sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Dilma teme surpresas com investigação de servidores da Receita sobre o patrimônio do filho de Lula
Ela já avisou ao amante da Rose, não vai fazer nada sobre patrimonio do Lulinha.
Exclusivo do Alerta Total - Embora assuma o discurso globalitário do “combate à corrupção”, a Presidenta Dilma Rousseff anda hiperpreocupada com o risco de “rebeldia” entre servidores do alto escalão da Receita Federal. Dilma recebeu preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira órgão, à revelia do governo, promovem um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luis da Silva – filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha” (apelido que Fábio nunca usa na vida pessoal).
Lula já teria pedido a Dilma para interceder no caso. Ela já avisou que nada pode fazer. O ex-presidente tentou, inclusive, contatos com a cúpula da Super Receita. Recebeu a mesma mensagem de que nada pode ser feito. Foi-lhe lembrado que o acompanhamento patrimonial dos contribuintes, dentro da lei e respeitando sigilos, é um dever funcional dos servidores concursados da Receita. Lula teme que vazem informações também eventuais sobre seu patrimônio pessoal. E como sabe muito bem que o "movimento de combate à corrupção" é uma ordem de fora para dentro do Brasil, se apavora com o risco de retaliações promovidas por inimigos ligados à oposição.
Além do medo de “surpresas desagradáveis” com servidores sérios e independentes da Super Receita, Dilma encara outra guerra institucional. A Presidenta e seus ministros são cada dia mais mal vistos pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal - integrado por sete entidades de procuradores da Fazenda, Previdência Social, do Banco Central e de procuradores lotados em autarquias e ministérios. A entidade enxerga uma intenção do governo em submeter às vontades de militantes petistas todos os setores jurídicos da área federal.
O primeiro alvo do aparelhamento petista é a Advocacia-Geral da União. Luís Inácio Adams, chefe do órgão, elaborou um projeto de lei complementar que prevê a nomeação, como advogados federais, de pessoas de fora da carreira e sem concurso. O projeto de Adams considera “infração funcional o parecer do advogado público que contrariar as ordens de seus superiores hierárquicos”. O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal define o plano como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e põe em risco a existência da própria AGU".
Luis Inácio Adams é mais um do governo Dilma na corda bamba. Cotado para assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima e urgente reforma ministerial que Dilma Rousseff promoverá no começo do ano, agora tem tudo para não emplacar no cargo. Também pode ver naufragar seu objetivo maior de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, tal qual seu antecessor José Dias Toffoli.
Alvos de processos pesados, como o do Mensalão e seus desdobramentos, os petistas definiram como prioridade o “aparelhamento” da máquina Judiciária. Além de indicar ministros aliados para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça, o partido também quer ter um controle maior sobre a Advocacia Geral de União, para impedir que o órgão não crie problemas para os negócios feitos entre a União os empresários parceiros.
Papo furadíssimo
Da presidenta Dilma Rousseff em entrevista ao jornal espanhol El País:
“Estoy radicalmente a favor de combatir la corrupción, no solo por una cuestión ética, sino por un criterio político (…) Un Gobierno es 10.000 veces más eficiente cuanto más controla, más fiscaliza y más impide. No hay términos medios en este aspecto”.
Sobre as condenações impostas aos petistas pelo Supremo Tribunal Federal, Dilma avisou que acata as decisões, não as discute, mas pondera:
"Lo que no significa que nadie en este mundo de Dios esté por encima de los errores y las pasiones humanas”.
Só falta esta...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
Fonte: Alerta Total
Ativistas do Alerta Antonina em Antonina do Norte -Ceará sofre ameaças de corruptos e apoiadores
OS BANDIDOS,CRIMINOSOS NO PODER NÃO TEM LIMITES, QUEREM CALAR A BOCA DE TODOS QUE LUTAM CONTRA A ROUBALHEIRA E MOSTRAM AS FALCATRUAS E ROUBALHEIRAS. BANDO DE PILANTRAS, PICARETAS, NOSSO APOIO E SOLIDARIEDADE PARA O ALERTA ANTONINA
ISSO É APENAS UMA AMOSTRA QUE ESSES BANDIDOS FAZEM, ELES SE ACHAM ACIMA DE TUDO E DA LEI, NÃO QUEREM QUE O POVO SAIBA DE SUAS FALCATRUAS E ROUBALHEIRAS, AINDA SE ACHAM INJUSTIÇADOS ,ALGUMA SEMELHANÇA COM OS 40 DO MENSALÃO?
ISSO É APENAS UMA AMOSTRA QUE ESSES BANDIDOS FAZEM, ELES SE ACHAM ACIMA DE TUDO E DA LEI, NÃO QUEREM QUE O POVO SAIBA DE SUAS FALCATRUAS E ROUBALHEIRAS, AINDA SE ACHAM INJUSTIÇADOS ,ALGUMA SEMELHANÇA COM OS 40 DO MENSALÃO?
Ameaças, chantagens, calunias e difamação não irão calar o Alerta Antonina.
Nos últimos dias temos recebidos dezenas mensagens com ameaças, chantagens, injurias, calunias e difamações via comentários nas pastagens. Todas estas mensagens são de anónimos pessoas covardes que não tem a coragem de assumir o que dizem e escrevem.
Francisco Fernandes (PAULISTA) Coordenador do Alerta Antonina do Norte |
Estas ameaças, chantagens, injurias, calunias e difamações são todas direcionadas a Francisco Fernandes (PAULISTA),coordenador do Movimento Social Alerta Antonina do Norte, que tem como objetivo o controle social das contas públicas e o combate a corrupção e a impunidade no município de Antonina do Norte. Apesar do anonimato, sabemos que estes comentários partem de pessoas diretamente envolvidas nas irregularidades denunciadas e constatadas pela recente fiscalização do TCM - PROCAP.
Francisco Fernandes já sofreu ameaças antes e em Fevereiro de 2011 sofreu um atentado onde foi covardemente espancado em público, o caso teve repercussão nacional em varias agências de noticias como G1, R7, VEJA, ÉPOCA, ESTADÃO, VERDES MARES, O POVO, JANGADEIRO E OUTRAS.
Francisco Fernandes encontra-se incluído no Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos - PNPDDH, da Secretaria Especial de Direitos Humanos - SEDH da Presidência da República.
Temos recebidos também dezenas e comentário destas pessoas que provavelmente são ligadas a administração do município que demonstram claramente a falta de carater em fazer apologia as graves irregularidades na administração do nosso município, uma total falta de respeito aos cidadãos que pagam impostos e sofrem com as carências na saúde, a falta de médicos funcionários públicos sem receber seus pagamentos, professores ganhando mal, enfim com uma cidade administrada por pessoas que não tem nenhum compromisso com o cidadão.
VEJAM ABAIXO O TEOR DE ALGUNS COMENTÁRIOS:
mas não vai faser, sabe porque? porque o Toin tem dinheiro e poder e agora é o dono de Antonia e vocês vão fiar chupando o dedão do pé! kkkkk em Incendio na prefeitura de Antonina do Norte.
Vejam o absurdo, os donos de Antonina do Norte somos nós os cidadãos, o prefeito é apenas um servidor público, foi eleito para servir ao povo e não ao contrario. O POVO DE ANTONINA DO NORTE TEM QUE SABER DISSO, QUE O VERDADEIRO DONO DO PODER É O POVO.
