segunda-feira, 2 de maio de 2016

COMO O BRASIL FOI TRANSFORMADO PELO PT NO QG DA REVOLUÇÃO COMUNISTA NA AMÉRICA LATINA

O site da revista Vila Nova publicou um excelente texto analítico sobre a estratégia revolucionária comunista na América Latina coordenada pelo Foro de São Paulo e o papel do Brasil sob o governo do PT. O texto é de autoria de de Rodrigo Sias, mestre em economia pelo IE-UFRJ. Fiz a postagem deste texto aqui no blog ainda em 2015, mas parece que não está acessível na postagem original. Todavia, em função da explosão de movimentos oposicionistas ainda em 2015 e que confluíram agora em 2016 com o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, as informações contidas nesta análise são muito importantes para o conhecimento de todos e, sobretudo, dos deputados e senadores no momento em que o impeachment avança no Senado.
Faço a postagem da parte inicial desse trabalho com link ao final para leitura completa. O link remeterá o leitor para o site Epoch Times que republicou a matéria completa. Vale a pena ler para entender diversos aspectos da atualidade política brasileira e latino-americana que, em certos casos podem parecer até mesmo esquisitos e sem sentido para os menos avisados. Ainda que o artigo tenha sido publicado em julho de 2014 e portanto não contemple os últimos acontecimentos no Brasil consubstanciados nas recentes manifestações de massa contra o governo do PT, mesmo assim ainda possui validade analítica no que respeita à arquitetura revolucionária comunista no continente sul-americano. Leiam:

No vídeo acima Lula fala no encontro do Foro de São Paulo que se realizou na capital paulista em 2013, resumindo a estratégica utilizada pela esquerda para dominar toda ad América Latina. Mas grande mídia brasileira - toda ela sem exceção - não toca na ação do Foro de São Paulo. Raros são os analistas políticos que se referem a esta organização transnacional fundada pelo próprio Lula e Fidel Castro em 1990 no coração da capital paulista. Com extremo zelo, os esbirros do movimento comunista que dominam as redações da grande mídia tratam de dissimular, esconder e sonegar esta informação fundamental para entender o que realmente ocorre na América Latina, embora o Foro de São Paulo tenha inclusive página oficial no Facebook, como se pode verificar aqui.
Deve-se assinalar que se não fossem as investigações da Operação Lava jato, que se iniciaram em Curitiba sobre um esquema de lavagem de dinheiro aparentemente envolvendo delinquentes comuns. Todavia, mais adiante, a polícia descobriu o elo ligando o esquema aos operadores do petrolão. Não fosse isso, tudo teria ficado em segredo. Porém havia um nexo direto com a pilhagem dos cofres públicos envolvendo diretamente os governos de Lula e Dilma. O petrolão, via PT, fornecia milhões de dólares para as ações comunistas em toda a América Latina por meio Foro de São Paulo. Afinal, Lula é o chefão dessa organização, o seu fundador a mando do tirano Fidel Castro. 
Análise que segue foi escrita em 2013, portanto numa época em que o petrolão ainda não tinha sido descoberto, mas os fatos davam a entender que por trás de tudo que ocorria havia um mistério: afinal, quem financiava as ações do Foro de São Paulo em todo o continente Latino Americano. Quem pagava hotel e hospedagem para mega eventos reunindo os dirigentes do Foro de todo o continente?
A ONDA ESQUERDISTA
Desde o fim dos anos 1990, a América Latina vem passando por uma “onda” de governos de esquerda, considerados mais radicais ou mais moderados, conforme avaliação de suas políticas e discursos. Por muito tempo, o governo brasileiro foi considerado moderado e umplayer confiável para estabilizar a região. Em suma, um modelo de “pragmatismo” a ser seguido.
Com os últimos eventos na Venezuela e o decidido apoio brasileiro à Maduro, no entanto, os principais analistas da mídia brasileira mostram-se confusos. Com Dilma, o Brasil teria dado uma guinada ainda mais à esquerda? Os afagos a Cuba teriam quais motivações?
Em toda parte, há enorme grau de insatisfação com a atual política externa brasileira. Dilma é cobrada a se pronunciar sobre a violação dos direitos humanos pelo governo de Caracas e atuar como mediadora do conflito, o qual já fez mais de três dezenas de mortes e uma centena de prisões. Empresários reclamam do Mercosul (e sua intensa ideologização) e do imobilismo da política comercial em costurar acordos bilaterais com outros parceiros.  Enquanto isso, o caso de espionagem dos EUA foi tratado de forma histérica com discursos tipicamente antiamericanos atrapalhando toda a agenda bilateral existente. Para aqueles que se surpreendem pelos posicionamentos do Brasil, é bom lembrar: há muito tempo nossa política externa saiu das mãos do Itamaraty para ser gerida pelo Foro de São Paulo[1].
A crise na Venezuela apenas está explicitando novamente qual o papel do Brasil na região e dentro da estratégia do Foro.
A DIALÉTICA DO FORO DE S. PAULO 
O principal fator a ser observado em qualquer movimento revolucionário é a existência de duas faces: uma face visível e pública e outra clandestina ou discreta – onde fica o cérebro e o comando da operação. A parte visível faz a militância, promove a guerra cultural, proclama sentimentos nobres e posa de moderada enquanto defende e acoberta as ações da parte discreta, através da mobilização de meios legais, diplomáticos, jornalísticos.
“Radicais” e “moderados”: todos “companheiros” por uma mesma distopia socialista.
Há também sempre uma facção radical e histriônica que chama a atenção e desvia o foco, enquanto a facção considerada mais pragmática viabiliza as verdadeiras ações decisivas no processo de conquista do poder.
Dentro deste panorama, a tradicional divisão entre os grupos de esquerda “moderados” e os grupos “radicais” é apenas estratégica e artificial, pois a falsa dissidência radical atua em unidade com os “moderados”. Essas divisões dentro da esquerda revolucionária – “público x discreto” e “moderados x radicais” – apenas provam sua vitalidade e multiplicam sua capacidade para ataques “desconexos” e “contraditórios”, os quais deixam os adversários paralisados ou os induz a reações que reforçam a própria esquerda, em um de seus pólos.
No entendimento marxista, a história é dialética e movida por contradições. Portanto, a tarefa da vanguarda revolucionária é estimular as contradições para acelerar o “sentido da história”[2]. Por essa razão, a esquerda acaba dividindo-se em pólos “opostos”, mas que atuam em conjunto.
Com esses conceitos, pode-se entender o papel desempenhado pelos países e seus governos esquerdistas no âmbito geral da cooperação dentro do Foro de São Paulo.
