domingo, 28 de julho de 2013

“Ligar direita liberal à ditadura é mau-caratismo da esquerda”, diz Pondé -Quando você torna alguém cliente do estado, você destroi o caráter da pessoa. (Pondé)




Fumando um charuto cubano Montecristo, o filósofo Luiz Felipe Pondé recebe IMPRENSA no escritório-biblioteca de seu apartamento na zona oeste de São Paulo. “É o único produto cubano que aprecio. Talvez, o único produto cubano que exista", brinca.
Na sala repleta de livros, muitos empilhados no chão, e estantes cheias de imagens religiosas – de santos a orixás – o filosofo ateu (desde os oito anos) trabalha às segundas, terças e quartas. Na quinta, dá aulas na Faap. Na sexta, vai à Faap pela manhã, PUC pela tarde e TV Cultura à noite.

Colunista às segundas da “Ilustrada”, da Folha, é, hoje, um intelectual pop. Mesmo imerso em temas densos, está na TV, revistas e é best-seller, principalmente com os seus "Contra um mundo melhor" [Editora Leya, 2010] e o “Manual do Politicamente Incorreto da Filosofia” [Editora Leya, 2012].

Não é incomum ouvir seu nome associado a outros adjetivos como direitista, conservador, “reaça” (para os leigos: reacionário). E outros menos gentis. Entre adeptos e adversários, certo é que ele é polêmico. E não nega os dois últimos “rótulos”.

“Eu me vejo como um liberal conservative [um direitista liberal]. Sou conservador em política, liberal no resto. Por exemplo, sou a favor do casamento gay. Eu me sinto uma pessoa muito mais liberal e menos moralista do que pessoas de esquerda que conheço”, diz.

Em entrevista exclusiva à IMPRENSA, Pondé fala da dicotomia direita/esquerda, PT, Chávez, Deus, e, é claro, mídia e imprensa. Como de praxe, bem longe do muro. “É bom ter um veículo como a Vejaque chamou a responsabilidade para si de fazer oposição, já que não existe oposição no país.” Confira o papo na íntegra.

MÍDIA E IMPRENSA

IMPRENSA – O politicamente correto também pauta a mídia e a imprensa brasileira?
LUIZ FELIPE PONDÉ – Está presente, sim. E tem se instaurado pelas universidades, pelas ciências sociais, pelo curso de jornalismo, pela escola de direito, de magistratura e tudo mais. Isso tudo acaba desaguando na mídia, porque o jornalista, na sua raiz, tem uma imagem de si mesmo como uma espécie de pregador do bem, que vai corrigir os problemas do mundo. 

A seu ver, assumir qualquer papel nesse sentido é bobagem?
Sabe aquela piada de que a diferença entre o publicitário e o jornalista é que ambos vão para o inferno, mas que o jornalista não sabe? O jornalista se vê como um cara puro. Muitas vezes, o que dá viés no jornalismo é a ideologia do editor, do repórter. É na pergunta que ele faz. Isso é pior no jornalismo do que o dono do jornal. Quer ver outra forma, esta indireta, de politicamente correto? No medo, medo de escrever. Uma das coisas que os leitores identificam em mim é que eu não tenho medo do leitor, não estou preocupado em agradá-lo.

O jornalismo brasileiro está cheio de medo?
Sim. Pelo menos o opinativo está. É menos medo consciente, e mais medo de não agradar o leitor.
Você fala o que todo mundo quer porque faz parte do pacotinho ético que se espera de você. Isso é o politicamente correto comendo pelas bordas. Um dos problemas das democracias é que ela revelou aos idiotas a sua maioria numérica. Essa é do Nelson Rodrigues.
Discute-se muito se a mídia deve ser isenta ou pode ser política. Qual é o "modelo" de imprensa que mais te agrada?
Acredito mais no modelo de veículo plural, como a Folha, que publica eu e o [filósofo Vladimir] Safatle. Isso gera controvérsia e polêmica. No contexto nacional, você pode ter um veículo como a Folha, outro como o Estadão, que tem uma linha editorial que não é conservadora liberal como muita gente acha que é, porque a massa média das redações é de formação de esquerda. 

