domingo, 2 de junho de 2013

O Golpe Ululante das Patrulhas Petralhas

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

Perguntinha intrigante: Se a maioria dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores afirma e reafirma a avaliação de que a eleição de 2014 já está praticamente ganha, por que motivo eles vêm a público bravatear a necessidade de mobilizar “patrulhas virtuais” para combater inimigos ideológicos na internet?

Os petralhas são tão mitomaníacos que acreditam piamente nas próprias mentiras que inventam? Ou já têm certeza de que sua estratégia golpista, para não sair mais do poder, é um plano infalível? Será que eles confiam em que a massa ignara e o quarto elemento do crime organizado, promotores de radicalismos e violências, lhe darão proteção caso ocorra alguma reação ao plano deles – o que parece cada vez menos provável, infelizmente?

Ontem o Alerta Total lançou a provocação, mas hoje pergunta, concretamente: um “Petralhagate” (gerado por excessos fora da lei cometidos pela Patrulha Virtual que o PT ameaça intensificar) pode ser fatal para as pretensões do permanência no poder do Partido dos Trabalhadores?

Em tese, a ameaça de intensificar o patrulhamento petralha só tende a fortalecer a oposição – a cada dia com mais argumentos objetivos para derrubar as mentiras, a incompetência e a corrupção petralha. O problema é que a oposição continua inorgânica.

Todo mundo sabe que a petralhada anda exagerando nos grampos de telefone e internet contra os “inimigos”, adversários próximos ou até os “aliados inconfiáveis” – nos campos político e empresarial. Mas é pouco provável que tais crimes praticados às escondidas se transformem em um petralhagate (igual ao famoso watergate dos EUA).

Ou é o roqueiro Lobão quem tem razão, ao advertir que os petralhas já criaram “a Força Nacional, uma milícia armada, uma polícia política. Está tudo pronto para vir um golpe e as pessoas não estão vendo!”.

É melhor a gente dar atenção ao que fala o autor do “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, antes que seja tarde demais.

Golpe no Suplicy



O Alerta Total já antecipou, há muito tempo, que o plano da petralhada é eleger Lula senador por São Paulo...

Lula precisa, urgentemente, da imunidade parlamentar e do foro privilegiado para encarar o segundo tempo da novelinha do mensalão...

Portanto, Suplicy é carta fora do baralho petista.

Tudo ele...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 30 de Maio de 2013

MARCHA DAS FAMÍLIAS COM DEUS, em Defesa da Vida, da Liberdade e da Democracia contra o comunismo. -10 de Julho no MASP -SP

“Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa. (Schopenhauer)

ATENÇÃO PATRIOTAS QUE NÃO QUEREM VER A BANDEIRA DO BRASIL MANCHADA DE VERMELHO! Surgiu uma grande oportunidade para você fazer algo por seu país e por seus descendentes! Estamos organizando, com o apoio dos administradores das páginas adiante mencionadas, a MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS, EM DEFESA DA VIDA, DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA, CONTRA O COMUNISMO, programado para o dia 10 de julho, às 18h00, em São Paulo, no MASP. POR ALGUMAS HORAS INUNDAREMOS O VERMELHO DO MASP DE VERDE E AMARELO!!!

Patriotas, estamos chegando a um tempo em que literalmente ficaremos sem saída, um futuro à La Venezuela, à La Cuba, um futuro da URSAL (União das Repúblicas Socialistas Latino Americanas). Portanto, urge agirmos enquanto há possibilidade, enquanto é permitido, enquanto não há guerrilheiros armados nas ruas para nos combater.

Temos um governo que pretende implantar uma ditadura comunista no Brasil, isto é fato, é de conhecimento de uma grande parcela da população, e com a perfeita e harmoniosa colaboração dos partidos socialistas, que têm por objetivo estatutário a tal “democracia socialista”, e dos partidos sem objetivo estatutário algum, apenas destinados à locação.

Com a colaboração e ciência destes partidos, o comunismo está sendo implantado no Brasil sorrateira e imperceptivelmente, cumprindo regiamente a agenda do Foro de São Paulo e a agenda estabelecida pelo “stablishment” que financia a ONU, para implantar a Nova Ordem Mundial.

Antes de tudo, constatemos que em nossa dita “democracia”, dos 513 deputados, somente 35 foram realmente eleitos. Os demais estão lá por legenda, sem representatividade alguma, de forma que a Câmara dos Deputados de maneira alguma representa os interesses do povo, salvo raríssimas exceções, mas sim a si próprios e aos interesses do governo para atingir o grande salto, o salto da bandeira vermelha comunista sobre a bandeira do Brasil, o mesmo grande salto que Mao Tse Tung deu na China, o grande salto comunista.

Para demonstrar nossa indignação e contrariedade, escreveremos alguns pontos que o governo obstinadamente infringe a constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a fim de fazerem valer os malignos planos, repetimos, do Foro de São Paulo e Nova Ordem Mundial.

Não será por acaso que o Foro de São Paulo este ano será realizado, para planejarem o xeque mate ou arremate, na cidade de São Paulo, em 31 de julho, com a presença dos maiores chefes comunistas latino americanos, como irmãos Castro, irmãos Ortega, Cristina Kirshner, Evo Morales, Maduro, Mojica, Lula, Dilma, representantes da maioria dos partidos socialistas e comunistas, e simpatizantes.

