de conviver, a únicaquestão política que importa é evitar que agressões ocorram, sobretudo a Grande Agressão chamada assassinato, que põe fim a uma vida que ainda tinha toda a potencialidade de muitos anos antes de atender ao Grande Chamado da Natureza (não se refere aqui a ir ao banheiro).
Todas as outras preocupações políticas são absolutamente nulas perto da capacidade de fazer com que as pessoas continuem vivas. Transporte, previdência, infra-estrutura – até impostos. Tudo evanesce diante da segurança. Diante da possibilidade de não se voltar para casa, até mesmo ter uma casa se torna uma preocupação praticamente inútil.
Ao contrário do que se macaqueia por aí, não é com educação que se muda um povo. Antes de tudo, é preciso manter o povo vivo. E é a segurança que permite educação futura – o contrário é mera conjectura.
Um Estado, um ente de dominação, coerção e monopólio da violência que reine sobre um dado território, deve garantir segurança, ou não tem razão alguma de existir – afinal, a anarquia tem apenas a violência sem conseqüências para o agressor violento como diferença em relação à sociedade sob jugo de um Estado.
Como é possível ver tantas pessoas preocupadas com pastores, casamento gay, nivelamento salarial obrigatório entre gêneros, flexões gramaticais, proibições de substâncias, arranjos trabalhistas contraditórios ou atrelamento de investimento do sistema de ensino ao PIB, se podemos não estar vivos daqui a 12 horas para vermos nosso próprio Paraíso na Terra?
Por que se preocupam tanto com essas ninharias, e não há um muxoxo quando pessoas são assassinadas organizado por atores globais cujas opiniões políticas não merecem mais respeito do que as opiniões de Robert Nozick sobre a escalação da Portuguesa, nem por músicos que só merecem tal título por comparação? Por que no máximo pedem “paz” de branco e atacam armas, ao invés de atacar os motivos da violência, como a impunidade – o mesmo que a barbárie anárquica, mas dentro de um Estado que toma 40% de nosso dinheiro sob alguma justificativa inútil, se não nos mantém vivos?
É, no mínimo, demonstração de psicopatia ver tanta preocupação de certas ideologias políticas com mil obrigações que querem passar aos outros via coerção estatal (sobretudo a mais sensível de todas: proibir que outras pessoas não gostem desses alumiados seres humanos), mas nenhum deles se vista de preto com uma caveira no peito pedindo punição rigorosa quando alguém morre sem reagir depois de ter um celular de R$ 100 roubado.
E quando você demonstra preocupação com segurança e quer acabar com a atuação do Estado fora de sua única esfera universalmente aceitável, te associam imediatamente com o totalitarismo fascista.
Logo ELES.

Assassinos e “Direitos Humanos”: Loucura e Método

“A loucura é rara nos indivíduos – mas é a regra nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas.”
— Friedrich Nietzsche
Victor Hugo Deppman, universitário, foi assaltado essa semana ao chegar em casa no Belém, bairro de periferia em São Paulo. Mesmo entregando o celular de R$ 100 sem reagir, foi assassinado com um tiro na cabeça por um “menor” de 17 anos, poucas horas antes de completar 18.
Uma pessoa normal, livre de doenças mentais, incapacidade de compreensão da realidade ou da doença perigosíssima chamada ideologia, se chocaria abissalmente com a tragédia.
velorio victor hugo 300x171 Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?Todavia, a compreensão do sentimento alheio – algo como a capacidade de se colocar no lugar do outro como pressentia Martin Buber, ou ao menos de compreender o sentimento de outro ser humano com identidade em relação ao seu próprio sentimento, tornando-os ambos semelhantes (o que se reconhece como “humanidade”) – é completamente apagada de pessoas com uma ideologia – um grupo, um partido, um “povo” ou uma “época” a defender (como fazem os “progressistas” hoje, medindo os preconceitos e os caprichos e macaqueações do presente como única medida axiológica possível para se buscar valor no passado ou no futuro).
Por mais que essas pessoas continuem saudáveis, quando se trata de discutir idéias, agem com o mesmo raciocínio dos maiores psicopatas da história. Não é de surpreender, portanto, que ideologias que declarem defender grupos, partidos, povos e épocas sejam, inevitavelmente, sem um único exemplo contrário, uma fábrica de genocidas, dos piores que a humanidade já conheceu (até pessoas normais, no comando de um “Partido do Povo”, seja o Partido Bolchevique ou do “Povo Trabalhador Alemão”, inevitavelmente se tornam dementes que tratam outros seres humanos, na melhor das hipóteses, como gado).
De forma que não foi surpreendente, após um assassinato que chocou o país inteiro, não encontrar um único comentário de lamento à morte de um ser humano nos blogs e comentários de formadores de opinião tão preocupados com o futuro dos pobres como se auto-proclama a esquerda (o Belém não é um bairro rico, por sinal a Fundação CASA, ex-Febem, fica exatamente ali), com benesses aos universitários, com prazeres juvenis (como sexualidade e liberação das drogas).
