OCC - ALERTA BRASIL
Organização que tem como objetivo, educar, prevenir, fiscalizar e informar.
Atualmente a corrupção no país é endêmica, e somente as ações da sociedade para combater esse mal.
O MOVIMENTO QUE A OCC ALERTA BRASIL APOIA SAI NA REVISTA VEJA - CHAMADA PARA 24/FEVEREIRO/15H00 NO MASP - ORGANIZE O EVENTO MEXEU COM O BRASIL, MEXEU COMIGO / FORA LULA / PT EM SUA CIDADE, NÓS APOIAREMOS. Leia a matéria na veja e faça parte da OCC Alerta Brasil -->>https://www.facebook.com/organizacaodecombateacorrupcao
O grupo que organizou um protesto contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 13 já marcou data para um novo ato na Avenida Paulista: 24 de fevereiro, um domingo.
Cartaz de divulgação de novo protesto contra Lula
Na primeira manifestação, duas dezenas de pessoas apareceram. Agora, o movimento se intitula “Os 20 do MASP” – uma referência aos Dezoito do Forte de Copacabana.
O grupo promete colocar mais gente na rua para pedir que o ex-presidente seja investigado e punido por sua ligação com esquemas de corrupção – especialmente nos episódios do mensalão e do tráfico de influência praticado por Rosemary de Noronha, intimamente ligada a Lula. Até agora, nenhum partido oposicionista aderiu à marcha.
IMAGINEM SE A ASSESSORA NÃO É LARANJA DO PILANTRA QUE QUER SER PRESIDENTE DO SENADO NOVAMENTE?
O brasileiro anda tão enojado com o mau uso do dinheiro público que não aguenta mais nem 500 anos. Dia virá em que o contribuinte, homem que paga seus impostos tranquilo, fará as pazes com a violência. A turma de Brasília que não facilite.
A propósito, os repórteres Murilo Ramos e Leandro Loyola levaram às página apenúltima da Capital da República. Envolve o senador Renan Calheiros e seu primogênito, o deputado federal Renan Filho, ambos do PMDB de Alagoas.
A dupla contratou os serviços de uma firma de pesquisas chamada Ibrape. Pertence a Francisco Diniz. Vem a ser marido de Edenia Sales, uma assessora do senador. Até aí, nada demais. O diabo é que Renan e Renanzinho usaram verba pública.
Entre agosto de 2011 e outubro de 2012, repassaram à empresa mais de R$ 100 mil. Dinheiro do Congresso, destinado ao custeio de despesas relacionadas ao exercício do mandato.
Renan fez dois repasses de R$ 8 mil. Renanzinho fez sete pagamentos no total de R$ 94,5 mil. Quando os pagamentos ao Ibrape começaram a ser feitos, Edenia, a assessor do senador, ainda era sócia do instituto. Desligou-se em março de 2012.
Embora Edenia o assessore há 14 anos, Renan diz que não sabia que ela integrava o quadro societário da empresa. “Contratei o Ibrape porque é o melhor instituto de pesquisa do Estado” de Alagoas, diz.
Francivaldo, o marido de Edenia, diz não se lembrar que serviços prestou a Renan e Renanzinho. “São pesquisas que a gente faz sobre os problemas e as demandas de cada município”, diz.
Edenia não enxerga na encrenca nenhum tipo de conflito de interesses: “Somos casados, mas não somos a mesma pessoa. Não vejo por que o senador teria de se privar de ter um serviço bom só por ele ser meu marido”.
Tudo isso vem à tona a duas semanas do retorno de Renan à presidência do Senado. Nesse diapasão, o brasileiro ainda acaba explodindo. Os políticos nãp perdem por esperar. Ganham.
Se forem verdadeiros os sempre altíssimos percentuais de apoio ao ex-presidente, é provável que muitos leitores destas linhas tenham o maior apreço pelo nosso Berlusconi matuto.
Atravessou os últimos sete anos sem esclarecimento cabal a incompatibilidade entre a consagração que o povo brasileiro dedica ao ex-presidente Lula e o que esse mesmo povo diz quando chamado a opinar sobre a moralidade da conduta de terceiros. Alguns analistas consideram, com bastante razão, que o brasileiro médio não consegue conectar o que pensa com o que faz. Simetricamente, as ações e omissões de Lula na vida real não influenciam o juízo que esse mesmo cidadão faz do ex-presidente.
