Em 1988 apenas 44% dos eleitores diziam não ter partido, já em 2012 56%, mais da metade da população em um crescimento de 12% . E notem que de 1988 para 2012 surgiram mais uns 20 partidos, hoje existem 33. De forma não ser por falta de opções partidárias. conforme pode ser observado no quadro de partidos políticos registrados no TSE.
Partidos políticos registrados no TSE
Clique na sigla do partido político para ter acesso aos dados do diretório nacional da agremiação (endereço, telefone, fax, e-mail,site), bem como ao estatuto e suas alterações, e eventuais normas complementares.
0001
|
SIGLA
| NOME | DEFERIMENTO | PRESIDENTE NACIONAL |
Nº
|
| 1 | PMDB | PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO | 30.6.1981 | VALDIR RAUPP, em exercício |
15
|
| 2 | PTB | PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO | 3.11.1981 |
BENITO GAMA, em exercício.
| 14 |
| 3 | PDT | PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA | 10.11.1981 | CARLOS LUPI | 12 |
| 4 | PT | PARTIDO DOS TRABALHADORES | 11.2.1982 | RUI GOETHE DA COSTA FALCAO |
13
|
| 5 | DEM | DEMOCRATAS | 11.9.1986 | JOSÉ AGRIPINO MAIA |
25
|
| 6 | PCdoB | PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL | 23.6.1988 | JOSÉ RENATO RABELO |
65
|
| 7 | PSB | PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO | 1°.7.1988 | EDUARDO CAMPOS |
40
|
| 8 | PSDB | PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA | 24.8.1989 | SÉRGIO GUERRA |
45
|
| 9 | PTC | PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO | 22.2.1990 | DANIEL S. TOURINHO |
36
|
| 10 | PSC | PARTIDO SOCIAL CRISTÃO | 29.3.1990 | VÍCTOR JORGE ABDALA NÓSSEIS |
20
|
| 11 | PMN | PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL | 25.10.1990 | OSCAR NORONHA FILHO |
33
|
| 12 | PRP | PARTIDO REPUBLICANO PROGRESSISTA | 29.10.1991 | OVASCO ROMA ALTIMARI RESENDE |
44
|
| 13 | PPS | PARTIDO POPULAR SOCIALISTA | 19.3.1992 | ROBERTO FREIRE |
23
|
| 14 | PV | PARTIDO VERDE | 30.9.1993 | JOSÉ LUIZ DE FRANÇA PENNA |
43
|
| 15 | PTdoB | PARTIDO TRABALHISTA DO BRASIL | 11.10.1994 | LUIS HENRIQUE DE OLIVEIRA RESENDE |
70
|
| 16 | PP | PARTIDO PROGRESSISTA | 16.11.1995 | FRANCISCO DORNELLES |
11
|
| 17 | PSTU | PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO | 19.12.1995 | JOSÉ MARIA DE ALMEIDA |
16
|
| 18 | PCB | PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO | 9.5.1996 | IVAN MARTINS PINHEIRO* |
21
|
| 19 | PRTB | PARTIDO RENOVADOR TRABALHISTA BRASILEIRO | 28.3.1995 | JOSÉ LEVY FIDELIX DA CRUZ |
28
|
| 20 | PHS | PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE | 20.3.1997 | EDUARDO MACHADO E SILVA RODRIGUES |
31
|
| 21 | PSDC | PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA CRISTÃO | 5.8.1997 | JOSÉ MARIA EYMAEL |
27
|
| 22 | PCO | PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA | 30.9.1997 | RUI COSTA PIMENTA |
29
|
| 23 | PTN | PARTIDO TRABALHISTA NACIONAL | 2.10.1997 | JOSÉ MASCI DE ABREU |
19
|
| 24 | PSL | PARTIDO SOCIAL LIBERAL | 2.6.1998 | LUCIANO CALDAS BIVAR |
17
|
| 25 | PRB | PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO | 25.8.2005 | MARCOS ANTONIO PEREIRA |
10
|
| 26 | PSOL | PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE | 15.9.2005 | IVAN VALENTE |
50
|
| 27 | PR | PARTIDO DA REPÚBLICA | 19.12.2006 | ALFREDO NASCIMENTO |
22
|
| 28 | PSD | PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO | 27.9.2011 | GILBERTO KASSAB | 55 |
| 29 | PPL | PARTIDO PÁTRIA LIVRE | 4.10.2011 | SÉRGIO RUBENS DE ARAÚJO TORRES | 54 |
| 30 | PEN | PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL | 19.6.2012 | ADILSON BARROSO OLIVEIRA | 51 |
(*) Nos termos do § 1º do art. 58 do estatuto do PCB, para fins jurídicos e institucionais, os cargos de Secretário Geral do Comitê Central e de Secretário Político dos Comitês Regionais e Municipais equiparam-se ao de Presidente do Comitê respectivo.
| |||||
Partidos em constituição e em processo de legalização.