Por trás de um discurso de amor ao próximo, apaga-se justamente a humanidade que só é reconhecível de um indivíduo a outro indivíduo, e se perde qualquer apreço à vida humana individual dissolvida num coletivismo que só enxerga massas de manobra eleitoral que precisam ser protegidas sob a tutela do Estado (agora esvaziado justamente da única função que qualquer filósofo competente que conhece a anatomia do Estado pode encontrar tal entidade).
Não é de se estranhar, portanto, ver que Leonardo Sakamoto, um de nossos ídolos, um verdadeiro manual de como não pensar, só tenha escrito suas linhas eivadas de humanismo não graças a um assassinato, mas sim quando os sentimentos humanos de compaixão (sentido etimológico: sofrer com), sentimentos de dignidade e preocupação com a vida humana de uma parcela da população reagiram da maneira mais branda que poderia reagir: pedindo, pela trocentésima vez, a redução da “maioridade penal” que vigora no Brasil, que impede que se puna os maiores crimes (mesmo estupro ou latrocínio) se o criminoso for menor de 18 anos.
Sakamoto afirmou: “Completar 18 anos não é uma coisa mágica, não significa que as pessoas já estão formadas e prontas para tudo ao apagarem as 18 velinhas.” É mesmo? Então quando se deve começar a considerar uma pessoa responsável por seus atos? Aos 21? Aos 30, como quer Manoela D’Ávila? Nunca? Ou talvez Sakamoto acredite que se deva punir alguém só quando essa pessoa é “classe média”, no estranho linguajar certificado pelo IBGE que dominou nossa esquerda? A propósito, o assassino  de Victor Hugo cometeu o crime horas antes de completar 18 anos, mas ainda é considerado “menor”, ganhando todas as benesses por isso. Por que não então abolir a idade como padrão para a “maioridade penal”, e sim a consciência, que eu já tinha antes dos 10 anos?
O coletivismo, a ideologia que pretende dissolver (mesmo violentamente) indivíduos na massa “coletiva”, não disfarça seus contornos quando Sakamoto justifica que a imputabilidade – e a proteção estatal – devem existir “por necessidade individual e incapacidade coletiva de garantir que essa preparação ocorra de forma protegida”. Ora, a “necessidade individual” é válida para pedir coisas do Estado, então? Onde está meu mensalão? E por que assassinos, estupradores, líderes de quadrilhas e demais psicopatas devem ser “preparados” para a vida adulta de maneira “protegida”, se já agem como adultos para acabar com vidas alheias?! Ou estupro e latrocínio são coisas de criança?!
É Sakamoto quem conclui de com lapsus linguae“Enfim, se tornam adultos sem ter base para isso.” Quod erat demonstrandum, sr. Sakamoto.
É o risco que se corre ao se ler algo de Sakamoto e de toda a esquerda: utilizam uma linguagem cuidadosa, preparada com fins específicos, para vender a totalização da sociedade sob o Estado, com uma gramática e uma terminologia tão próprias, com valores já auto-determinados, que qualquer crítica parece (paradoxalmente) radicalismo. É mesmo difícil para alguém contaminado pela esquerda escapar da gaiola conceitual e descobrir como tratar da realidade, e não de um fantasma dela travestido de conceitos dóceis.
A inversão de prioridades e o desprezo pela vida humana são atirados cruelmente à tela no texto sakamotiano: “Na prática, o Estado e a sociedade falham retumbantemente em garantir que o Estatuto da Criança e do Adolescente ou mesmo a Constituicão Federal sejam cumpridos.” Ora, a preocupação de Sakamoto deveria ser com uma vida humana que nunca mais será vista, com um corpo que teve de ser enterrado pelos pais, com um sorriso que não estará mais entre os amigos, ou com as “falhas do ECA”, que não garantem “preparação de forma protegida” para que pobres guris de 17 anos roubem e matem por um celular sem terem punição além de 1 único ano numa colônia corretora? Ademais, se o Estado é assim tão ineficiente, por que lhe atribuir mais funções do que o filosoficamente justificável?!
prisões paraíso esquerdista 300x200 Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?Aqui cabe um parêntese. Quando Yoani Sánchez veio ao Brasil, um grupo de defensores da liberdade bradava contra os apoiadores de ditadura, que queriam impedir a blogueira cubana de falar, com um coro:“Protestar, mas que bacana! Eu quero ver fazer isso em Havana!”. Foram respondidos pelos apoiadores da ditadura que matou 100 mil pessoas (a ditadura militar brasileira não matou muito mais do que 400 militantes) com: “Ô playboyzada (sic), mas que bacana! Ninguém passa fome em Havana!” – Nenhuma réplica ao fato de que na capital cubana é impossível protestar contra o governo que te impede de circular livremente e ter opiniões próprias (o coletivismo engolindo o individualismo). Ora, se dar um pouco (um pouco) de comida à população é justificativa para poder reprimi-la, impedir seu livre trânsito e ser aplaudido internacionalmente, qualquer cadeia é o paraíso esquerdista. Não é exatamente o que se tem lá em troca de almoço e janta?