1. O Brasil ficou em 39º lugar entre os 40 países analisados sobre habilidades cognitivas e realizações educacionais, o governo proíbe a instrução ministrada pelos próprios pais, e ministra cartilhas pornográficas gays que ferem os valores familiares, sem conhecimento dos pais;

2. O governo está a promover, inconteste, o terrorismo nas ruas, para que de alguma forma surja o “salvador da pátria” causando alívio ao povo, que aceitará qualquer coisa desde que a ordem esteja estabelecida;

3. Está em vias de serem aprovadas a PEC 33, que restringe a atuação do STF, a PEC 37 que fulmina o poder de investigação do Ministério Público, a PEC 105, que fere de morte a lei de improbidade administrativa, e a PLC 205 que aparelha a Advocacia Geral da União, quebrando assim a harmonia entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e transformando o país numa verdadeira ditadura vermelha, à revelia da constituição federal;

4. A aprovação do Marco Regulatório da Mídia e Censura da Internet através da estatização, à revelia da constituição federal;

5. O pedrão de dívidas de países africanos;

6. A intolerância religiosa, à revelia da constituição federal;

7. A promoção do aborto, à revelia da constituição federal;

8. A redução do consentimento do sexo com menores para 12 anos consentindo a pedofilia, à revelia da constituição federal;

9. A predominância da minoria sobre a maioria fomentando a guerra entre classes sociais, raciais e sexuais, à revelia da constituição federal;

10. Confisco de propriedade, à revelia da constituição federal;

11. A institucionalização da corrupção bem como da impunidade;

12. O controle do rendimento da população e a criação de poupança fraterna (PEC);

13. O sucateamento das forças armadas e fim da polícia militar, para criação da Força Nacional como guarda pretoriana, à revelia da constituição federal;

14. O desarmamento da população, deixando os bandidos totalmente armados, à revelia do referendo;

15. A vinda de guerrilheiros cubanos para o Brasil, disfarçados de médicos, para ensinar às pessoas simples do nosso extenso interior e sertão os métodos revolucionários;

16. A infiltração de membros das FARC em vários órgãos políticos;

17. A proibição das informações dos gastos com as viagens da Presidência da República, e de 46% dos gastos com uso dos cartões corporativos;

18. Empréstimos a Cuba declarados e em segredo de Estado, e,

19. Perdão de dívidas a países com ditadores;

20. Doação de ativos da Petrobrás para a Venezuela e Bolívia, ambos países socialistas.


É agora ou nunca! Ou a sociedade defende a constituição, a democracia e os direitos universais, ou será bem-vinda ao Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) diuturnamente policiada pelo Big Brother (1984 – George Orwell).
Como todo cristão, é nosso dever defender a nossa crença e deixarmos para o futuro um Brasil melhor do que aquele que vivemos e encontramos.

Todos contamos com seu comparecimento! Participe com sua família e convide seus amigos. Leve bandeiras do Brasil, faixas e cartazes. Compartilhe para que outras pessoas tenham conhecimento! Lembre-se que nosso único meio de divulgação é VOCÊ! DEPENDEMOS TOTALMENTE DE VOCÊ PARA O SUCESSO DO EVENTO!

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Panfleto contra o PNDH-3

28 de fevereiro de 2010 
Autor: Rodrigo Constantino


Todos conhecem a máxima de que o caminho para o inferno está cheio de boas intenções. Nada se aplica tão bem ao caso do Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), proposto por grupos de esquerda e assinado pelo governo Lula. Trata-se de um programa que propõe diretrizes ao governo, que aparentam um fim nobre, mas pode levar o país rumo a uma ditadura. Por baixo da embalagem bonita, jaz uma concentração absurda de poder no governo, com a contrapartida da redução drástica das liberdades individuais.
Em meio a diretrizes vagas e ambíguas, encontram-se determinadas metas claramente autoritárias. Os eufemismos utilizados para ocultá-las não resistem a uma reflexão mais séria. Em nome dos direitos humanos, toda uma gama de medidas é proposta, cujo resultado prático seria justamente a perda dos mais básicos direitos humanos. A retórica não é capaz de produzir resultados concretos desejados. Se bastasse o decreto do governo para acabar com os males da humanidade, os países com maior intervenção estatal seriam paraísos terrestres; ocorre justamente o contrário na realidade.
Após dissecar o documento todo, o que salta aos olhos é uma clara escalada da intervenção do Estado em nossas vidas. “Desenvolvimento sustentável”, “responsabilidade social”, “reforma agrária”, “diversidade cultural”, todas são expressões belas, mas que na prática não dizem muita coisa objetiva. Tamanha arbitrariedade serve apenas para concentrar um poder enorme nas mãos dos burocratas do governo, quase sempre produzindo um resultado oposto àquele intencionado. Eis alguns pontos preocupantes do PNDH-3:

• Estimular a democracia direta: na realidade, isso representa o fim da democracia representativa, substituindo-a por plebiscitos manipulados por minorias organizadas ligadas ao governo, como ocorre na Venezuela;

• Controle social dos meios de comunicação: um claro eufemismo para censura e controle de imprensa, como faziam os conselhos na falida União Soviética, matando de vez a liberdade de expressão e o direito de escolha dos consumidores;

• Criação da Comissão da Verdade: no fundo, trata-se de uma tentativa escancarada de reescrever a história brasileira, transformando terroristas que lutavam pela ditadura comunista em heróis que lutavam pela democracia;

• Expansão do Bolsa-Família: mais impostos sobre a classe média para financiar o maior programa de compra de votos já visto neste país, que cria dependência em vez de dar dignidade através do trabalho;

• Avançar a reforma agrária: os assentamentos do MST viraram verdadeiras favelas rurais, cada vez mais dependentes de verbas públicas para sobreviver;

• Atualizar o índice de eficiência na exploração agrária: se o agricultor não atingir metas de produtividade arbitrariamente definidas pelo governo, ele poderá perder suas terras, um claro desrespeito ao direito de propriedade privada;

• Políticas públicas de economia solidária: na prática, mais intervenção econômica, com o governo decidindo arbitrariamente quem ganha, em vez dos próprios consumidores fazerem isso por meio de trocas voluntárias;

• Criar um imposto sobre grandes fortunas: o efeito prático desta medida populista seria afugentar o capital do país, reduzindo a quantidade de novos empregos criados;

• Estimular e aumentar programas de distribuição de renda: quando o governo concentra poder para distribuir renda, o resultado concreto é uma maior concentração de renda também, como se pode verificar em Brasília, que tem de longe a maior renda per capita do país, produzindo basicamente leis e corrupção;

• Fomentar ações afirmativas para negros e índios: as cotas raciais acabam segregando o país em “raças”, o que estimula o próprio racismo e desrespeita a Constituição, que claramente prega a igualdade perante as leis;

