quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Lula: 60 dias de silêncio sobre Rosemary


Lula: 60 dias de silêncio sobre Rosemary

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta muito de falar. Acostumado aos palanques e microfones, ele  costuma dar opinião sobre os temas mais diversos, além da política – como futebol, por exemplo. Nos tempos de Palácio do Planalto, também era comum responder aos repórteres que o cercavam em eventos, com raras exceções em tempos de crise política.
Há exatos dois meses, entretanto, Lula tem evitado contato direto com a imprensa. Nesse período, duas notícias mexeram com o humor e acuaram Lula. A primeira delas ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado, com a revelação de que Rosemary Noronha, sua mulher de confiança, estava envolvida no esquema de fraudes e desvios desmontado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.
Em seguida, 20 dias depois, Lula teve seu nome mais uma vez arrastado para o noticiário: o jornal O Estado de S. Paulo revelou o teor do depoimento de  Marcos Valério, o operador do mensalão, ao Ministério Público. Segundo o publicitário, o dinheiro do esquema criminoso foi usado para pagar despesas pessoais do ex-presidente.
Desde que os casos vieram à tona, o ex-presidente não concedeu nenhuma entrevista para tratar dos temas, apesar de manter intensa agenda de palestras, premiações, reuniões com aliados políticos e até jogos de futebol – ele estava na tribuna da partida entre São Bernardo e Santos, pelo Campeonato Paulista, no último final de semana. A exceção foi a entrevista (“chapa branca”) à TV dos Trabalhadores,controlada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Além dos eventos montados para manter a imprensa longe do ex-presidente, Lula tem embarcado em uma série de viagens para receber homenagens. Numa dessas viagens, à Alemanha, jornalistas conseguiram furar o cerco dos assessores e questionaram o ex-presidente sobre os escândalos. ”Não, não fiquei surpreso”, disse Lula, no dia 7 de dezembro, ao ser questionado sobre a operação da Polícia Federal. E foi só. Quatro dias depois, em Paris, ele foi novamente questionado por jornalistas, dessa vez sobre as declarações de Marcos Valério. “Não posso acreditar em mentiras, não posso responder mentiras”. E novamente foi só.
No próximo dia 29, Lula visitará o colega Raúl Castro em Cuba, lugar bastante propício para manter o silêncio.
(Jean-Philip Struck, de São Paulo)
fonte: /veja