Vocês estão é com inveja porque o Toin ta com o poder e o dinheiro na mão, qualquer um que ficasse no lugar do Toin faria igual ou pior, bando de olhos gordos e invejosos. em TCM faz Tomada de Contas Especial em Antonina do Norte.
Em Antonina do Norte estamos presenciando um cenário político onde alguns cidadãos, num comportamento que beira a insanidade, insistem em acreditar que o que é publico é para ser roubado, desviado. Acreditam que tal procedimento, não traz consequências negativas para eles, os seus familiares, os seus assessores, os seus conterrâneos e a sua comunidade de uma maneira em geral.
E esses e outros comportamentos clássicos que verdadeiramente, difere um cidadão de um pilantra, um mau-caráter. O pior é que pessoas deste tipo querem medir o carater dos outros pelo dele.
Talvez, essa pessoa precise fazer uma auto-analise sobre ele e a cultura que lhe foi passada pelo seu pai ou a sua família, que lhe ensinaram de forma errada ou esqueceram, de lhe dizer que:
Que um cidadão, não deve se apossar daquilo que não lhe pertence.
Que um homem de bem, deve procurar criar a sua família, com o fruto do suor do seu rosto e não roubar.
O comentário abaixo faço questão de postar para dar uma resposta pessoal a pessoa que escreveu.
Pelos menos Antonina do Norte não está com 5 meses de salário atrasado igual Campos Sales e 3 meses igual Saboeiro. O Paulista devia cuidar em pagar as contas que ele deixou aqui em Antonina, devia procurar o que fazer ao inves de querer ser o salvador da pátria, só o que ele causa é prejuízo ao município, pq ao inves do prefeito tá fazendo alguma coisa pra população tem q tá gastando tempo e dinheiro por causa de suas denuncias, coisa que existe em todo município brasileiro. POSTE ESSE COMENTÁRIO DE FOR HOMEM, PAULISTA! em TCM faz Tomada de Contas Especial em Antonina do Norte.
Presado anónimo. sou muito homem sim, aqui esta seu comentário, seja homem também e se identifique e fale que contas são estas que eu estou devendo em Antonina do Norte ou em qualquer outro lugar, DESAFIO VOCÊ A SE IDENTIFICAR E FALAR A QUEM E QUANTO EU DEVO, DENEGRIR E DIFAMAR AS PESSOAS ATRÁS DO ANONIMATO É TÍPICO DOS COVARDES.
Não sei e nem quero saber quantos meses esta atrasado o pagamento dos funcionários em Campos Sales ou Saboeiro, isso é problema deles, somos de Antonina é nosso município que importa, e segundo o relatório da fiscalização os salários dos servidores esta atrasado, e ponto.
E quanto ao que eu devo fazer, estou fazendo o trabalho mais digno que um Brasileiro poder fazer, combater a corrupção e denunciar pessoas como você que vive de roubar e saquear os cofres da nossa querida Antonina do Norte. O que faço é um direito meu garantido pela Constituição, e também uma obrigação de todo cidadão.
E também não quero ser o salvador da pátria não, o que nós estamos fazendo um trabalho que é simplesmente o controle social das contas públicas, já que os nossos vereadores não cumprem com a obrigação de fiscalizar como é gasto os recursos do município, resta a sociedade fazer. Fiscalizamos e denunciamos as irregularidades aos órgãos competentes.
Como você disse, corrupção existe em todos os município mas em centenas de municípios como é o caso de Antonina do Norte, existem grupos de cidadãos que estão fazendo a diferença, e as coisas estão mudando, em Antonina do Norte pelo geito você já sentiu esta diferença.
E aqui neste site o que fazemos levar a informação e o conhecimento a todos as irregularidades, as fraudes e os desvios de recursos públicos que constatamos. Se você anda não sabe, vivemos uma democracia plena e todo e qualquer cidadão tem o direito de expressão e o direito a informação, seja através de jornal, revista, radio, TV ou Internet Todo cidadão tem o direito de criticar e cobrar dos seus governantes.
O nosso trabalho não causa nenhum prejuízo ao município de forma alguma, quem causa prejuízo ao município são vocês que a anos vivem saqueando os cofres públicos. E se o prefeito esta gastando dinheiro do município para se defender das denuncias ele esta cometendo outro crime, ele não pode gastar dinheiro do município com problemas particulares não. Dinheiro do município só pode ser gasto com as despesas do município e para isso tem que se fazer licitações e outros procedimentos, ele não pode simplesmente gastar não.
Esses corruptos insistem em dizer que estão sendo perseguidos. Esse é o sentimento equivocado de serem eles as vitimas e não toda a sociedade a quem eles enganam. É um exemplo clássico, do nível de alucinação e inversão de valores vividos por alguns cidadãos, de nossa cidade.
Ou seja, o sujeito vive de roubar a todos nós e ainda acha – cultura as avessas – que ele é a vitima e não aqueles a quem ele sistematicamente rouba, prejudica.
É uma questão de Gramática da Língua Portuguesa, tão simplesmente, a esses referidos comportamentos, só existem estes termos disponíveis. Quem se sentir ofendido, incomodado ou atacado na sua honra, o mesmo precisa rever os seus conceitos.
INFORMATIVO
A maioria dos comentários que recebemos nas pastagens são de anónimos, na maioria cidadãos indignados que querem fazer um desabafo e não querem se identificar porque temem por represálias, e estão certos porque em Antonina do Norte os cidadãos não tem o direito de fazer qualquer critica aos gestores. Mas também tem os que publicam comentários com apologia aos políticos ou denegrindo pessoas ou com denuncias caluniosas, estes comentários não são publicados, excluímos.
A Classe Média e a Corrupção no Brasil
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Flavio Lyra
O tema da corrupção, especialmente em sua existência associada ao desvio de recursos públicos para o favorecimento de empresas, de políticos e de pessoas comuns, constitui a pièce de résistance, o prato principal, do cardápio político da classe média.
Não sem fortes razões é assim, pois os membros da classe média conhecem de perto o funcionamento dos mecanismos da corrupção, seja como observadores, seja como executores das práticas envolvidas, através das posições que ocupam nas empresas e na administração pública, seja como beneficiários parciais dos resultados das fraudes.
A atitude de indignação que os membros da classe média revelam frente aos casos mais notórios de corrupção que chegam ao conhecimento público deve-se, em boa medida, a razões de ordem moral. Entretanto, não cabe descartar dois aspectos: os casos de corrupção de menor importância são muito difundidos e geralmente aceitos como normais; e os casos realmente importantes beneficiam apenas pequenos grupos contra os quais se levantam as vozes dos que ficam de fora dos esquemas: não há necessidade nem recursos de corromper a todos que aceitariam ser corrompidos. Existe um dito popular que define corrupção como “todo bom negócio para o qual não fomos convidados”.
As denuncias de casos de corrupção, bem como a insinuação de suspeitas a respeito, assumem assim em nossa sociedade a condição de arma política importante, porquanto fácil de ser mobilizada e acionada, quando conveniente, contra competidores e adversários, especialmente com a utilização dos meios de comunicação controlados por grupos minoritários vinculados à classe dominante.
Seu uso para fins políticos é sobejamente conhecido e muito bem aproveitado pela mídia que faz das denúncias e dos escândalos comprovados, material fértil para aumentar a venda de seus serviços ao público em geral e aos interessados diretos na divulgação das notícias pertinentes.
