quinta-feira, 11 de abril de 2013

DENÚNCIA PÚBLICA - O navio que não navega -O navio João Cândido, construído no Brasil, só navegará a contento se for consertado no exterior (de acordo com o próprio estaleiro)

DENÚNCIA PÚBLICA  -O navio que não navega, depois do  trem bala invisivel o DesGoverno Dilama Du Cheff inventa o Navio que não navega, tudo isso com dinheiro público.

O navio João Cândido, construído no Brasil, só navegará a contento se for consertado no exterior (de acordo com o próprio estaleiro).R$ 336 Milhões dinheiro público usados para O NAVIO QUE NÃO NAVEGA....
Júlia Rodrigues


Para não cair no esquecimento

 
DENÚNCIA PÚBLICA
 
    O navio João Cândido, construído no Brasil, só navegará a contento se for consertado no exterior  (de acordo com o próprio estaleiro)
 
  O navio que não navega
 

 
R$ 336 Milhões
O NAVIO QUE NÃO NAVEGA...
Júlia Rodrigues
 
Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira. Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões – o dobro do valor orçado no mercado internacional.Destacavam-se na plateia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi recolhido ao estaleiro antes que afundasse ─ e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico.O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento, nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro. Durante a campanha presidencial, transportado pela imaginação da candidata Dilma Rousseff, fez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou.A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior. PODE?Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros. Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega.
Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira. Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões – o dobro do valor orçado no mercado internacional.Destacavam-se na plateia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi recolhido ao estaleiro antes que afundasse ─ e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico.O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento, nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro. Durante a campanha presidencial, transportado pela imaginação da candidata Dilma Rousseff, fez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou.A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior. PODE?Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros. Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Diretora da EFF fala sobre censura e ativismo na rede

Por Caroline O’Donovan em 26/03/2013 na edição 739
Tradução: Jô Amado, edição de Leticia Nunes. Informações de Caroline O’Donovan [“Just-in-time censorship, scaling connectors, and the problem with banning porn”, Nieman Journalism Lab, 11/3/13]