O BNDES perdeu o rumo


O Estado de S.Paulo
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continua perdendo dinheiro em projetos fracassados e - pior que isso - sem significado estratégico para a economia brasileira. Depois de maus negócios no setor de carnes, a direção do banco resolveu arriscar-se no ramo de laticínios. O maior e mais perigoso lance nessa área foi a aplicação de R$ 700 milhões, em janeiro de 2011, na formação da empresa LBR - Lácteos Brasil, resultante da fusão do laticínio gaúcho Bom Gosto e da LeitBom, controlada pela Monticiano Participações. Recém-criada, a gigante já deu prejuízo no primeiro ano de operação, continuou em dificuldades em 2012, suspendeu pelo menos 5 de 16 marcas de leite e fechou 11 de 31 fábricas, segundo reportagem publicada na quinta-feira pelo jornal Valor. De acordo com o jornal, os planos do grupo incluem o fechamento de mais cinco fábricas. Parte do dinheiro aplicado pelo BNDES - R$ 250 milhões - foi destinada à compra de debêntures. Pelo contrato, a empresa deveria ter antecipado o resgate desses papéis, depois do resultado muito ruim de 2011, mas houve um pedido de waiver e o assunto ainda está em exame.
O BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPar, tornou-se acionista da empresa Bom Gosto em 2007 e, ao apoiar a fusão, poucos anos depois, ficou com 30,28% do capital da LBR. Para quê? A diretoria do banco parece entender a criação de gigantes, em qualquer setor, como parte de sua missão. Deixa, no entanto, de levar em conta as necessidades e possibilidades financeiras dos grupos envolvidos e de avaliar cuidadosamente o valor estratégico de sua participação.
É muito difícil justificar o envolvimento do BNDES, como emprestador ou como investidor, em operações de fusão de empresas capazes de mobilizar recursos no mercado financeiro. Além disso, bem mais difícil é explicar a importância dessas operações na estratégia de desenvolvimento do Brasil.
Em outros tempos, o BNDES contribuiu para a ampliação da base industrial, para a eliminação de gargalos no sistema produtivo e para a consolidação de atividades estratégicas. Favoreceu a exploração e o processamento de insumos, como celulose, cobre e alumínio, a implantação da indústria petroquímica e a produção de bens de capital.
Durante décadas, sua política foi orientada por planos de desenvolvimento e, portanto, pela identificação de carências e pontos vulneráveis da economia nacional. O banco distinguiu-se também como a fonte principal de financiamentos de longo prazo. Tornou-se uma referência internacional, tanto pelo alcance de sua atuação quanto pela dimensão de suas operações, muito maiores que as de qualquer instituição similar nos países em desenvolvimento.
Esse estilo de trabalho, preservado em diferentes momentos da história política, foi abandonado há alguns anos. Depois de uma tentativa desastrada de aparelhamento e ideologização, no começo da gestão petista, o banco nunca recuperou a velha capacidade de ação estratégica.
A perda de rumo tornou-se mais evidente há alguns anos, especialmente a partir da crise de 2008. Os financiamentos concentraram-se em grandes clientes, alguns estatais, e o BNDES tornou-se mais do que nunca um instrumento de apoio a grupos selecionados para vencer.
Com a mudança de rumo, o banco resolveu problemas de grandes empresários engasgados com maus negócios. Privilegiou a clientela dos grandes com uma fatia desproporcional dos empréstimos e envolveu-se cada vez mais em aventuras claramente estranhas à sua missão. Por muito pouco deixou de financiar a fusão do Grupo Pão de Açúcar com a filial brasileira do Carrefour. Dirigentes do banco só reconheceram o inconveniente do negócio alguns dias depois dos alertas publicados na imprensa. Com esse recuo, conseguiu evitar, em cima da hora, o envolvimento grotesco numa confusão jurídica.
A perda de R$ 700 milhões, ou de qualquer parcela desse investimento, é certamente um fato grave. Muito mais graves, no entanto, são a perda de rumo e o desvirtuamento de uma instituição com um belíssimo histórico de contribuições ao desenvolvimento brasileiro.
19 de janeiro de 2013 | 2h 09

Dinheiro do povo não vale nada...INTEGRAÇÃO ALUGA NOVA SEDE POR 5 ANOS A R$ 50 MILHÕES



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Fernando Bezerra muda para novo prédio por cinco anos, alugado por R$ 50 milhões

INTEGRAÇÃO ALUGA NOVA SEDE POR 5 ANOS A R$ 50 MILHÕES

O NOVO ENDEREÇO DO MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO É UM LUXUOSO EDIFÍCIO ESPELHADO, DE TRÊS ANDARES, A 4KM DO BLOCO E DA ESPLANADA, ONDE A EQUIPE DEIXOU TRÊS ANDARES VAZIOS