A Cuba castrista é o símbolo ideológico e a unidade de inteligência estratégica do Foro. A Venezuela e a Argentina, cujos governos são fanfarrões e radicais, podem ser consideradas “pontas de lança” do processo, auxiliadas por satélites como Bolívia e Equador. Nesses países, o estágio de socialismo é avançado, com as instituições totalmente aparelhadas, economia subjugada pela burocracia estatal e um clima de controle social ostensivo, seja através da repressão governamental, seja através da ameaça de grupos pró-governo.
Já o Brasil é o verdadeiro quartel-general da revolução latino-americana, dando cobertura para o avanço socialista no resto do continente. Ao nosso país cabe o papel de fornecedor de recursos – o “prestígio” e o peso econômico – para guarnecer a tomada de poder em outros lugares. É a face discreta e moderada do movimento.
Essa divisão de trabalho implica na diversidade de “experiências socialistas”, que terão velocidades distintas dependendo da situação de cada nação. Porém, todas essas experiências apontam na mesma direção e nos mesmos objetivos: agem em unidade rumo à concentração de poder progressiva nas mãos dos revolucionários.
Como as ações do Foro e de seus membros são dialéticas e na base da duplicidade, os grandes lances estratégicos e a radicalização dos processos socializantes se dão fora do QG central – o Brasil -, mas contam com sua complacência e cobertura.  Leia a matéria abaixo:
Desde o fim dos anos 1990, a América Latina vem passando por uma “onda” de governos de esquerda, considerados mais radicais ou mais moderados, conforme avaliação de suas políticas e discursos. Por muito tempo, o governo brasileiro foi considerado moderado e um player confiável para estabilizar a região. Em suma, um modelo de “pragmatismo” a ser seguido.
Com os últimos eventos na Venezuela e o decidido apoio brasileiro à Maduro, no entanto, os principais analistas da mídia brasileira mostram-se confusos. Com Dilma, o Brasil teria dado uma guinada ainda mais à esquerda? Os afagos a Cuba teriam quais motivações?
Em toda parte, há enorme grau de insatisfação com a atual política externa brasileira. Dilma é cobrada a se pronunciar sobre a violação dos direitos humanos pelo governo de Caracas e atuar como mediadora do conflito, o qual já fez mais de três dezenas de mortes e uma centena de prisões. Empresários reclamam do Mercosul (e sua intensa ideologização) e do imobilismo da política comercial em costurar acordos bilaterais com outros parceiros.  Enquanto isso, o caso de espionagem dos EUA foi tratado de forma histérica com discursos tipicamente antiamericanos atrapalhando toda a agenda bilateral existente. Para aqueles que se surpreendem pelos posicionamentos do Brasil, é bom lembrar: há muito tempo nossa política externa saiu das mãos do Itamaraty para ser gerida pelo Foro de São Paulo[1].
A crise na Venezuela apenas está explicitando novamente qual o papel do Brasil na região e dentro da estratégia do Foro.
A Dialética do Foro e o sentido socialista da história
O principal fator a ser observado em qualquer movimento revolucionário é a existência de duas faces: uma face visível e pública e outra clandestina ou discreta – onde fica o cérebro e o comando da operação. A parte visível faz a militância, promove a guerra cultural, proclama sentimentos nobres e posa de moderada enquanto defende e acoberta as ações da parte discreta, através da mobilização de meios legais, diplomáticos, jornalísticos.
“Radicais” e “moderados”: todos “companheiros” por uma mesma distopia socialista.
Há também sempre uma facção radical e histriônica que chama a atenção e desvia o foco, enquanto a facção considerada mais pragmática viabiliza as verdadeiras ações decisivas no processo de conquista do poder.
Dentro deste panorama, a tradicional divisão entre os grupos de esquerda “moderados” e os grupos “radicais” é apenas estratégica e artificial, pois a falsa dissidência radical atua em unidade com os “moderados”. Essas divisões dentro da esquerda revolucionária – “público x discreto” e “moderados x radicais” – apenas provam sua vitalidade e multiplicam sua capacidade para ataques “desconexos” e “contraditórios”, os quais deixam os adversários paralisados ou os induz a reações que reforçam a própria esquerda, em um de seus pólos.
No entendimento marxista, a história é dialética e movida por contradições. Portanto, a tarefa da vanguarda revolucionária é estimular as contradições para acelerar o “sentido da história”[2]. Por essa razão, a esquerda acaba dividindo-se em pólos “opostos”, mas que atuam em conjunto.
Com esses conceitos, pode-se entender o papel desempenhado pelos países e seus governos esquerdistas no âmbito geral da cooperação dentro do Foro de São Paulo.
A Cuba castrista é o símbolo ideológico e a unidade de inteligência estratégica do Foro. A Venezuela e a Argentina, cujos governos são fanfarrões e radicais, podem ser consideradas “pontas de lança” do processo, auxiliadas por satélites como Bolívia e Equador. Nesses países, o estágio de socialismo é avançado, com as instituições totalmente aparelhadas, economia subjugada pela burocracia estatal e um clima de controle social ostensivo, seja através da repressão governamental, seja através da ameaça de grupos pró-governo.