- Com processo de registro nacional em tramitação no TSE
- Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (PSPB)[13]: ingressou com pedido de registro definitivo em 29 de agosto de 2011.
- Em processo de legalização
Alguns partidos políticos, abaixo listados, não apresentam em seus sites informações sobre o andamento de seu processo de legalização junto ao Tribunal Superior Eleitoral.[14]
- Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
- Partido da Construção Imperial (PCI)
- Partido Federalista (PF)
- Partido Humanista do Brasil (PH)
- Partido Monárquico Parlamentarista Brasileiro (PMPB)
- Partido do Movimento Monarquista do Brasil (PMMB)
- Partido Nacionalista Democrático (PND)
- Partido Pirata do Brasil (PIRATAS)
- Partido da Real Democracia (PRD)
- União Democrática Nacional (UDN)
Em artigo publicado no site da Fecomercio o prof. constitucionalista Ives Gandra Martins cita "O Poder fascina! No Brasil há 29 partidos políticos. Mesmo consultando os grandes filósofos políticos desde a Antiguidade até o presente, não consegui encontrar 29 ideologias políticas diferentes, capazes de criar 29 sistemas políticos autênticos e diversos. Desde Sun Tzu, passando por indianos, pré-socráticos, pela trindade áurea da filosofia grega (Sócrates, Platão e Aristóteles), pelos árabes Alfarabi, Avicena e Averrois e pelos patrísticos e autores medievais, entre eles Agostinho e São Tomás, e entrando por Hobbes, Locke, Montesquieu, Hegel até Proudhon, Marx, Hannah Arendt, Rawls, Lijphart, Schmitt e muitos outros, não encontrei 29 sistemas políticos distintos."
Menciona ainda Gandra Martins, "Ora, 29 partidos políticos exigem de qualquer governo a acomodação de aliados e tal acomodação implica a criação de ministérios e encargos burocráticos e tributários para o contribuinte. O Brasil tem muito mais ministérios que os Estados Unidos. Por essa razão suporta uma carga tributária indecente e uma carga burocrática caótica para tentar sustentar um Estado em que a presidente Dilma não conseguiu reduzir o peso da administração sobre o sofrido cidadão. E os detentores do poder, num festival permanente de auto-outorga de benesses, insistem em aumentar seus privilégios, como ocorre neste fim de ano, com a pretendida contratação de mais 10 mil servidores e aumentos em cascata de seus vencimentos."
Resumindo, se não há 29.30,31,32,33 ideologias, por que temos que ter essa quantidade absurda de partidos políticos, apenas para mais um "grupo" de pessoas mamarem nas tetas do estado e viverem das benesses do dinheiro publico? O numero de Parlamentares processados atingem número recorde no país, mas esse numero pode ser mais segundo levantamento do Congresso em foco . Segundo a resportagem "Quase 200 deputados e senadores respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Crimes eleitorais e contra a administração pública predominam, mas também há acusações de homicídio, sequestro e tráfico".

Cita ainda a matéria que "Responder a um processo judicial não faz de ninguém culpado da acusação que lhe é atribuída. Numa democracia digna desse nome, prevalece o princípio da presunção da inocência. Em bom português, significa que todos são inocentes até prova em contrário. Também é fato que homens públicos podem ser vítimas de denúncias falsas ou exacerbadas pela sua própria condição política e social. Autoridades, felizmente, tendem a ser mais vigiadas e denunciadas do que cidadãos anônimos".
O levantamento demonstra que um em cada três integrantes do Congresso Nacional está sob investigação no Supremo Tribunal Federal. Dos 594 parlamentares, pelo menos 191 (160 deputados e 31 senadores) são alvos de 446 inquéritos (procedimentos preliminares de investigação) e ações penais (processos que podem resultar na condenação). Quase 40% dos 81 senadores têm contas a acertar no STF.