Sakamoto obtempera: “O que fazer com um jovem que ceifa a vida de outro, afinal?” O que espera que seu leitor faça é não ter uma resposta, diante de uma chuva de incoerências e juízos moralistas que apenas se preocupam com o assassino, sem um esgar por quem acabou de perder sua vida dolorosamente. Na verdade, dá para sugerir muitas coisas do que fazer com um homicida. Se “a Fundação Casa, do jeito que ela está, não reintegra, apenas destrói”, que tal uma campanha nacional para arrancar as nozes dos homicidas? Uma vida humana por duas nozes parece um preço minúsculo a se pagar.
Marcel Freitas, no Facebook, propôs algo distinto da coerção estatal, que talvez gerasse uma resposta curiosa: por que não ADOTAR UM MENOR INFRATOR, então? Gostaria de saber se Sakamoto adotaria o assassino de Victor Hugo Deppman, se Túlio Vianna e Marilene Felinto adotariam o estuprador, seqüestrador e assassino Champinha, se também afirmam que ele é apenas uma vítima do termo coletivista “sociedade” – se é que estes humanistas estão mesmopreocupados em cuidar desses anjinhos que não conseguem ter uma “preparação para a vida adulta de forma protegida”.
Sakamoto culpa e inquere: “A resposta para isso não é fácil. Mas dói chegar à conclusão de que, se um jovem aperta um gatilho, fomos nós que levamos a arma até ele e a carregamos. Então, qual o quinhão de responsabilidade dele? E qual o nosso?” Bom, se dói a Sakamoto chegar à conclusão de que ele tem responsabilidade e culpa por um assassinato, a dor é só dele. Dele e de toda a esquerda, que, desde “Capitães da Areia” de Jorge Amado até Tropa de Elite 2 culpa “o sistema” por ações humanas feitas por humanos (essa entidade tão desconhecida do linguajar “social”), enaltecendo a delinqüência e mesmo a agressão e o assassinato como algo que precisa ser feito “de forma protegida”.
Qual a responsabilidade do Sakamoto e de sua turma? A ele “dói chegar à conclusão de que (…) fomos nós que levamos a arma até ele e a carregamos” (certamente, esse “nós” é corretamente entendido como “nós de esquerda e nossos cupinchas”). Qual a minha responsabilidade nisso? Zero.
Já sobre a punição, certamente o principal freio às ações de agressão a outro ser humano (do contrário, bandidos não planejariam seus crimes, não se preocupariam em se defender nem só atacariam de tocaia, o que faz com que os pobres sejam uma vítima muito mais potencial da violência urbana do que os ricos), Sakamoto dispara (sem trocadilho): “O certo é que ele [o assassino] irá levar isso a vida inteira – o que não é pouco – e nunca mais será o mesmo, para bem ou para mal”.
Victor Hugo Deppman enterro 300x156 Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?Mas não me diga, Saka! Agora, um informe surpreendente a você e seus leitores coletivistas: sabe aquele jovem que foi assassinado, que gerou toda a punição de até3 anos para esse “menor infrator”? Então, ele não só também levará isso para a vida inteira – ele sequer vida possui mais, cara!! Sabe o que é isso?! Não, nem queira saber. Isso parece que é um acidente da vida com o qual seus parentes “classe média” devem lidar e pronto, né? Qual foi o momento de preocupação com a dor de alguém que viu seu filho morrer por um motivo imbecil? Qual a preocupação com que o assassinato, e não a punição ao assassinato, ocorra novamente?!
Com o coletivismo mais brutal, inumano e insensível a assassinatos já visto, Sakamoto inculpa: “a sociedade quer realmente lidar com eles ou prefere jogá-los para baixo do tapete, escondendo os erros que, ao longo do tempo, ela mesma cometeu?”
Ora, mas que erro alguém aí cometeu?! “Ostentação”, como quando Sakamoto quis punir este “crime”?! (é engraçado ver um texto tão platiforme, mas dolorosamente trágico ver sua teoria tomar forma prática)
O erro maior do coletivismo não é nem ignorar o indivíduo, é uma falha de representação: tal como Alfred N. Whitehead já havia mostrado a impossibilidade da determinar se alguém é “proletário” ou “burguês”, a não ser por auto-declaração (como se faz com as cotas), o conceito “sociedade”, como Sakamoto e a esquerda utilizam, não representa a totalidade de pessoas humanas vivendo em determinado lugar (por isso a preocupação de Terry Eagleton com a cultura, ao inves de uma macaqueação conceitual, o torna um dos esquerdistas vivos de maior valor). O mesmo se dá com a maioria dos conceitos abstratos tão caros à verborragia esquerdista, como “Estado”, “classe média/burguesia” etc.
Ora, isso já fora demonstrado pelo helenista (comunista roxo) J. P. Vernant, em seu ensaio O Buraco Negro do Comunismo: a decisão da “assembléia” de um partido não representa sequer a maior parte dos votos do tal partido. Um sistema de representação de uma “classe” aponta para um conceito abstrato (como “sociedade”, ainda sendo inculpada) sem se atentar para nada do que agente humano nenhum dessa mesma sociedade tenha feito, decidido, pensado, discutido, opinado (não é à toa que o magnum opus de Ludwig von Mises, um dos maiores opositores do comuno-fascismo e demonstrador dos erros de seu caráter coletivista, se chame Ação Humana). Quem ganha a discussão é o ente com maior poder (estatal), que diz que mais representa um coletivo, sem sequer consultá-lo.