Já saiu de cartaz e vai para a amnésia seletiva a operação da Polícia Federal que revelou as relações promíscuas da personagem Rosemary com pessoas envolvidas em corrupção. Os fatos, que teriam tudo para abalar fortemente a imagem de Lula sequer lhe fizeram cócegas. No entanto, um breve resumo do que se tornou público mostra a gravidade das revelações. Vejamos: a) Lula tinha um affaire com Rosemary (até aí nada que mereça interesse, a não ser de alguma vizinha fofoqueira); b) para tornar mais fáceis essas relações, ele criou um cargo federal em São Paulo, designou Rosemary para esse posto e transferiu para nós, pagadores de impostos, o ônus de sua manutenção (aqui os problemas já entram para o campo político e penal, de onde não mais sairão, ainda que sobre eles se estejam empilhando as páginas do tempo); c) com o mesmo intuito de favorecer os encontros entre ambos, Lula inseriu a amiga nas comitivas que o acompanharam em dezenas de roteiros internacionais, com livre acesso aos seus aposentos privados, transformando em motel a aeronave presidencial; d) num arroubo tão sem propósito quanto o de Calígula ao incluir seu amado cavalo Incitatus na lista dos senadores de Roma, Lula fez com que fosse fornecido passaporte diplomático à sua teúda e nossa manteúda, dando-lhe status de servidora do país no cenário internacional; e) obviamente, a condição de servidora "pública" em missão diplomática, credenciou Rosemary às diárias pagas aos funcionários em tais situações; f) para ocultar todos esses fatos ao conhecimento da matriz, Lula, contrariando rigorosos dispositivos que regem as viagens aéreas, exigia que o nome da filial fosse suprimido das listas de passageiros embarcados na aeronave presidencial.
Os leitores destas linhas sabem que tudo isto é fato. Aliás, fato que tão logo divulgado constrangeu a presidente Dilma a extinguir o cargo que a nossa manteúda ocupava no tal escritório de representação do governo federal em São Paulo. E o ex-presidente, a despeito de sua situação de homem público e de suas responsabilidades em relação aos próprios atos, manteve-se quieto como, digamos assim, um guri cujas fraldas precisam ser trocadas.
Mesmo assim, o efeito dessas revelações sobre a imagem e o prestígio de Lula é igual a zero. Efeito nenhum. Ora, se forem verdadeiros os sempre altíssimos percentuais de apoio ao ex-presidente, é provável que muitos leitores destas linhas tenham o maior apreço pelo nosso Berlusconi matuto. Mas é inegável que o objeto desse apreço é um perfeito velhaco.
Em ditaduras coletivistas, o personalismo é a chave de perpetuação no poder. Foiassim na Alemanha de Hitler, Itália de Mussolini, China de Mao Tsé-Tung, UniãoSoviética de Stalin, Camboja de Pol Pot, Romênia de Ceausescu, Cuba de Fidel etc. E é assim na Venezuela de Chavez, Bolívia de Evo Morales e...no Brasil de Lulla.
O personalista constrói uma imagem de salvador da Pátria, aquele que fará bem a um coletivo – o povo (leia-se nação, raça, gênero, classe...), e, assim, passa ser um ser acima do bem e do mal. A América Latina é prova inconteste de como o personalismo ignora o Estado de Direito e as leis passam a ser aquelas que o grupo do personalista entende que sejam as melhores para o país ou para eles mesmos: Cristina Kirchner resolveu não esperar decisão judicial e está pondo em prática a Ley dos Médios na Argentina; Evo Morales assinou a nova Constituição da Bolívia dentro de uma quartel sem a presença da Oposição; Hugo Chavez tomou posse de seu novo mandato praticamente morto – ou morto – passando por cima da Magna Carta da Venezuela.Por aí vai...
Não obstante, temos o nosso personalista no Brasil: Lulla.
Mas isso não é culpa dele, o ex-presidente populista está na sua natureza marginal. Os culpados disso tudo são os políticos da Oposição que sempre se calaram diante do todo poderoso presidente que veio do povo. Vale lembrar que o maior partido de oposição, à época do estouro do Mensalão, PSDB, não permitiu o impeachment de Lulla nem a cassação do registro do PT por crime de evasão de divisas. A partir daí, leitores, o monstro foi criado.
O que representam, então, Os20doMasp?