Para que a corrupção possa continuar sendo usada para atingir inimigos é indispensável que os atos que lhe são inerentes sejam vistos como desvios da normalidade. Os corruptos acabam sendo apenas aqueles que, em virtude de circunstâncias desfavoráveis, foram flagrados com a mão na massa e não tiveram o poder suficiente para corromper os responsáveis pela aplicação da lei ou para desviarem de si o foco das atenções.
À classe dominante não interessa, de modo algum, que venha à luz o fato de que a corrupção é inerente à forma de organização econômica em que vivemos, baseada na concentração da propriedade privada nas mãos de uma minoria, na exploração do trabalho e na acumulação de riqueza. Enfim, na organização capitalista. Daí que se esmere em manter a classe média, usando o controle que exerce sobre meios de comunicação, convencida de que o grande problema nacional é a corrupção, sem apontar suas causas reais.
O ofuscamento da questão política central, que é a luta de classes entre capitalistas e trabalhadores, por uma simples disputa dos partidos políticos em torno da questão da corrupção, mostra-se amplamente favorável à perpetuação do sistema capitalista e, portanto, é estimulado e promovido, a preço de ouro, pelos formadores de opinião vinculados às minorias que controlam a empresa privada e suas associações.
Aliás, fenômeno semelhante ocorre nos países capitalistas centrais. Nestes, a corrupção sistêmica inerente ao funcionamento do sistema de livre empresa, hegemonizado pelas grandes corporações privadas, que controlam de modo avassalador o poder político, não permite sequer a posta em prática de políticas que fortaleçam os mecanismos estatais de regulação da atividade econômica, que poderiam atenuar as formas fraudulentas de atuação das grandes empresas privadas, especialmente, os bancos.
Nos Estados Unidos e na Europa a disputa política central entre capitalistas e trabalhadores não vem à tona, pois aparece sob o disfarce de um conflito em torno do tema da intervenção estatal na economia, com os conservadores (Tea Party) defendendo à volta ao ‘paraíso perdido’ da máxima liberdade de empresa e os liberais defendendo um maior poder de regulação do Estado.
Para ambos contendores, não fica claro que o problema real reside exatamente na forma de organização econômica predominante, cujo funcionamento é dirigido para favorecer a acumulação da propriedade nas mãos de poucos e o empobrecimento da classe média.
Anteriormente, ao primeiro governo do PT (antes de 2003) a bandeira da luta contra a corrupção estava nas mãos do PT. Nos anos subseqüentes, os partidos derrotados nas eleições e as organizações de direita, encontraram no combate nominal à corrupção o instrumento eficaz para demonizar o governo, o PT, e os movimentos de esquerda.
Por certo, que o PT, em sua ingenuidade ideológica, não percebeu a armadilha em que estava se metendo, ao copiar os métodos dos grupos políticos tradicionais no que respeita ao uso de recursos públicos para financiar arranjos políticos e atender a insaciável demanda de recursos desses grupos.
Para essa mudança de mãos da bandeira anticorrupção têm jogado papel primordial os quatros grandes grupos empresariais familiares que controlam os meios de comunicação no país: Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Globo e Veja.
A mudança deu-se com grande receptividade na classe média que, em sua ânsia de condenar o PT, como represália pela perda de privilégios que vem sofrendo para dar lugar à ascenção social dos segmentos mais pobres da população, chega a esquecer que os maiores escândalos de corrupção ocorridos no país, nos últimos tempos, não estiveram ligados ao PT: as privatizações nos governos de FHC, as operações financeiras de Daniel Dantas (operação Satiagraha), a operação Gautama, as fraudes do governo Arruda no Distrito Federal, e o recente caso de Carlos Cachoeira, que envolveu o Senador Demóstenes Torres.
Para entender o verdadeiro espírito da empresa capitalista e sua propensão natural à corrupção, basta concentrar a atenção no significado do lucro, que nada mais é do que o resultado do uso da capacidade da empresa para gerar receita e para reduzir custo. As formas como a receita é gerada e o custo é reduzido, dispensam qualquer juízo moral. Aplica-se ao caso o dito chinês: “não importa a cor do gato, o fundamental é que como ratos.”
O poder de mercado das empresas privadas é usado para aumentar as receitas e/ou reduzir os custos, portanto, para aumentar os lucros, sem qualquer justificativa ou preocupação social. Os oligopólios da indústria farmacêutica, por exemplo, aumentam seus lucros à custa da vida dos que não podem pagar seus preços exorbitantes. A Nike, mantém suas altas taxas de lucro, pagando míseros salários a trabalhadores asiáticos e contando com vultosos subsídios fiscais dos governos. A alma da empresa capitalista é a idéia de que tudo que aumenta a receita e diminui o custo, é meritório, pois aumenta o lucro e favorece a acumulação de riqueza
Quem aceita o discurso liberal de que o mercado é um mecanismo justo e eficiente de alocação de recursos e distribuição renda desconhece as poderosas forças que estão por trás da fixação de preços e de salários. Não existem mercados perfeitos, nem neutros, os preços a que compramos os produtos e vendemos nosso trabalho são apenas o reflexo das relações poder na sociedade. São eles que viabilizam a acumulação das grandes fortunas privadas nas atividades realizadas dentro da lei. Os preços e os salários, portanto, já são em si mesmos formas “corruptas” de realização das transações econômicas consideradas legais.
No mundo empresarial a corrupção é um elemento importante da estratégia de negócios, uma arma adicional para enfrentar a competição. Nenhuma empresa bem sucedida sobrevive sem um caixa dois que lhe permita registrar as operações que realiza fora do controle do fisco, nem sem o pagamento de comissões e propinas aos que com ela mantêm transações econômicas e financeiras.
Os inúmeros paraísos fiscais existentes no mundo, sinônimo de corrupção”, são uma peça importante do sistema financeiro mundial, pois sem eles os recursos de origem ilícita (dos lucros que fogem à tributação, das rendas do tráfico de drogas e de armamentos, dos valores subtraídos aos países, através de operações de sub e superfaturamento do comércio, as propinas aos políticos e aos funcionários públicos) não teriam onde ser acumulados e transformados em “dinheiro limpo” para retornarem aos países de onde provieram, como investimentos.
Vivemos numa cultura em que o objetivo primordial é acumular riqueza. Uns o fazem respeitando em alguma medida as leis, outros o fazem através do roubo, do contrabando, do tráfico de drogas, da apropriação ilícita de recursos públicos.
Imaginar que em nossas sociedades os organismos do Estado pairam acima das formas corruptas de operação das empresas privadas é uma grande ilusão. Estado e empresas acham-se inteiramente imbricados. Os tentáculos das empresas privadas, especialmente das grandes empresas penetram em toda a estrutura do Estado. Para os partidos de esquerda que chegam ao poder, constitui uma tarefa verdadeiramente hercúlea governar sujeitos às pressões corruptoras inerentes à realidade econômica.
Não é crível admitir que, numa sociedade em que o financiamento das campanhas dos candidatos a postos eletivos é feita por empresadas privadas, a maioria dos políticos não atue em favor dos interesses das empresas financiadoras. Quem conhece o funcionamento do Legislativo brasileiro sabe precisamente quem são patrocinadores de seus membros.
Nossas sociedades são fundamentalmente corruptas, pois sua forma de organização econômica, voltada para a acumulação de riqueza por indivíduos e grupos de indivíduos, em detrimento do resto da sociedade, estimula permanentemente tais comportamentos.
