sexta-feira, 5 de junho de 2015

Aonde está o povo dos R$ 0,20, o povo das marchas evangélicas, marchas gays, aonde estão os brasileiros que não ficam nas ruas todos os dias até os corruPTos criminosos do poder cairem?

Por R$ 0,20 (vinte centavos) o Brasil parou.
Mas depois continuou e continua empurrando tudo com a barriga.
Onde vamos chegar???
Desde o final do ano passado só vejo notícias de aumentos intercaladas com notícias de corrupção.
E quem rouba nesse país continua ileso, por aí, na boa.
Mas quem trabalha e muito, paga seus impostos direitinho está engasgado, afogado em contas crescendo e tendo que usar muito jogo de cintura para seguir em frente e continuar sorrindo.
O que é isso Dona Presidente? O que é isso Brasil?
Há anos que o salário da classe média (penso seriamente se ainda sou classe média) continua o mesmo, e para viver, ou melhor, sobreviver, temos que nos rebolar para conseguir pagar todas as contas e os aumentos:
luz
água
gasolina
ônibus
salário mínimo
alimentação
etc
etc
etc
E agora mais essa?????
Se ainda nosso imposto fosse revertido em benfeitorias pra gente, como assistência médica decente, mas não. Nesse país se vc não tiver um convênio médico, considere-se morto numa eventual necessidade.
Isso porque os convênios hoje nem estão aquela maravilha. Tente marcar uma consulta ou exame. O tempo de espera se iguala ao SUS. E eles ainda tem a pachorra de aumentar em mais que o dobro da inflação???
Tá difícil cada vez mais continuar lutando para sobreviver.
Enquanto isso, os poderosos continuam aí, viajando, passeando, e ajudar o povo que é bom , nada.
Ajudar o povo não significa dar bolsa família. Pois eu também me considero povo e não tenho benefícios algum.
Pelo contrário. Pago os milhares de detentos com alimentação e safadeza, enquanto de dentro dos presídios eles chefiam organizações aqui fora. Não podemos sair tranquilos nas ruas, pois podemos ser assaltados, esfaqueados (agora é moda), violentados e não podemos fazer nada que lá vem a tuirminha dos direitos humanos defender estes marginais. Deveriam se chamar Organização dos Direitos dos marginais, pois humanos somos nós que acordamos cedo, trabalhamos e pagamos impostos.
Agora que passou a situação medonha, ou melhor ultra medonha da falta de água, todo mundo esqueceu e o governo não está fazendo nada para evitar a situação que voltará a acontecer. Pra que se preocupar agora né? Cantareira tá legal. Não tá mais baixando o nível... tsc tsc tsc
E os mais de 26 bilhões de dólares que a Suiça deve devolver ao Brasil, fruto da roubalheira na Petrobrás? Para onde irá esse dinheiro? Deixa eu pensar.... Construir porto em Cuba ou Metrô na Venezuela...
Fico pensando numa estratégia, numa saída, sei lá.
Ou pelo menos rezando para que as coisas mudem, para que os brasileiros acordem e lutem unidos pelos seus direitos.
Prestem atenção: não estou aqui fazendo uma crítica a um ou outro partido. Estou fazendo um chamado a quem nasceu neste país, mesmo que por acaso como eu que sou filha de imigrantes, mas que ama esta terra e este povo e que deseja um mundo e uma vida melhor.
Não peço para deixar algo melhor para meus filhos, pois não tenho. Peço para que seja melhor agora para mim, e para todos aqueles que virão.
Texto longo, muitos pontos, eu sei.
Mas eu precisava desabafar.
Precisamos voltar às ruas. Mas não uma vez por mês, pois isso não surte efeito e nem faz sentido.
Precisa ser como um relacionamento de amizade ou casamento: tem que ser todos os dias.
Precisamos tomar alguima atitude, pois quem autoriza esse aumento abusivo, corre pra se tratar no Einstein ás nossas custas: os políticos.
Tô cansada de safadeza.
Tô cansada de roubalheira.
Tô cansada de passividade.
Tô cansada de aceitação.
Quero os meus direitos. Quero ter direito a todos eles!
Acorda Brasil !!!!!
Por Eliana Kouri






























fontehttp://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/06/planos-de-saude-sao-autorizados-pela-ans-cobrar-reajuste-retroativo.html

