Para não me estender muito, farei um breve relato dos acontecidos em passeataspassadas.
Desde 2005, quando o escândalo do Mensalão veio à tona, vários protestos foramfeitos na Avenida Paulista. Todos, acreditem!, apartidários. Por este motivo, nunca deram em nada. Por várias vezes questionei essas ações do porquê de não darem nomes aos bois. Explicaram-me que assim poderia parecer um movimento partidário. Como? Nomear os corruptos e expô-los para todo mundo é ser de algum partido? Pois é, eu também nunca entendi isso.E foi assim que, pela primeira vez neste país, um grupo se propôs a fazer aquilo que já deveria ter feito há muito tempo: apontar o dedo para o pai da corrupção que, no caso, é Lulla.
Aquilo que poderia ter dado errado, pois foram apenas vinte pessoas – era umdomingo chuvoso, às duas da tarde (horário de almoço), sabe como é, né? -, acabou por explodir nas redes sociais e na imprensa online. A grande ajuda veio do site Folha de SP que, ao tentar ridicularizar o movimento, tornou aquelespoucos brasileiros n’Os20dosMasp, uma marca, um marco que vai ficar para a História. E eles sempre agradecerão ao jornal por isso, rsrs. Mas por quê?
Ora, porque até hoje ninguém teve a coragem de enfrentar o apedeuta Lulla(personalista). Pode ser por medo dele mesmo, ou de seus asseclas que infestam parte da imprensa, ou dos MAV (Militantes em Ambiente Virtual) que rastejam pelas redes sociais atacando qualquer um que ouse a tocar em seu nome, ou mesmo de parte da sociedade incauta. Lembrando que essa gente vem fazendo um trabalho de produção de consciência (Marx) há muito tempo, uns 30 e poucos anos. O fato é que a sociedade em geral está estafada de tantos desmandos do PT e sua gangue.
“NuncaNaHistóriaDestePaís” Lulla foi chamado de ladrão, corrupto, pai do mensalão em plena Avenida Paulista; nuncanahistóriadestepaiz alguém pediu em público paraque Lulla fosse investigado por seus crimes; nuncanahistóriadestepaís brasileiros fizeram um protesto nomeando corruptos.
Eis o grande “segredo” que estava na cara de todos. Protestos precisam de nomes, de algo concreto, não de inimigos abstratos que não se pode tocar.
Eis o grande “segredo” que estava na cara de todos. Protestos precisam de nomes, de algo concreto, não de inimigos abstratos que não se pode tocar.
“- Luto contra a corrupção.”
Tá, mas quem são os corruptos?
“- Ah, isso eu não posso falar...”
Chega a ser surreal ouvir isso num país democrático – ainda temos democracia –como o nosso.
Aquilo que todos entendem como “ousadia de Os20doMasp, não deveria ser assim. Todos são iguais perante às leis - menos Lulla, por enquanto; todos têm direito à livreexpressão, só vedada ao anonimato, diz a CF. Ousadia mesmo é o que a quadrilha condenada pelo STF fez e continua fazendo até hoje.
O que representam Os20doMasp? Simplesmente 80.050.017 votos (44 milhões de Serra e mais os brancos, nulos e as abstenções) de pessoas que disseram NÃO a Lulla nessa última eleição presidencial, em 2010. Portanto, não somos minoria, mas uma maioria até então silenciosa. Fazendo as contas, cada um de Os20doMasp representou 4.0020500.85 de votosque se opuseram ao “deus do povo”, assim ele foi chamado por Marta Suplicy (eis personalismo de novo). E isso não é pouca coisa, não. Mas o objetivo é que este número se dilua para 400 mil, 40 mil, 4 mil e, quem sabe, um dia, 4 por pessoa no movimento, hein?
Resumindo. “Uma andorinha só não faz verão”, diz o ditado. Mas 20, 30, 40... Com certeza, fazem.
Enfim, para parte da imprensa que pensou em esmagar aqueles 20 brasileirospetulantes, porém, dignos, um recado: Os20doMasp continuarão a atuar. E agora encherão mais Kombis, ok?
Alexandre Gonçalves, @SaoBlack, músico e comunicador
TODOS OS BRASILEIROS ESTÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR NO DIA 24/02/2013 A PARTICIPAR DA MANIFESTAÇÃO "MEXEU COM O BRASIL, MEXEU COMIGO" NO MASP -AV. PAULISTA -SÃO PAULO.