“Os números são assustadores”, constata o cientista político Marcus André Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acrescentando outro ingrediente que não pode passar em branco. “Para chegar ao STF, a denúncia tem de ter alguma solidez. Se levarmos em conta que também há parlamentares com problemas nos tribunais de contas, teremos perto da metade do Congresso sob suspeita”, afirma ele.
Apenas nos últimos 12 meses, o número de parlamentares com pendências no Supremo cresceu 40% e as investigações em curso saltaram mais de 50%. Já chegou a 85 o total de deputados e senadores que figuram como réus no STF, em 131 ações penais. Um inquérito se transforma em ação penal quando os ministros do Supremo entendem que há indícios de que os acusados cometeram mesmo algum tipo de crime.
Esse levantamento apenas prova que realmente há um Congresso de Criminosos, que a
impunidade reina no pais, um verdadeiro paraíso para bandidos,criminosos, assassinos do povo, não são punidos, quando isso ocorre os bandidos tomam posse.
Por onde anda o STF para cumprir a CF? E agora STF? quando irá para julgar os processos contra 191 parlamentares (160 deputados e 31 senadores), que respondem a inquéritos ou ações penais por crimes eleitorais e contra a administração pública. Também há acusações de homicídio, sequestro e tráfico.?????
Sendo assim, na atual conjuntura politica no Brasil com fichas sujas ocupando as presidências do Congresso Nacional(Senado e Câmara Federal) bem como o líder do Governo também ter a ficha suja e outros punidos pelo STF que ainda passeiam ilesos no legislativo. É necessário uma "Reforma Politica e Partidária com Urgência ou Demissão em massa".

Ao invés de criar novos partidos políticos, por que os brasileiros não se unem e exigem uma reforma politica e partidária com "urgência" com no máximo 6 partidos políticos, sendo dois de esquerda, dois de centro e dois de direita(continuará sendo pluralista) é muito mais democráticos que inúmeros partidos que não fazem nada para defender a democracia no país.
É preciso acabar com a imoralidade do coeficiente eleitoral
Fim de doações de pessoas jurídicas, uma vez que estas não votam quem vota são seu dirigentes, uma forma de acabar com o tal caixa dois.
Punição por crime de responsabilidade civil aos partidos políticos que tenham seus membros envolvidos em falcatruas e desvios de dinheiro, bem como o corte imediato das verbas de representação partidária, suspensão imediata por dois pleitos eleitorais, bem proibição total para que seus dirigentes ou políticos ligados a este encerrem o partido e criarem um novo partido nesse período de suspensão. Prisão imediata dos políticos envolvidos em falcatruas, roubos,dólares na cuecas,meias, paletós, desvios de verbas bem como a suspensão imediata dos direitos políticos "ad eternum" -"pena de morte política" para corruptos.
Voto aberto em todas a sessões e em todas as casas legislativas e o fim do voto de liderança, para evitar as faltas nas sessões plenárias.
Caso isso não aconteça uma intervenção imediata por um período de 12 meses para a reforma política.
Menciona ainda Gandra Martins, "Ora, 29 partidos políticos exigem de qualquer governo a acomodação de aliados e tal acomodação implica a criação de ministérios e encargos burocráticos e tributários para o contribuinte. O Brasil tem muito mais ministérios que os Estados Unidos. Por essa razão suporta uma carga tributária indecente e uma carga burocrática caótica para tentar sustentar um Estado em que a presidente Dilma não conseguiu reduzir o peso da administração sobre o sofrido cidadão. E os detentores do poder, num festival permanente de auto-outorga de benesses, insistem em aumentar seus privilégios, como ocorre neste fim de ano, com a pretendida contratação de mais 10 mil servidores e aumentos em cascata de seus vencimentos."
Resumindo, se não há 29.30,31,32,33 ideologias, por que temos que ter essa quantidade absurda de partidos políticos, apenas para mais um "grupo" de pessoas mamarem nas tetas do estado e viverem das benesses do dinheiro publico? O numero de Parlamentares processados atingem número recorde no país, mas esse numero pode ser mais segundo levantamento do Congresso em foco . Segundo a resportagem "Quase 200 deputados e senadores respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Crimes eleitorais e contra a administração pública predominam, mas também há acusações de homicídio, sequestro e tráfico".