por Leandro Mazzini - 17 de janeiro, 2013
Enquanto centenas de cidades esperam mais verbas de prevenção contra chuvas, o Ministério da Integração alugou nova sede por cinco anos a R$ 50 milhões, com dispensa de licitação. É um luxuoso edifício espelhado, de três andares, a 4km do Bloco E na Esplanada, onde a equipe deixou três andares vazios. O contrato foi assinado em Outubro de 2011, mas a mudança gradativa começou após 120 dias e se finalizou há dois meses, com a chegada do ministro Fernando Bezerra. São R$ 750 mil mensais, mais tarifas de água, luz e IPTU. O prédio é da Base, conhecida empreiteira de Brasília.
Abandono
O ministério mantém três seguranças (um para cada andar) no Bloco E da Esplanada. Informa que eles serão ‘reformados e readequados’ para a volta do ministro e equipe.
Mistério
Pelos dados, a reforma de três andares vai demorar cinco anos. Todo o Palácio do Planalto foi reformado em dois anos.
Tá bom..
O MI avaliou 14 edifício e a escolha foi do ministro Bezerra. A Superintendência do Patrimônio da União e laudo da Caixa avalizaram o prédio para aluguel.
Logo ali
O pagamento do aluguel começou após os 120 dias do contrato assinado. O MI avaliou critérios como localização (4km da Esplanada!?) e preço do metro quadrado.
Laudo ministerial
O MI justifica a nova sede porque a equipe cresceu, com novas secretarias, e que o Bloco E ‘não oferecia segurança física e conforto mínimo aos servidores’, que agora têm melhor infraestrutura. No mesmo Bloco na Esplanada, em três andares funciona a Ciência e Tecnologia, ao que se saiba sem problemas notificados.

Do Alerta Total - Apedeuta ou Apedelta: qual será o jeitinho de Lula?


Apedeuta ou Apedelta: qual será o jeitinho de Lula?

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

O que é melhor ou vale mais a pena: ser Apedeuta (aquele que nunca sabe de nada do que acontece a sua volta) ou ser Apedelta (neologismo que designa aquele que fatura e lucra alto, enquanto jura que nunca sabe de nada)?

Se tal pergunta for feita em relação a Luiz Inácio Lula da Silva tanto faz ser Apedeuta, Apedelta ou as duas coisas ao mesmo tempo. Mito em desconstrução diante de tantas denúncias escabrosas de corrupção em volta dele, Lula talvez seja nosso maior craque na arte da mitomania (um criador e propagador de mentiras que acredita nelas próprias e as transforma em verdades subjetivas, usando a marketagem política pela via “midiótica”.

Fugindo do contato direto com a imprensa nacional e internacional, para nada ter de falar sobre assuntos que lhe fujam ao controle (como mensalão, Rosegate, Bacalhaugate e outros mais), Lula voltou a praticar seu ofício visivelmente mais lucrativo, desde que perdeu a titularidade da caneta que assina o Diário Oficial na Presidência da República.

Quinta-feira passada, Lula deu uma palestra em evento fechado da cervejaria AmBev no luxuoso resort Costa do Sauípe, no litoral da Bahia. A transnacional alegou que o contratou como animador de uma reunião de executivos brasileiros e de outros países da América Latina. A participação não foi divulgada a pedido da empresa, que desejaria "fazer uma surpresa" a seus convidados.

Quanto ele ganhou pela palestra? O valor é sempre um segredinho bem guardado. Mas a estimativa é que Lula tem cobrado valores em torno de R$ 200 mil por cada palestra remunerada, com tempo médio de 40 minutos. Aposta-se que Lula já tenha acumulado mais de R$ 1 milhão com cachês de palestras em que mistura autoelogio e piadinhas sobre a empresa que o contrata.

A repercussão no exterior do escândalo que envolve sua melhor amiga e apadrinhada, Rosemary Nóvoa Noronha, provocou o cancelamento de algumas palestras que Lula faria fora do Brasil. Mas ele não foi totalmente prejudicado. Tem previsão de dar uma palestra aos executivos da LG, na Coréia, na qual embolsará US$ 500 mil. Superbacana! Principalmente para quem “nunca sabe de nada”...

Enquanto tenta preservar a imagem em destruição, Lula já começou a exercer seu papel de Prefeito virtual de São Paulo, dando ordens para a turma do Fernando Haddad. É um consolo para quem já não consegue fazer a mesma coisa, tão facilmente, com a Presidenta da República. Prova disto é que Dilma até já avisou que é candidata à reeleição em 2014.

Segunda-feira passada (mas só ontem o Palácio do Planalto permitiu o vazamento da importante revelação), Dilma comunicou ao concorrente, o governador pernambucano Eduardo Campos, que vai disputar a eleição presidencial de 2014. O netinho de Miguel Arraes, que tenta viabilizar a candidatura para realizar o sonho também acalentado por seu falecido avô, deve ter ficado com cara de mané. Tanto que até teria se comprometido a ajudar Dilma a fazer uma boa administração em 2013, sem se comprometer com a reeleição dela... Tadinho...