Existem outros pontos relevantes, mas com estes listados acima já se pode ter uma idéia dos riscos que as liberdades individuais correm com o PNDH-3. No fundo, este projeto significa transformar o Brasil numa grande Venezuela, onde o caudilho Hugo Chávez concentra cada vez mais poder em nome da “justiça social”, com um resultado terrível para seu povo. Os verdadeiros direitos humanos são garantir a propriedade privada, as liberdades individuais básicas, o direito de cada um buscar sua própria felicidade sem a coerção do Estado. Justamente o contrário daquilo pregado pelo PNDH-3, que trata cada um de nós como um idiota que necessita da tutela estatal para tudo, sem capacidade de assumir a responsabilidade pelos rumos da própria vida.
Vamos dar um basta a mais esta tentativa de nos transformar em rebanho bovino que precisa obedecer cegamente seu pastor, o “sábio” governo. Vamos mostrar que desejamos liberdade, e que lutaremos por ela. Não vamos aceitar passivamente esta ditadura velada, disfarçada com belas palavras. “Para o triunfo do mal, basta que as pessoas de bem nada façam”, alertou Edmund Burke. Vamos reagir!
Por isso, contamos com sua presença na passeata que estamos organizando, apartidária, contra este programa de “direitos humanos” que representa, na verdade, o caminho da servidão. No dia 10 de julho, quarta-feira, às 18h no MASP, Av. Paulista, São Paulo, vamos nos reunir e realizar uma marcha pacífica contra esta tentativa de implantação do Comunismo no Brasil. Abaixo a ditadura! Viva a liberdade, Viva a Vida!
FONTE DO TEXTO: http://www.imil.org.br/

A lamentável falta de memória -PNDH3 Ditadura disfarçada através das PECs

A lamentável falta de memória
No antro petista revezam - se os mais radicais e os menos, mas nem por isso menos virulentos e letais para a democracia. Parece que existe um rodízio de mando, embora ambos estejam com maior ou menor violência construindo a tirania institucionalizada.
Os menos seguem comendo pelas beiradas. Com artimanhas politicamente corretas, infiltram idéias, pensamentos e leis, lentamente, atingem os seus propósitos.
Os mais inebriados por momentos do “nada poderá nos deter”, no seu interstício de poder de mando, extrapolam, vigorosamente.
Quando alguém nos pergunta o que acontecerá no futuro, é simples, “lembrais - vos do PNDH 3”, instituído pelo Decreto nº 7. 037, de 21 de dezembro de 2009. Aquela peça denominada de “ato institucional petista” foi um laivo de desvario elucubrado pelo domínio da ala mais radical, um assustador arremedo de constituição. Não sem o apoio da ala menos violenta, é lógico.
Ela manipula a educação, os serviços de saúde, a Justiça, a preservação da propriedade, o plantio dos agricultores, a atividade legislativa, as funções da imprensa.
No Programa, a metamorfose propôs a valorização de instrumentos como "lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e plebiscito". Usurpava - se o poder de legislar.
O arremedo tirânico propunha - se a "institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos”. Ao dar razão ao invasor de propriedades rurais, que somente poderia ser atingido por liminares de reintegração depois de audiência pública entre as partes, o PNDH3 desqualificaria o Judiciário como poder capaz de dirimir questões de direito de posse.
Se as leis propostas fossem aprovadas, o governo poderia suspender programações e cassar licenças de rádios e de televisões, quando houvesse "violações" de direitos humanos, além de um ranking nacional de veículos de comunicação, baseado em seu "comprometimento" com os direitos humanos.
“A criançada ficaria sujeita, nas escolas, a uma instrução sobre direitos humanos moldada segundo os interesses do regime e apresentada muito claramente no decreto”. O Estado de São Paulo (Roteiro para o autoritarismo) de 10/01/2010.
Hoje, muitos se esqueceram daquela excrescência institucional, embora, à época os setores mais atingidos se posicionassem indignados, para salvaguardar os seus direitos, descaradamente atingidos.
Foram os militares, arrepiados com a futura criação de uma comissão especial que se propunha a revogar a Lei de Anistia (Comissão da Verdade), foram os religiosos, os magistrados, os proprietários em particular os rurais, a mídia, todos postaram - se contra aquele achincalhe à democracia.
A “master piece” foi tão agressiva e antidemocrática que assinada pelo famigerado “Honoris Causa”, aquela triste figura lá pelas tantas admitiu que não a tivesse lido.
Hoje, após algumas mudanças no texto original, mas sem expurgar as intenções, porém escamoteando - as, quando analisamos o que acontece, concluímos que as imposições do PNDH 3 seguem de vento em popa.
Sub-repticiamente, às vezes nem tanto, pelas beiradas, na sorrelfa, lá vão eles, mordendo, anestesiando, mas em frente.
Eis a Comissão da Verdade, fato inquestionável, imbatível.
Sobre o direito de propriedade, questionado pelo PNDH 3, volta e meia com leis de duplo sentido e interpretação, praticamente, atingiu parte de seus objetivos.
Recordem as questões religiosas (excluiu o trecho que defendia a descriminalização do aborto e revogou o artigo que proibia presença de símbolos religiosos em locais públicos,...), e vejam que direta ou indiretamente, muitas “ideias” propostas foram atingidas.
Por isso, quando alguém reclama sobre a nossa permanente ojeriza e desprezo pelo que está ocorrendo, que falamos por despeito, encarecemos que “lembrai - vos do PNHD 3”.
Lá encontramos, explicitamente, o que pretendem fazer com você e com o nosso País. Por tudo a que temos assistido, pela ausência de reações que intimidem este bando de canalhas, pedimos que releiam as tentativas iniciais do PNDH 3, que cavouquem na memória, o que eles pretendiam e até aonde já chegaram.
É triste, mas é a cruel realidade.
Brasília, DF, 02 de junho de 2013
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira





domingo, 26 de maio de 2013

Globalistas no poder do Brasil: 'Comissão Trilateral' do Controlador(Rothschild) impoem candidatura de Aécio Neves



Por Jorge Serrão

*A Comissão Trilateral é um comitê que representa os interesses da elite globalista, e foi fundado por David Rockefeller.