E qual é sua opinião sobre a Veja?
Acho importante que exista uma revista como a Veja, que assume que é conservadora liberal, que chamou para a si a responsabilidade de fazer oposição, já que não existe oposição no país. Nós temos um partido no poder que tem um projeto de esquerda de nunca mais sair do poder. E isso é perigoso. A saída da Veja é honesta.

Veja está só nessa?
Se você compara Estadão à Veja, a Veja é a verdadeira liberal conservative no Brasil. O Estadão é conservador no sentido de não gostar de polêmica. Isso faz com que ele faça matérias e análises muito boas e densas, mas é um jornal bem comportado. O Estadão é um conservador comportado e a Veja é um conservador rebelde.

Como você vê o jornalismo da Carta Capital, por ser mais à esquerda e mais sintonizada com o governo?
É o veículo da esquerda brasileira. É honesta, sendo de esquerda. O problema é que a esquerda tem uma desonestidade de se achar pura. A esquerda herdou um puritanismo hipócrita do cristianismo medieval e moderno. O [escritor Mario Vargas] Llosa fala uma coisa muito boa. A esquerda perdeu em tudo, menos na cultura. Ela domina a cultura. Aí é forte, porque aí ela vai formando cabeça. A Carta Capital não acha que está em uma luta política, mas na luta do bem. 

POLÍTICA, DIREITA E ESQUERDA

Como você tem visto a defesa da regulação da mídia, principalmente por parte do PT?
Toda forma da regulação sempre foi em nome do bem. E hoje continua assim. Os que querem regular, regulam sempre em nome do combate a algo ruim. Acho que a regulação deve vir dos próprios veículos.

Você se assume como conservador de direita. O que é isso para você?
Eu me vejo, como se fala em inglês, um liberal conservative. Sou conservador em política, liberal no resto. O que é isso? Acho que tem que ter propriedade privada, regime democrático republicano constitucional. A democracia é um regime imperfeito. Agora, acho que as pessoas têm a possibilidade e o direito de procurar realizar os sonhos delas de viver do jeito que quiserem. Lembro que em uma sabatina da Folha, três anos atrás, me perguntaram: "Você é a favor ou contra o casamento gay?" Eu disse: "Eu sou a favor." Reagiram: "Como assim?" Então, tem essas dicotomias bobas. Eu me sinto uma pessoa muito mais liberal e menos moralista do que as pessoas de esquerda que conheço.
Apesar da polêmica de números e métodos (como as políticas assistencialistas), é inegável que o PT tenha executado uma política efetiva contra a miséria. É possível criticá-la de forma absoluta?
Só se pode redistribuir renda quando há aumento de produtividade real da sociedade. Já estamos pagando a conta da farra das bolsas agora.

Um governo como o de Chávez, na Venezuela, não primou pelo compromisso democrático em vários casos, mas fez um "acerto de contas" em benefício da classe historicamente explorada, a indígena. O governo chavista deixa alguma lição para países colonizados, como o Brasil?
Não, a não ser o velho caudilhismo na América Latina. Não vejo como se pode "fazer justiça social" dando coisas pras pessoas. "Justiça social" é mercado econômico ativo. Quando você torna alguém cliente do estado, você destroi o caráter da pessoa. Não concordo com a ideia de vitimas históricas.

Quando se fala em "direita" e pensamento conservador no Brasil, pensa-se logo em ditadura. O problema está em certo autoritarismo da direita ou na incapacidade de ela se desvencilhar deste rótulo?
Associar pensamento liberal conservative com ditadura é um falta de conhecimento e mau-caratismo da esquerda, que se saiu bem da ditadura mantendo os "meios de produção da cultura" e destruindo qualquer debate real de ideias. Não existe opção partidária para quem é liberal conservative (ou direita liberal em português) no Brasil.