Acontece que o aviso da Dilma não foi para o Eduardo Campos. Ela mandou foi um recado para uma ala petista que sonha com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, em 2014. Eles reclamam que Dilma mantem uma relação muito distante com eles, e por isso querem a proximidade sempre garantida com Lula. A capsula Dilma já dá sinais concretos de que vai de desacoplar de Lula e do PT que sempre tentaram fazê-la refém.

A condenação da cúpula petista no Mensalão e o estouro de escândalos – na dimensão do Rosegate – facilitaram um pouco a vida de Dilma, já que complicaram a de Lula. Em compensação, Dilma paga caro com a herança maldita dos 10 anos de PT na aparelhagem, pilhagem e pilotagem do Titanic Brasil. A economia começa a desandar, sem crescimento consistente e com o esgotamento da fórmula de crédito fácil para o consumismo que turbina a popularidade.

O efeito anão é um problemão gerado pela histórica falta de investimento verdadeiro em infraestrutura, produtividade e qualidade real do cidadão – seja ele mão de obra ou consumidor. A década petralha enriqueceu muita gente e fez milhares de outros terem a ilusão da subida na escadinha social. No entanto, não resolveu os gargalos estratégicos para garantir o real crescimento e desenvolvimento do Brasil – e não foi por falta de tempo e muito menos de dinheiro. Faltaram competência, seriedade, honestidade e oposição crítica.

Agora, na corda bamba do poder, ficam o bêbado e a equilibrista... E nem adianta convocar a Maria Rita para animar o espetáculo porque o tempo da linda voz da mãe Elis já passou. O negócio agora é correr atrás do prejuízo. Dilma ainda tem um tempinho. Lula, não. O tempo dele já passou. A sorte de ambos é a ausência de oposição política consistente e com proposta diferente. PSDB e PSB são parecidos na proposta socialista fabiana. Tem gente até que acredita que ambos só diferem do PT no grau de rapinagem à máquina estatal...

Na falta de um projeto nacional para o Brasil, os atuais ocupantes do poder e seus parceiros ou fingidores concorrentes seguem na mesma balada de sempre. Apelam para o famoso “jeitinho”. Nosso “little way” até virou notícia no prestigiado site do Financial Times, em referência à maquiagem nas contas públicas...

Haja jeitinho para Lula... O caso dele é complicadíssimo. Só não é mais terminal que o de Hugo Chávez. Mas é tênue a diferença entre aquele que se finge de vivo e o que tenta se fingir sempre de morto. Lula terá de dar explicações públicas sobre vários escândalos: 1) as denúncias de Marcos Valério no pós-mensalão; 2) as ações de apadrinhada amiga Rosemary nas falcatruas vindas à tona na Operação Porto Seguro; 3) uma possível revelação que possa surgir sobre suas ligações com a Delta do Fernando Cavendish.

O jeitinho que Lula vai dar, no papel de apedeuta ou de apedelta, só ele sabe. E como o carnaval já começou, Lula devia correr até São Gonçalo (RJ) e comprar uma máscara do Joaquim Barbosa para ele, José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e demais companheiros... Quem sabe ele não engana todo mundo novamente e escapa do vexame de atravessar o samba de sua história política...