Cita ainda a matéria que "Responder a um processo judicial não faz de ninguém culpado da acusação que lhe é atribuída. Numa democracia digna desse nome, prevalece o princípio da presunção da inocência. Em bom português, significa que todos são inocentes até prova em contrário. Também é fato que homens públicos podem ser vítimas de denúncias falsas ou exacerbadas pela sua própria condição política e social. Autoridades, felizmente, tendem a ser mais vigiadas e denunciadas do que cidadãos anônimos".
O levantamento demonstra que um em cada três integrantes do Congresso Nacional está sob investigação no Supremo Tribunal Federal. Dos 594 parlamentares, pelo menos 191 (160 deputados e 31 senadores) são alvos de 446 inquéritos (procedimentos preliminares de investigação) e ações penais (processos que podem resultar na condenação). Quase 40% dos 81 senadores têm contas a acertar no STF.

“Os números são assustadores”, constata o cientista político Marcus André Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acrescentando outro ingrediente que não pode passar em branco. “Para chegar ao STF, a denúncia tem de ter alguma solidez. Se levarmos em conta que também há parlamentares com problemas nos tribunais de contas, teremos perto da metade do Congresso sob suspeita”, afirma ele.
Apenas nos últimos 12 meses, o número de parlamentares com pendências no Supremo cresceu 40% e as investigações em curso saltaram mais de 50%. Já chegou a 85 o total de deputados e senadores que figuram como réus no STF, em 131 ações penais. Um inquérito se transforma em ação penal quando os ministros do Supremo entendem que há indícios de que os acusados cometeram mesmo algum tipo de crime.
Esse levantamento apenas prova que realmente há um Congresso de Criminosos, que a
impunidade reina no pais, um verdadeiro paraíso para bandidos,criminosos, assassinos do povo, não são punidos, quando isso ocorre os bandidos tomam posse.
Por onde anda o STF para cumprir a CF? E agora STF? quando irá para julgar os processos contra 191 parlamentares (160 deputados e 31 senadores), que respondem a inquéritos ou ações penais por crimes eleitorais e contra a administração pública. Também há acusações de homicídio, sequestro e tráfico.?????
Sendo assim, na atual conjuntura politica no Brasil com fichas sujas ocupando as presidências do Congresso Nacional(Senado e Câmara Federal) bem como o líder do Governo também ter a ficha suja e outros punidos pelo STF que ainda passeiam ilesos no legislativo. É necessário uma "Reforma Politica e Partidária com Urgência ou Demissão em massa".

Ao invés de criar novos partidos políticos, por que os brasileiros não se unem e exigem uma reforma politica e partidária com "urgência" com no máximo 6 partidos políticos, sendo dois de esquerda, dois de centro e dois de direita(continuará sendo pluralista) é muito mais democráticos que inúmeros partidos que não fazem nada para defender a democracia no país.
É preciso acabar com a imoralidade do coeficiente eleitoral
Fim de doações de pessoas jurídicas, uma vez que estas não votam quem vota são seu dirigentes, uma forma de acabar com o tal caixa dois.
Punição por crime de responsabilidade civil aos partidos políticos que tenham seus membros envolvidos em falcatruas e desvios de dinheiro, bem como o corte imediato das verbas de representação partidária, suspensão imediata por dois pleitos eleitorais, bem proibição total para que seus dirigentes ou políticos ligados a este encerrem o partido e criarem um novo partido nesse período de suspensão. Prisão imediata dos políticos envolvidos em falcatruas, roubos,dólares na cuecas,meias, paletós, desvios de verbas bem como a suspensão imediata dos direitos políticos "ad eternum" -"pena de morte política" para corruptos.
Voto aberto em todas a sessões e em todas as casas legislativas e o fim do voto de liderança, para evitar as faltas nas sessões plenárias.
Caso isso não aconteça uma intervenção imediata por um período de 12 meses para a reforma política.
Fontes: TSE e Congresso em foco







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![56 a 18, e Renan, denunciado por três crimes, volta à Presidência do Senado
Ou: Quem prometeu voto a Taques e não entregou?