Dissolvidos os indivíduos nessa maçaroca que serve apenas a discursos lobotomizados (e lobotomizantes), as causas de suas ações são automaticamente dissociadas (apenas em discurso, claro) de suas conseqüências. O assassino não é mais assassino, todas as pessoas são julgadas apenas pela “classe social” da qual ela, supostamente, faz parte. Tudo vira matéria para ser discutida e trabalhada tão somente pela força do Estado – que deve ser aparelhado inteiramente, claro, pelos comparsas coletivistas.
É desta forma que Sakamoto pode tanto defender a “proteção” estatal, sob auspícios dos “direitos humanos”, ignorando completamente as únicas ações que justificam até mesmo aexistência do Estado perante a barbárie: uma maior capacidade de fazer com que as pessoas continuem vivendo. Entre os “direitos humanos” arrolados por Sakamoto, inexiste o direito humano de continuar vivo sem ser agredido.
Victor Hugo Deppman velório 300x156 Por que a esquerda gosta tanto de assassinos?Também é dessa maneira que toda a esquerda brasileira justifica assassinos (tanto os genocidas do setor público que vão de Fidel Castro e Hugo Chávez até Mahmoud Ahmadinejad e Muammar Kadafi, quanto os do setor privado) e vota em partidos que aparelham o Estado, o agigantam e o tornam dominante na vida e no bolso da população, mas não fazem um muxoxo de reação humana a respeito de este mesmo partido ter dominado o Estado, tirado as armas da população e outras atitudes de agressão ao indivíduo, culimando nos homicídios em uma década terem chegado a praticamente 50 mil por ano. Nenhuma guerra no mundo mata tantas pessoas e, System of a Down à parte, quem mais morre são, obviamente, pobres. Nenhuminha das pessoas que tanto criticaram Bush pela guerra do Iraque (a guerra em que mais se gastou na história para evitar mortes de população civil) deu um pio contra o governo petista por isso.


Alguém viu algum ator global reclamando disso como reclamam do Feliciano e de causas extremamente secundárias como casamento gay? Ou só fazem marchas de camiseta branca pedindo “paz” (outro conceito coletivista, já que nenhum assassino vai dar bola para isso)? Alguém conseguiu unir causa (impunidade, sistema penal frouxo e achatado, proteção até de celebridades à inconseqüência, tratamento de assassinos como crianças) à conseqüência (o Brasil já é o pais em que mais se mata no mundo)?
Crimes chocantes deveriam mudar leis, afinal, as leis devem servir para evitá-los, com a população exigindo que legisladores criem leis que impeçam isso. Reagiu-se ao assassinato brutalíssimo de Liana Friedenbach e Felipe Caffé assim. Reagiu-se ao menino João Hélio ser arrastado por “menores” (sem “preparação de forma protegida”) nas ruas do Rio assim. De Jorge e Maria Bouchabki até Glauco a população reagiu assim. Nenhuma mudança foi feita no Código Penal, e os crimes apenas aumentaram. Aí Sakamoto talvez consiga uma pista de onde encontrar a culpa: justamente naquilo que ele defende – o statu quo que causa o maior número de mortes do mundo.
É o que faz com que hoje tenhamos o “cadáver com marca social”, segundo cirúrgica definição deReinaldo Azevedo, mostrando que “há dois grupos de vítimas de homicídio no Brasil: o dos mortos sem pedigree, para os quais ninguém dá bola (e são a esmagadora maioria), e a dos mortos com pedigree, com certificado de autenticidade social. (…) Os cadáveres dos brasileiros do presente podem esperar. São cadáveres sem pedigree.”
Essa tal “sociedade” é culpada de tantos assassinatos que deveríamos acabar com ela até o último ser humano por um futuro melhor.

DENUNCIA -PSOL,PT e manipulação de toda a esquerda, usando o LGBT como massa de manobra - A luta LGBT como estratégia para a construção de uma sociedade socialista

 A OCC Alerta Brasil, alerta e denuncia a manipulação dos partidos de esquerda que usam o movimento LGBT como massa de manobra para a consolidação do socialismo/comunismo no Brasil. No entanto eles esquecem de informar que Fidel Castro e Mao Tse Tung fizeram o mesmo usaram os gays para depois matarem ou joga-los em  prisões e campos de trabalhos forçados. Hilter e Stalin também usaram de subterfúgios similares e posteriormente os massacraram. O ativismo LGBT pensa que está usando e manipulando os partidos, e que a maioria da população são contrários a opção sexual deles. A sociedade é contra a imposição e intolerância religiosa que o movimento LGBT querem impor, e os alerta que estão sendo usados como massa de manobra e posterior massacre que ocorrerá. Será que eles não aprenderam nada com a história? Só não enxerga quem não quer!!!