A eliminação total da corrupção é, portanto, praticamente impossível, mantidas as instituições atuais. Ao contrário do que pensa a classe média, somente com a crescente participação das organizações populares no controle do poder econômico e da política é possível reduzir a corrupção. O desafio que está diante de nossas sociedades é enveredar pelo caminho de novas formas de organização econômica, social e política. Essa solução só pode surgir da classe trabalhadora e das organizações populares, as quais são as grandes prejudicadas pelas formas de organização atual.
Flavio Lyra é Economista. Cursou doutorado de economia na UNICAMP. Ex-técnico do IPEA.
O tema da corrupção, especialmente em sua existência associada ao desvio de recursos públicos para o favorecimento de empresas, de políticos e de pessoas comuns, constitui a pièce de résistance, o prato principal, do cardápio político da classe média.
Não sem fortes razões é assim, pois os membros da classe média conhecem de perto o funcionamento dos mecanismos da corrupção, seja como observadores, seja como executores das práticas envolvidas, através das posições que ocupam nas empresas e na administração pública, seja como beneficiários parciais dos resultados das fraudes.
A atitude de indignação que os membros da classe média revelam frente aos casos mais notórios de corrupção que chegam ao conhecimento público deve-se, em boa medida, a razões de ordem moral. Entretanto, não cabe descartar dois aspectos: os casos de corrupção de menor importância são muito difundidos e geralmente aceitos como normais; e os casos realmente importantes beneficiam apenas pequenos grupos contra os quais se levantam as vozes dos que ficam de fora dos esquemas: não há necessidade nem recursos de corromper a todos que aceitariam ser corrompidos. Existe um dito popular que define corrupção como “todo bom negócio para o qual não fomos convidados”.
As denuncias de casos de corrupção, bem como a insinuação de suspeitas a respeito, assumem assim em nossa sociedade a condição de arma política importante, porquanto fácil de ser mobilizada e acionada, quando conveniente, contra competidores e adversários, especialmente com a utilização dos meios de comunicação controlados por grupos minoritários vinculados à classe dominante.
Seu uso para fins políticos é sobejamente conhecido e muito bem aproveitado pela mídia que faz das denúncias e dos escândalos comprovados, material fértil para aumentar a venda de seus serviços ao público em geral e aos interessados diretos na divulgação das notícias pertinentes.
Para que a corrupção possa continuar sendo usada para atingir inimigos é indispensável que os atos que lhe são inerentes sejam vistos como desvios da normalidade. Os corruptos acabam sendo apenas aqueles que, em virtude de circunstâncias desfavoráveis, foram flagrados com a mão na massa e não tiveram o poder suficiente para corromper os responsáveis pela aplicação da lei ou para desviarem de si o foco das atenções.
À classe dominante não interessa, de modo algum, que venha à luz o fato de que a corrupção é inerente à forma de organização econômica em que vivemos, baseada na concentração da propriedade privada nas mãos de uma minoria, na exploração do trabalho e na acumulação de riqueza. Enfim, na organização capitalista. Daí que se esmere em manter a classe média, usando o controle que exerce sobre meios de comunicação, convencida de que o grande problema nacional é a corrupção, sem apontar suas causas reais.
O ofuscamento da questão política central, que é a luta de classes entre capitalistas e trabalhadores, por uma simples disputa dos partidos políticos em torno da questão da corrupção, mostra-se amplamente favorável à perpetuação do sistema capitalista e, portanto, é estimulado e promovido, a preço de ouro, pelos formadores de opinião vinculados às minorias que controlam a empresa privada e suas associações.
Aliás, fenômeno semelhante ocorre nos países capitalistas centrais. Nestes, a corrupção sistêmica inerente ao funcionamento do sistema de livre empresa, hegemonizado pelas grandes corporações privadas, que controlam de modo avassalador o poder político, não permite sequer a posta em prática de políticas que fortaleçam os mecanismos estatais de regulação da atividade econômica, que poderiam atenuar as formas fraudulentas de atuação das grandes empresas privadas, especialmente, os bancos.
Nos Estados Unidos e na Europa a disputa política central entre capitalistas e trabalhadores não vem à tona, pois aparece sob o disfarce de um conflito em torno do tema da intervenção estatal na economia, com os conservadores (Tea Party) defendendo à volta ao ‘paraíso perdido’ da máxima liberdade de empresa e os liberais defendendo um maior poder de regulação do Estado.
Para ambos contendores, não fica claro que o problema real reside exatamente na forma de organização econômica predominante, cujo funcionamento é dirigido para favorecer a acumulação da propriedade nas mãos de poucos e o empobrecimento da classe média.
Anteriormente, ao primeiro governo do PT (antes de 2003) a bandeira da luta contra a corrupção estava nas mãos do PT. Nos anos subseqüentes, os partidos derrotados nas eleições e as organizações de direita, encontraram no combate nominal à corrupção o instrumento eficaz para demonizar o governo, o PT, e os movimentos de esquerda.
Por certo, que o PT, em sua ingenuidade ideológica, não percebeu a armadilha em que estava se metendo, ao copiar os métodos dos grupos políticos tradicionais no que respeita ao uso de recursos públicos para financiar arranjos políticos e atender a insaciável demanda de recursos desses grupos.
Para essa mudança de mãos da bandeira anticorrupção têm jogado papel primordial os quatros grandes grupos empresariais familiares que controlam os meios de comunicação no país: Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Globo e Veja.
A mudança deu-se com grande receptividade na classe média que, em sua ânsia de condenar o PT, como represália pela perda de privilégios que vem sofrendo para dar lugar à ascenção social dos segmentos mais pobres da população, chega a esquecer que os maiores escândalos de corrupção ocorridos no país, nos últimos tempos, não estiveram ligados ao PT: as privatizações nos governos de FHC, as operações financeiras de Daniel Dantas (operação Satiagraha), a operação Gautama, as fraudes do governo Arruda no Distrito Federal, e o recente caso de Carlos Cachoeira, que envolveu o Senador Demóstenes Torres.
Para entender o verdadeiro espírito da empresa capitalista e sua propensão natural à corrupção, basta concentrar a atenção no significado do lucro, que nada mais é do que o resultado do uso da capacidade da empresa para gerar receita e para reduzir custo. As formas como a receita é gerada e o custo é reduzido, dispensam qualquer juízo moral. Aplica-se ao caso o dito chinês: “não importa a cor do gato, o fundamental é que como ratos.”
O poder de mercado das empresas privadas é usado para aumentar as receitas e/ou reduzir os custos, portanto, para aumentar os lucros, sem qualquer justificativa ou preocupação social. Os oligopólios da indústria farmacêutica, por exemplo, aumentam seus lucros à custa da vida dos que não podem pagar seus preços exorbitantes. A Nike, mantém suas altas taxas de lucro, pagando míseros salários a trabalhadores asiáticos e contando com vultosos subsídios fiscais dos governos. A alma da empresa capitalista é a idéia de que tudo que aumenta a receita e diminui o custo, é meritório, pois aumenta o lucro e favorece a acumulação de riqueza
Quem aceita o discurso liberal de que o mercado é um mecanismo justo e eficiente de alocação de recursos e distribuição renda desconhece as poderosas forças que estão por trás da fixação de preços e de salários. Não existem mercados perfeitos, nem neutros, os preços a que compramos os produtos e vendemos nosso trabalho são apenas o reflexo das relações poder na sociedade. São eles que viabilizam a acumulação das grandes fortunas privadas nas atividades realizadas dentro da lei. Os preços e os salários, portanto, já são em si mesmos formas “corruptas” de realização das transações econômicas consideradas legais.