OUTROS PAPOS
Mudando um pouco de assunto. Na sua opinião, que mídia é a Internet?
É uma plataforma extremamente importante, que mudou a forma de se comunicar, mas junto traz o
que é de bom e o que é de bosta. A banalidade do ser humano vem à tona, porque deu voz a todo mundo. Grande parte da vida é dominada por essas coisas. Você é tragado por "eu tenho dinheiro ou não tenho", "sou amado ou não sou", "consigo transar ou não consigo", "consigo comer ou não", "tenho casa ou não tenho." Isso aparece na Internet. Sabe essa coisa de você colocar uma foto de dentro de um avião, porque você nunca andou de avião, ou uma foto da casa própria, porque você nunca teve?

Para finalizar, o ateísmo é a "categoria" que melhor define sua opinião sobre Deus?
O primeiro momento que me lembro como ateu, tinha oito anos. Lembro do dia, inclusive. Tenho o sentimento de que, aos oito ou dez anos, eu já era mais ou menos quem sou hoje. Escrevi isso no livro que eu publiquei com o João Pereira Coutinho e o Denis Rosenfield, “Porque virei à direita” [Ed. Três Estrelas, 2012]. Mas, hoje, acho o ateísmo banal, é a hipótese mais fácil. Ao mesmo tempo, acho Deus uma hipótese elegante. A ideia de que exista um ser inteligente, bondoso, que gerou o mundo, é filosoficamente interessante. Mas, não sinto necessidade no meu dia a dia. Nasci sem órgão metafísico.


A MARCHA DOS INDECENTES -ESQUERDOPATAS ESQUIZOFRÊNICOS

A marcha dos indecentes

Fonte: Folha

Rodrigo Constantino

Deu na FolhaParticipantes da Marcha das Vadias distribuem camisinhas e chocam peregrinos no Rio

A Marcha das Vadias que desfila na tarde sábado (27) na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, aproveitou a estrutura de grades montada para o papa Francisco chegar ao palco e fez uma passarela de provocações à Igreja Católica.

A postos para esperar o papa, os peregrinos debruçados nas grades se diziam chocados. Mulheres seminuas usando santas como objetos fálicos, distribuição farta de camisinhas, mulheres beijando mulheres e cartazes onde o rosário forma um pênis são algumas mostras do que os fiéis, mesmo sem querer, tiveram que assistir para não perder o lugar para ver o papa.

A advogada Maria da Glória Sabugo veio de Porto Alegre para ver o sumo pontífice e estava indignada. "É terrivelmente ofensivo, eles tem todos os dias para fazer isso, mas eu no fundo tenho pena deles", disse enquanto na sua frente dois homens se beijavam.

Duas mulheres, uma representando Cristo carregando a cruz e outra com roupa de Nossa Senhora, também chocavam por onde passavam. Elas traziam mensagens como "Até Nossa Senhora foi avisada". Nem o papa escapou no protesto: "A verdade é dura, o papa apoiou a ditadura".

A polícia também era provocada pelos cerca mil manifestantes. "Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da policia militar" e "Cabral, cadê o Amarildo", eram palavras de ordem cada vez que se avistava uma cabine policial.

O que dizer? Será que é mesmo preciso comentar isso? Só nos resta sentirmos pena dessas pessoas, que confundem liberdade de expressão com libertinagem em público e ofensa gratuita aos demais, pensam que estado laico é estado antirreligioso. 

Essas pessoas levantam bandeiras em nome da tolerância, mas se mostram as mais intolerantes de todas com os outros. Não conseguem respeitar nem mesmo as senhoras que desejam somente escutar uma mensagem de conforto do Papa Francisco. 

Querem chocar por chocar, e pensam que assim estão lutando pela liberdade, contra a opressão, a hipocrisia, o moralismo. Conseguem apenas mostrar como faz falta uma boa educação, que imponha limites, que ensine valores morais, decentes. 