 

 

A luta LGBT como estratégia para a construção de uma sociedade socialista

parada-lgbt

por Rodrigo Cruz e Thais Dourado
Este texto tem como objetivo debater o caráter estratégico da luta pela emacipação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs). É bem verdade que a luta pela liberação gay, iniciada em junho de 1969 com a Rebelião de Stonewall, acontece sob forte influencia dos movimentos de contracultura dos anos 60, em especial a chamada revolução sexual e os protestos da juventude de 68 na França, que questionam diretamente os ideias emancipatórios marxistas. Há de se considerar que a essa altura, a experiência real do socialismo já havia dado conta de responder negativamente às aspirações das “minorias sexuais”: nos regimes de caráter stalinista como Cuba, China e na URSS, os homossexuais foram duramente perseguidos, assassinados ou enviados a campos de concentração para trabalho forçado. 
Por outro lado, não se pode ignorar que, nas décadas seguintes, houve algum esforço por parte da esquerda socialista para incorporar a luta pela diversidade sexual à sua agenda de discussões. No Brasil, por exemplo, a vanguarda da militância LGBT do início da década de 80 encontrou apoio justamente no movimento operário (num processo de aglutinação de diversos movimentos e correntes políticas de esquerda que, mais tarde, viria a culminar na fundação do PT). O fato é que desde Stonewall, a luta LGBT se desenvolve num misto de conflito e articulação com a luta dos trabalhadores, seja pelas mudanças político-ideológicas que culminaram no recuo da alternativa socialista e na fragmentação das organizações mundiais que a reivindicavam, seja pela falta de formação da esquerda a respeito das questões que dizem respeito à diversidade sexual.
Interessa a nós, portanto, debater, a partir de uma leitura crítica do feminismo marxista e da teoria “queer”, as duas principais tradições teóricas que identificamos como pilares de sustentação do movimento LGBT, como as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais socialistas devem encarar a luta contra a homofobia.
OS PARADIGMAS TEÓRICOS: Feminismo Marxista e Teoria Queer
O feminismo, como ideologia e movimento social pela emancipação feminina, tem possibilitado há mais de um século que questionemos as relações de gênero presentes em nossa sociedade. O marxismo, como teoria científica e movimento social crítico das sociedades de classe, tem possibilitado, a partir da leitura materialista da história, a compreensão dessas relações de gênero como elemento fundamental do processo de acumulação de capital. No artigo intitulado “Marxismo, feminismos e feminismo marxista – mais que um gênero em tempos neoliberais”, a Socióloga e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Mary Garcia Castro estabelece um paralelo entre ambas as tradições:
Tanto no marxismo como no feminismo, haveria a preocupação por questionar relações desiguais socialmente construídas e reconstruídas em embates de poder (no caso do feminismo, entre os sexos e pela institucionalização da supremacia masculina). Em ambos conhecimentos ressalta-se o projeto por negação de propriedades, expropriações e apropriações (no caso do feminismo, tanto do valor produzido pelo trabalho das mulheres, socialmente reconhecido ou não, como de seu corpo, voz, representações). Compartem também, o marxismo e o feminismo, a ênfase na materialidade existencial (para alguns feminismos, a vida cotidiana, para outros, a textual, e, para outros ainda, o cenário histórico – hoje, o capitalismo em formato neoliberal), considerando que essa materialidade se sustenta por práticas em um real vivido e um real idealizado e ideologizado (em instituições, no privado e no público, e na micropolítica das relações sociais). Por outro lado, advoga-se, tanto no marxismo como no feminismo, a possibilidade de mudanças acionadas por sujeitos, pautando-se portanto por investimento em realizar uma utopia humanista” (CASTRO, M. G. Critica Marxista, Sao Paulo, v. 11, p. 98-108, 2001).
O feminismo em seu recorte materialista oferece, portanto, uma grande contribuição para a teoria marxiana. Em primeiro lugar porque ele aciona um sujeito historicamente oprimido, neste caso, a mulher – que no processo de apropriação privada da produção social foi submetida ao trabalho de dupla reprodução da vida – a lutar pela transformação dessa relação de opressão, o que seria, na prática, lutar pela aniquilação do sistema político e econômico (o capitalismo) que a oprime. Se pensarmos, por exemplo, nos impactos econômicos da máxima socialização do trabalho doméstico entre homens e mulheres no atual estágio de acumulação do capital, iremos concluir que o sistema  seria  abalado, uma vez que sua estrutura está baseada, entre outras coisas, na dupla exploração do trabalho feminino.
É por isso que nós, LGBT socialistas e revolucionários, precisamos reivindicar, antes de tudo, o feminismo marxista. Sem a luta das mulheres, nunca teria sido possível questionar a natureza das relações de gênero, a finalidade das práticas sexuais na sociedade capitalista e a supremacia do masculino na esfera pública. Podemos dizer ainda que a base da opressão machista e homofóbica é a mesma: o patriarcado enquanto modelo de organização social centrado na figura do homem cisgênero, que tem como objetivo garantir a manutenção da sociedade de classes por meio da transferência de herança (propriedade privada), processo diretamente responsável pela normatização das relações heterossexuais (visto que só a partir delas são gerados herdeiros legítimos).