Já o Brasil é o verdadeiro quartel-general da revolução latino-americana, dando cobertura para o avanço socialista no resto do continente. Ao nosso país cabe o papel de fornecedor de recursos – o “prestígio” e o peso econômico – para guarnecer a tomada de poder em outros lugares. É a face discreta e moderada do movimento.
Essa divisão de trabalho implica na diversidade de “experiências socialistas”, que terão velocidades distintas dependendo da situação de cada nação. Porém, todas essas experiências apontam na mesma direção e nos mesmos objetivos: agem em unidade rumo à concentração de poder progressiva nas mãos dos revolucionários.
Como as ações do Foro e de seus membros são dialéticas e na base da duplicidade, os grandes lances estratégicos e a radicalização dos processos socializantes se dão fora do QG central – o Brasil -, mas contam com sua complacência e cobertura.
Protagonismo bolivariano e a discrição petista
A Chávez sempre coube o protagonismo na criação e patrocínio de projetos políticos no subcontinente, entoando o “socialismo do século XXI” e o “sonho da Pátria Grande”, atribuído a figura histórica de Simon Bolívar. Com dinheiro do petróleo de sobra – graças ao boom das commodities – a Venezuela exerceu uma forte diplomacia pró-comunismo na América Latina, interferindo abertamente em países estrangeiros.
Chávez passou a sustentar a ditadura cubana através da criação da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), um acordo o qual estabelecia o envio em massa de médicos cubanos para o país, enquanto a Venezuela abastecia a Ilha caribenha com petróleo barato.
Posteriormente, Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Daniel Ortega (Nicarágua) também aderiram, complementando a aliança com alguns pequenos países do Caribe, que venderam seus apoios em troca de petróleo barato.
Chávez também atraiu o casal Kirchner para o bolivarianismo comprando os títulos da dívida externa argentina (o que viabilizou a sua reestruturação após o calote) e fornecendo petróleo barato para a combalida economia platina. Graças a decisiva “solidariedade” chavista, o governo argentino pôde enfrentar seus credores e reestatizar diversas empresas estratégicas para controlar a economia do país.
Já no Mercosul, a entrada da Venezuela, de forma concomitante com a decisão de suspensão do Paraguai, em junho de 2012, deixou claro que o Foro passou a mandar no bloco[3], o qual desde a ascensão de Lula e Kirchner, passou a ser uma instância de acomodação de interesses argentinos. A integração comercial perdeu espaço para um arranjo totalmente político, beneficiando os “companheiros”.
Outro projeto multilateral do Foro capitaneado pelo chavismo foi a constituição, em 2008, da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Ali foram criadas diversas instâncias de planejamento estatal, na forma de conselhos para infra-estrutura, economia, energia, etc. Na atual crise venezuelana, é a entidade que monitora os “diálogos” e apóia Maduro contra a oposição.
A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) foi outra iniciativa chavista para incluir Cuba e excluir EUA e Canadá das discussões e, praticamente, substituir a OEA. A Celac passou a ser um palanque para discursos anti-EUA e de apoio à Cuba, feitos até por “moderados”, como Bachelet do Chile.
No fim de janeiro de 2013, Rául Castro, ditador de Cuba, assumiu a presidência rotativa e os discursos dos Chefes de Estados da Celac deram o tom de hostilidade ostensiva contra os EUA. Cristina Kirchner, presidente da Argentina, falou que a liderança cubana marcaria “uma grande mudança” para a região.
Na última Cúpula de janeiro de 2014, realizada em Havana, todos os chefes de Estado presentes ajudaram a endossar o bolivarianismo e Maduro[4]. Dilma aproveitou para condenar o “bloqueio cubano”, e depois inaugurar o Porto de Mariel – que conta com financiamento público brasileiro.
Propaganda da oposição venezuelana mostra a “incoerência” daqueles que apoiam Maduro
Foi Chávez também o responsável por dar guarida às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) quando o combate à guerrilha pelo governo Uribe estava no auge. O papel das Farc é essencial: além de um poderoso braço militar pronto a intimidar os inimigos, vê-se claramente que a marcha da revolução comunista no continente é financiada pelo narcotráfico[5], que avançou, principalmente, no Brasil, que saiu da condição de rota do tráfico para ser um grande mercado consumidor.
Em 2013, relatório da ONU chegou a conclusão que o Brasil tornou-se o principal reduto de passagem de cocaína para a Europa. No mesmo relatório, chama atenção o fato de que em 6 anos, o consumo de cocaína no Brasil dobrou, alcançando o país a condição de segundo maior consumidor da droga no mundo, atrás apenas dos EUA[6].
As Farc possuem relacionamento intenso com petistas graduados, e a diplomacia brasileira, através de Marco Aurélio Garcia, constantemente apóia o grupo nas “discussões de paz” com o governo da Colômbia. O Brasil jamais reconheceu-as como um grupo terrorista, mas a considera como “força beligerante” legitimando sua atuação, enquanto viabiliza uma saída “política” para a guerrilha .
Nesse ponto, há duas estratégias: a primeira é transformar as Farc num partido legal. A segunda é legalizar sua fonte de receita, o que será conseguido com a legalização das drogas, levando as Farc a terem um quase monopólio do comércio na região[7].