No mundo empresarial a corrupção é um elemento importante da estratégia de negócios, uma arma adicional para enfrentar a competição. Nenhuma empresa bem sucedida sobrevive sem um caixa dois que lhe permita registrar as operações que realiza fora do controle do fisco, nem sem o pagamento de comissões e propinas aos que com ela mantêm transações econômicas e financeiras.
Os inúmeros paraísos fiscais existentes no mundo, sinônimo de corrupção”, são uma peça importante do sistema financeiro mundial, pois sem eles os recursos de origem ilícita (dos lucros que fogem à tributação, das rendas do tráfico de drogas e de armamentos, dos valores subtraídos aos países, através de operações de sub e superfaturamento do comércio, as propinas aos políticos e aos funcionários públicos) não teriam onde ser acumulados e transformados em “dinheiro limpo” para retornarem aos países de onde provieram, como investimentos.
Vivemos numa cultura em que o objetivo primordial é acumular riqueza. Uns o fazem respeitando em alguma medida as leis, outros o fazem através do roubo, do contrabando, do tráfico de drogas, da apropriação ilícita de recursos públicos.
Imaginar que em nossas sociedades os organismos do Estado pairam acima das formas corruptas de operação das empresas privadas é uma grande ilusão. Estado e empresas acham-se inteiramente imbricados. Os tentáculos das empresas privadas, especialmente das grandes empresas penetram em toda a estrutura do Estado. Para os partidos de esquerda que chegam ao poder, constitui uma tarefa verdadeiramente hercúlea governar sujeitos às pressões corruptoras inerentes à realidade econômica.
Não é crível admitir que, numa sociedade em que o financiamento das campanhas dos candidatos a postos eletivos é feita por empresadas privadas, a maioria dos políticos não atue em favor dos interesses das empresas financiadoras. Quem conhece o funcionamento do Legislativo brasileiro sabe precisamente quem são patrocinadores de seus membros.
Nossas sociedades são fundamentalmente corruptas, pois sua forma de organização econômica, voltada para a acumulação de riqueza por indivíduos e grupos de indivíduos, em detrimento do resto da sociedade, estimula permanentemente tais comportamentos.
A eliminação total da corrupção é, portanto, praticamente impossível, mantidas as instituições atuais. Ao contrário do que pensa a classe média, somente com a crescente participação das organizações populares no controle do poder econômico e da política é possível reduzir a corrupção. O desafio que está diante de nossas sociedades é enveredar pelo caminho de novas formas de organização econômica, social e política. Essa solução só pode surgir da classe trabalhadora e das organizações populares, as quais são as grandes prejudicadas pelas formas de organização atual.
Flavio Lyra é Economista. Cursou doutorado de economia na UNICAMP. Ex-técnico do IPEA.
fonte: Alerta Total
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
SEMINÁRIO TRANSPARÊNCIA E CONTROLE DA CORRUPÇÃO
Seminário Transparência e Controle da Corrupção
Dia 10 de dezembro de 2012 (segunda-feira), das 7h30 às 19h30
Local: Memorial da América Latina
Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo/SP
01156-001
O Seminário: Transparência e Controle da Corrupção - A Lei de Acesso à Informação, dia 10 de dezembro, no Salão dos Atos do Memorial da América Latina, em São Paulo.
O Seminário, vinculado à campanha Não Aceito Corrupção (www.naoaceitocorrupcao.com.br), visa promover multifacetado debate e formular convite a todos para a reflexão e para um novo posicionamento, incentivando as pessoas a também exercerem seus direitos por meio da denúncia.
O evento é gratuito, porém as vagas são limitadas. Para participar é preciso fazer a inscrição AQUI
Entre os palestrantes estarão conselheiros de tribunais de contas, professores, pesquisadores, jornalistas renomados, como Milton Jung, o Ministro Chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hade e promotores.
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CPIZZA DO CASCATA OPSS CACHOEIRA
21 empresas laranjas receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos #istotemqueserinvestigado
Grupo cede para evitar pizza na CPI do Cachoeira
O relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos
O relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da Delta nos últimos 5 anos
Brasília – Na tentativa de evitar que a CPI do Cachoeira termine em pizza, o grupo de parlamentares chamado de “independentes” está decidido a votar a favor do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Integrado pelos deputados Miro Teixeira (PDT-RJ),Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) e pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), o grupo tem divergências em relação ao parecer do petista e estuda apresentar um voto em separado, mas não descarta aprovar o texto de Cunha para evitar que a CPI seja concluída sem um relatório final.
Para conquistar os votos do grupo, o relator está disposto a incorporar no texto um pedido para o Ministério Público investigar 21 empresas laranjas que receberam R$ 545 milhões da empreiteira Delta nos últimos cinco anos. Os votos dos independentes são essenciais para o relatório de Cunha, apresentado em sua primeira versão há duas semanas, ser aprovado.
Parte da base aliada, em especial do PMDB, se uniu ao PSDB para retirar do parecer o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo; e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish; além da investigação das transações feitas pela empreiteira. No relatório final, Cunha recomenda ao Ministério Público que investigue 117 empresas, incluindo a Delta, que movimentaram R$ 84 bilhões nos últimos dez anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Cuba -O governo perdeu a batalha ideológica", afirmou Óscar Espinosa Chefe, economista que foi preso em 2003 por criticar o governo.
"A batalha por ideias foi a mais importante e eles perderam".
05 de dezembro de 2012
DAMIEN CAVE, THE NEW YORK TIMES; É JORNALISTA - O Estado de S.Paulo
Era apenas um pequeno letreiro, vermelho, redondo e iluminado como anúncio da pizza caseira, algo que ninguém estranharia em Nova York ou Roma. Mas em Havana? Era alguma coisa um tanto espantoso. Afinal, Cuba há décadas é dominada por uma ideologia totalmente anticapitalista, em que somente três coisas são divulgadas em cartazes, rádio ou TV: socialismo, nacionalismo, Fidel e Raúl Castro.
Aquele letreiro na frente de uma residência colonial decadente representava exatamente o contrário - marketing e a busca de lucro privado.
E o letreiro não estava simplesmente jogado ali. Ao contrário dos anúncios feitos em papelão que vi nesse mesmo bairro pobre quando visitei Cuba no ano passado, aquele letreiro custa dinheiro. Era um investimento. Um nítido sinal de que alguns novos empreendedores de Cuba, legalizados pelo governo há dois anos na tentativa desesperada para salvar a economia da ilha, começam a se adaptar à lógica da competição e do capitalismo.
Mas até que ponto os cubanos estão se tornando capitalistas? Estão aderindo ao que Friedrich Hayek descreveu como "sistema auto-organizado de cooperação voluntária", ou resistindo? "É uma combinação", diz Arturo López Levy, ex-analista do governo cubano e hoje professor na Universidade de Denver. "Quando um número cada vez maior de pessoas se torna mais proativo e mais dogmático, então os outros, gostando ou não, têm de fazer o mesmo. Têm de competir. Acho que é uma dinâmica."
Mudanças. De fato, como ocorreu no Iraque, Rússia, México e outros países que vivenciaram décadas de governo ditatorial que finalmente teve um fim, Cuba hoje é uma sociedade marcada por anos de abusos, dividida e insegura quanto ao seu futuro. As mudanças verificadas nos últimos anos - com a permissão do trabalho autônomo, mais liberdade para viajar e a possibilidade de comprar e vender um imóvel ou carro - foram notáveis e também extremamente limitadas. Assim, pequenas coisas como letreiros são tão importantes, pois todos estão preocupados com o novo momento e ninguém sabe ao certo se Cuba está a caminho do capitalismo, como The Economist afirmou na sua edição de março, ou se a ilha está destinada continuar sobrevivendo a duras penas, com um capitalismo refreado para alguns e a subsistência socialista para o restante.