AO PESSOAL DE FORA DE SÃO PAULO, OUTRAS CIDADES E ESTADOS PODEM SE UNIR E ORGANIZAR A MANIFESTAÇÃO "MEXEU COM O BRASIL, MEXEU COMIGO" em qualquer lugar do pais.
A OCC Alerta Brasil Apoia Os 20 do Masp bem como esteve presente com três de seus membros entre os 20 do Masp.
A imprensa através da "Folha de São Paulo -Um jornal a serviço do PT" teve a intenção de ser jocosa e tornar a manifestação em uma piada, os blogueiros chapa branca do PT idem, porém os brasileiros que defendem a pátria contra os corruptos dos partidos continuarão a lutar e convida todos os brasileiros de todos os segmentos e movimentos a unir-se aos 20 do Masp
Ah, mas chegou quem estava faltando: o governador do Rio, Sérgio Cabral, aquele que dançou “na boquinha da garrafa” em Paris, em companhia de Fernando Cavendish e da Turma do Lenço. Cabral, já escrevi aqui algumas vezes, é, talvez, o político mais inimputável da República depois de Lula. A sorte do Brasil é que ele não tem a disciplina necessária — nem que seja a má disciplina — para ser petista. É folgazão demais para isso. Tem a sorte de governar o estado do Rio num momento em que setores da imprensa transformaram a capital fluminense numa categoria de pensamento. Ultimamente, até quando há enchentes e deslizamentos por lá, o lead fica para a solidariedade do povo, não para os estragos. Isso é coisa que se mede em São Paulo… Cabral não tem de responder nem pelas obras que prometeu e não fez. Na capital paulista, com a ascensão de Haddad, é bem verdade, as coisas também começaram a mudar. Até 31 de dezembro, eventuais enchentes eram culpa de Gilberto Kassab (e, antes, de Serra). Agora, São Pedro já começa a levar a parte que lhe cabe. Mas fui para a digressão. Volto ao ponto.
Juliana Castro informa no Globo que Cabral comandou no Rio o ato de apoio à candidatura de Henrique Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara. Não só. O governador também resolveu se alinhar com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a liderança do partido na Casa. Leiam trecho. Volto em seguida. * Em meio a denúncias envolvendo seu nome, o líder do PMDB na Câmara e candidato à presidência da Casa, Henrique Eduardo Alves, esteve no Rio nesta quinta-feira, onde recebeu apoio de deputados da bancada fluminense durante almoço em uma churrascaria na Zona Sul. Ao chegar ao evento, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu o colega de partido e ressaltou seu apoio à candidatura de Alves. “Pelo que eu li, é algo que me parece muito mais uma disputa do processo eleitoral interno e ele (Alves), me parece que tem se posicionado muito bem”, disse Cabral, que chegou junto com o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. (…) O encontro da bancada fluminense com Alves aconteceu em um espaço reservado na churrascaria, ao qual a imprensa não teve acesso. Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, discursaram antes de Alves. Segundo participantes do almoço, o candidato do PMDB à Câmara exaltou no discurso o Poder Legislativo, afirmando que todos os que estão na Casa chegaram ali porque passaram pelo crivo do voto popular, ao contrário do que acontece com alguns membros do Executivo, como ministros, e do Judiciário, que são nomeados.
O peemedebista defende temas que o colocam em contraposição com o Executivo, como chamado Orçamento impositivo. Atualmente, o Orçamento da União tem caráter autorizativo — ou seja, o governo não é obrigado a seguir a lei aprovada pelos congressistas e tem apenas a obrigação de não ultrapassar o teto de gastos com os programas constantes na lei. O Orçamento autorizativo obriga o presidente da República a cumprir o Orçamento aprovado pelo Congresso sem mudanças e sem contingenciamento de recursos.
Desta forma, o Executivo também seria obrigado a pagar as emendas individuais, geralmente o primeiro alvo dos cortes em contingenciamentos. Alves prometeu no discurso trabalhar para acelerar a tramitação de três Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tratam sobre o tema: (…) Pela primeira vez, Cabral fala do apoio a CunhaNa chegada, o governador Sérgio Cabral falou pela primeira vez sobre seu apoio à candidatura de Eduardo Cunha à liderança do PMDB na Câmara. “Por mais que, do ponto de vista político, não tenhamos uma convivência mais próxima, nós temos respeito um pelo outro”, disse Cabral, afirmando que Cunha sempre ajudou quando foi demandado para alguma questão de interesse do Rio. (…) O almoço contou com 22 dos 46 deputados da bancada fluminense e outros três suplentes, além de lideranças de partidos da base aliada. Segundo os organizadores do evento, cada um teve que desembolsar R$ 150 para pagar o almoço na churrascaria.