A diplomacia brasileira, enquanto brada um antiamericanismo caricato, acostumou-se a ceder em prol dos interesses de aliados do Foro. Tanto Evo Morales como Fernando Lugo ganharam as eleições com base em um discurso anti-imperialista contra o Brasil e suas principais promessas de campanha foram cumpridas graças a complacência do governo petista. Morales foi “agraciado” com as instalações da Petrobras – as quais foram encampadas pelo exercito boliviano, sem nenhuma reação do Brasil -, fundamental para que ganhasse legitimidade interna. O mesmo ocorreu com os acordos de Itaipu com o Paraguai, quando o Brasil passou a pagar mais pela energia. Rafael Correa, assim que se tornou presidente do Equador, também ameaçou dar calote em financiamentos providos pelo Brasil.
O governo brasileiro deixou-se aparentemente conduzir em todos esses processos, nos quais, na verdade, liderou nas sombras e nos bastidores do Foro, apenas para não perder sua face “moderada” e de “mediador isento”. Em todos os casos, a disputa entre os “companheiros” era apenas uma fachada a encobrir as articulações no âmbito do Foro e desnortear os adversários.
O recuo da vanguarda e o avanço da retaguarda: o Brasil petista mostra a sua cara… mais uma vez!
O “modelo bolivariano” de gestão da economia, no entanto, tem cobrado seu preço e as economias venezuelana e argentina começaram a sofrer de graves problemas estruturais, colocando em risco a vanguarda do movimento.
“O socialismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros”, nos dizia Margaret Thatcher. O fracasso econômico bolivariano faz o Brasil assumir os fardos e tomar a dianteira do processo, mostrando a unidade entre os movimentos nacionais e arcando com custos da desestabilização econômica de Argentina e Venezuela: medidas protecionistas prejudicam as exportações de bens e serviços brasileiros para o mercado argentino e penalizam nosso setor industrial, enquanto imensos atrasos comerciais e confiscos cambiais são provocados pela Venezuela.
Embora a Unasul tenha sido chamada para “mediar” o conflito, o governo brasileiro tem sido forçado a agir diretamente nos bastidores e tomar posições que evidenciam sua cumplicidade mafiosa com a vanguarda venezuelana. A retaguarda brasileira avança, expondo o flanco, ou seja, o compromisso com os “radicais”.
Situação semelhante ocorreu quando da deposição de representantes do Foro no Paraguai e em Honduras, que precipitou reações rápidas e enérgicas das lideranças da esquerda latino-americana.
O governo brasileiro não tem medido esforços para apoiar Maduro[8]e cala-se sobre o massacre de estudantes e opositores na Venezuela.
O Brasil também tem sido forçado a aumentar seu apoio aos Castros para dar legitimidade ao processo de “abertura” do regime. Cuba tem recebido ajuda econômica fundamental com acesso a linhas de crédito para obras de infra-estrutura e importação de serviços e bens brasileiros: o comércio bilateral aumentou dez vezes desde que o PT chegou ao poder. Por fim, o programa “Mais médicos” é um verdadeiro “mensalão cubano” para sustentar o regime. Mas também não é possível duvidar da hipótese, altamente plausível, de que esse dinheiro poderia voltar ao Brasil na forma de “caixa 2″ para a campanha presidencial petista, cuja vitória é fundamental para os planos do Foro.
Próximos lances no tabuleiro
Se o governo de Maduro cair, será muito provável um recuo estratégico da esquerda latino-americana, mas não a derrota do projeto, pois o principal país coordenador do esquema é o Brasil. No entanto, os efeitos psicológicos da derrota do bolivarianismo na Venezuela, onde ele reina há mais de 15 anos, seriam perturbadores e muito piores para o Foro que a queda de Manuel Zelaya em Honduras ou Lugo no Paraguai.
Outra “pedra no sapato” do Foro é a Colômbia. O país vem mostrando força para resistir ao avanço comunista na América Latina, e nas últimas eleições legislativa elegeu para o Senado o ex-presidente Álvaro Uribe , principal inimigo das Farc e talvez único líder conservador de projeção na região. O bloco formado por Uribe conseguiu tirar a maioria de cadeiras da coalizão de seu antigo aliado Juan Manuel Santos – que passou a colaborar com o Foro – e deverá bloquear qualquer acordo de paz com a narcoguerrilha.
Mais ainda, o partido União Patriótica (comunista e ligado à guerrilha) não conseguiu eleger nenhum representante para o senado.
Iconografia petista: a semelhança com a propaganda comunista não é uma mera coincidência.
No Brasil, as manifestações de junho de 2013, inicialmente estimuladas por membros do petismo para forçar um upgrade revolucionário, saíram do controle, colocaram Dilma na berlinda e um recuo foi necessário para garantir a reeleição em outubro deste ano. Apesar de tudo, o PT ainda não tem o total monopólio para comandar os protestos, e muitos recusam o petismo, mesmo que por motivos difusos. Se a oposição foi liquidada no campo político-partidário, ainda há forças esparsas que impedem a hegemonia e a total mutação revolucionária das instituições brasileiras.
Texto de Rodrigo Sias é mestre em economia pelo IE-UFRJ