O debate é ainda mais complicado porque os mesmos líderes que rejeitaram o capitalismo por tanto tempo hoje são os que tentam encorajar as pessoas a experimentá-lo. Raúl Castro foi notoriamente o mais leal comunista da revolução; agora, como presidente do país, é o maior incentivador das reformas com vistas a um livre mercado. De um lado, uma recente reunião do Partido Comunista Cubano no início deste ano incluiu uma sessão sobre como superar os preconceitos contra os novos empreendedores; de outro, Raúl Castro afirmou que "jamais permitirá o retorno do sistema capitalista".
"Eles são esquizofrênicos", diz Ted Henken, especialista em assuntos cubanos no Baruch College. "Dizem estar mudando, mas tratam essas coisas como dádivas e não direitos."
E, no entanto, é inegável que focos de um capitalismo controlado estão surgindo em Cuba. Em Havana, especialmente, as pequenas empresas estão por toda a parte. Setores de comércio urbanos, incluindo táxis e restaurantes estão se transformando com a chegada de novos participantes, que competem cada vez mais por clientes, mão de obra e produtos. Mesmo as tarefas mais elementares que costumavam ser administradas pelo Estado - como a compra de alimento - estão nas mãos de um sistema privado que estabelece seus próprios preços com base na lei da oferta e da procura.
Embora o grande impulso inicial tenha diminuído, alguns especialistas afirmam que a explosão do comércio mostrou até que ponto os cubanos sempre foram capitalistas. Das cerca de 350 mil pessoas autorizadas no final de 2011 a trabalhar autonomamente com base na nova legislação, 67% não tinham nenhuma filiação profissional - o que muito provavelmente significa que realizavam atividades clandestinas que depois foram legalizadas.
Confiança. Alguns dos mais bem-sucedidos empreendedores estão confiantes numa maior abertura de Cuba às ideias do livre mercado. Héctor Higuera Martínez, de 39 anos, proprietário do Le Chansonnier, um dos mais finos restaurantes de Havana (o pato é praticamente parisiense), diz que as autoridades "começam a perceber que há uma razão para apoiar as empresas privadas". Ele, por exemplo, deu trabalho às pessoas e traz para o país moeda forte dos estrangeiros, até mesmo americanos.
"Antes não tínhamos nada. Hoje temos uma oportunidade", afirmou. Ele tem feito tudo o que pode para aproveitar o máximo disso. Quando nos reunimos uma noite no seu restaurante, Hector já havia escrito várias páginas de notas e mapas explicando em que áreas o setor em que trabalha precisa crescer - com a criação de mercados atacadistas, meios de transporte aprimorados para os agricultores e o fim do embargo comercial americano e as mudanças no código tributário cubano. Numa cozinha montada de improviso, em que somente um dos três fornos funciona, ele parecia salivar ante a ideia de uma embalagem a vácuo para poder entregar suas refeições de modo mais eficiente.
Ele é um capitalista de verdade. Mas suas ideias serão adotadas um dia? Como todos os outros empreendedores, ele enfrenta restrições severas. Não pode contratar mais de 20 funcionários, por exemplo. Não tem acesso a empréstimos de bancos privados e o governo mostra-se pouco inclinado a permitir que pessoas como ele tenham um sucesso em grande escala.
Em vez disso, quando são bem-sucedidos, o governo fica inquieto. O governo Castro tenta manter um limite à inovação de outras maneiras também. Não permite que profissionais, como advogados e arquitetos, trabalhem por conta própria. E seus esforços em termos de repressão política têm se concentrado nos últimos anos nos jovens criativos que buscam espaço para se manifestar em público e online - como a blogueira Yoani Sánchez ou Antonio Rodiles, diretor de um projeto independente chamado Estado de Sats, preso no início de novembro e libertado na semana passada, após 18 dias na prisão.
Assim, no momento, o que Cuba tem é um capitalismo algemado: com um mercado competitivo excessivamente regulamentado para pequenas empresas familiares e sem prática de comércio. O que existe hoje em termos de liberdade econômica ajudou mais aqueles cuja maior ambição é fazer e vender pizza.
O que leva novamente à pergunta: Cuba realmente se dirige para um sistema capitalista ou não? Os céticos são muitos. "Em todos os lugares do mundo onde houve mudanças de fato, isso ocorreu porque o próprio regime permitiu algumas aberturas de peso e a porta foi se abrindo cada vez mais", disse o senador Robert Menendez, democrata de New Jersey. "É o que vem ocorrendo agora em Cuba."
Muitos cubanos mostram-se hesitantes quanto a um afrouxamento de um sistema confiável e resumem isso de modo jocoso: "Fingimos trabalhar e eles fingem que nos pagam". Os motoristas de táxi disseram a López Levi que estão trabalhando mais e ganhando menos por causa da maior concorrência. Um agricultor que encontrei num centro atacadista fora de Havana equiparou o capitalismo a preços mais altos e disse que o governo precisava intervir.
Mas na maior parte este é um grupo que envelhece e López Levy, que ainda tem amigos e parentes no governo, diz que mesmo entre os burocratas cubanos a mentalidade está mudando. Neste caso o capitalismo pode ser inevitável. Pois a cada empreendedor que o governo concede uma licença o país se torna menos socialista, menos excepcional, e cada vez menos rebeldes barbudos bradando contra os horrores do capitalismo ianque. Aos olhos de alguns cubanos isso já acabou.
"O governo perdeu a batalha ideológica", afirmou Óscar Espinosa Chefe, economista que foi preso em 2003 por criticar o governo. "A batalha por ideias foi a mais importante e eles perderam". / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
Aquele letreiro na frente de uma residência colonial decadente representava exatamente o contrário - marketing e a busca de lucro privado.
E o letreiro não estava simplesmente jogado ali. Ao contrário dos anúncios feitos em papelão que vi nesse mesmo bairro pobre quando visitei Cuba no ano passado, aquele letreiro custa dinheiro. Era um investimento. Um nítido sinal de que alguns novos empreendedores de Cuba, legalizados pelo governo há dois anos na tentativa desesperada para salvar a economia da ilha, começam a se adaptar à lógica da competição e do capitalismo.
Mas até que ponto os cubanos estão se tornando capitalistas? Estão aderindo ao que Friedrich Hayek descreveu como "sistema auto-organizado de cooperação voluntária", ou resistindo? "É uma combinação", diz Arturo López Levy, ex-analista do governo cubano e hoje professor na Universidade de Denver. "Quando um número cada vez maior de pessoas se torna mais proativo e mais dogmático, então os outros, gostando ou não, têm de fazer o mesmo. Têm de competir. Acho que é uma dinâmica."
Mudanças. De fato, como ocorreu no Iraque, Rússia, México e outros países que vivenciaram décadas de governo ditatorial que finalmente teve um fim, Cuba hoje é uma sociedade marcada por anos de abusos, dividida e insegura quanto ao seu futuro. As mudanças verificadas nos últimos anos - com a permissão do trabalho autônomo, mais liberdade para viajar e a possibilidade de comprar e vender um imóvel ou carro - foram notáveis e também extremamente limitadas. Assim, pequenas coisas como letreiros são tão importantes, pois todos estão preocupados com o novo momento e ninguém sabe ao certo se Cuba está a caminho do capitalismo, como The Economist afirmou na sua edição de março, ou se a ilha está destinada continuar sobrevivendo a duras penas, com um capitalismo refreado para alguns e a subsistência socialista para o restante.