VolteiÀ diferença do que diz Cabral, Alves não explicou nada! Ao contrário: quanto mais se sabe do direcionamento de suas emendas à “empresa” de seu funcionário, menos claras ficam as coisas. Também não conseguiu apresentar nem mesmo uma desculpa verossímil para o fato de alugar carros de uma empresa registrada em nome de uma laranja e que, ora, ora, não é dona de carro nenhum, como noticia VEJA nesta semana. Da mesma sorte, Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato a presidente do Senado (função a que já teve de renunciar, em 2007), não consegue apresentar uma narrativa minimamente coerente para as lambanças em que seu nome aparece metido.
E daí? Os apoiadores dão as costas para a moralidade, o decoro e a decência. E, como se nota, ainda dizem fazê-lo em nome do povo, não é? Segundo a reportagem de O Globo, Alves exaltou a superioridade dos políticos eleitos no confronto com o Judiciário, cujos membros não se submetem ao crivo popular. Certo! Por esse particular critério, Celso de Mello (para citar o decano do Supremo) está num degrau moral inferior àqueles em que se situam Paulo Maluf, Valdemar Costa Neto ou João Paulo Cunha.
Na madrugada, mostrarei a vocês como o petismo soube se aproveitar desse, digamos, “espírito” para se fazer a força hegemônica da política.
Uma aragem moralizadora está soprando do Sul, vinda de dentro do próprio PT. Primeiro foi o ex-prefeito de Porto Alegre, ex-ministro das Cidades e ex-presidente do partido, Olívio Dutra. Agora é a vez do governador e ex-ministro de Lula Tarso Genro.
Descontentes, ambos criticam a postura da agremiação que ajudaram a fundar por ter abandonado sua original e lendária bandeira da ética. Além de ter sido contra José Genoino assumir o mandato depois de condenado pelo STF (“Tu deverias pensar na tua biografia”), Dutra repetiu a advertência que já tinha feito a Lula sobre o preço que iria pagar “por estar cercado de maus companheiros”, referindo-se à entrega de cargos a torto e a direito sob o pretexto de garantir governabilidade.
Genro, por sua vez, disse essa semana ao repórter Marcelo Remígio, do GLOBO, que “estamos utilizando os métodos de partidos que criticávamos”, e por isso defende a adoção de “regras muito rígidas em relação a seus dirigentes, seus quadros e seus vínculos com as empresas privadas”. Em suma, “o partido precisa passar por uma profunda renovação”.
Ainda que menos incisiva do que a de Dutra, a crítica do governador gaúcho deixa claro que não concorda, por exemplo, com a tentativa de José Dirceu de “estabelecer uma identidade entre seus problemas e os do partido”. Segundo ele, a agenda do PT não pode ser a da “Ação Penal 470, mas sim a da reforma política e do sistema de alianças”.
O que acontecerá com esses dois líderes históricos do petismo após suas autocríticas? Embora sejam atitudes saudáveis, sabe-se que o PT não convive bem com a divergência. Quando isso acontece, ou os dissidentes deixam o partido, como foi o caso de Chico Alencar, Cristovam Buarque, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio, Cesar Benjamim, Fernando Gabeira, Milton Temer, ou são expulsos, como foram em 2003 a senadora Heloísa Helena e os deputados Luciana Genro (filha de Tarso), João Fontes e João Batista Araújo, o Babá.
Por ironia da história, o mesmo PT que, presidido por Genoino na época, decidiu botar para fora seus colegas por conduta radical, não pretende fazer o mesmo com os quatro recém-condenados pelo STF no processo do mensalão, embora o estatuto preveja a expulsão por “práticas administrativas ilícitas” e “inobservância grave da ética”. Será que “corrupção ativa” não configura ilícito?
Ainda sobre más companhias. Sergio Cabral teve que engolir calado o deboche de Garotinho: “O Eduardo Cunha já foi meu amigo. Hoje não fala comigo e é amigo do Cabral.”