Jillian York analisa as questões de liberdade de expressão de um ponto de vista global. Diretora de liberdade de expressão internacional na Electronic Frontier Foundation (EFF) e com experiência significativa no mundo árabe, ela escreve e ensina sobre navegar num mundo em que os censores e aqueles que querem evitá-los estão numa corrida constante de armamentos – tecnológicos, legais e políticos.
Antes de entrar para a EFF, Jillian York trabalhou Centro Berkman de Harvard para a Internet e a Sociedade, onde contribuiu para a OpenNet Initiative (Iniciativa Livre de Internet). Ela também escreve uma coluna para a al-Jazeera, na qual analisa constantemente as atualidades através das lentes da liberdade da internet. Ultimamente, Jillian vem nos alertando para o perigo de usar ingenuamente o Facebook no Oriente Médio e nos preparando para nos protegermos do Google. Quando falamos – uma conversa confusa, por uma linha internacional do Skype –, perguntei-lhe sobre um aumento na regulação, a diminuição das liberdades, as redes sociais e como os jornalistas tradicionais vêm se adaptando à realidade digital.
Puxar as mídias sociais para a reportagem
Na semana passada, John Wihbey escreveuno Nieman Journalism Lab sobre um estudo feito pela London School of Economics e pela BBC chamado “Quem faz reportagens sobre os protestos?”que discute a convergência das práticas de jornalistas-cidadãos e da mídia tradicional – o que ensinaram e o que aprenderam nesse campo. Tenho curiosidade de saber o que você pensa disso.
Jillian York – Não vi o estudo, mas quando se trata de cobrir um conflito há a tentação de dar uma vista panorâmica e as mídias sociais mudaram isso, para o bem ou para o mal. Por exemplo, se você fosse um jornalista estrangeiro e fosse para o Cairo fazer uma reportagem da Praça Tahrir, havia imagens muito fortes de jornalistas se escondendo em seus quartos de hotel. Acho que foi Anderson Cooper que disse: “Estou neste hotel com outro jornalista e o perigo é tão grande que estamos acocorados”. Mas se olhasse o Twitter eu veria alguém de outro lado da cidade do Cairo dizendo que ali estava tudo calmo. Portanto, acho que isso permitiu que tivéssemos uma visão menos distorcida.
É claro que há lugar para o tradicional e para o jornalismo-cidadão nesses cenários porque realmente temos um retrato ampliado – e o jornalista tradicional muitas vezes tem mais capacidade para contextualizar. Porém, levando isso em consideração, acho que é um erro continuar fazendo a reportagem a partir de um lugar central e tentando representá-lo como locais mais abrangentes. Por isso, acho que uma das coisas que vi mudarem um pouco é a admissão, ou reconhecimento, de que a opinião do jornalista tradicional é apenas uma peça de um quebra-cabeça maior.
Acho que uma das maneiras que conseguem fazê-lo é puxando as mídias sociais para a reportagem. Acho que Robert Mackey, do New York Times, faz isso muito bem. É um jornalista profissional, passa-nos um contexto neutro, mas também introduz em certos espaços tweets fundamentais, de autores fundamentais. É incrível ver a diferença entre isso e o que fazia a CNN em 2009 durante as eleições no Irã, quando literalmente deixava rolartweets aleatoriamente, sem contexto.
“Há trabalho a ser feito com relação à neutralidade”
Se um jornalista lhe perguntasse qual a importância dos tweets ou quem são os autores importantes, o que você lhe diria? Se você toma conhecimento de um conflito pela primeira vez ou entra num lugar que não conhece, como você se deixa imergir naquela rede e entende quais são os pontos mais importantes?
J.Y. – Ethan Zuckerman estudou isso muito. Eu mesma já fiz esse papel antes. Dois mundos que conheço bem são o Egito e os EUA. Passei muito tempo lá, tenho muitos contatos. Quando começaram os protestos, recebia muitos telefonemas de jornalistas que queriam saber quem poderia falar sobre a censura na internet, se eu poderia conectá-los a alguém. E aí a repercussão é imensa. Então, digamos que ponho esse jornalista em contato com alguém que está na Praça Tahrir nesse exato minuto e que essa pessoa pode ajudar o jornalista a aprofundar-se no conhecimento da rede. Só que não existem níveis – portanto, eu não ousaria dizer que se trata do futuro do jornalismo. Mas acho que pessoas de fora podem sempre ajudar a criar esse contexto e guiar o jornalista em direção a uma amostragem mais abrangente de pessoas.
Isso não significa que essas pessoas sejam definitivamente representativas. Por exemplo, quando eu recebia aqueles telefonemas, digamos, de alguém querendo falar com um jornalista favorável a Mubarak – eu simplesmente não conhecia tal jornalista. Mas podia dizer que Fulano é um blogueiro, Beltrano é um ativista contra julgamentos militares – e permitir ao jornalista que, a partir daí, pudesse compreender a rede.