O debate é ainda mais complicado porque os mesmos líderes que rejeitaram o capitalismo por tanto tempo hoje são os que tentam encorajar as pessoas a experimentá-lo. Raúl Castro foi notoriamente o mais leal comunista da revolução; agora, como presidente do país, é o maior incentivador das reformas com vistas a um livre mercado. De um lado, uma recente reunião do Partido Comunista Cubano no início deste ano incluiu uma sessão sobre como superar os preconceitos contra os novos empreendedores; de outro, Raúl Castro afirmou que "jamais permitirá o retorno do sistema capitalista".
"Eles são esquizofrênicos", diz Ted Henken, especialista em assuntos cubanos no Baruch College. "Dizem estar mudando, mas tratam essas coisas como dádivas e não direitos."
E, no entanto, é inegável que focos de um capitalismo controlado estão surgindo em Cuba. Em Havana, especialmente, as pequenas empresas estão por toda a parte. Setores de comércio urbanos, incluindo táxis e restaurantes estão se transformando com a chegada de novos participantes, que competem cada vez mais por clientes, mão de obra e produtos. Mesmo as tarefas mais elementares que costumavam ser administradas pelo Estado - como a compra de alimento - estão nas mãos de um sistema privado que estabelece seus próprios preços com base na lei da oferta e da procura.
Embora o grande impulso inicial tenha diminuído, alguns especialistas afirmam que a explosão do comércio mostrou até que ponto os cubanos sempre foram capitalistas. Das cerca de 350 mil pessoas autorizadas no final de 2011 a trabalhar autonomamente com base na nova legislação, 67% não tinham nenhuma filiação profissional - o que muito provavelmente significa que realizavam atividades clandestinas que depois foram legalizadas.
Confiança. Alguns dos mais bem-sucedidos empreendedores estão confiantes numa maior abertura de Cuba às ideias do livre mercado. Héctor Higuera Martínez, de 39 anos, proprietário do Le Chansonnier, um dos mais finos restaurantes de Havana (o pato é praticamente parisiense), diz que as autoridades "começam a perceber que há uma razão para apoiar as empresas privadas". Ele, por exemplo, deu trabalho às pessoas e traz para o país moeda forte dos estrangeiros, até mesmo americanos.
"Antes não tínhamos nada. Hoje temos uma oportunidade", afirmou. Ele tem feito tudo o que pode para aproveitar o máximo disso. Quando nos reunimos uma noite no seu restaurante, Hector já havia escrito várias páginas de notas e mapas explicando em que áreas o setor em que trabalha precisa crescer - com a criação de mercados atacadistas, meios de transporte aprimorados para os agricultores e o fim do embargo comercial americano e as mudanças no código tributário cubano. Numa cozinha montada de improviso, em que somente um dos três fornos funciona, ele parecia salivar ante a ideia de uma embalagem a vácuo para poder entregar suas refeições de modo mais eficiente.
Ele é um capitalista de verdade. Mas suas ideias serão adotadas um dia? Como todos os outros empreendedores, ele enfrenta restrições severas. Não pode contratar mais de 20 funcionários, por exemplo. Não tem acesso a empréstimos de bancos privados e o governo mostra-se pouco inclinado a permitir que pessoas como ele tenham um sucesso em grande escala.
Em vez disso, quando são bem-sucedidos, o governo fica inquieto. O governo Castro tenta manter um limite à inovação de outras maneiras também. Não permite que profissionais, como advogados e arquitetos, trabalhem por conta própria. E seus esforços em termos de repressão política têm se concentrado nos últimos anos nos jovens criativos que buscam espaço para se manifestar em público e online - como a blogueira Yoani Sánchez ou Antonio Rodiles, diretor de um projeto independente chamado Estado de Sats, preso no início de novembro e libertado na semana passada, após 18 dias na prisão.
Assim, no momento, o que Cuba tem é um capitalismo algemado: com um mercado competitivo excessivamente regulamentado para pequenas empresas familiares e sem prática de comércio. O que existe hoje em termos de liberdade econômica ajudou mais aqueles cuja maior ambição é fazer e vender pizza.
O que leva novamente à pergunta: Cuba realmente se dirige para um sistema capitalista ou não? Os céticos são muitos. "Em todos os lugares do mundo onde houve mudanças de fato, isso ocorreu porque o próprio regime permitiu algumas aberturas de peso e a porta foi se abrindo cada vez mais", disse o senador Robert Menendez, democrata de New Jersey. "É o que vem ocorrendo agora em Cuba."
Muitos cubanos mostram-se hesitantes quanto a um afrouxamento de um sistema confiável e resumem isso de modo jocoso: "Fingimos trabalhar e eles fingem que nos pagam". Os motoristas de táxi disseram a López Levi que estão trabalhando mais e ganhando menos por causa da maior concorrência. Um agricultor que encontrei num centro atacadista fora de Havana equiparou o capitalismo a preços mais altos e disse que o governo precisava intervir.
Mas na maior parte este é um grupo que envelhece e López Levy, que ainda tem amigos e parentes no governo, diz que mesmo entre os burocratas cubanos a mentalidade está mudando. Neste caso o capitalismo pode ser inevitável. Pois a cada empreendedor que o governo concede uma licença o país se torna menos socialista, menos excepcional, e cada vez menos rebeldes barbudos bradando contra os horrores do capitalismo ianque. Aos olhos de alguns cubanos isso já acabou.
"O governo perdeu a batalha ideológica", afirmou Óscar Espinosa Chefe, economista que foi preso em 2003 por criticar o governo. "A batalha por ideias foi a mais importante e eles perderam". / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
FONTE:rvchudo
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Atenção: Elite financia a corrupção no Brasil? Inteligência descobre que empresas europeias doam 100 MILHÕES de Euros por ano para mensaleiros Leia mais: http://www.libertar.in/2012/12/atencao-elite-financia-corrupcao-no.html#ixzz2EFOVzgxH
Rothschild doa USS$500mil para cada partido socialista/comunista criado no brasil e no mundo.. depois eles seguem a cartilha destes elaborada pela ONU, que determina e obrigam os países aceitarem. enfim, os socialistas/comunistas fazem as leis que interessam aos Iluminattis.
Já era de se imaginar! A Elite Globalista financia a corrupção dos políticos brasileiros! Tudo para destruir a soberania do país!
Postado por Alexandre do CoutoCorrespondente no Cone Sul
Exclusivo – O Rosegate é a prova de que o Mensalão não acabou e parece eterno como os diamantes. Investigações sigilosas da Polícia Federal e de setores de inteligência das Forças Armadas descobriram que é de 25 milhões de Euros a generosa contribuição trimestral “doada” à cúpula de petistas por empresas européias beneficiadas com negócios no Brasil. A grana pesada (100 milhões anuais) rola por fora da contabilidade oficial, em depósitos feitos no exterior. Se tal descoberta não for abafada e ficar de fora do inquérito da Operação Porto Seguro, o titanic do PT vai afundar.