Em segundo lugar, o feminismo retoma a centralidade das relações sociais na obra marxiana, tema que por muito tempo foi menosprezado pela tradição economicista. Para Marx, o que distinguiria um escravo de um não-escravo não seria nenhuma característica naturalizada, mas o tipo de relações sociais em que estaria o escravo. E experiência do socialismo real ilustra muito bem esse dilema: do que adianta tomar os meios de produção se as relações sociais de uma determinada sociedade não são transformadas? O socialismo hoje pode ser uma alternativa à barbárie do capital se não tiver como tarefa uma de suas tarefas prioritárias a emencipação das mulheres, negros e LGBT a partir da transformação real das relações opresssoras que denominamos como machismo, racismo e homofobia?
Essa não é uma questão nova. Já na década de 60, os movimentos de juventude, desiludidos com a alternativa socialista, questionavam o pensamento marxista, o economicismo e a primazia das forças produtivas nas análises da esquerda. O crescente desencanto com os grandes projetos emancipatórios, consequencia direta da queda do muro de Berlim no final dos anos 80, fez com que uma parte considerável do movimento feminista dos anos 70, que formulava sobre a estrutura social, as relações entre produção e reprodução, o valor de diversos tipos de trabalhos desempenhados pelas mulheres e o conceito de patriarcado viesse a se dedicar ao estudo das relações de forças locais, os discursos, as disputas por representação, o significado do corpo e os prazeres, sem identificar a necessidade de mudanças frente a barbárie do capitalismo neoliberal. Essa nova etapa do feminismo, também denominada “pós-feminismo”, se caracteriza como parte da “ofensiva” pós-moderna que perdura até os dias atuais:
O pós-feminismo toma formato de movimento a partir de 1990 – não somente na Europa, onde se iniciara na década anterior, mas também nos EUA. Critica-se o que se identificaria como ‘postura feminista’, isto é, o ‘policiamento’ da sexualidade e a redução da mulher à vítima. E afasta-se de conceitos como patriarcado, das distinções entre o feminino e o masculino e da ênfase em relações entre tais constructos. Também se recusa o conceito de gênero, por considerar que levaria ao ocultamento da homo e da bissexualidade. Celebram-se as diferenças culturais (o que herda também do pós-estruturalismo) e, na esteira do pós-modernismo, rejeita-se o capitalismo, no plano discursivo e o marxismo, caricaturado como perspectiva  ‘economicista’ e totalizante que, ao enfatizar a igualdade, tenderia a homogeneizar experiências e a considerar que só haveria um sujeito na revolução, o proletariado (aliás, revolução termo também abolido do léxico dos ‘pós’, seria uma ‘meta narrativa’ incompatível com uma ideologia que preza o “eterno presente”). Move-se na “luta discursiva”, ou seja “na luta pelo controle dos termos e regras do discurso”, e rompe com a “unidade-de-teoria-e-prática marxista” – textos entre aspas, de Fredric Jameson . “Cinco teses sobre o marxismo atualmente existente”. In Wood, Ellen Meiksins e Foster, John Bellamy (orgs.). Em defesa da História. Marxismo e pós-modernismo. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1999. Ver, sobre pós-feminismo, Phoca, Shopia  e Wright, Rebecca. Introducing Postfeminism. New York, Totem Books, 1999.
O movimento pela liberação gay (que hoje conhecemos como LGBT), que já havia surgido sob forte questionamento do pensamento marxiano, foi amplamente influenciado pelas teorias pós feministas. Primeiro porque o feminismo marxista parecia não dar conta de explicar a diversidade de identidades de gênero, orientações sexuais, práticas, fluxos e suas interseccionalidades com as categorias de raça, classe e etnia (e de fato não dava). Segundo porque a crescente adaptação dos gays ao sistema capitalista, o surgimento do “pink money” e a institucionalização do movimento LGBT dos anos 80 provocou uma resposta por parte das “identidades marginais” (gays afeminados, lésbicas masculinizadas, travestis, transexuais, homossexuais pobres ou com deficiência física etc) que não foram beneficiadas com o acesso aos bens de consumo ou com direitos democráticos. É sempre bom lembrar que nas sociedades de classe como a nossa, o acesso à justiça e aos direitos civis é regulado principalmente pelas condições econômicas objetivas.
Pessoas com dinheiro (mais frequentemente homens brancos do que mulheres) têm acesso privilegiado aos espaços de consumo e ao estilo de vida da “comunidade gay”. Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros negros, muitas vezes, enfrentam uma dupla invisibilidade, apagados pelo racismo dentro das comunidades gays e marginalizados pela homofobia em suas próprias comunidades” (SEARS, A. Queer and Anti-Capitalism: What’s Left of Lesbian and Gay Liberation? Science & Society, Vol. 69, No. 1, January 2005, 92–112
É por esse motivo que os estudiosos “queer” propõem positivar as formas tradicionais de insulto aos homossexuais (como “bicha”, “veado” e “sapatão”) de modo a criar uma força política provocadora que unifique todos as LGBT (a experiência vexatória do preconceito nada mais é, senão, uma experiência comum para todos nós), capaz de se colocar contra as normas socialmente aceitas. De modo geral, ser “queer” significa negar qualquer forma de normatização do corpo, das relações, das identidades e dos comportamentos socialmente impostos. Significa uma ruptura entre a linearidade historicamente construída entre as categorias de sexo, orientação do desejo, identidade de gênero e prática sexual. O ser humano é um ser criativo, pensante, mutável. Ele nem sempre cabe em categorias estreitas como “hetero” e “homossexualidade”.