[1] O Foro de São Paulo, criado em 1990 por Lula e Fidel Castro, é a maior organização política da América Latina, reunindo centenas de partidos políticos, ONGs, movimentos sociais, terroristas, narcotraficantes, guerrilheiros, etc. Sob os auspícios do Foro, foi possível a esquerda passar de apenas um único governo em 1990 (Cuba) para mais de uma dezena de governos no ano corrente, cumprindo sua missão de “recuperar na América Latina, o que se perdeu no Leste Europeu”. Basicamente, o Foro coordena e monitora as ações e políticas desempenhadas por seus integrantes em prol do avanço socialista na região.
[2] O Foro absorveu toda a mitologia de um passado ligado a cultura socialista da América Latina e a dialética entre opressores e oprimidos. Há “mártires” da causa em todos os países: Índios aymarás andinos, considerados “proto-comunistas”, o peronismo (Kirchneres como representantes do peronismo no Museu do Bicentenário, criado há dois anos), heróis guerrilheiros (Brasil, Uruguai e Chile), o grande líder Bolívar (Venezuela).
[3] Através de manobra diplomática, a Venezuela passou a fazer parte do Mercosul e ajudou a isolar o Paraguai assim que Lugo, membro do Foro, foi destituído.
[4] A atual presidência pró-tempore cabe a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, pertencente ao “Partido de Libertação Nacional”, partido membro da Internacional Socialista, que derrotou o partido Frente Ampla, membro do Foro, em uma disputa do tipo “PT x PSDB”.
[5] O narcotráfico como instrumento de financiamento da revolução vem desde o início das Farc e é indissociável do movimento, desde que a URSS resolveu apoiar Cuba a replicar a experiência maoísta na América Latina.
[6] O aumento do banditismo brasileiro nas últimas duas décadas veio do avanço da droga. O Brasil é recordista em mortes oficiais, que hoje estão em 50 mil por ano, aumentando bastante desde os anos 1990.Em números não-oficiais, 70mil homicídios.
[7] O Foro encontra aliados na elite globalista a qual também objetiva a legalização das drogas para utilizá-las como controle social e aumentar o poder estatal. Além da intensa campanha de sua Open Society, há indícios de que o mega investidor George Soros tem comprado terras nas regiões produtoras de coca – Bolívia, Peru, etc – para lucrar com a futura legalização. O Uruguai de Mujica, pertencente a Frente Ampla (membro do Foro) tornou-se um balão de ensaio para a legalização das drogas no subcontinente.
[8] Durante a greve de nove semanas da PDVSA, Chávez foi apoiado por Lula com embarques de produtos brasileiros, possibilitando que o chavismo consolidasse seu poder. Foi também Lula um dos idealizadores do grupo “Amigos da Venezuela”, o qual obteve uma saída diplomática àquela crise.
Rodrigo Sias é mestre em economia pelo IE-UFRJ.