Eis o resumo da ópera bufa: essa gente patética acha que marcha em nome da liberdade, mas marcha apenas em nome da indecência. 

sábado, 27 de julho de 2013

PT e a economia brasileira: Mentiras que viram verdades


Os PTralhas alardeiam uma coisa sobre a economia brasileira, que não é verdade.Eles alardeiam que o PIB brasileiro é maior que o da Suíça, mesmo que isso fosse verdade, como querer comparar a economia de um GIGANTE de 200 milhões de habitantes, cuja a atividade economica (diversidade de setores)é infinitamente maior, contra um país de SETE MILHÕES E QUATROCENTOS MIL HABITANTES e cuja atividade principal são as finanças. Vejam, acompanhem quadro abaixo e constatem que o brasil tem tido nos últimos anos um crescimento do PIB muito pífio, muito abaixo de todos os países da América Latina. Tendo inclusive um PIB menor que o da própria Suíça. Detalhe: Já que eles querem fazer comparações, só que distorcidas... Comparem o PIB Per capita entre os dois países. Eles estão marcados com dois **.
Crescimento do Produto Interno Bruto na América Latina:
Argentina = 8,90%
Bolívia = 5,10%
Brasil = 2,70%
Chile = 5,90%
Colômbia = 5,90
Equador = 7,8%
Guyana = 4,20%
Paraguay = 3,80%
Peru = 6,80%
Suriname 4,5%
Uruguay = 5,7%
Venezuela = 5,7%
Dívida Pública Brasileira = Dívida Externa + Dívida Interna:
$ 1.430.472.677.596,(Praticamente UM TRILHÃO E QUINHENTOS BILHÕES DE DÓLARES), ou seja... Quase 3.200 (Três trilhões e duzentos bilhões de reais), deste montante temos inserido aí uma nova dívida Externas de 446 BILHÕES DE DÓLARES.
Dados da economia da Suíça
População da Suíça: 7.400 sete milhões e quatrocentos mil 
Principais setores econômicos: finanças, indústria e turismo.
Moeda: franco suíço
PIB: US$ 362,4 bilhões (estimativa 2012)
**PIB per capita: US$ 54.600 (estimativa 2012).
**Taxa de crescimento do PIB: 0,8% (nos três primeiros meses de 2013)
Composição do PIB por setor da economia: serviços (71%), indústria (27,7%) e agricultura (1,3%) - (estimativa 2012)
Força de trabalho (2012): 4,9 milhões de trabalhadores ativos
**Taxa de desemprego: 2,9 % (2012)
Investimentos: 20,6% do PIB (2012 estimativa)
**População abaixo da linha de pobreza: 7,9% (2010)
Dívida Pública: 52,4% do PIB (2012 - estimativa)
**Taxa de Inflação: -0,7% (2012 - estimativa)
Principais parceiros econômicos (exportação): Alemanha, França, Estados Unidos, Itália e Áustria.
Principais parceiros econômicos (importação): Alemanha, Itália, França, Estados Unidos e Holanda.
Exportações (2012 - estimativa): US$ 300,4 bilhões
Importações (2012- estimativa): US$ 287,7 bilhões
Saldo da Balança Comercial: superávit de US$ 12,7 bilhões
Organizações comerciais que participa: EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio)