Que fique mais uma vez claro, que a OCC Alerta Brasil não possui preferência política partidária nenhuma. Praticamente todos os partidos fazem parte do esquema e obedecem às ordens da elite globalista, como na ocasião é descrito neste artigo.

Nos últimos seis meses a população brasileira assiste a um grande espetáculo midiático patrocinado pelo capital internacional, cujos atores regiamente remunerados cumprem a risca o papel a eles atribuído. No palco, magistrados, parquets, políticos, jornalistas e intelectuais na defesa dos interesses dos grupos que servem.

Para aqueles que viveram o pré-64, um tormentoso Déjà vu.

A classe artística nacional que historicamente sempre esteve disposta a denunciar este tipo de articulação encontra-se refém de patrocínios que representam sua sobrevivência.

O único grupo político organizado detentor de poder capaz de resistir encontra-se dividido, uma parte envergonhada diante da opinião pública, devido à condenação de integrantes do partido pelo STF, a outra refém do acordo celebrado.

A militância do PT assustada, a todo o momento indaga o porquê do ex-presidente Lula estar apanhando publicamente sem reagir. Nos bastidores a explicação; No intuito de manter a governabilidade do governo Dilma. Porém, a verdadeira razão está no longínquo ano de 2006.

Cumprindo as regras do manual de sociologia, para realizar-se uma análise imparcial é fundamental consultar o passado para entender com nitidez o presente.

Em 2004, George H. W. Bush, pai de George W. Bush, em uma cerimônia na “Spencer House”, casa do Lorde Rothschild em Londres, saudou Aécio Neves como o futuro presidente do Brasil. Naquele momento Aécio ainda cumpria o segundo ano de seu primeiro mandato de governador de Minas Gerais.

Dois anos depois, em 2006, ao contrário do esperado, Aécio nada faria para ajudar o candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin.

Na época, diante da descrença da população desinformada e condicionada pela grande mídia, encontramos um editorial do jornalista Jorge Serrão afirmando:

“A eleição presidencial brasileira não será decidida pelos 125 milhões 913 mil 479 eleitores aptos a comparecer às urnas no domingo. O resultado do pleito já foi resolvido, em acordos secretos, nos bastidores dos centros de poder mundial, por grupos que governam o mundo de verdade. O Centro Tricontinental (sediado na Bélgica), que representa a nobreza econômica européia, investe na reeleição de Lula, no Brasil, e aposta em candidatos ligados ao Foro de São Paulo, para governar os países da América Latina.

Em nome da divisão dos negócios globalizados, este pouco conhecido grupo fechou um acordo com o Diálogo Interamericano (do qual o tucano FHC é membro, e onde Lula da Silva é aceito) para que o governo do PT tivesse continuidade e não fosse "derrubado" ou "impedido" pela pretensa oposição tucana.

Outro grupo de poder ligado aos europeus, o CFR (Council on Foreign Relations dos EUA), mediou com o “Foro de São Paulo”, organismo fundado pelo PT, em 1990, que congrega as esquerdas do continente. No dia 18 de maio, em Nova York, depois de um prato de talharim e um cafezinho, os tucanos digeriram um acordo político-econômico de não-agressão entre o PSDB e o PT, caso se confirmasse à reeleição do presidente Lula. Comprovando que, Geraldo Alckmin entrara na disputa para perder. Sua chegada ao segundo turno foi um acidente eleitoral”.

Reeleito governador de Minas Gerais em 2006, Aécio Neves, contrariando seu próprio partido que pautava os assuntos a serem investigados pela CPI do Mensalão, saiu publicamente em defesa da “governabilidade” do governo do presidente Lula, como dito anteriormente, fora lançado à presidência, em Londres, no dia 17 de junho de 2004, durante um jantar com a nobreza econômica européia, do Centro Tricontinental e do Clube dos Bildelberg, no castelo dos banqueiros Rothschild.

Dirigentes do Banco Itaú que por imposições internacionais se uniram em novembro de 2008 ao grupo Moreira Sales, proprietários da CBMM que controla a exploração e venda de Nióbio, presenciaram o encontro secreto entre os tucanos e os petistas. Tal pacto político-empresarial de intenções foi selado entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloízio Mercadante, nos Estados Unidos.

O tratado político informal foi sacramentado pelo senador Tasso Jereissati e pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o acordo foi desenhado pelo Centro Tricontinental e pelo Diálogo Interamericano. Os políticos brasileiros apenas obedecem aos “parceiros” dos quais são dependentes.

A contrapartida ao esquema de não-agressão dos tucanos no segundo governo Lula seria o apoio do governo federal a um mega-projeto de concessões e parcerias público-privadas em rodovias, que movimentou R$ 30 bilhões. Tal negócio foi montado pelo publicitário Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, que fechou uma parceria com um poderoso grupo de empreiteiros canadenses.

Em troca das “privatizações” nas estradas, os tucanos apoiariam a reforma da previdência que seria tocada por Luiz Gushiken, que vinha sendo elaborada desde o primeiro governo FHC. Em 2002, a empresa do petista (na época, Gushiken Associados, agora Global Previ) elaborou para o Ministério da Previdência de FHC o livro “Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar uma Visão Prática e Teórica”.

Os dois partidos, na questão previdenciária, defendem um modelo que favorece o grande capital. O modelo previsto utilizaria os bilhões da máquina arrecadadora da Previdência Social e os outros bilhões dos Fundos de Pensão de Estatais. Tudo montado por sindicalistas ligados à “Articulação Bancária” e que ocupou alto escalão do governo Lula, como Gushiken e Sérgio Rosa. Todos têm o aval tecnocrático dos petistas e da equipe que serviu aos oito anos de FHC no governo.

Patrocinados pelos banqueiros, que querem cuidar do lucrativo caixa da Previdência, eles fabricam manobras técnicas que criam à impressão de que a previdência é “deficitária”, quando não é.

Os gestores tucanos e os petistas que o sucederam trabalharam para provar que o governo não tem competência para gerenciar a Previdência, cujos gastos globais representam 8% do Produto Interno Bruto. Os dois lados patrocinam e defendem a “incompetência do Estado”, por eles induzida e fabricada artificialmente, como falsa evidência de que o governo não consegue inibir os sonegadores e nem cobrar o que devem os maiores devedores da Previdência.