sexta-feira, 15 de abril de 2016

FORO DE SÃO PAULO EM AÇÃO ENVIA MORTADELAS OU TERRORISTAS?: GOVERNO E PT IMPORTAM MANIFESTANTES 'MORTADELAS' DE PAÍSES VIZINHOS PM INTERCEPTA EM GOIÁS ÔNIBUS DO GOVERNO LOTADO DE BOLIVIANOS

ALÉM DOS ÔNIBUS BOLIVIANOS, PAGOS PELO GOVERNO DE EVO MORALES, HÁ OUTROS DO PERU, PARAGUAI...


A Polícia Militar de Goiás interceptou três ônibus lotados de bolivianos dirigindo-se a Brasília para fazer número nas manifestações do impeachment, neste domingo (17), enquanto a Câmara dos Deputados estiver discutindo e votando o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recomendando o afastamento.
Documentos apreendidos com os motoristas mostram que os três ônibus lotados de "mortadelas" bolivianos são pagos pelo governo chefiado pelo cocaleiro Evo Morales, que faz parte do grupo de presidentes populistas-bolivarianos do continante.
                                                          UM DOS MOTORISTAS BOLIVIANOS.
Um dos papéis, autorizando a viagem e contendo as características dos ônibus, tem o timbre do Minitério de Obras Públicas, Serviços e Habitação do governo boliviano, enquanto os outros dois têm o carimbo do Ministério de Governo, espécie de Casa Civil boliviana.
Os próprios motoristas informaram ainda que ônibus pagos pelos governos do Peru, Argentina, Paraguai e Venezuela também estão a caminho de Brasília, para fazer número na manifestação favorável a Dilma Rousseff, na Capital.
OS DOCUMENTOS DENUNCIAM A CHANCELA DO GOVERNO BOLIVIANO PARA A EXCURSÃO OS MORTADELAS.


Agentes Terroristas dos criminosos no poder já estão em ação: Exército, PF e Abin investigam ações urbanas de terror e risco de violência na fase pós-impeachment de Dilma

Imagem do que restou do BMW 550 blindado, explodido no Itaim Bibi, dia 27 de março: foram três ocorrências idênticas, no mesmo bairro, no mesmo mês, sem causar vítimas, apenas para incutir terror nos cidadãos.

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Exclusivo - Na véspera da derrota previsível de Dilma Rousseff, a Agência Brasileira de Inteligência vaza a informação segura de que o Brasil corre risco concreto de ameaça terrorista pelo famoso Estado Islâmico. Certamente, o perigo nada tem a ver com o fato de Luiz Inácio Lula da Silva usar um carrão blindado que ganhou de presente uma tal "Igreja Muçulmana do Brasil". Também não deve ter relação com aquela famosa marchinha carnavalesca: "EI, você aí, me dá um dinheiro aí... Me dá um dinheiro aí".

Falando sério, a ameaça terrorista por aqui coincide com o momento delicado em que a União Europeia adota novas medidas concretas contra o terrorismo, através de uma vigilância total, com pente fino a passageiros que entram e saem dos diversos países do continente. A manjadíssima doutrina revolucionária prega que o apelo à violência e ao terror, para incutir medo na massa, é sempre um recurso usado quando existe uma ameaça concreta de perda de poder ou hegemonia pela facção criminosa que toma conta de um País subdesenvolvido.

Não se torna surpresa alguma a confirmação da Abin sobre uma eventual ação dos radicais do EI por aqui. Existem fatos concretos que confirmam a presença de radicais por aqui. Um deles foi a explosão a bomba, durante o mês de março, de três carros de luxo no Itaim-Bibi (bairro de classe média alta) da capital de São Paulo. As três ações de terror, para quem duvidar: dia 04/03 , Rua Urimonduba com 9 de julho, foi estourado um Hyundai Vera Cruz, placa- DZH9057, conforme Boletim de Ocorrência 2047. No dia 23/03, foi detonado o Passat Variante, placa FUI 3747, na Rua Anacetuba 71- segundo o BO 2644. No dia 27/03, na rua André Fernandes, 51, a ação de terror atingiu o BMW EOR 0808, de acordo com o BO 2746.

Os casos são investigados pela inteligência do Exército, pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência. Coincidem com a explosão, no mesmo período, de pelo menos três agências bancárias na Grande São Paulo. Em todos os incidentes foram usados explosivos especiais, incomuns no Brasil, e largamente utilizados por terroristas nos moldes ligados. As Forças Armadas e a Polícia Militar de São Paulo também constataram que em duas operações sofisticadas de "comando", em Campinas e Santos, em março e abril, a guerrilha da esquerda revolucionária (empregando especialistas estrangeiros em explosivos) roubou R$ 70 milhões e matou dois policiais.

As ações sofisticadas do crime e terror ocorrem no mesmo momento em que o desgoverno Dilma corre o risco de acabar sem começar. A inteligência militar monitora, de perto, integrantes de supostos "movimentos sociais" que pregam e promovem ações radicais, fora da lei, sob o cínico argumento de "defesa da democracia e do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, ameaçado pelo golpe do impeachment. Os militares têm reservas ao Movimento dos Sem Terra e afins - considerados "instrumentos do governo do crime, para a prática de Terrorismo do Estado, contra o povo e o Brasil. O MST, por exemplo, goza de imunidade, opera com recursos públicos e utiliza até um sofisticado esquema de cooperativas de crédito para movimentação de dinheiro. Sem apoio oficial, não existiria...