Informações, índices e dados da economia brasileira Moeda: Real (símbolo R$) PIB de 2012 (Produto Interno Bruto): R$ 4,403 trilhões ou US$ 2,223 trilhões* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2013) **Renda per Capita de 2012 (PIB per capita): R$ 22.400 ou US$ 11.303 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2012) Coeficiente de Gini: 49,3 (2008) alto Evolução do PIB nos últimos anos:2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4% (2006); 6,1% (2007); 5,2% (2008); - 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011); 0,9% (2012). **Crescimento do PIB no 1º trimestre de 2013: 0,6% (entre janeiro e março) em relação ao 4º trimestre de 2012. Em relação ao 1º trimestre de 2012, cresceu 1,9%. Taxa de investimentos: 18,7% do PIB (3º trimestre de 2012) Taxa de poupança: 15,6% do PIB (3º trimestre de 2012) Força de trabalho: 104 milhões (estimativa 2011) **Inflação: 5,84% (IPCA de 2012) **Taxa de desemprego: 5,8% da população economicamente ativa (em abril de 2013) e 5,5% (taxa média anual de 2012) Taxa básica de Juros do Banco Central (SELIC): 8% ao ano (30 de maio de 2013) Salário Mínimo Nacional: R$ 678,00 (a partir de 1º de janeiro de 2013)Dívida Externa: US$ 446 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 363 bilhões do setor privado) - dados relativos a março de 2013.











fonte:  www.facebook.com/notes/enzo-maia

Relação das FARC com o Foro de São Paulo



Relação das FARC com o Foro de São Paulo


Interrogado pelos jornalistas, Raúl Reyes, líder guerrilheiro colombiano, admitiu em sua recente visita à Venezuela que as FARC formam parte do chamado Foro de São Paulo. Vejamos a que se referia.

Depois da queda do Muro de Berlim em 1989 e da derrubada do comunismo na ex-União Soviética, Fidel Castro decidiu substituir o apoio que recebia do Bloco Oriental pelo de uma transnacional latino-americana.

Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro convocou em 1990, junto com Luis Inácio “Lula” da Silva, todos os grupos guerrilheiros da América Latina a uma reunião na cidade de São Paulo.

Além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, acudiram ao chamado o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México; e várias dezenas mais de grupos guerrilheiros e partidos de esquerda da região que iam se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México.

Alí decidiram formar uma organização que se auto-denominou Foro de São Paulo.
Para dirigi-lo centralizadamente, criaram um Estado Maior civil, dirigido por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros, e um Estado Maior militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, o líder sandinista Daniel Ortega, e no qual tem um papel importante o argentino Enrique Gorriarán Merlo.

Gorriarán Merlo foi fundador do Exército Revolucionário do Povo (ERP) e posteriormente do Movimento Todos pela Pátria (MTP). Gorriarán Merlo é o autor do ataque terrorista de janeiro de 1989 ao regimento de infantaria La Tablada, em Buenos Aires, no qual morreram 39 pessoas, e foi quem encabeçou a esquadra que assassinou Anastasio Somoza em Assunção, Paraguai, em setembro de 1980.

Gorriarán Merlo também organizou a maquinaria militar do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), o mesmo que há três anos e meio tomou a residência do embaixador japonês em Lima.
O Foro de São Paulo tem um sistema de comunicação permanente, e até produz uma revista trimestral própria, denominada América Livre.
Estabeleceu uma forma sólida e permanente de financiamento, baseada em sequestro, roubo de gado, cobrança de impostos, assaltos a bancos, pirataria, narcotráfico e demais atividades ilegais que rotineiramente praticam os grupos guerrilheiros na América Latina.

Tendo em vista que o marxismo dos anos sessenta já estava caduco e desprestigiado, os diretores do Foro de São Paulo decidiram adotar formalmente diversos disfarces:

um foi o do indigenismo, ou a suposta luta pelos direitos dos indígenas, para encobrir a formação de grupos guerrilheiros (Exército Zapatista de Libertação Nacional), e também a promoção do separatismo, argumentando que os territórios ocupados pelas tribos indígenas são próprios e não do Estado nacional.

Outro foi o do ecologismo radical que, alegando a proteção do meio ambiente, justificou a ação de terroristas que obstaculizaram o avanço do Estado em obras públicas de infraestrutura como rodovias e tensão elétrica.

E finalmente, o de uma versão extremista da chamada Teologia da Libertação (Frei Betto, Leonardo Boff, Paulo Evaristo Arns), com o objetivo de dividir a Igreja Católica e justificar a violência com argumentos supostamente cristãos.