Entretanto, é necessário fazer algumas ressalvas. Se por um lado o conceito de “queer” nos oferece uma espécie de “visão dialética da sexualidade” ao borrar as fronteiras dos gêneros e das sexualidades, por outro, esvazia essas categorias, reforça a fragmentação já existente entre as LGBT e dificulta a ação polítca do movimento (como reivindicar políticas públicas, por exemplo, sem recorrer as categorias lésbica, gay, bissexual e travesti?). É bem verdade que a análise histórica nos mostrou que a categoria gênero existe como produtora de diferenças – e por isso pretendemos sobretudo eliminar essas diferenças -, mas é preciso lembrar que os gêneros masculino e feminino persistem no atual estágio do capitalismo, bem como as relações de desigualdade que derivam da sua construção social. Dissolver ou abolir os gêneros, portanto, não depende da nossa vontade militante. Depende da transformação das relações de gênero a partir do enfrentamento real da opressão machista, homofóbica, lesbofóbica e transfóbica etc. O feminismo marxista sempre colocou a necessidade da ação política, enquanto os estudos “queer” nem sempre deixam claro para onde ir, o que fazer, contra quem lutar.
É nesse sentido que este texto propõe uma reflexão sobre os paradigmas teóricos colocados para a militância LGBT até agora. O feminismo marxista nos oferece a base para a compreensão das estruturas patriarcais que nos oprimem e nos coloca a necessidade de lutar contra essas estruturas, enquanto a teoria queer amplia nossos horizontes ao desconstruir a lógica biologizante sobre a qual o feminismo havia sido construído. “Queer” é um conceito libertador para ambos os sexos, para todas as orientações sexuais e para todos os gêneros. “Queer” questiona a naturalização das identidades, problematiza, desconstrói. Uma política LGBT socialista, deveria, portanto, perceber que essas duas tradições não necessariamente se opõem, pelo contrário, elas podem estabelecer uma relação de complementariedade. Hoje é  impossível pensar a questão da diversidade sexual sem considerar os estudos queer, assim como é impossível pensar nessa luta sem pautar a necessidade de enfrentar as estruturas patriarcais lado a lado com as mulheres, sejam elas cis, trans ou lésbicas. O feminismo marxista e a teoria queer, portanto, devem ser nossas bases teóricas.
Percebam, por exemplo, que movimento feminista atual já se utiliza da estratégia discursiva “queer” quando convida as mulheres a irem às ruas na “Marcha das Vadias”, que nada mais é do que a tentativa de garantir às mulheres alguma liberdade sobre seus corpos por meio da positivação de um termo que, historicamente, era utilizado para humilhá-las. Embora tenha o mérito de revigorar o movimento feminista e trazer uma nova geração de mulheres para a luta contra o machismo, o movimento da “Marcha das Vadias” parece carecer de certa objetividade. O que querem as viadias, afinal? Colocar a violência contra a mulher na agenda governamental? Ou apenas a contribuir para algum tipo de mudança cultural em relação a forma como a sociedade enxerga as liberdades individuais das mulheres (o que por si só não é pouca coisa)?
Nada disso significa que as mulheres feministas e socialistas não deveriam participar da “Marcha das Vadias”. Muito pelo contrário, é importante que elas participem desse movimento e disputem seus rumos, ofereçam a ele um debate mais estratégico e aprendam também com a criatividade das novas feminsitas. O movimento LGBT também deveria participar da “Marcha das Vadias” e denunciar o binarismo de gênero, o cissexismo, a violência homofóbica, a ausência de direitos e a regulação do Estado sobre os nossos corpos (as pessoas transexuais, ainda hoje, dependem de um laudo médico para terem o sexo retificado no registro civil ou para submeterem-se a uma cirurgia de readequação genital).
O MOVIMENTO PELA LIBERAÇÃO LGBT COMO ESTRATÉGIA
O exemplo da “Marcha das Vadias” ilustra bem aquilo que poderia ser (digo “poderia ser” porque a “Marcha das Vadias” não necessariamente) a luta LGBT socialista. De um lado, a conquista gradativa de direitos democráticos (como a criminalização da homofobia, a despatologização das identidades trans, o direito a mudança do nome social no registro civil e o casamento igualitário), e de outro, a adoção de estratégias e discursos que, paralelo a essas políticas de afirmação, “subvertam e questionem de forma permanente as normas hegemônicas presentes em nossa sociedade” (COLLING, L., organizador. Stonewall 40 + o que no Brasil? – Salvador : EDUFBA, 2010). Dessa forma, nós evitaríamos que a nossas luta colaborasse para construir normas do que é ser um gay, lésbica, bissexual, travesti ou trans, que como a história já nos mostrou, é uma grande cilada.