A advertência da Abin sobre o terrorismo agora ganha dimensão midiática com uma manchetinha do jornal Folha de São Paulo. A reportagem faz referência a uma postagem no Twitter, difundida no distante 17 de novembro de 2015, no qual o jovem francês Maxime Hauchard, de 22 aninhos, avisava que o "Brasil é o próximo" e que o Estado Islâmico podia atacar o que ele classificou de "esse País de merda". A tuitada circulou quatro dias após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris.

Ontem, na Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, no Rio de Janeiro que sediará as "Olimpiadas" de 2016, o diretor de Contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, escancarou que a velha mensagem de Hauchard elevada a probabilidade de um ataque terrorista ao Brasil: "A probabilidade de o País ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses, devido aos recentes eventos terroristas ocorridos em outros países e ao aumento no número de adesões de nacionais brasileiros à ideologia do Estado Islâmico".

Sallaberry ressalvou que a Abin não constatou, nos últimos cinco meses desde antão, a vinda ao Brasil de nenhum integrante do EI. O diretor de Contraterrorismo da Abin também informou que não foi detectada a movimentação dentro do Brasil de alguém ligado ao grupo terrorista radical islâmico, e muito menos de uma célula terrorista do EI. Sallaberry só fez uma ressalva à reportagem da Folha de S. Paulo: "Não estou dizendo que vá acontecer um atentado. Estou dizendo que é a primeira vez que a probabilidade aumentou sobremaneira em nosso País".

A reportagem da Folha de S. Paulo e a própria Abin deveriam investigar, mais a fundo, os ensaios terroristas no Itaim-Bibi que este Alerta Totalrevela com exclusividade... Custa nada...

Terrorismo Jurídico      


"Se houver falta de votos, não há intervenção judicial que salve".
Essa frase do ministro Gilmar Mendes, durante quase oito horas de sessão do Supremo Tribunal Federal que varou a madrugada, resume muito bem a inutilidade das manobras do desgoverno para tentar impedir o impeachment no tapetão da judicialização da politicagem.

Felizmente, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitou na madrugada de hoje recurso do governo que pedia a suspensão da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcada para o domingo.

O desgoverno terminou derrotado tanto em pedidos assinados pela Advocacia-Geral da União como nos impetrados por aliados do PC do B, que também questionavam a ordem de votação definida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Porta do STF escancarada...

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, sugeriu que o STF pode discutir se a Presidente cometeu ou não crime de responsabilidade:

"Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado".

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, adiantou que o governo deverá de acionar novamente o judiciário, caso o plenário da Câmara se refira a dois pontos incluídos na denúncia inicial...

Revelações etílicas


Tem gente no desgoverno apavorada com os efeitos colaterais que uma crise de abstinência possa provocar no Gim Argello, levando o ex-senador a aderir a uma perigosa "colaboração premiada"...

Responda se puder...


Antes pensar em assumir a Presidência da República, o jurista Michel Temer tem a obrigação ética e moral de assumir uma posição pública em favor da continuidade da Operação Lava Jato - que até agora apenas desvendou uma pequena parte do organizado sistema de corrupção institucionalizada no Brasil.

Temer não tem o direito de entrar para a História como um dos líderes de uma manobra que pretende neutralizar o magistrado da Lava Jato e sua Força Tarefa.

A maioria esmagadora da sociedade brasileira não deseja que o impedimento político de Dilma Rousseff se transforme em um golpe hediondo contra a Lava Jato e tantos outros processos de corrupção que precisam ser apurados com todo rigor.

Fala sério...

Em vídeo a ser divulgado nas redes sociais, Lula promete inaugurar um "novo estilo de governo" ao lado de Dilma se o impeachment for arquivado no domingo.

Dentro do pacto que proporá ao país, Dilma cogita apoiar a convocação de eleições gerais em outubro.

Dilma e o companheiro $talinácio pedirão, publicamente, um voto de confiança aos deputados que resolveram investir na queda da Presidenta...

Gozação de Lula?


Golpe falhou


Tomou no STF



fonte: http://www.alertatotal.net/2016/04/exercito-pf-e-abin-investigam-acoes.html?spref=fb