O Tribunal de Contas da União calcula que a sonegação anualmente atinge 30% da presumível arrecadação previdenciária. Bate na casa de R$ 30 bilhões que deixam de ser arrecadados.

Para resolver tal problema, tucanos e petistas têm a fórmula mágica. Entregar o sistema para a gestão dos bancos, "mais competentes", e que também vão cuidar da nova modelagem dos Fundos de Pensão de Estatais que o governo atual não pode promover, em função da falta de condições políticas geradas pelos escândalos do mensalão. Petistas e tucanos defendem uma continuidade do regime de repartição (em que o trabalhador ativo paga a aposentadoria do inativo), que prevalece hoje.

Mas os grandes bancos estão de olho no sistema de capitalização (em que cada assalariado paga por sua própria aposentadoria no futuro). Apenas a transição do sistema atual para o novo modelo movimentaria o equivalente a três PIBs: R$ 3 trilhões e 300 bilhões de reais – segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas do Ministério do Planejamento).

O ministério da Previdência estima uma movimentação um pouco menor, porém expressiva: R$ 2 trilhões e 750 bilhões de reais. Os banqueiros querem gerenciar o processo e lucrar cada vez mais. Mas quem vai pagar a conta é o cidadão que é vítima da atual derrama tributária, que nos obriga a trabalhar 145 dias do ano só para pagar impostos.

Especialistas temem que a transição do modelo de “Repartição” para o de “Capitalização” inviabilize as contas públicas do País, com a emissão gigantesca de novos títulos e a expansão da dívida pública decorrente deste processo. Os bancos – e seus ex-funcionários sindicalistas – vão sair ganhando na operação. E isso é o que importa para eles.

O triunvirato tucano e o senador petista Mercadante (que concorreu, para perder, ao governo de São Paulo) estiveram em Nova York, no dia 18 de maio de 2006, para participar da homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ao presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agneli.

O acordo de negócios políticos foi sacramentado no luxuosíssimo Hotel Waldorf Astoria, onde ocorreu a mega-festa. O candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra - que também estava nos Estados Unidos (só que em tratamento médico) - não participou dessa negociação com Mercadante, seu adversário (combinado para perder) na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. No entanto, certamente, Serra tomou conhecimento de tudo.

Todos os envolvidos na história têm explicações oficiais para sua estada em Nova York. FHC e Tasso estavam lá para a homenagem a Agneli, da Vale. O governador mineiro estava lá para assinar contratos para empréstimos de US$ 330 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial.

O então senador, hoje ministro, Mercadante participou de em evento do Banco Itaú, ao qual esteve presente também FHC. Ambos podem ser vistos em uma foto oficial na qual aparecem ao lado de Roberto Nishikawa, Alfredo Setúbal, Olavo Setúbal, Roberto Setúbal, Alexandre Tombini e Candido Bracher.

Em 2010, o candidato dos controladores seria Aécio Neves, o que só não ocorreu diante da intransigência de José Serra, que mantinha controle sobre o PSDB. A divisão ocorrida no partido acabou por viabilizar a eleição de Dilma, que teria sido escolhida para perder.

Com a vitória de Dilma, fruto de desentendimento do PSDB e da vontade popular expressada nas urnas, devido a alta aceitação e prestigio político de Lula, para o PT, o combinado estaria cumprido, a chance teria sido dada ao PSDB. Porém os representantes dos interesses internacionais não têm o mesmo entendimento. 

Aécio Neves passou a ser visto como a solução dos problemas da Europa, Ásia e dos Estados Unidos, sedentos de commodities principalmente na área mineral.

Sua docilidade na entrega das jazidas mineiras, aliadas a comprovada eficiência na “negociação”, principalmente na área ambiental com o Ministério Público Mineiro, que possibilitou a não rejeição ou atraso na implantação e exploração mineral no Estado de Minas Gerais, nos últimos 10 anos passou a ser motivo de amplo e caloroso debate internacional.

Não por outro motivo que o Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, Alceu Torres, figura máxima do Ministério Público Mineiro, foi convidado a dar palestra nos Estados Unidos sobre o “modelo participativo e compartilhado” adotado em Minas Gerais nos licenciamentos ambientais, principalmente minerais.

Lula ensaia reagir, com o apoio da população procura arregimentar forças para viabilizar sua ação, diante dos pesados ataques da mídia, patrocinada pelos interesses econômicos internacionais. Enquanto isto, diante da simulada cruzada contra a corrupção, Aécio Neves é apresentado com a solução. Porém a realidade é outra, seu envolvimento nos escândalos, além de ser comprovado seu entreguismo e subserviência aos interesses internacionais, assusta principalmente àqueles que defendem a soberania nacional.

A família dos banqueiros Rothschild, que cumprem o papel de controladores dos negócios da nobreza econômica européia (e que tem um projeto de exercer a hegemonia sobre os Estados Unidos), tem um lema que define bem sua atuação junto aos governos dos países do Terceiro Mundo:

“Let me issue and control a nation's money, and I care not who writes its laws”.

Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação, e eu não me importarei com quem escreve suas leis.