Você acha que os jornalistas tradicionais se sentem mais à vontade com isso?
J.Y. – Claro que sim. Falei com uma porção de pessoas que desempenharam este papel. Durante algum tempo, estava sozinha, recebia os telefonemas constantemente, mas agora isso não acontece mais. E vejo outras pessoas fazendo isso pela Síria, por exemplo, onde não tenho tantos contatos. Mas ainda acho que há um risco porque os números não são neutros. Eu sei que nem sempre sou neutra – tento, pelo menos, dar o contexto a jornalistas, digamos, dizendo que esta não é uma amostra representativa. A coisa pode ser delicada – acho que ainda há trabalho a ser feito com relação à neutralidade.
“Nenhum governo conseguiu fazer a coisa certa”
Você disse que constatou ao vivo que existe menos liberdade e mais censura. Pode falar sobre como viu isso evoluir?
J.Y. – Em 2009, Alec disse que aquele foi o pior ano que tivemos para a censura na internet. Na época, era verdade – as coisas estavam piorando. O Irã vinha fazendo o que chamamos censura filtrada, quando um site é bloqueado exatamente antes de uma época eleitoral ou de um protesto, com o objetivo exclusivo de impedir que a informação se espalhe nesse período. É óbvio que esse tipo de censura é mais palatável à população porque ela sabe que pelo menos tornará a ter o Twitter de volta. Na época, foi terrível, mas de lá para cá só piorou e agora eu diria que 2012 foi o pior ano. Não só vimos o tradicional bloqueio de websites que a China e o Irã fazem, mas agora vemos governos colocando vírus e malware nos computadores de ativistas para saber o que estão fazendo. Vemos muito mais daquela censura filtrada e agora também vemos coisas mais sinistras em que governos não bloqueiam sites, mas perseguem quem ousa falar. Isso continua sendo o caso do Egito, por exemplo, onde – apesar de existir uma decisão legal de bloquear o YouTube e a pornografia – a internet ainda não é censurada, mas são presas pessoas que dizem determinadas coisas no Facebook e no Twitter. O número de táticas aumentou e diversificou-se e é isso que assusta. Tornou-se muito mais difícil desafiar e lutar contra esse tipo de censura.
Num artigo recentena revista The Atlantic, você e Trevor Timm citam uma passagem do livro Net Delusion, de Evgeny Morozov, sobre o perigo das pessoas se tornarem “insensíveis” às “potenciais intervenções da regulação”. Você poderia explicar até que ponto você acha que não estamos conscientes dos riscos de nossas liberdades?
J.Y. – Justamente ontem (10/3), um deputado do Parlamento europeu pediu que fosse bloqueada a pornografia na internet. Ignoremos o fato de que por enquanto a pornografia é legal e, portanto, um pedido de bloqueio seria de qualquer maneira problemático. O fato é que a pornografia é algo que nunca foi possível definir e, portanto, quando você cria um mecanismo para bloquear uma coisa dessas, ele cria um sistema que fica maduro para o abuso. Tudo bem, hoje podemos bloquear pornografia infantil porque isso é ilegal. Mas amanhã podemos acrescentar pornografia legal e no dia seguinte, fotos de mulheres nuas. E no outro dia podemos banir a palavra “sexo” das buscas no Google. Uma parte do problema é que, uma vez criados esses mecanismos, a menos que você tenha uma vigilância rigorosa, transparência e responsabilidade pelas ações decorrentes, a coisa pode tornar-se uma pirambeira escorregadia. Até agora, nenhum governo conseguiu fazer a coisa certa. A Austrália tentou criar uma lista negra para impedir determinados conteúdos obscenos e, acidentalmente, acabou pondo na lista negra os sites de um dentista e de um alfaiate. Esses sistemas não são perfeitos.
Como censurar um rádio online?
Como você acha que se aplicaria o caso da pirambeira escorregadia em alguns lugares que você conheceu ao vivo ou como ensinar as pessoas a fazer reportagens nesses lugares?
J.Y. – Poucas semanas atrás eu fiz um treinamento, no Cairo, para um grupo de jornalistas que trabalhava com a censura que ocorre naquele país e uma das coisas que eles não sabiam é que a codificação não é permitida no Egito. Como jornalista, ou como um cidadão leigo, você pode não compreender isso, mas no Egito é passível de um processo. O que isso significa é que, ao permitir que os egípcios usem mensagens codificadas do Gmail, do ponto de vista técnico o Google está violando a lei. Não é essa, necessariamente, a intenção da lei – é difícil dizer o que seria, pois a lei é de 2003 –, mas quando essas leis foram criadas sem contexto, os usuários egípcios estariam violando a lei sem o saberem. Isso seria, portanto, um argumento a ser divulgado com as leis, mas também é uma sugestão de que as leis foram criadas sem compreender como seria a internet no futuro. É o mesmo que vem acontecendo – e não tenho autoridade para falar sobre isso porque não sou uma advogada americana –, por analogia, com o caso de Aaron Swartz, no qual você tem uma lei que foi criada antes, fora do contexto daquilo que seria a internet.