Segundo um informe da AP, datado em Montevidéo, Hugo Chávez se inscreveu no Foro de São Paulo em 30 de maio de 1995. Isto foi confirmado por Pablo Beltrán, líder do ELN, em uma entrevista realizada pela Globovisión em 17 de novembro de 1999.
Há quatro anos o investigador colombiano Jesús E. La Rotta publicou um livro intitulado As Finanças da Subversão Colombiana, no qual revela os resultados de suas investigações sobre as fontes de financiamento das FARC, do ELN e do EPL.

Fazendo uso de numerosos gráficos e tabelas, La Rotta identifica seis formas ou modos gerais por meio dos quais os guerrilheiros colombianos obtêm entrada de dinheiro, a saber:

a extorsão em menor escala, como os impostos, o bilhete e a cobrança de pedágios, de onde obtêm um total de 1.030 milhões de dólares ao ano;

a extorsão em grande escala a empresas nacionais e multinacionais nos diversos setores como o petroleiro, agrícola, pecuário, industrial, comercial e financeiro, de onde arrecadam 5.270 milhões de dólares anuais;

o abigeato ou roubo de gado, de onde recolhem 270 milhões de dólares anualmente; os assaltos, por meio dos quais conseguem 400 milhões de dólares ao ano;

a pirataria, seja terrestre, fluvial, marítima ou aérea, que lhes rende 150 milhões de dólares em depósitos anuais e, finalmente, o narcotráfico, de onde obtêm 1.130 milhões de dólares ao ano.
udo isso soma oito mil duzentos e cinquenta (8.250) milhões de dólares ao ano, cifra muito superior aos orçamentos de todas as Forças Armadas Nacionais de todos os países andinos.

Todavia, La Rotta admite que se tratam de cifras de 1994, e explica que “os grupos subversivos, em particular as FARC e o, entraram em franco processo de substituição dos cartéis da droga desmantelados e que, cumprido tal processo, se fechará o círculo do enriquecimento quando incorporarem em plenitude o produto global do narcotráfico, que pode representar-lhes depósitos de dinheiro superiores”.

Poucos meses depois de haver-se publicado o livro de La Rotta, saiu o livro O Cartel das FARC, elaborado por major colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, o qual alega que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia constituem o terceiro e mais poderoso cartel das drogas.

Embora já existissem provas da vinculação do ELN e das FARC com o narcotráfico, os documentos retidos em 31 de janeiro de 1996 das quadrilhas 14 e 15 das FARC, por tropas da Brigada 12 em Paujil (Caquetá), comprometem ainda mais os guerrilheiros com o tráfico de drogas: aparecem as frequências de VHF e inúmeros telefonemas dos capos do Cartel de Cali, assim como atas de reuniões entre as FARC e os narco-traficantes.

O livro está cheio de afirmações impressionantes, como esta:

“A infraestrutura do cartel das FARC tem todos os elementos de organização e controle próprios dos bandos de mafiosos que inundam o mundo civilizado com o tráfico ilícito de cocaína, com o agravante de que ameaçam camponeses, envolvendo-os com as milícias bolivarianas e o partido comunista clandestino.

A ação dos delinquentes do cartel das FARC ultrapassa as fronteiras nacionais”.
por Alejandro Peña Esclusa em 16 de outubro de 2002Fuerza Solidaria - Venezuela


ATAS ORIGINAIS DO FORO: CLICK AQUI




fonte:antiforodesaopaulo

ACOBERTAMENTOS DA MÍDIA : FORO DE SAO PAULO E OUTROS - OLAVO DE CARVALHO

O PROGRAMA É DE 2004 E NESTES 9 ANOS O PROBLEMA SÓ SE AGRAVOU...A MENOS QUE VC LEIA OS JORNAIS COMO OBRA DE FICÇÃO, PARA DISTRAIR ACOBERTAMENTOS DA MÍDIA : FORO DE SAO PAULO E OUTROS - OLAVO DE CARVALHO


 

 Mídia sem Mascara na TV




A verdade sobre o foro de São Paulo -O que dizer de um ex-presidente da República que, indo contra as leis de seu país, agradece publicamente a uma obscura organização internacional?