Por Jorge Serrão



Do site Libertar




segunda-feira, 20 de maio de 2013

O FABIANISMO E O IMPÉRIO MUNDIAL


Sérgio Augusto de Avelar Coutinho
O Fabianismo é uma doutrina e um movimento político-ideológico socialista democrático, reformista e não-marxista, de concepção inglesa. Teve origem na Fabian Society fundada em Londres no final de 1883 e início de 1884 por um grupo de jovens intelectuais de diferentes linhas socialistas, com o propósito de reconstruir a sociedade com o mais elevado ideal moral possível. Objetivamente tinha a finalidade de promover a gradual difusão do socialismo, entendido como fim das injustiças econômicas e sociais da sociedade liberal, burguesa e capitalista. Mas, ao mesmo tempo rejeitava a doutrina marxista e, especialmente, a transformação pela revolução violenta. A idéia era a de que a transição do capitalismo para o socialismo poderia ser realizada por meio de pequenas e progressivas reformas, dando início ao socialismo no contexto da sociedade capitalista.
Embora os primeiros fabianos ainda sofressem influência do marxismo, os seus conceitos de economia não eram de Marx, mas de John Stuart Mills e Willian Stanley Jevons. Afirmaram que o utilitarismo, há tanto tempo usado para sustentar o individualismo, realmente, nas modernas condições, aponta para uma crescente intervenção estatal na economia para promover a maior felicidade de um maior número. Contradizendo os marxistas, o Estado não é um organismo de classe a ser tomado, mas, um aparelho a ser conquistado e usado para promover o bem-estar social. Os fabianos, portanto rejeitam o socialismo revolucionário. 
Os membros da “Fabian Society”são principalmente intelectuais, professores, escritores, e políticos. Foram os principais fundadores Edward R. Pease, o casal Sidney e Beatrice Webb, George Bernard Shaw, H.G. Well outras destacadas personalidade. Efetivamente, a Fabian Society tem sido sempre um grupo de intelectuais.
Seu proselitismo, em determinadas questões, segue uma política de “permeação” das suas idéias socialistas entre os liberais e conservadores. Tentam convencer as pessoas por meio de uma argumentação socialista objetiva e racional em vez de uma retórica passional e de debates públicos.
Acreditam que não existe uma separação nítida entre socialistas e não socialistas e que todos podem ser persuadidos a ajudar na realização de reformas para a concretização do socialismo. 
Com as adesões de Bernad Shaw (1884) e de Sidney Webb (1885), a sociedade começou a assumir seu caráter próprio, vindo a se tornar efetivamente socialista a partir de 1887.
Em 1889, sete membros fundadores redigiram um livro que levou o nome de Fabian Essays in Socialism (Ensaio Fabiano sobre o Socialismo), resumindo as bases doutrinárias da Sociedade.
Sidney Webb e Bernad Shaw, repudiando o marxismo, reconheciam que o desenvolvimento promovido pelo “laisser faire” (o capitalismo liberal) correspondia também a uma intervenção do Estado em defesa do trabalhador ou, pelo menos, na melhoria da qualidade e condições de vida. A legislação sobre salários, condições e jornada de trabalho e a progressiva taxação dos ganhos capitalistas é um meio inicial de realizar a eqüitativa distribuição de benefícios. O passo seguinte na direção do socialismo, em termos de reformas sociais mais profundas, será a adoção dapropriedade e administração estatais das indústrias e dos serviços públicos. Recomendam também a criação do “imposto único”.
Os fabianos são realistas e procuram convencer todas as pessoas, independentemente da classe a que pertencem e com argumentos lógicos, que o socialismo é desejável e que melhor realizará a felicidade humana.
A Sociedade Fabiana não se dispôs a se organizar em partido, permanecendo sempre como um movimento. Entretanto, em 1906 um grupo de fabianos e sindicalistas fundaram o Labour Party (Partido Trabalhista Britânico) que adota o fabianism como uma das fontes da ideologia partidária.
Em 1945 o Labour Party chega ao poder na Grã-Bretanha expandindo o fabianismo. O Partido no governo consegue realizar quase todo o ideário dos fabianos.
Atualmente, a Fabian Society atua principalmente como um centro de discussão intelectual, de propaganda e de difusão do socialismo democrático e como uma referência na Grã-Bretanha para os socialistas, em especial de classe média, que não desejam comprometer-se com o Labour Party.
Antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os fabianos tinham pouca preocupação com o movimento socialista em outros países. Durante o conflito adotaram até uma posição nacionalista exacerbada.
Na prática política, parece que os fabianos não têm dificuldade de entendimento com os socialistas revolucionários podendo apóia-los ou com eles fazer alianças, particularmente para atingirem algum objetivo intermediário.
Em termos de internacionalismo, o fabianismo tem sido sempre considerado a ala direita do movimento socialista. Ideologicamente, coloca-se em posição intermediária entre o capitalismo democrático e o marxismo revolucionário. Com esta posição, em 1929, o movimento Fabiano se propõe como a Terceira Via, identificação ambígua quando, na propaganda política, não vem acompanhada de uma definição clara e ostensiva. Após o colapso da União Soviética em 1991, o apelo sedutor da Terceira Via voltou à cena para atrair as esquerdas desorientadas e os intelectuais idealistas sempre sensíveis às novidades.
Repudiando o conceito de luta de classes, os fabianos em geral reconhecem que a lealdade ao seu próprio país vem antes do que qualquer lealdade ao movimento internacional do proletariado. Isto não impede que Bernard Shaw, em discordância com a atitude nacionalista Fabiana, fosse a favor de uma unificação do mundo em unidades políticas e econômicas maiores. Determinados fabianos realmente manifestaram a aspiração de um Estado mundial do tipo tecnocrático, cujo germe deveria ser o Império Britânico, com a função de planejar e administrar os recursos humanos e materiais do planeta. A este respeito, chama a atenção as relações de afinidade, se não de filiação, entre os fabianos e círculos mundialistas anglo-saxões como o Royal Institute of Internacional Affais (inglês) e o Council on Foreign Relations (norte-americano), criado em 1919.
Provavelmente, foi a partir do conhecimento desta idéia de império mundial, da existência de relações dos fabianos com intelectuais e políticos norte-americanos e da atuação de certas organizações não-governamentais nos EUA que o senhor Lyndon H. La Rouche Jr. engendou a teoria conspiratória de um eixo Londres-Nova Iorque da oligarquia financeira internacional para a criação de um império mundial de língua inglesa, com a supressão dos estados nacionais.
Entre as organizações não governamentais norte-americanas está uma denominada Diálogo Interamericano, fundada em 1982, cujos integrantes são notáveis personalidades “permeadas” pelo socialismo Fabiano.
Foi por intermédio do Diálogo Interamericano que o Sr Fernando Henrique Cardoso se uniu em 1992 ao movimento Fabiano tendo tentado atrair também o Sr Luiz Inácio Lula da Silva.

