A economia brasileira está em recessão desde o segundo
trimestre do ano passado, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (4)
pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da FGV (Fundação
Getúlio Vargas).
A FGV usou uma metodologia diferente da normalmente empregada para definir "recessão técnica", que ocorre quando há dois semestres seguidos de queda no PIB (Produto Interno Bruto).
O estudo indica que o Brasil viveu um pico de negócios de janeiro a março de 2014. Com isso, segundo o comitê, o país emendou 20 trimestres seguidos de crescimento, ou seja, vinha crescendo desde o segundo trimestre de 2009. A partir de abril de 2014, porém, a economia passou a encolher, aponta o relatório.
O comitê diz que não se manifesta em relação ao atual período recessivo. Sobre a duração da crise, diz que pode variar dependendo de fatores internos ou externos, mas que as recessões têm sido superadas de forma mais rápida desde meados dos anos 1990: em menos de três trimestres.
"Levando-se em conta este mesmo período hipotético, a extensão da atual recessão seria de pelo menos quatro trimestres; portanto, a mais longa que a duração média das cinco recessões anteriores", diz o Codace.
Nos 20 trimestres seguidos em que a economia avançou, o crescimento trimestral médio anualizado foi de 4,2% ("anualizado" indica qual seria o crescimento anual se aquele mesmo ritmo de expansão do trimestre perdurasse por quatro trimestres).
Do segundo trimestre de 2014 aos três primeiros meses deste ano, o levantamento observou uma taxa média de contração de 1,1% em termos anualizados. O resultado é semelhante ao que foi observado nas recessões de 1998-1999 e de 2001, e significativamente menor que o observado na curta e intensa recessão de 2008-9 (-11,2% ao ano).
O comitê é constituído por sete membros e atua independentemente da FGV, embora receba apoio operacional.
O grupo é formado por Affonso Celso Pastore, coordenador do grupo e ex-presidente do Banco Central (BC); Edmar Bacha (Iepe-Casa das Garças); João Victor Issler (FGV/EPGE); Marcelle Chauvet (Universidade da Califórnia); Marco Bonomo (Insper/SP); Paulo Picchetti (FGV/EESP); e Regis Bonelli (FGV/Ibre).
A FGV usou uma metodologia diferente da normalmente empregada para definir "recessão técnica", que ocorre quando há dois semestres seguidos de queda no PIB (Produto Interno Bruto).
O estudo indica que o Brasil viveu um pico de negócios de janeiro a março de 2014. Com isso, segundo o comitê, o país emendou 20 trimestres seguidos de crescimento, ou seja, vinha crescendo desde o segundo trimestre de 2009. A partir de abril de 2014, porém, a economia passou a encolher, aponta o relatório.
O comitê diz que não se manifesta em relação ao atual período recessivo. Sobre a duração da crise, diz que pode variar dependendo de fatores internos ou externos, mas que as recessões têm sido superadas de forma mais rápida desde meados dos anos 1990: em menos de três trimestres.
"Levando-se em conta este mesmo período hipotético, a extensão da atual recessão seria de pelo menos quatro trimestres; portanto, a mais longa que a duração média das cinco recessões anteriores", diz o Codace.
Nos 20 trimestres seguidos em que a economia avançou, o crescimento trimestral médio anualizado foi de 4,2% ("anualizado" indica qual seria o crescimento anual se aquele mesmo ritmo de expansão do trimestre perdurasse por quatro trimestres).
Do segundo trimestre de 2014 aos três primeiros meses deste ano, o levantamento observou uma taxa média de contração de 1,1% em termos anualizados. O resultado é semelhante ao que foi observado nas recessões de 1998-1999 e de 2001, e significativamente menor que o observado na curta e intensa recessão de 2008-9 (-11,2% ao ano).
Metodologia
O Codace é um comitê criado em 2008 pela FGV para determinar uma cronologia de referência para os ciclos econômicos brasileiros.O comitê é constituído por sete membros e atua independentemente da FGV, embora receba apoio operacional.
O grupo é formado por Affonso Celso Pastore, coordenador do grupo e ex-presidente do Banco Central (BC); Edmar Bacha (Iepe-Casa das Garças); João Victor Issler (FGV/EPGE); Marcelle Chauvet (Universidade da Califórnia); Marco Bonomo (Insper/SP); Paulo Picchetti (FGV/EESP); e Regis Bonelli (FGV/Ibre).
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