O que dizer de um ex-presidente da República que, indo contra as leis de seu país, agradece publicamente a uma obscura organização internacional? TARCISIO OLIVEIRA 

Resumo: O que dizer de um ex-presidente da República que, indo contra as leis de seu país, agradece publicamente a uma obscura organização internacional, da qual participam traficantes de drogas, terroristas, sequestradores, e na qual ele próprio é figura de 
destaque?

 

Discurso do Lula >>> Meus queridos companheiros e companheiras dirigentes do Foro de São Paulo que compõem a mesa. E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termo criado o Foro de São Paulo.

E digo isso porque, nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito.

Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela.

E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.

E hoje nós somos um continente em que a esquerda deu, definitivamente, um passo extraordinário para apostar que é plenamente possível, pela via democrática, chegar ao poder e exercer esse poder.

E é por isso que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa querida América do Sul.

Se não fosse assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais consolidado do que há dez anos.

O que seria da Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças que compõem aquele país?

A vitória de Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as minhas.

O que significa a passagem da Argentina?

Os chilenos, depois de tantas e tantas amarguras, num período que muita gente não quer nem se lembrar, estão agora prestes a, pela quarta vez consecutiva, reeleger um presidente, eu espero que uma presidente.

E o que nós precisamos é trabalhar para consolidar, para que a gente não permita que haja qualquer retrocesso nessas conquistas, que são que nem uma escada: a gente vai conquistando degrau por degrau.

E esses companheiros que tiveram a coragem de assumir essa tarefa, eu acho que hoje podem estar orgulhosos, porque valeu a pena a gente criar o Foro de São Paulo.

Nós não conseguiremos fazer as transformações que acreditamos e por que brigamos tantos anos em pouco tempo. É um processo de consolidação.

Eu quero dizer uma coisa para vocês: não está longe o dia em que o Foro de São Paulo vai poder se reunir e ter, aqui, um grande número de presidentes da República que participaram do Foro de São Paulo.

Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada, muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra, pela primeira vez na história, assinando um documento conjunto.

Esses dias, fizemos não sei quantos acordos, 26 acordos, com a Venezuela. Os partidos têm que se encontrarem, os parlamentares têm que se encontrar, o Foro de São Paulo tem que exigir cada vez mais a criação de um parlamento do MERCOSUL para que a gente possa consolidar definitivamente o MERCOSUL, não como uma coisa comercial, mas como uma instância que leve em conta a política, o social, o comercial e o desenvolvimento.

Esse trabalho é um trabalho que leva anos e anos. E nós apenas estamos começando.

Por isso, meu companheiro, minhas companheiras, sai daqui para Brasília com a consciência tranquila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.

E eu estou convencido de que o Foro de São Paulo continuará sendo essa ferramenta extraordinária que conseguiu fazer com que a América do Sul e a América Latina vivessem um dos melhores períodos de democracia de toda a existência do nosso continente.

Muito obrigado a vocês. Que Deus os abençoe e que eu possa continuar merecendo a confiança da Coordenação, que me convide a participar de outros foros. Até outro dia, companheiros. (Extrato)

São Paulo-SP, 02 de julho de 2005.




Comentário

O Confúcio, de passagem no Estado de Wei, quando perguntaram o que faria primeiro, se convidado a governar aquele país, respondeu: "Evidentemente, como primeiro passo, faria com que as coisas fossem chamadas pelos seus verdadeiros nomes". Seu discípulo ficou muito intrigado; e Confúcio continuou: "Por que não pode compreender? Pois se as coisas não fossem chamadas por seus verdadeiros nomes, as proposições seriam enganosas e quando as proposições são enganosas, nada pode ser realizado".