O DIÁLOGO INTERAMERICANO (DI)
A eclosão da Guerra das Malvinas em abril de 1982 e o agravamento da crise da dívida dos países latino-americanos trouxeram preocupações a um grupo de políticos, empresários, economistas e intelectuais norte-americano provavelmente “permeados” pelo fabianismo e integrantes de uma entidade privada internacional denominada Comissão Trilateral. Três seminários foram realizados, entre junho e agosto de 1982, sob patrocínio do Centro Acadêmico Woodrow Wilson para examinar a situação no Continente que, segundo entendiam decorria, em primeiro lugar, da existência de regimes militares autoritários na América Latina. A situação se completava com a declaração da moratória do pagamento da dívida externa do México e com os movimentos revolucionários comunistas na América Central (Nicarágua, Costa Rica, Honduras, El Salvador e Guatemala).
Em conseqüência, em outubro de 1982, foi criada a entidade privada internacional Diálogo Interamerican (DI), com a participação de personalidades da Trilateral (Robert Mc Namara, Cyrus Vence, George Schultz, Elliot Richardson e outros) e de 48 representantes da América Latina, inclusive seguidores da Teologia da Libertação. Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do DI.
Os temas que o Diálogo Interamericano procurou forçar ou induzir a se submeterem os governos da região são trazidos da Trilateral, temas que também esta procura introduzir na política oficial dos EUA. A idéia de inspiração fabiana parece ser a de promover uma ampla abertura política nos países latino-americanos, muitos ainda sob regime militar autoritário, para dar espaço e condições para o restabelecimento da democracia e, conseqüentemente, para abrir caminho à transição para o socialismo reformista.
Para tanto, haveria necessidade de remover os obstáculos existentes; de imediato, as forças armadas daqueles países. As sugestões ou exigências do DI foram levadas à execução por um empreendimento denominado Projeto Democracia (1982):

  • Submissão das forças armadas ao controle político civil;
  • Participação das forças armadas no combate ao narcotráfico;
  • Criação de uma força militar multinacional para intervir em favor da paz no caso de conflitos regionais e de violação dos direitos humanos;
  • Direitos Humanos;
  • Conceito de soberania limitada (direitos humanos e meio ambiente);
Em uma reunião realizada em 1986, foram feitas algumas outras recomendações: 

  • Legalização ("descriminização" seletiva) de certas drogas;
  • Direito da URSS se manifestar sobre assuntos Ocidentais;
  • Criação de uma “rede democrática” com poder de se opor, tanto aos comunistas, quanto aos militares da Região;
  • Reduzir a participação dos militares nos assuntos de natureza civil.
Alguns membros mais radicais de orientação Fabiana defendem também a criação de um tribunal internacional para julgamento de pessoas acusadas de violação de direitos humanos, inclusive com a revisão da anistia de que se tenham beneficiado militares que lutaram contra a subversão comunista em seus países.
O Diálogo preocupou-se ainda com um problema considerado de segurança nacional: as imigrações desordenadas de latino-americanos para os Estados Unidos. Considerou que o controle da natalidade nos países do Terceiro Mundo seria a única solução para evitar a descaracterização da cultura americana. Note-se que a lealdade nacional é mais forte do que o internacionalismo Fabiano.
Após a derrocada da União Soviética, o DI passou a recomendar o acolhimento dos comunistas em postos do governo, uma espécie de “esquecimento e pacificação” ou de “coexistência dos contrários”.
Em apoio ao Projeto Democracia, duas outras entidades foram criadas. A primeira (1983), National Endowments for Democracy – NED (Fundo Nacional para a Democracia), se organizou para constituir e prover recursos financeiros para o projeto. Recebe contribuições de fundações (Rockefeller e outras) e, segundo La Rouche, subsídios do Congresso dos EUA. Os recursos são repassados a organizações não-governamentais (ONG), partidos políticos, sindicatos, jornais, programas universitários e a toda organização e movimento que possa difundir e contribuir para a realização dos objetivos do Projeto Democracia.
A outra entidade, a Comissão Bipartidária Nacional (1984), também conhecida como “Comissão Kissinger”, foi criada para tratar especificamente da situação revolucionária da América Central, relacionada com o confronto Leste x Oeste da Guerra Fria na época.
O fabianismo entrou no Brasil com Fernando Henrique Cardoso e as teses do Projeto Democracia foram por ele implementadas principalmente após a sua eleição a Presidente da República em 1992.
A sua reeleição em 1996 representou, coincidentemente, o continuísmo dos laboristas fabianos ingleses em outras terras. 