Em troca de quê
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado com 56 votos.
Era o placar esperado.
Pedro Taques (PDT-MT) ficou com 18, abaixo do que lhe foi prometido.
Haviam fechado com o opositor de Renan os 11 do PSDB, os 5 do PDT, os 4 do DEM e 1 do PSOL.
Só nessa primeira conta, já ficaram faltando três votos.
Na reta final, o PSB também lhe prometeu os 4 votos que tem, elevando o número para 25.
Além desses, Taques contava também Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Na urna, ficaram faltando nove…
No texto da manhã, informava que os partidários de Renan apostavam nas traições.
Não foram tantas quantas esperavam, mas houve.
Seria interessante que se procedesse a uma confirmação de voto — como é secreto, é impossível saber com certeza.
Os que prometeram ficar com Taques deveriam vir a público para dizer: “Não fui eu”.
No texto desta manhã, escrevi: “Há corações tucanos e democratas que batem por ele [Renan].
No próprio PDT, que está na base do governo, havia quem preferisse que o colega de partido ficasse fora dessa”.
O apoio do PSB, como se viu, também foi claudicante.
O senador tem a prerrogativa de votar em quem quiser — até mesmo de se rebelar contra a orientação da bancada. Mas mentir é uma coisa feia. Esconder-se no voto secreto numa questão como esta é evidência de covardia.
O senador Renan Calheiros volta, assim, à Presidência do Senado, arrastando, desta feita, uma denúncia do Ministério Público, que está no STF, de três crimes. É grande a chance de se ter um presidente do Congresso réu num processo criminal.
Leiam trechos da reportagem de Laryssa Borges, Marcela Mattos e Gabriel Castro, publicado na VEJA. Volto para encerrar. No próximo post, comento uma declaração de Renan, o eleito, segundo quem a ética não é um fim, mas um meio. Daqui a pouco eu volto para destrinchar seu pensamento profundo.
*
O Senado Federal confirmou nesta sexta-feira sua disposição em manter o velho histórico de corporativismo e elegeu o alagoano Renan Calheiros, do PMDB, para presidir a Casa nos próximos dois anos. Ele derrotou com facilidade o novato Pedro Taques (PDT-MT), por 56 votos a 18. Houve dois votos em branco e duas abstenções.
(…)
Para angariar votos, Renan usou da conhecida habilidade em negociar cargos na Mesa Diretora e promessas de arranjos políticos futuros na Casa. Roberto Requião ganhou a presidência do braço brasileiro do Parlamento do Mercosul, e Eduardo Braga virou líder do governo. Também cobrou a “fatura” pela blindagem que ofereceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na naufragada CPI do Cachoeira.
Denúncias
O arsenal de denúncias contra Renan Calheiros, que motivou seu afastamento do cargo de presidente do Senado em 2007, foi revitalizado com a proximidade das eleições para a presidência da Casa. Em 2007, VEJA revelou que o senador se valia do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, para pagar a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Em sua defesa, Renan argumentou que tinha obtido lucro espantoso com a venda de gado. As investigações, entretanto, concluíram que as notas fiscais apresentadas eram falsas.
Nesta sexta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou que apresentou denúncia contra Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de falsidade ideológica, peculato e uso de documentos falsos.
O senador Pedro Simon, dissidente do PMDB e contrário à candidatura de Renan, foi o mais enfático e o primeiro em plenário a escancarar a possibilidade de o futuro presidente do Senado gerir a Casa ao mesmo tempo em que pode se tornar réu na mais alta corte do país. “O ilustre senador Renan Calheiros está sendo processado pelo procurador-geral. Ele se elege hoje e na quarta ou quinta-feira o STF aceita a denúncia e se inicia um processo lá. Se iniciar um processo lá, evidentemente que se inicia um processo aqui. Vai se repetir o filme”, declarou Simon.
Aliados
Renan Calheiros chegou ao Senado às 9h30 acompanhado do presidente do Senado, José Sarney. Certo da vitória, o político alagoano ironizou, a seu modo, a candidatura alternativa costurada por setores da oposição e por senadores que se intitulam independentes. “Pedro Taques é candidato mesmo?”, questionou. Em seguida, ainda minimizou o risco de traições de senadores que lhe prometeram apoio: “eleição é como mineração. Ninguém sabe onde vai ter ouro”.