Lula comprova sua incompetência como governante e vê seu instituto invadido por sem-terra


Lula comprova sua incompetência como governante e vê seu instituto invadido por sem-terra

Sentindo na pele – Que Lulan ão foge do viés da classe política brasileira, que promete o mundo em cima do palanque mas, quando eleita, não entrega um grama do que foi prometido todos sabem, mas agora o messiânico que chegou ao poder na esteira da ética, da moralidade e como se fosse uma usina de soluções, começa a sentir na pele o estrago que proporcionou ao Brasil nos oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, chafurdando nas benesses patrocinada pelo dinheiro público, como se fosse um Tio Patinhas de aluguel.
Na manhã desta quarta-feira (23), representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra – a palavra “trabalhadores” não cabe para baderneiros profissionais – invadiram a se do Instituto Lula, que não passa de uma sede do governo paralelo que o ex-metalúrgico comanda para fazer sombra a Dilma e continuar mandando no País ao seu bel prazer.
O argumento dos sem-terra para a invasão – eles falam em ocupação – é para que Lula interceda junto aos governos para que terras sejam entregues através dos programas de assentamento. Acontece que essa quadrilha quer escolher o local do assentamento. Não adianta disponibilizar uma área em Xapuri, no Acre, pois a bandidagem que comanda o movimento quer uma área em região valorizada, pois o objetivo não é trabalhar, mas negociar aquilo que não lhes pertence por meio de contratos de gaveta.
Lula, que está envolvido em inúmeros casos de corrupção e deve ao provo brasileiro o dinheiro das viagens da sua namorada, Rosemary de Freitas, a Marquesa de Garanhuns, ao exterior, já tem a sua primeira missão como articulador político da presidente Dilma Rousseff, que caiu na esparrela do antecessor e por ele será dragada.
Normalmente, esses invasores costumam destruir o que encontram pela frente quando ocupam propriedades rurais e até mesmo públicas. Não custa lembrar a invasão da Câmara dos Deputados, em 6 de junho de 2006, que ficou completamente destruída e ninguém foi punido até agora. Resta saber se esses criminosos que se escondem sob uma suposta causa social destruirão o Instituto Lula, primeira entidade criada no mundo para catapultar um corrupto.
Paulo Okamotto, o trem-pagador de Lula, é o presidente do instituto que leva o nome do namorado da Marquesa de Garanhuns e misto de boxeador e terapeuta dos que se envolvem em escândalo com a rubrica do Partido dos Trabalhadores. Com a ex-segunda-dama Rosemary Noronha, Okamotto foi um lorde que tentou acalmá-la no momento de ebulição da Operação Porto Seguro. Já em Renilda Santiago, mulher de Marcos Valério, ele deu uns sopapos, segundo relato do próprio publicitário mineiro.
Em toda invasão promovida pelos sem-terra, o PT sempre condenou o uso da força policial para desocupar a área, assim como o ingresso da Justiça no caso. Aguardemos para ver se o samurai de Lula pedirá reintegração de posse, acionará a Polícia Militar Paulista, convencerá os invasores a deixarem o local ou a eles dispensará os mesmos sopapos dados em Renilda, ex-mulher do operador financeiro do Mensalão do PT.
fonte:Ucho.Info