Estava lendo no seu blog sobre o treinamentoque você fez no Cairo e você parecia surpresa pelo que interessava àqueles jovens jornalistas. Você poderia falar sobre o que eles consideravam a informação mais valiosa?
J.Y. – Eu pensava que eles queriam falar sobre a regulação internacional da internet e quais eram as implicações decorrentes para serviços de provedores online, como Facebook e Google. Descobri que as pessoas tinham menos interesse por isso e estavam mais interessadas em aprender sobre segurança digital. Acredito que no futuro essas coisas sejam complementares, mas de qualquer maneira esse era um dos interesses mais fortes. Também estavam interessados na lei de direitos autorais e isso me surpreendeu porque em países como o Egito não há uma cultura forte de regulação sobre questões como direitos autorais e a única forma pela qual uma legislação é aplicada é através da DMCA [Digital Millenium Copyright Act, ou Lei Digital do Milênio sobre Direitos Autorais] em sites como o Facebook ou o Google.
Um jornalista fez uma pergunta fascinante que nunca me tinham feito. Ele perguntou se um governo poderia censurar uma rádio online. Não me havia ocorrido pensar sobre que tipo de mecanismo seria necessário para fazê-lo. Podiam, é claro, fechar o site, mas e se o rádio estivesse violando a lei, se estivesse incentivando a população a cometer ações violentas? De que mecanismos disporia o governo para intervir? Fiquei desconcertada, pois não tinha uma resposta adequada.
“As pessoas sempre encontram meios de desafiar a censura”
Para onde você acha que irão os seus trabalhos e os da EFF nos próximos anos?
J.Y. – Uma coisa que eu gostaria de frisar – principalmente porque acabei de participar de um encontro sobre o assunto em Genebra – é que precisamos começar a dar mais atenção à África subsaariana. À medida que aumenta a penetração da internet e aumenta o número de pessoas online diariamente, começaremos a ver os governos se preocuparem com coisas que acontecem, por exemplo, na Nigéria, com as regulações, ou na Etiópia, com a vigilância. É um continente que, de certa maneira, ignoramos e por isso devemos dar mais atenção.
Outra coisa que eu diria é pensar mais em tecnologias. É verdade que há alguns arranjos e caminhos regulatórios que podemos adotar, mas também há uma resposta tecnológica à repressão à liberdade de expressão. A tecnologia de evasão, por exemplo, é altamente financiada pelo governo americano para uso em outros países. Isso é muito importante. Se não podemos resolver o problema por meio da regulação, como iremos dar aos usuários o poder para conseguirem acessar informação e protegerem-se da vigilância?
Você vê mudanças nesse campo da mídia?
J.Y. – Não conheço a questão da África, em particular, mas se você avalia o Oriente Médio, por exemplo, o panorama da mídia vem mudando dramaticamente. Nos países em que as revoluções começaram, você não só vê a ascensão de um jornalismo revolucionário, ou ativista, como uma ascensão do jornalismo conservador – uma ascensão em lugares inesperados. Acho que quase todos os jornais importantes do Egito têm sua sede no Cairo. Grande parte do aumento em jornalismo-cidadão permite-nos conhecer melhor diferentes partes do país que de outra maneira não conheceríamos.
E você vê essa diversidade de vozes aumentando apesar do aumento da regulação?
J.Y. – Espero que sim, com certeza. É óbvio que há exceções. Acho que as coisas podem piorar no Irã e, definitivamente, na Síria. Mas, em grande parte, as pessoas encontram meios de burlar a censura. Mesmo com essas regulações aumentando, acho que ainda se verá uma agitação de jornalistas-cidadãos e, até certo ponto, dos jornalistas profissionais.
E como irão eles burlar a censura?
J.Y. – O que ocorre é que os governos ainda não encontraram uma maneira de acompanhar a criação de novos sites. Portanto, mesmo que seu site esteja bloqueado, você pode criar outro ao final do dia ou torná-lo acessível a partir de vários URLs diferentes. As pessoas sempre encontram e sempre encontraram meios de desafiar a censura dos governos. À medida que os governos se tornam mais sofisticados, há o receio de que persigam os jornalistas, um por um. O outro receio é o de que descubram mais rapidamente maneiras de bloquear os sites. Mas aí pensaremos em algo novo. A tecnologia quase sempre chega junto.