Na sessão que consagrou o nome de Calheiros como novo presidente do Senado, coube ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) anunciar em plenário a candidatura do peemedebista à mais alta cadeira do Congresso. Com um discurso torto, Vital teceu elogios ao poderio do PMDB, à forte bancada de 20 dos 81 senadores e resumiu: a continuidade de uma gestão marcada pela “modernidade”, “inovação” e “transparência”, como diz ter sido a de José Sarney, só poderia ser garantida com a presidência de Renan Calheiros.
“O PMDB é um partido que não pediu favores para estar aqui. É o partido que representa maior liderança do país em termos proporcionais e legislativos, porque foi eleito pela vontade do povo brasileiro”, afirmou Vital do Rêgo.
Até senadores sem nenhum voto, como os suplentes Sérgio Souza (PMDB-PR) e Lobão Filho (PMDB-MA) – que devem as vagas à nomeação de Gleisi Hoffmann e Edison Lobão como ministros – saíram em defesa de Renan Calheiros em plenário. “Sabemos que existe um processo que se iniciou há poucos dias no STF. São fatos de 2007 e muito mais ligados à vida particular deste senador do que à vida pública desse homem que começou sua vida pública há mais de 30 anos”, disse Souza.
“Nessa Casa não há nenhuma vestal. A última vestal que tentou ser vestal nessa Casa foi desossado pela imprensa. Não há ninguém a levantar o dedo para o senador Renan Calheiros”, completou Lobão.
Encerro
O discurso que traduziu melhor o espírito da coisa foi, como veem, o de Lobão Filho (PMDB-MA, filho, como se presume, de Lobão pai.
O rapaz está lá sem voto nenhum porque era suplente do pápi, que virou ministro. Referindo-se a Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado, negou que haja vestais na Casa.
Pois é…
Numa Casa em que ninguém é vestal, é preciso tomar cuidado para que não se considere que todos são, então, bandidos.
Certamente não foi isso o que quis dizer o Lobinho, filho do Lobão.
01/02/2013
(postado por Resistência democratica)](https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/s480x480/483751_2866507637853_1997162447_n.jpg)
![56 a 18, e Renan, denunciado por três crimes, volta à Presidência do Senado
Ou: Quem prometeu voto a Taques e não entregou?
Em troca de quê
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado com 56 votos.
Era o placar esperado.
Pedro Taques (PDT-MT) ficou com 18, abaixo do que lhe foi prometido.
Haviam fechado com o opositor de Renan os 11 do PSDB, os 5 do PDT, os 4 do DEM e 1 do PSOL.
Só nessa primeira conta, já ficaram faltando três votos.
Na reta final, o PSB também lhe prometeu os 4 votos que tem, elevando o número para 25.
Além desses, Taques contava também Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Na urna, ficaram faltando nove…
No texto da manhã, informava que os partidários de Renan apostavam nas traições.
Não foram tantas quantas esperavam, mas houve.
Seria interessante que se procedesse a uma confirmação de voto — como é secreto, é impossível saber com certeza.
Os que prometeram ficar com Taques deveriam vir a público para dizer: “Não fui eu”.
No texto desta manhã, escrevi: “Há corações tucanos e democratas que batem por ele [Renan].
No próprio PDT, que está na base do governo, havia quem preferisse que o colega de partido ficasse fora dessa”.
O apoio do PSB, como se viu, também foi claudicante.
O senador tem a prerrogativa de votar em quem quiser — até mesmo de se rebelar contra a orientação da bancada. Mas mentir é uma coisa feia. Esconder-se no voto secreto numa questão como esta é evidência de covardia.
O senador Renan Calheiros volta, assim, à Presidência do Senado, arrastando, desta feita, uma denúncia do Ministério Público, que está no STF, de três crimes. É grande a chance de se ter um presidente do Congresso réu num processo criminal.
Leiam trechos da reportagem de Laryssa Borges, Marcela Mattos e Gabriel Castro, publicado na VEJA. Volto para encerrar. No próximo post, comento uma declaração de Renan, o eleito, segundo quem a ética não é um fim, mas um meio. Daqui a pouco eu volto para destrinchar seu pensamento profundo.
