O brasileiro anda tão enojado com o mau uso do dinheiro público que não aguenta mais nem 500 anos. Dia virá em que o contribuinte, homem que paga seus impostos tranquilo, fará as pazes com a violência. A turma de Brasília que não facilite.
A propósito, os repórteres Murilo Ramos e Leandro Loyola levaram às página apenúltima da Capital da República. Envolve o senador Renan Calheiros e seu primogênito, o deputado federal Renan Filho, ambos do PMDB de Alagoas.
A dupla contratou os serviços de uma firma de pesquisas chamada Ibrape. Pertence a Francisco Diniz. Vem a ser marido de Edenia Sales, uma assessora do senador. Até aí, nada demais. O diabo é que Renan e Renanzinho usaram verba pública.
Entre agosto de 2011 e outubro de 2012, repassaram à empresa mais de R$ 100 mil. Dinheiro do Congresso, destinado ao custeio de despesas relacionadas ao exercício do mandato.
Renan fez dois repasses de R$ 8 mil. Renanzinho fez sete pagamentos no total de R$ 94,5 mil. Quando os pagamentos ao Ibrape começaram a ser feitos, Edenia, a assessor do senador, ainda era sócia do instituto. Desligou-se em março de 2012.
Embora Edenia o assessore há 14 anos, Renan diz que não sabia que ela integrava o quadro societário da empresa. “Contratei o Ibrape porque é o melhor instituto de pesquisa do Estado” de Alagoas, diz.
Francivaldo, o marido de Edenia, diz não se lembrar que serviços prestou a Renan e Renanzinho. “São pesquisas que a gente faz sobre os problemas e as demandas de cada município”, diz.
Edenia não enxerga na encrenca nenhum tipo de conflito de interesses: “Somos casados, mas não somos a mesma pessoa. Não vejo por que o senador teria de se privar de ter um serviço bom só por ele ser meu marido”.
Tudo isso vem à tona a duas semanas do retorno de Renan à presidência do Senado. Nesse diapasão, o brasileiro ainda acaba explodindo. Os políticos nãp perdem por esperar. Ganham.
FONTE:Blog do Josias
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