sábado, 30 de março de 2013

31 DE MARÇO DE 1964: A REVOLUÇÃO QUE LIVROU O BRASIL DO TOTALITARISMO COMUNISTA.

Neste domingo de Páscoa, 31 de março de 2013, o Brasil decente constituído por cidadãos honestos, trabalhadores, democratas e que repudiam todas as formas de totalitarismo e exaltam a liberdade comemoram os 49 anos da Revolução de 31 de março de 1964, que livrou a Nação brasileira das garras do comunismo.





O movimento vitorioso levado à frente pelas Forças Armadas brasileiras que seus detratores qualificam de "golpe", teve um gigantesco respaldo da sociedade civil brasileira. E numa época em que não havia a as facilidades da comunicação como a internet e as redes sociais os brasileiros decentes realizaram no dia 19 de março de 1964 a grande Marcha da Família Com Deus, reunindo na capital paulista 500 mil pessoas que se manifestaram pela lei e pela ordem e contra a transformação do Brasil numa república comunista do tipo cubano, conforme mostra de forma detalhada o vídeo acima.

Portanto, ainda que tentem reescrever a história há documentos abundantes que comprovam este fato inelutável da conspiração comunista então em curso.

Os que acusam hoje as Forças Armadas de golpistas e criam comissão dita da verdade são os mesmos daquela época e seus caudatários deste século. Como em 1964 eles continuam conspirando contra a democracia e a liberdade e, portanto, continuam a merecer a repúdio de todos os brasileiros de bem.

Todos os anos, nesta época, quando os brasileiros do bem, do respeito à lei, à ordem e à paz, comemoram o histórico movimento que salvou o Brasil do comunismo, as vivandeiras vermelhas se alvoroçam para lançar a infâmia justamente contra os heróis da Pátria, contando para isso com o acolhimento da grande imprensa brasileira que se tornou o valhacouto dos esbirros do movimento comunista internacional especializados em distorcer informações e mentir de forma absurda na tentativa de reescrever a história e, sobretudo, de macular as Forças Armadas, as polícias e todo o aparato de segurança que nos países democráticos e civilizados têm normalmente o apoio de seus cidadãos.
Não existe democracia sem respeito à lei e à ordem; a liberdade não sobrevive num ambiente de anarquia, ainda que maquiado com base nos cânones do pensamento politicamente correto, verdadeira máquina de triturar a verdade pelo transformismo dos conceitos.

Há meio século do episódio glorioso de março de 1964 e relebrando os confins desse tempo se pode analisar com mais frieza e objetividade aquele acontecimento e compreender que não poderia ter sido diferente face à cruel investida dos inimigos da liberdade. Ou a Nação reagia ou sucumbia ao golpe comunista.

A opção por reagir foi acertada em todos os sentidos. E não há um só argumento que derrube esta interpretação dos fatos. Portanto, quem possui a mínima inteligência jamais poderá discordar dessa verdade: a Revolução de Março de 1964 salvou o Brasil da desgraça comunista. Os subversivos em armas não almejavam outra coisa que não fosse a implantação de uma ditadura comunista. A sociedade brasileira pressentiu que o mal se agigantava e, na célebre Marcha da Família com Deus pela Liberdade, encarregou as Forças Armadas de agir em defesa da democracia e da liberdade.