Abre-te, Sésamo por Carlos Brickmann – do Ucho.info


Abre-te, Sésamo

(*) Carlos Brickmann –
Pode ficar escandalizado desde já: na semana que vem, o senador Renan Calheiros deve ser eleito presidente do Senado (e, portanto, presidente do Congresso). Continue escandalizado: a menos que aconteça algo totalmente inesperado, o deputado Henrique Alves será eleito presidente da Câmara (e, portanto, o segundo na linha sucessória da Presidência da República, atrás apenas do vice-presidente Michel Temer). Aliás, se por qualquer motivo Alves não puder substituir a presidente da República, o próximo na linha sucessória será Renan.
Pode deixar de escandalizar-se. Renan e Henrique Alves, ambos do PMDB, são amplamente conhecidos pelos eleitores. Renan já teve de renunciar à Presidência do Senado, para não ser cassado, quando alguns dos assuntos que julgava particulares foram trazidos a público. Henrique Alves brigou com a própria irmã gêmea, Ana Catarina, por disputa de poder político; brigou com a ex-esposa, Mônica Azambuja, pela partilha de bens depois do divórcio (ela o acusou de subestimar o patrimônio do casal e de ter remetido irregularmente muito dinheiro ao Exterior). No caso dele, tudo já está certo: esta sua ex-esposa – bem como o filho de Henrique Alves – estão bem empregados em Brasília, na Conab, Cia. Nacional de Abastecimento, velho feudo do partido de ambos, o PMDB.
Nada disso é secreto; e, nas campanhas eleitorais, foi levantado por seus adversários. Mesmo assim, ambos foram eleitos. Então, caro eleitor, assuma a culpa: eles não chegaram lá sozinhos.
Jamais teriam êxito sem seu precioso voto.
O erro de Lula
Renan deve ser eleito presidente do Senado pela maioria dos 81 senadores; Henrique Alves deve ser eleito presidente da Câmara pela maioria dos 513 deputados federais. Todos os parlamentares conhecem o suficiente de ambos para saber que votar neles significa, no mínimo, aprovar seus métodos e transformar em currículos aquilo que seria mais correto classificar como folhas corridas. Quando Lula (antes de ser eleito presidente) disse que no Congresso havia 300 picaretas, foi muito criticado por isso.
Lula efetivamente estava errado: calculou por baixo.
Sustentabilíssimo
Depois de dois anos de silêncio, após as eleições de 2010 – quando ficou em terceiro, com imensa votação, e se transformou na maior revelação da disputa – Marina Silva está de volta. Agora, pensa em criar um novo partido, seguindo o exemplo do ex-prefeito Gilberto Kassab. O partido que Marina quer é verde, mas não é o Partido Verde, que considera não muito adequado (e tem razão: o presidente dos Verdes é o ex-ministro Sarney Filho – exatamente, é aquele em quem o caro leitor está pensando).
As articulações para o novo partido começaram ontem, 22, em São Paulo, numa reunião dosmarineiros do Movimento por uma Nova Política com possíveis aliados. Marina quer atrair a alagoana Heloísa Helena, fundadora do PSOL; e tem o sonho de convencer Fernando Gabeira, símbolo do movimento verde brasileiro, a acompanhá-la. Será difícil: Gabeira acha que o mais adequado para ela seria entrar no Partido Verde, já estruturado em todo o país, arejá-lo e modernizá-lo. Não é este, ao menos por enquanto, o projeto de Marina.
Em seus planos, o novo partido será fundado em meados de fevereiro, no Rio, com o nome escolhido numa enquete promovida entre os simpatizantes.
Alô, nobres senhores!
A Polícia Federal prendeu no aeroporto internacional de Guarulhos, SP, um passageiro com mais de três quilos de cocaína na cueca, com passagem firmada para Doha, no Qatar. Está quase virando moda: já houve a prisão, também no aeroporto, de um cavalheiro que carregava US$ 100 mil na cueca, e que até hoje, vários anos depois, ainda não revelou a origem e o destino do dinheiro.
O homem das cuecas com dinheiro era assessor e homem de confiança do deputado José Nobre Guimarães (hoje líder do PT na Câmara Federal). Importante: nunca foi comprovada qualquer participação do deputado no episódio. O novo preso, o das cuecas com cocaína, será assessor de alguma figura ilustre deste nosso país?
Quem canta…
Jamelão, grande cantor popular, compositor e puxador dos sambas da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, nasceu em 1913. Este é o ano de seu centenário; ano ideal para uma homenagem da escola onde nasceu, cresceu e morreu, cujo samba puxou por 58 anos e da qual foi presidente de honra de 1999 até o ano de sua morte, 2008. E qual será o samba-enredo da Mangueira?
Não, nada de Jamelão: nem quando era vivo poderia arcar com os custos da homenagem. O enredo do samba depende hoje do patrocinador. Mangueira vai cantar a história de Cuiabá, a bela capital de Mato Grosso. Cuiabá, conforme informações não oficiais, prometeu ajuda de R$ 5 milhões ao Carnaval da Mangueira. E qual a relação de Cuiabá com a Mangueira? Fortíssima: R$ 5 milhões.
…mais forte
E Jamelão? A homenagem foi terceirizada, caro leitor. Um dos maiores símbolos da história da Mangueira será cantado pela Unidos do Jacarezinho, uma escola que acaba de chegar à segunda divisão do samba carioca.
Jamelão que fique num canto do sambódromo: morto não reclama, morto não paga.
(*) Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação. Diretor da Brickmann & Associados, foi colunista, editor-chefe e editor responsável da Folha da Tarde; diretor de telejornalismo da Rede Bandeirantes; repórter especial, editor de Economia, editor de Internacional da Folha de S. Paulo; secretário de Redação e editor da Revista Visão; repórter especial, editor de Internacional, de Política e de Nacional do Jornal da Tarde.
fonte:Ucho.Info