*
O Senado Federal confirmou nesta sexta-feira sua disposição em manter o velho histórico de corporativismo e elegeu o alagoano Renan Calheiros, do PMDB, para presidir a Casa nos próximos dois anos. Ele derrotou com facilidade o novato Pedro Taques (PDT-MT), por 56 votos a 18. Houve dois votos em branco e duas abstenções.
(…)
Para angariar votos, Renan usou da conhecida habilidade em negociar cargos na Mesa Diretora e promessas de arranjos políticos futuros na Casa. Roberto Requião ganhou a presidência do braço brasileiro do Parlamento do Mercosul, e Eduardo Braga virou líder do governo. Também cobrou a “fatura” pela blindagem que ofereceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na naufragada CPI do Cachoeira.
Denúncias
O arsenal de denúncias contra Renan Calheiros, que motivou seu afastamento do cargo de presidente do Senado em 2007, foi revitalizado com a proximidade das eleições para a presidência da Casa. Em 2007, VEJA revelou que o senador se valia do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, para pagar a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Em sua defesa, Renan argumentou que tinha obtido lucro espantoso com a venda de gado. As investigações, entretanto, concluíram que as notas fiscais apresentadas eram falsas.
Nesta sexta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou que apresentou denúncia contra Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de falsidade ideológica, peculato e uso de documentos falsos.
O senador Pedro Simon, dissidente do PMDB e contrário à candidatura de Renan, foi o mais enfático e o primeiro em plenário a escancarar a possibilidade de o futuro presidente do Senado gerir a Casa ao mesmo tempo em que pode se tornar réu na mais alta corte do país. “O ilustre senador Renan Calheiros está sendo processado pelo procurador-geral. Ele se elege hoje e na quarta ou quinta-feira o STF aceita a denúncia e se inicia um processo lá. Se iniciar um processo lá, evidentemente que se inicia um processo aqui. Vai se repetir o filme”, declarou Simon.
Aliados
Renan Calheiros chegou ao Senado às 9h30 acompanhado do presidente do Senado, José Sarney. Certo da vitória, o político alagoano ironizou, a seu modo, a candidatura alternativa costurada por setores da oposição e por senadores que se intitulam independentes. “Pedro Taques é candidato mesmo?”, questionou. Em seguida, ainda minimizou o risco de traições de senadores que lhe prometeram apoio: “eleição é como mineração. Ninguém sabe onde vai ter ouro”.
Na sessão que consagrou o nome de Calheiros como novo presidente do Senado, coube ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) anunciar em plenário a candidatura do peemedebista à mais alta cadeira do Congresso. Com um discurso torto, Vital teceu elogios ao poderio do PMDB, à forte bancada de 20 dos 81 senadores e resumiu: a continuidade de uma gestão marcada pela “modernidade”, “inovação” e “transparência”, como diz ter sido a de José Sarney, só poderia ser garantida com a presidência de Renan Calheiros.
“O PMDB é um partido que não pediu favores para estar aqui. É o partido que representa maior liderança do país em termos proporcionais e legislativos, porque foi eleito pela vontade do povo brasileiro”, afirmou Vital do Rêgo.
Até senadores sem nenhum voto, como os suplentes Sérgio Souza (PMDB-PR) e Lobão Filho (PMDB-MA) – que devem as vagas à nomeação de Gleisi Hoffmann e Edison Lobão como ministros – saíram em defesa de Renan Calheiros em plenário. “Sabemos que existe um processo que se iniciou há poucos dias no STF. São fatos de 2007 e muito mais ligados à vida particular deste senador do que à vida pública desse homem que começou sua vida pública há mais de 30 anos”, disse Souza.
“Nessa Casa não há nenhuma vestal. A última vestal que tentou ser vestal nessa Casa foi desossado pela imprensa. Não há ninguém a levantar o dedo para o senador Renan Calheiros”, completou Lobão.
Encerro
O discurso que traduziu melhor o espírito da coisa foi, como veem, o de Lobão Filho (PMDB-MA, filho, como se presume, de Lobão pai.
O rapaz está lá sem voto nenhum porque era suplente do pápi, que virou ministro. Referindo-se a Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado, negou que haja vestais na Casa.
Pois é…
Numa Casa em que ninguém é vestal, é preciso tomar cuidado para que não se considere que todos são, então, bandidos.
Certamente não foi isso o que quis dizer o Lobinho, filho do Lobão.
01/02/2013
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