A despeito de todas as teorias conspiratórias com as quais os esquerdismo delirante continua doutrinando de forma criminosa as novas gerações, a intervenção militar em 1964 mudou para sempre a história do Brasil promovendo a emergência do desenvolvimento social e econômico que permite hoje o protagonismo internacional brasileiro. Até então o Brasil era apenas um país de viés econômico agro-pastoril dos mais atrasados do mundo e, por isso, sujeito às investidas dos aventureiros da desgraça totalitária.

Complementando este post, transcrevo na íntegra o texto da nota emitida pelo Clube Militar:

À NAÇÃO BRASILEIRA: 31 DE MARÇO
A História do Brasil registra a participação decisiva das Forças Armadas Nacionais em todas as ocasiões em que, por clamor popular ou respeito à legislação vigente, se fizeram necessárias as suas intervenções, para assegurar a integridade da Nação ou restabelecer a ordem, colocada em risco por propostas contrárias à índole ou ao modo de vida do Brasileiro.
As Forças Armadas não chegaram agora ao cenário nacional. Estiveram presentes desde o alvorecer da Pátria! Lutaram nas guerras para a consolidação da Independência e garantiram a integridade territorial por ocasião das tentativas separatistas nos primórdios da emancipação! Quando o mundo livre se viu ameaçado pelo totalitarismo nazi-fascista, seus marinheiros, soldados e aviadores souberam combater com dignidade, até o sacrifício, quer na campanha naval do Atlântico Sul, quer nos campos da Itália ou nos céus do Vale do Pó!
Certamente esta é uma das principais razões pela qual a população brasileira atribui às Forças o maior índice de credibilidade, entre todos os segmentos nacionais que lhe são apresentados.
Não foi com outro entendimento que o povo brasileiro, no início da década de 1960, em movimento crescente, apelou e levou as Forças Armadas Brasileiras à intervenção, em Março de 1964, num governo que, minado por teorias marxistas-leninistas, instalava e incentivava a desordem administrativa, a quebra da hierarquia e disciplina no meio militar e a cizânia entre os Poderes da República.
Das consequências dessa intervenção, em benefício da Nação Brasileira, que é eterna, há evidências em todos os setores: econômico, comunicações, transportes, social, político, além de outros que a História registra e que somente o passar do tempo poderá refinar ou ampliar, como sempre acontece.
Não obstante, em desespero de causa, as minorias envolvidas na liderança da baderna que pretendiam instalar no Brasil, tentaram se reorganizar e, com capital estrangeiro, treinamento no exterior e apoio de grupos nacionais que almejavam empalmar o poder para fins escusos,  iniciaram ações de terrorismo, com atentados à. vida de inocentes que, por acaso ou por simples dever de ofício, estivessem no caminho dos atos delituosos que levaram a cabo.
E que não venham, agora, os democratas arrivistas, arautos da mentira, pretender dar lições de democracia. Disfarçados de democratas, continuam a ser os totalitários de sempre. Ao arrepio do que consta da Lei que criou a chamada “Comissão da Verdade”, os titulares designados para compô-la, por meio de uma resolução administrativa interna, alteraram a Lei em questão limitando sua atividade à investigação apenas de atos praticados pelos Agentes do Estado, varrendo “para debaixo do tapete” os  crimes hediondos praticados pelos militantes da sua própria ideologia.
É PARA AQUELES CUJA MEMÓRIA ORA SE TENTA APAGAR DA NOSSA HISTÓRIA E QUE, NO CUMPRIMENTO DO DEVER OU EM SITUAÇÃO DE TOTAL INOCÊNCIA, MILITARES OU CIVIS, FORAM, CRIMINOSAMENTE ATINGIDOS PELOS INIMIGOS DA NAÇÃO, QUE OS CLUBES NAVAL, MILITAR E DE AERONÁUTICA, REPRESENTANDO SEUS MILHARES DE SÓCIOS, OFICIAIS DA ATIVA E DA RESERVA E SEUS FAMILIARES, RENDEM, NESTA DATA, SUA HOMENAGEM E RESPEITO!

Rio de Janeiro, 31 de Março de 2013

GEN EX RENATO CESAR TIBAU DA COSTA
Presidente do Clube Militar

VALTE RICARDO ANTONIO DA VEIGA CABRAL
Presidente do Clube Naval
TEN BRIG-DO-AR IVAN MOACYR DA FROTA
Presidente do Clube de Aeronáutica