A adoração a Lula -por Percival Puggina – do Ucho.info


A adoração a Lula

(*) Percival Puggina –
Atravessou os últimos sete anos sem esclarecimento cabal a incompatibilidade entre a consagração que o povo brasileiro dedica ao ex-presidente Lula e o que esse mesmo povo diz quando chamado a opinar sobre a moralidade da conduta de terceiros. Alguns analistas consideram, com bastante razão, que o brasileiro médio não consegue conectar o que pensa com o que faz. Simetricamente, as ações e omissões de Lula na vida real não influenciam o juízo que esse mesmo cidadão faz do ex-presidente.
Já saiu de cartaz e vai para a amnésia seletiva a operação da Polícia Federal que revelou as relações promíscuas da personagem Rosemary com pessoas envolvidas em corrupção. Os fatos, que teriam tudo para abalar fortemente a imagem de Lula sequer lhe fizeram cócegas. No entanto, um breve resumo do que se tornou público mostra a gravidade das revelações. Vejamos: a) Lula tinha um affaire com Rosemary (até aí nada que mereça interesse, a não ser de alguma vizinha fofoqueira); b) para tornar mais fáceis essas relações, ele criou um cargo federal em São Paulo, designou Rosemary para esse posto e transferiu para nós, pagadores de impostos, o ônus de sua manutenção (aqui os problemas já entram para o campo político e penal, de onde não mais sairão, ainda que sobre eles se estejam empilhando as páginas do tempo); c) com o mesmo intuito de favorecer os encontros entre ambos, Lula inseriu a amiga nas comitivas que o acompanharam em dezenas de roteiros internacionais, com livre acesso aos seus aposentos privados, transformando em motel a aeronave presidencial; d) num arroubo tão sem propósito quanto o de Calígula ao incluir seu amado cavalo Incitatus na lista dos senadores de Roma, Lula fez com que fosse fornecido passaporte diplomático à sua teúda e nossa manteúda, dando-lhe status de servidora do país no cenário internacional; e) obviamente, a condição de servidora “pública” em missão diplomática, credenciou Rosemary às diárias pagas aos funcionários em tais situações; f) para ocultar todos esses fatos ao conhecimento da matriz, Lula, contrariando rigorosos dispositivos que regem as viagens aéreas, exigia que o nome da filial fosse suprimido das listas de passageiros embarcados na aeronave presidencial.
Os leitores destas linhas sabem que tudo isto é fato. Aliás, fato que tão logo divulgado constrangeu a presidente Dilma a extinguir o cargo que a nossa manteúda ocupava no tal escritório de representação do governo federal em São Paulo. E o ex-presidente, a despeito de sua situação de homem público e de suas responsabilidades em relação aos próprios atos, manteve-se quieto como, digamos assim, um guri cujas fraldas precisam ser trocadas.
Mesmo assim, o efeito dessas revelações sobre a imagem e o prestígio de Lula é igual a zero. Efeito nenhum. Ora, se forem verdadeiros os sempre altíssimos percentuais de apoio ao ex-presidente, é provável que muitos leitores destas linhas tenham o maior apreço pelo nosso Berlusconi matuto. Mas é inegável que o objeto desse apreço é um perfeito velhaco.
(*) Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista do jornal Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de “Crônicas contra o totalitarismo”; “Cuba, a tragédia da utopia” e “Pombas e Gaviões”.

fonte:Ucho.Info