Um descuido (ou aposta na impunidade) fez com que viesse à tona o informe, que circula pela internet, de que, numa viagem de Lula a Portugal, Doutora Rosemary Nóvoa Noronha teria levado, na “mala diplomática”, 25 milhões de Euros. O valor, que teria sido declarado à receita portuguesa, seguiu em carro forte para depósito na agência central do Banco Espírito Santo, na cidade do Porto. A PF sabe que vários condenados no Mensalão – e um dos milagrosamente absolvidos – têm movimentadíssima conta corrente no BES português.
A imperícia foi que Rose mandou fazer o depósito tendo Luiz Inácio Lula da Silva como o possível beneficiário de um seguro que fora feito para evitar “algum sinistro” com tanto dinheiro. Se os dados da Aduana do aeroporto internacional Francisco de Sá Carneiro forem confirmados oficialmente, o bebê de Rosemary vai sofrer um aborto político. O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, já pensa em pedir a prisão preventiva de Rosemary e intimar seu amigo Lula para dar explicações oficiais sobre tudo que envolve o Rosegate.
Um outro descuido, cometido por outro amigo de Rosemary, também detectado pela Polícia Federal, é guardado em estranho sigilo. Sete meses atrás, mesmo usando indevidamente as facilidades da “área reservada a autoridades”, o consultor e advogado José Dirceu de Oliveira e Silva teve um probleminha no embarque internacional do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Um servidor da Receita Federal resolveu apreender 35 mil Euros que ele levaria a uma viagem à Europa. O preço pago pelo ousado funcionário foi ganhar uma promoção: acabou transferido para o Aeroporto dos Guararapes, em Recife. Dirceu só ficou sem a grana em excesso que levava.
O fato mais grave de todos é que a Presidenta Dilma Rousseff – mesmo não envolvida ou beneficiada por tais maracutaias – têm pleno domínio de todos estes fatos sigilosos. Tanto que uma das cinco facções com poder na Polícia Federal já vaza que a Operação Porto Seguro estava programada para acontecer em setembro. Mas a cúpula da PF recebeu “uma ordem de cima” para nada fazer naquele momento, porque tumultuaria a situação política eleitoral. Torna-se ridícula a tentativa de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negar que a quadrilha atuasse na Presidência da República. Rosemary era chefe de gabinete da PR em São Paulo por indicação do bem amado Lula e por conveniência (ou conivência) da Presidenta Dilma Rousseff.
Rosemary não teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, na deflagração da Operação Porto Seguro, simplesmente porque houve um movimento – que falhou – para que seu nome nem viesse à tona nesta primeira fase de investigações. Ficaria no famigerado “segredo judicial”. Mas como a operação envolveu também agentes de informação das Forças Armadas, ficou impossível esconder quem era Rosemary e o que ela representava, de verdade, para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rosemary terá de explicar como utilizava um passaporte exclusivo de membros do primeiro escalão governamental para viagens de negócio ao exterior que fazia sem a presença do amigo Lula. Serviços de inteligência das Forças Armadas receberam informes de que Rose participaria de negócios com diamantes em pelo menos cinco países: Bélgica, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha. As pedras preciosas seriam originárias de negócios ocultos feitos pela cúpula petralha na África, principalmente Angola. Tal informação também foi passada à PGR pelos militares.
Foram detectadas dezenas de viagens não-oficiais de Rosemary ao exterior, para "passeios de negócios". O passaporte especial a denunciou. Foram 23 para a França. Para Suíça, ocorreram 18, por via terrestre, partindo de Paris, e mais quatro por via aérea. Rose também fez 12 deslocamentos de avião para a Inglaterra. Outras sete viagens para o Caribe e os Estados Unidos, aconteceram de navio – de acordo com a inteligência militar brasileira. Tais informações sigilosas sobre o Rosegate não aparecem nas 600 páginas do inquérito da Operação Porto Seguro.
O temor petralha é que o destino deles está nas mãos do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel – a quem os “gênios” do PT tentaram indiciar na CPI do Cachoeira, mesmo sabendo que o procurador nada tem com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos. Gurgel tem tudo para decidir que a Operação Porto Seguro será mais um caso para o Supremo Tribunal Federal, por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado. De imediato, Gurgel deve pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Lula & família, mesmo sabendo que nem tudo deve ser descoberto.
Gurgel tem tudo para pedir a prisão preventiva de Rosemary – que só os íntimos amigos petistas sabem por onde anda. Rose só não foi presa inicialmente por sua intimidade com o poderoso Lula. Exatamente por isso, agora, ele deve prestar contas à Justiça. Gurgel já tem documentos que confirmam como a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo agia com respaldo de Lula, principalmente nas viagens internacionais que fazia em companhia dele ou não, portando passaporte especial privativo de autoridades diplomáticas. E, também, como Rose ainda atuava em sintonia com José Dirceu, José Genoíno e demais figuras de proa condenadas na Ação Penal 470 do Supremo Tribunal Federal.
A imagem do governo Dilma será afetada diretamente pelo Rosegate. No teatro, até agora, ela tem se saído bem. Seus marketeiros venderam a falsa imagem de que ela demitiu Rose – quando, na verdade, o Diário Oficial da União publicou a conveniente expressão “exoneração a pedido” (da própria exonerada). Mas Dilma só terá mesmo problemas sérios se a economia atrapalhar. Governos suportam denúncias de corrupção, mas não resistem em tempos de agravamento de crise econômica.
Luiz Inácio Lula da Silva também tem um fim de carreira tenebroso. E a desgraça dele começa em casa. Mesmo que Marisa Letícia venha a público com a conversa de que ele é um sujeito família e que nada houve entre ele e Rosemary, o casamento fica, no mínimo, estremecido com a midiática fofocagem – inclusive internacional – sobre a relação Lula-Rose. Mas o grande temor dos amigos de Lula é com a saúde dele. Tratamento pós-câncer não combina com pressões psicológicas como as que ele vem sofrendo agora.
O mito Lula vive seu momento mais infernal. E tudo pode ficar ainda pior se o Procurador-Geral da República cumprir o dever... O que não ocorreu no processo do Mensalão, porque não convinha às ocultas forças internacionais que controlam o Brasil de verdade. Mas agora, como Lula nada mais é que um ex-Presidente, sem foro privilegiado ou imunidade parlamentar, a casa do mito tem tudo para ruir.
Pelo menos para a cúpula do PT, parece que a famosa Profecia Maia sobre o “fim do mundo” já é uma realidade bem concreta.
Diferenças fundamentais
O craque Jorge Bastos Moreno, de O Globo, revelou ontem que o ex-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, último dos presidentes da tal da dita-dura, tinha uma namorada secreta.
A grande diferença é que a empresária Myriam Abicair, que hoje é dona do badalado spa “Sete Voltas, em Itatiba, sempre foi tratada por Figueredo como “namorada” – e não como mera “amante”.
Outra diferença é que Myrian nunca entrou na aeronave presidencial, nunca teve cargo no governo, nunca fez parte de quadrilha para praticar tráfico de influência em benefício de empresas que fazem negócios com o governo e pagam mensalões, nem nunca se meteu com o complicado e perigoso negócio de venda internacional de pedras preciosas...
A conclusão a que se chega é que já não se fazem mais namoradinhas de presidentes como antigamente...
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 5 de Dezembro de 2012.
Fonte: http://www.alertatotal.net/2012/12/inteligencia-descobre-que-empresas.htm
Marcha da Caça aos Corruptos
No Dia da Justiça, (08/12), quem não apoia bandidos e mensaleiros participa da MARCHA DA CAÇA AOS CORRUPTOS.
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DICA PRA CONVIDAR OS AMIGOS SEM CLICAR UM POR UM
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1. Participe do evento
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