Cristais quebrados por Carlos Vereza


Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010. O maior castigo para aqueles que não se interessam por politica, é que serão governados pelos que se interessam.
2010: Cristais quebrados por Carlos Vereza
Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010.
Ou existe alguém com tamanha ingenuidade para acreditar que o “fascismo galopante” que aparelhou o estado brasileiro vá, pacificamente, entregar a um outro presidente que não seja do esquema lulista os cargos, as benesses, os fundos de pensão, o nepotismo, enfim, a mais deslavada corrupção jamais vista no Brasil?
Lula já declarou, que (sic) “2010 vai pegar fogo!”. Entenda-se, por mais esta delicadeza gramatical, golpes abaixo da cintura: dossiês falsos, PCC “em rebelião”, MST convulsionando o país… que a lei de Godwin me perdoe – mas assistiremos em versão tupiniquim, a Kristallnacht, A Noite dos Cristais que marcou em 1938 o trágico início do nazismo na Alemanha.
E os “judeus” serão todos os democratas, os meios de comunicação não cooptados (verificar mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão no país: em texto aprovado pelo diretório nacional do PT, é proposto o controle público dos meios de comunicação e mecanismos de sanção à imprensa). Tudo isso para a perpetuação no poder de um partido que traiu um discurso de ética e moralidade ao longo de mais de 25 anos e, gradativamente, impõe ao país um assustador viés autoritário. Não se surpreendam: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.
Prêmios, como por exemplo, o Chatham House, em Londres, que contou com “patrocínios” de estatais como Petrobras, BNDS e Banco do Brasil, sem, até agora, uma explicação convincente por parte dos “patrocinadores”; matérias em revistas estrangeiras, enaltecendo o “mantenedor da estabilidade na América Latina”. Ou seja: a montagem virtual de um grande estadista…
Na verdade, Lula é o Übermensch dos especuladores que lucram como “nunca na história deste país”.
Sendo assim, quem, em perfeito juízo, pode supor que este ególatra passará, democraticamente, a faixa presidencial para, por exemplo, José Serra , ou mesmo Aécio Neves?
Pelo que já vimos de “inaugurações” de obras que sequer foram iniciadas, de desrespeito às leis eleitorais, do boicote às CPIs como a da Petrobras, do MST e tantos outros “deslizes”, temos o suficiente para imaginar o que será a “disputa” eleitoral em 2010.
E tem mais: o PT está comprando, com o nosso dinheiro, políticos, intelectuais, juízes, militares, o povo humilde com bolsa esmola e formando milícias com o MST, PCC, Sindicatos, ONGS, traficantes e outros, que recebem milhões e milhões de reais, para apoiar o PT e as falcatruas do Governo lula.
Não podemos nem pensar em colocar como Presidente do Brasil uma mulherTERRORISTA, que passou a vida assaltando bancos, matando pessoas inocentes, arrombando casas, roubando e matando. Só uma pessoa internada num manicômio seria capaz de votar numa BANDIDA para presidente de um País.
Confiram.
Carlos Vereza
Ator e ex-petista

Governadores controlam máquina de 105 mil cargos sem concurso público


Pesquisa do IBGE revela que apenas na administração direta dos Estados havia, em 2012, mais de 74 mil servidores com indicação política, número 17 vezes maior que o existente no governo federal.

Leia abaixo os campeões do fisiologismo:

Do total de 105,5 mil servidores sem concurso nos Estados, quase 10% estão em Goiás.
1) Goiás Marconi Perillo (PSDB), 10.550 

2) Bahia, Jaques Wagner (PT), 9.240 

3) Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) 937 
Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) 263

PSDB com oito governadores, controlam, em conjunto, 37,6 mil. 

PT com quatro governadores , 23 mil

PMDB com quatro governadores, com 21,6 mil.

PT é campeão por quantidade controlada por 100 mil habitantes, total de 75 mil.
Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo, de ESTADÃO DADOS
A primeira pesquisa completa sobre a estrutura burocrática dos Estados, realizada pelo IBGE, revela que os 27 governadores empregavam em 2012, em conjunto, um contingente cerca de 105 mil funcionários que não fizeram concurso para entrar na administração pública. Se todas essas pessoas se reunissem, nenhum dos estádios da Copa de 2014 - nem mesmo o Maracanã - teria capacidade para acomodá-las.
Goiás, de Marconi Perillo, tem mais funcionários sem concurso - Ed Ferreira / AE
Ed Ferreira / AE
Goiás, de Marconi Perillo, tem mais funcionários sem concurso
Apenas na chamada administração direta, da qual estão excluídas as vagas comissionadas das empresas estatais, o número de funcionários subordinados aos gabinetes dos governadores ou às secretarias de Estado sem concurso público chega a 74.740, o suficiente para ocupar 98% do maior estádio do Brasil.
No governo federal há 4.445 servidores sem concurso em cargos de confiança na chamada administração direta, ou 0,7% do total dessa categoria. Já nos Estados, a proporção chega a 2,8%.
Gestão indireta
Na administração indireta dos governos estaduais - autarquias, fundações e empresas públicas, segundo a metodologia da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais, do IBGE -, há outros 30.809 servidores comissionados não concursados, contingente que encheria metade do estádio Beira Rio, em Porto Alegre.
No governo federal, são 1.300, mas qualquer comparação é indevida, pois o conceito de administração indireta não é o mesmo nas diferentes esferas.
Líder
Do total de 105,5 mil servidores sem concurso nos Estados, quase 10% estão em Goiás. O governador Marconi Perillo (PSDB) abriga em sua burocracia 10.175 funcionários nessa situação, o que o torna líder no ranking desse tipo de nomeações em números absolutos. A Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, vem logo atrás, com 9.240 não concursados.
Ao se ponderar os resultados pelo tamanho da população, os governadores que saltam para a liderança do ranking são os de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), com 937 e 263 cargos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Os oito governadores do PSDB controlam, em conjunto, 37,6 mil cargos ocupados por servidores não concursados. Os quatro governadores do PT, por sua vez, têm em mãos 23 mil vagas. Logo atrás estão os quatro do PMDB, com 21,6 mil.
O peso dos partidos muda quando se pondera a quantidade de cargos controlados por 100 mil habitantes. Nesse caso, o PT passa para o primeiro lugar (75), e o PSDB cai para o quinto (41).
Função política
Em teoria, os cargos de livre nomeação servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca. Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais.
"Os critérios e métodos de composição de governo que servem para a esfera federal se reproduzem nos Estados", observa o cientista político Carlos Melo. "A grande reforma política que poderíamos fazer seria reduzir ao mínimo esses cargos, tanto no âmbito da União quanto no dos Estados e municípios. Faremos? Creio que não. Não interessa ao sistema político."
Cargos de livre nomeação também podem ser usados para atrair para a máquina pública profissionais qualificados que não têm interesse permanente. Mas a pesquisa do IBGE mostra que nem sempre isso acontece. Em Goiás, por exemplo, 49% dos comissionados têm apenas o ensino fundamental, segundo registros oficiais. O governo diz que não controla a escolaridade (leia texto abaixo). No governo federal, apenas 1,4% dos comissionados têm escolaridade até o 1º grau.
"Não podemos tirar nenhuma conclusão sobre a competência dos servidores, mas são evidentes os critérios utilizados para nomear pessoas para o serviço público", avalia o cientista político Sergio Praça. "Em termos de estruturação administrativa, os Estados estão atrasados em relação ao governo federal."