O que preocupava Confúcio eram a extrema confusão dos termos, os eufemismos e circunlocuções dos diplomatas daqueles tempos, e as exageradas pretensões que os daqueles dias se arrogavam para si próprios.
Chamar as coisas por seus verdadeiros nomes...

Como Confúcio chamaria o "Foro de São Paulo"? Que nome daria a uma entidade supranacional, criada por Fidel Castro e aplaudida por Luis Inácio Lula, com a intenção de reunir os partidos e organizações de esquerda, a maioria com tendências marxista-leninistas revolucionárias, patrocinada pelo Partido Comunista Cubano e pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil?

Como Confúcio nomearia um indivíduo que participasse de um encontro com alguns fora da lei onde são elaboradas resoluções e recomendações que reafirmam os objetivos socialistas com a proposta de "fazer dar certo na América Latina o que fracassou no leste europeu?".

O ex Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve saber o nome verdadeiro do Foro. Afinal ele discursou na celebração do 15º aniversário do Foro de São Paulo e terminou dizendo: “... que eu possa continuar merecendo a confiança da coordenação, que me convide a participar de outros foros".
A atual presidente da republica permanece de acordo com tal foro, não sei se deverá participar do mesmo este ano logo mais no dia 29 deste mês uma vez que a mesma vem se sentindo acuada por tudo aquilo que seu próprio partido e partidário tem feito para tirar o país do eixo democrático que estamos vivendo em nossa nova e fraca democracia.
Fonte: J. C. CROCE - CEL

(*) TARCISIO OLIVEIRA SOUZA JUNIOR é colaborador de HiperNotícias e escreve às segundas-feiras. E-mail: tarcisio.brumathi@hotmail.com


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Carta de uma brasileira: “Médicos são de qualidade, hospitais de Dilma não”

O dia em que Dilma cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros
Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso

Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. Não contei à ninguém (é
nada fácil compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, "do trauma",
médica "chatinha", preceptora "bruxa", que carrego no carro o manual da
equipe militar cirúrgica–americana que atendia no Afeganistão, chorei.
Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira.
Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos
plantas (diga-se: samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala
pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós.
Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que
estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Esperou, esperou, e toda
vez que abria a portinha da sutura ele estava lá. Esperando. Como eu. Como
você. Como nós.
Teve um momento que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a
chorar, olhou para mim e disse "não é para mim, é para o meu pai, uma maca".
Como eu faria. Como você. Como nós.
Pensei "meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo.....
Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio
vou brigar com 5 até tirá-lo daqui".
E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.
Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube
que era meu pai, disse "por que não me falou, levava no privado, Juliana!" Não
precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e
ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá.
Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se
não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e
padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.
Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No
consultório de um professor ele me pergunta: "e você confia?".
"Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim."
Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono,
dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor.
Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço
porque acredito.
Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país
melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade.
Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não
faltem medicamentos. Um SUS melhor.
Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por
mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso.
Não tenho palavras para descrever o que penso da "Presidenta" Dilma. (Uma
figura que se proclama "a presidenta" já não merece minha atenção).
Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.
A ouvi dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou que
queremos educação, saúde e segurança de qualidades. "Qualidade"... Ela
disse.
E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil....
Para melhorar a qualidade....?
Sra "presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de
qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de
faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.
Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu
governo é que não tem qualidade.
O dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada num
Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de
qualidade, aí conversaremos.
Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua
incompetência.
Somos quase 400mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma
ficha, eu te atendo. Não demora, não.
Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira
é prioridade dos internados.
Hoje, eu chorei de novo.

Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso é cirurgiã geral no Hospital Estadual

Azevedo Lima, no Rio de Janeiro.


Dra. Juliana convida a presidente para um encontro naquele hospital. Para o senador, Dilma deveria não apenas dar atenção à carta, como atender ao convite.