O FABIANISMO NO BRASIL

O Fabianismo chegou ao Brasil com Fernando Henrique Cardoso, retornando ao país, depois de seu asilo político na Europa, com seus companheiros do chamado grupo de São Paulo, todos ex-militantes da Ação Popular Marxista-Leninista.
Asilado na Europa, depois de ter passado pelo Chile, Fernando Henrique Cardoso reformulou suas crenças marxistas e passou a pretender filiação junto à Internacional Socialista (oriunda da II Internacional).
A iniciativa coincidia com o esforço de Leonel Brizola em 1978/79, ainda asilado, para juntar-se à Internacional Socialista na Europa. Com ousadia e persistência, aproximou-se dos expoentes socialistas europeus, particularmente de Mário Soares, do qual conquistou o apoio e a amizade. Miguel Arrais e Fernando Henrique tudo fizeram para neutralizar o ex-governador, inclusive com a elaboração de um dossiê depreciativo que FHC entregou a Mário Soares. Nada adiantou; na reunião da Internacional Socialista em Viena (1979), a organização, por unanimidade, fez opção por Brizola. “... na platéia, derrotados, Fernando Henrique Cardoso e Miguel Arrais assistem ao vitorioso, discursando na condição de líder brasileiro da social-democracia e representante oficial da organização no Brasil” (Luiz Mir, A Revolução Impossível, pág 689 a 691).
O insucesso levou Fernando Henrique a se aproximar do movimento fabianista. Em 1982, participou da reunião de fundação do Diálogo Interamericano com sede nos EUA.
Ao retornar do seu auto-exílio em 1979, Fernando Henrique Cardoso e os seus correliigionários do grupo paulista ingressaram no partido do Movimento Democrático Brasileiro onde, com outros anistiados de esquerda constituíram a ala dos “autênticos”. Participaram da Constituinte de 1987/88 onde o grupo de FHC desempenhou ativo papel na tentativa de implantar o socialismo e o parlamentarismo no Brasil.
Na Constituinte, é interessante notar a convergência das esquerdas reformistas e revolucionárias, todas procurando ampliar ao máximo as franquias democráticas.
Logo após a Constituinte (1988), o grupo de Fernando Henrique e diversos outros “autênticos” divergiram e saíram do partido, fundando o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira. Estava assim criada a organização política do fabianismo no Brasil.
Em 1992, o Senador Fernando Henrique participou da reunião do Diálogo Interamericano de Princeton, para a qual convidou Luiz Inácio Lula da Silva e alguns outros membros do Partido dos Trabalhadores. Para o Diálogo, o desaparecimento da União Soviética tinha deixado as esquerdas revolucionárias da América Latina sem base de apoio. Entretanto, reconhecia que sua organização e capacidade de mobilização ainda poderiam ser úteis para o programa pretendido pela entidade. Podemos aduzir que o PT, como partido laborista, tivesse muita afinidade com o fabianismo, daí porque estava sendo atraído. O primeiro ponto de uma ação comum foi a opção pela via eleitoral, buscando-se o abandono da violência armada. Lula já comprometido com o Foro de São Paulo, concordou com o programa mas não se filiou ao Diálogo.
Em 1994, FHC se elegeu Presidente da República. Na condução política da sua administração e nas relações com o Congresso, onde não tinha maioria, usou o poder e certos recursos autoritários. Valeu-se descontraidamente das Medidas Provisórias fugindo das resistências parlamentares. Sem muito esforço, mas com uma eficiente e convincente negociação individual com os parlamentares, conseguiu emenda à Constituição, quebrando a antiga e prudente tradição republicana que não permitia a reeleição do Presidente da República.
Para assegurar o segundo mandato, Fernando Henrique tratou de manter a estabilidade monetária e o Plano Real que já lhe havia garantido a eleição de 1994.
Para pagar dívidas públicas, o serviço desta dívida e remunerar investimentos financeiros, foi buscar recursos num vasto e discutível programa de privatizações.
A esquerda de oposição lhe fez e faz ferina crítica, estigmatizando-o de “neo-liberal”, não tão grande ofensa para um socialista Fabiano.
Com relação às recomendações do Diálogo Interamericano, expressas no Projeto Democracia, podem ser citadas as seguintes realizações de Fernando Henrique Cardoso:
1) Abertura democrática, com franquias, ampliadas e garantidas na Constituinte, com o trabalho de FHC nas comissões e de Mário Covas no Plenário. 
2) Acolhimento dos comunistas, primeiro no Partido, depois nos cargos de governo e, finalmente, com indenizações das famílias de terroristas mortos pela “repressão”, de início limitadas às dos que morreram nas prisões e agora generalizadamente. 
3) Afastamento sumário do serviço público ou veto de nomeação de qualquer pessoa acusada de torturador ou de ter pertencido a órgãos de segurança durante o governo dos militares presidentes. A demissão ou veto eraimediato, sem qualquer apuração formal ou de provas das acusações, num ato ilegal de restrição à Lei de Anistia. 
4) Submissão das Forças Armadas ao controle político civil, com a criação do Ministério da Defesa, afastando os militares de participação e influência nas decisões nacionais, inclusive nos assuntos de segurança. Foi aventada também a criação de uma Guarda Nacional para retirar do Exército ou restringir a sua destinação constitucional de defesa da lei, da ordem e dos poderes constituídos. Não dispondo de recursos para tal projeto, a iniciativa ficou limitada à criação de um segmento fardado da Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça
5) Uso e suporte às Organizações Não-Governamentais de inspiração e de ligação a entidades internacionais fabianas e outras, com transferência de funções públicas e de recursos governamentais, particularmente nas áreas de educação, saúde, segurança pública, meio-ambiente, direitos humanos e complementação social. Foi promovida uma “ampliação do Estado” que daria inveja a um projeto concebido por Antônio Gramsci.
Fernando Henrique é seguidor dos conceitos da Terceira Via participando das idéias de um “consenso internacional de centro-esquerda”, acompanhando a posição de Anthony Giddens (teórico da Terceira Via), Tony Blair (líder trabalhista inglês), Lionel Jospin, Bill Clinton, De La Rua e Schöreder.
O governo FHC (1994-2002) deixou ao País com gravíssimos problemas sociais e econômicos pouco tendo feito para a realização da transição para o socialismo. As lentas e progressivas transformações são próprias do processo reformista Fabiano. Portanto, não se fale de fracasso, porque a semente desta vertente social-democrática está plantada e aparentemente, superou no País, a linha da Internacional Socialista representada pelo decadente Partido Democrático Trabalhista de Leonel Brizola.
Por outro lado, o movimento fabianista pôde e pode realizar, em determinados momentos, um papel subsidiário da esquerda revolucionária. Muitos aspectos da concepção pragmática do fabianismo coincidem com certos processos gramscistas de mudanças pacíficas e progressivas para conquistar a sociedade civil e enfraquecer a sociedade política. Depois de 1980, os dois fatos novos mais significativos ocorridos nas esquerdas no Brasil foram as presenças do fabianismo reformista e do gramscismo revolucionário.
Terminado seu governo, Fernando Henrique Cardoso agora é “homem do mundo”, promovido e “badalado” pelos movimentos e organismos da esquerda internacional. Lembro um pouco Bernad Shaw, um dos fundadores do fabianismo na Inglaterra, marxista reformado que se transformou em socialista reformista. A diferença fica na retórica vazia e na produção literária reduzida do intelectual brasileiro.
Apesar de tudo, FHC voltará; pessoalmente ou representado, mas voltará.
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Artigo extraído do livro "Cadernos da Liberdade"
Autor: Gen Sérgio Augosto de Avellar Coutinho
O livro pode ser encomendado pelo telefax: (31) 3344-1500 ou e-mail : ginconfi@vento.com.br Valor:R$ 25,00