O casamento civil igualitário é outro bom exemplo de como a luta democrática, embora cheia de armadilhas, pode ser tática para a verdadeira emancipação LGBT. Vivemos em uma democracia burguesa, na qual reivindicar o casamento entre pessoas do mesmo sexo significa basicamente explorar a contradição liberal (a sociedade da igualdade e da liberdade não oferece de fato liberdade e igualdade a todos). E o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por si só, representa algum tipo de avanço dentro desse regime (no caso de um casal do sexo masculino, por exemplo, a divisão sexual do trabalho doméstico será uma experiência inovadora, visto que se dará, à primeira vista, sem a exploração do trabalho feminino). Basicamente, muda a função do casamento na sociedade burguesa.
Entretanto, não podemos cair no erro de tornar essa uma pauta com um fim em si mesma. O reconhecimento legal do casamento gay implica, por exemplo, que a aquisição de benefícios da assistência social para essa população se dará principalmente a partir da adesão à instituição do casamento. Entretanto, as LGBT não pretendem casar também precisam ter esses benefícios garantidos. Por isso, a nossa luta pelo casamento igualitário precisa ter como norte a superação da instituição casamento, que lembremos, sempre foi uma instituição responsável por oprimir as LGBT e as mulheres. “É preciso ter clareza de que não podemos cair no erro de usar, com a melhor das intenções libertadoras, exatamente os mecanismos que nos oprimiram e que continuam nos oprimindo” (COLLING, L.2010).
E como as LGBT, afinal, podem contribuir para que alcancemos a nossa estratégia (o socialismo)?
1) Em primeiro lugar, o movimento LGBT precisa pautar no conjunto da sociedade (e não apenas no interior dos movimentos feministas e de esquerda) outras configurações de família, outras formas de compreensão da sexualidade, outros papéis de gênero que não aqueles impostos pelo sistema capitalista. Deve combinar a luta por direitos democráticos (para que o Estado reconheça a diversidade e o capitalismo deixe de extrair maior sobrevalor das trabalhadoras LGBT que possuem menos direitos) com a constante subversão das normatividades – não apenas no plano do discurso – mas principalmente na práxis militante. Isso significa travar uma luta constante contra as instituições burguesas tendo em vista, a longo prazo, a transformação real das relações sociais. Esse processo deve ser visto como preparação do terreno para uma revolução verdadeiramente socialista.
2) Nesse sentido, o movimento LGBT em sua luta, deve se unir ao movimento feminista para destruir as estruturas da sociedade patriarcal, que é um dos pilares do sistema de acumulação capitalista. É dever das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais pensar em um modelo societário de organização que possa fazer da reprodução privada da vida (o trabalho doméstico, o cuidado dos filhos e dos doentes) uma tarefa amplamente socializada e igualitária entre todos os homens e mulheres, independente da sua orientação sexual ou indentidade de gênero. Essa tarefa deve ser cumprida a partir da destituição das normas que constituem o patriarcalismo: a maternidade como destino, a heterossexualidade compulsória, o cissexismo, o binarismo sexual e de gênero, a supremacia masculina no espaço público, o direito ao corpo, e o próprio conceito de família. Não podemos esquecer que, para que isso aconteça, são necessárias medidas de ordem prática (o direito ao aborto, por exemplo, é uma vitória para todas nós, inclusive para as mulheres lésbicas e homens trans, pois reafirma a autonomia da mulher e das LGBT).
3) O movimento LGBT socialista deveria se reivindicar  “queer” no sentido de denunciar a insuficiência da luta democrática para resolver a questão das identidades marginalizadas, aquelas que não encontram espaço na falsa inclusão mercadológica do capital e sobretudo para evitar todo e qualquer tipo de normatização. As sexualidades abjetas, a travesti, o gay negro afeminado da periferia, a lésbica operária, os bissexuais, as transexuais que sobrevivem da prostituição continuarão a sofrer com o não acesso aos serviços de moradia, saúde e educação (além do preconceito)  porque não se adequam a moral burguesa. Explorar essa contradição significa expor ao conjunto dos LGBTs não socialistas que só uma transformação social ampla (a superação do capitalismo) poderá nos colocar diante da possibilidade de superação das opressões. Em outras palavras, o LGBTs precisam denunciar a farsa da democracia liberal e engajar-se na luta contra o capitalismo, de preferência na linha de frente (para criar uma cultura na qual as lideranças da esquerda não sejam sempre homens brancos cisgêneros e heterossexuais).
Se nós queremos uma sociedade em que as diferenças não sejam motor de desigualdades, então devemos lutar para que todo o ser humano possa ser pleno também na expressão da sua individualidade, da sua sexualidade e dos seus desejos. E a luta LGBT, a partir de seus inúmeros questionamentos, pode ser uma ferramenta importante neste sentido. Essa é sem dúvida a maior contribuição que podemos dar a luta socialista e revolucionária.