Veja o ranking do funcionalismo público estadual




As startups descobriram o custo Brasil — e não estão contentes


Burocracia, altos custos e desaceleração econômica levaram fundos a reavaliar investimentos em empresas brasileiras. Com isso, startups promissoras que precisam de novas rodadas de capital podem morrer na praia.

Ana Clara Costa
Jovem sem dinheiro
Startups: depois do 'boom', empresas ficam sem dinheiro (iStockphoto/Getty Images)
Nem bem começou a ganhar velocidade e o setor de novos negócios da internet brasileira já faz sua primeira pausa para reavaliação. Investidores e empreendedores, muitos deles estrangeiros, descobriram o custo Brasil e os diversos entraves que impedem as empresas de prosperar rapidamente – e não estão contentes. O fim da “exuberância irracional” que tomou conta do mercado em 2010 e despejou dinheiro fácil sobre cerca de 900 empreendimentos inovadores até o final do ano passado significa que, nos próximos meses, muitas startups vão fechar. Outras terão de brigar com muito mais ferocidade pelos aportes que as levem a próximo estágio de desenvolvimento.
Para conseguir financiar seu plano de negócios, uma startup precisa, em média, de cinco rodadas de investimento. As primeiras são feitas pelos chamados investidores-anjo ou fundos especializados em capital semente. Se a empresa recém-criada consegue sobreviver à fase inicial e começa a operar, pode tentar rodadas de captação mais audaciosas com fundos de venture capital. Ao se tornar lucrativa, é a vez de buscar os fundos de private equity. Pode-se dizer que o negócio deu certo quando a companhia estiver pronta para estrear na bolsa de valores, como ocorreu com a desenvolvedora de software Senior Solution, que captou 62,1 milhões de reais em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ocorrida no início de março. Contudo, poucas startups brasileiras devem alcançar esse patamar nos próximos anos. Investidores ouvidos pelo site de VEJA foram categóricos: muitas empresas promissoras correm o risco de deixar de existir por falta de investimentos nas segunda e terceira rodadas. É o ‘voo de galinha’ da economia se replicando no meio empresarial - e, mais grave, perto daqueles que criam inovação.
Valores inflacionados - Um dos problemas do mercado brasileiro teve início no momento de euforia, sobretudo em 2010, quando a economia estava superaquecida e cresceu 7,5%. Com o grande fluxo de capital trazido ao país à época, as startups que nasciam foram superavaliadas por investidores. “Houve uma excitação com o Brasil que levou a uma inflação de preço das empresas. Do dia para a noite, qualquer conversa começava com o valor mínimo de 1 milhão de dólares”, afirma Danilo Amaral, da Trindade Investimentos, que fez aportes no blog Startupi e no site de consultas médicas Boaconsulta.com.
Em 2010, as startups brasileiras receberam investimentos de 6,1 bilhões de dólares, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já em 2012, ano de forte desaceleração econômica, poucos investidores estavam interessados em fazer novos aportes. A FGV ainda não tem dados oficiais sobre o ano passado, mas estudos preliminares feitos pela Associação Brasileira das Startups (AB Startups) apontam para investimentos de 850 milhões de dólares. “Ao investir numa empresa com valor superdimensionado, você referenda um preço que não necessariamente condiz com o que a empresa pode entregar”, explica Amaral.
Custo Brasil - A repentina cautela dos investidores não teria efeitos tão devastadores, não fosse o fato de boa parte do capital inicial das empresas ter se perdido no buraco negro do custo Brasil. Tanto os investidores quanto os próprios empreendedores subestimaram o poder destrutivo dessa máquina de ineficiência que tritura o dinheiro de empresários, investidores e da população. “O Brasil é um mercado incrível. Mas a burocracia e os custos estão impedindo que aconteça a inovação”, diz José Marin, fundador da empresa de investimentos espanhola IG Expansión, que controla a operação do site de viagens Expedia na América Latina. Marin falou sobre as dificuldades de financiamento de startups brasileiras durante o Founders Forum, importante evento do qual é idealizador e que reuniu investidores e empreendedores do mundo todo no Rio de Janeiro, no início de março. Marin e os demais organizadores do evento se preparam para enviar uma carta à presidente Dilma Rousseff na qual devem sugerir melhorias regulatórias e de infraestrutura para que o ambiente de negócios das startups possa, de fato, florescer no Brasil.
O custo Brasil feriu as startups desde o início. A demora na abertura de empresas (o Brasil está em 130º lugar no ranking do Banco Mundial nesse quesito), o alto custo e a escassez da mão de obra especializada, os preços inflados do setor imobiliário para a abertura de escritórios e a logística deficitária surpreenderam não só investidores estrangeiros acostumados com a velocidade do Vale do Silício, como também os empreendedores inexperientes. “O Brasil ganhou mais destaque do que merecia. E é mais difícil operar no país do que deveria ser. Contratar, demitir, incorporar e criar a companhia são coisas que tomam um tempo inacreditável de uma empresa e custam caro”, diz Fabrice Grinda, fundador da OLX e investidor do e-commerce Shoes4you. “No longo prazo, há muito potencial para as startups no país, mas, no momento, as coisas estão difíceis”, afirma.
O investidor reconhece o ‘boom’ dos anos de 2009 e 2010 – mas acredita que, depois da ressaca, o Brasil voltou ao patamar desconcertante dos velhos tempos: o de ‘país do futuro’. O futuro, para ele, deve ocorrer dentro de três a quatro anos. “A regulação precisa avançar, sobretudo para a questão do e-commerce. E os impostos precisam ser mais simples. O investidor não se preocupa necessariamente com a alta carga tributária, e sim com a sua complexidade“, afirma.
Nem tudo está perdido – A opinião unânime entre os investidores ouvidos pelo site de VEJA é a de que muitas empresas consideradas promissoras não conseguirão sobreviver à falta de capital em 2013. Mas nem tudo está perdido. Segmentos como educação, redes sociais, agregadores de compras e soluções B2B apresentam boas perspectivas porque não dependem de logística – um custo que consome as margens de lucro das empresas. Segundo Anderson Thees, do fundo Redpoint e.Ventures Brazil, que é ligado ao fundo de mesmo nome no Vale do Silício, o período de ajustes será positivo para selecionar quais são as melhores empresas geridas pelos melhores empreendedores. “Não há espaço para todas. Esse soluço do mercado é necessário para fazer essa seleção”, diz, reiterando que até mesmo o dinheiro escasso é algo positivo. “A falta de capital para novas rodadas é um grande problema? É. Mas é um problema bom. Antigamente não havia capital nem para a primeira rodada”.
Situação de ajuste semelhante à brasileira ocorreu na China no final dos anos 1990, quando houve o ‘boom’ das startups de internet. A ressaca veio logo depois, em 2001. E, apenas em 2004, os investimentos no país asiático voltaram a fluir. Kevin Efrusy, sócio do Accel Partners, um dos mais poderosos fundos de venture capital do Vale do Silício (dono de uma carteira de investimentos de 12 bilhões de dólares), afirma que não deverá reduzir o apetite de seus fundos por empresas brasileiras este ano. Ele acredita tratar-se de um período comum de adaptação, como na China, que acontece depois de um salto de euforia. Efrusy vê o Brasil ainda como um mercado interessante no curto prazo, a despeito de todos os entraves para se fazer negócios no país. “Esse ajuste é saudável e dá ao mercado tempo para digerir o que as startups estão fazendo. Quando os casos de sucesso finalmente emergirem, o dinheiro voltará”, afirma. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sangrando o Brasil

Dilmonete a marionete de Lula cria mais um cabide de emprego um Ministério 39º da Secretária da Micro e Pequena Empresa, que terá um custo anual de quase R$ 8 Milhões de Reais.

Em breve com tantos gastos inúteis para o Brasil, porém úteis para se reeleger, o governo federal criará um novo imposto para os contribuintes cobrirem o rombo causado por este governo que convive com a corrupção,fisiologismo,nepotismo, blindagem de políticos criminosos.....