  Vem aí um novo imposto de 50 bilhões de reais – Nosso correspondente no Palácio do Planalto, qua sabe tudo, enviou o seguinte relato: "Joaquim Levy já decidiu criar um novo imposto para substituir a finada CPMF. Querem arrecadar 50 bi por ano, claro que para ajudar a fechar as contas. Vão dizer que é para a Saúde. Dilma deu sinal verde. Estudam uma fórmula para valer ainda este ano".

FONTE: http://www.oantagonista.com/posts/vem-ai-um-novo-imposto-de-50-bilhoes-de-reais

































































































































































































quarta-feira, 3 de junho de 2015

MMINISTRA DA AGRICULTURA GRILHEIRA, EXPLICA AI, KÁTIA ABREU: Canal Rural acusa ministra da agricultura de ter recebido mais de 1 mil hectares de forma ilegal

De acordo com reportagem, Kátia Abreu (PMDB-TO) teria lucrado mais de R$ 5 milhões com operação fraudulenta de transferência de terras no Norte de Tocantins

Da Redação
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O Canal Rural veiculou uma reportagem na noite de sexta-feira acusando a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), de ter sido beneficiada em um esquema fraudulento de transferência de terras desapropriadas pelo governo de Tocantins. De acordo com a reportagem, Kátia Abreu recebeu 1268 hectares de terras pertencentes a agricultores familiares que foram tomadas pelo estado com a alegação de serem improdutivas. Após desapropriar cerca de 105 mil hectares, o então governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB-TO), distribuiu a um grupo de políticos do estado. Entre eles, a então presidente da Federação da Agricultura do Estado de Tocantins, Kátia Abreu. O caso teria acontecido em 1997.
Na ocasião as terras foram repassadas aos políticos a preços muito abaixo do mercado. Kátia Abreu, por exemplo, teria pago apenas R$ 22,00 por hectare. Ao todo a senadora desembolsou R$ 27.914,00 pelas terras. Ainda de acordo com a reportagem do Canal Rural, pouco mais de 10 anos após ter sido agraciada pelo governo do Tocantins, Kátia Abreu vendeu boa parte de suas terras para a empresa Sollus Mapito por R$ 4,4 milhões, obtendo um lucro de mais de 16000%. A hoje ministra da Agricultura ainda vendeu outros lotes, totalizando um lucro com a operação de R$ 5,3 milhões.
Os agricultores que perderam suas terras para o projeto que ficou conhecido como Campos Lindos ainda lutam na Justiça para tentar recuperar a área ou serem indenizados de forma justa.
Veja a reportagem completa no link abaixo


FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/420625_CANAL+RURAL+ACUSA+MINISTRA+DA+AGRICULTURA+DE+TER+RECEBIDO+MAIS+DE+1+MIL+HECTARES+DE+FORMA+ILEGAL?pathImagens&path&actualArea=internalPage

TCU vai fiscalizar Itaipu, cujo advogado é filho do presidente do tribunal

Leandro Mazzini


Aroldo - o presidente já convenceu os colegas de que não votará. Mas ficou o mal estar.
Aroldo – o presidente já convenceu os colegas de que não votará. Mas ficou o mal estar.
Atualizada terça, 2, 9h - Uma calça justa no Tribunal de Contas da União. No último dia 29 de abril, o Acórdão 1014/15 do TCU decidiu que a Corte vai passar a fiscalizar as contas da Usina binacional Itaipu. O caso estava parado para decisão do relator Raimundo Carreiro, que analisava embarbo da Eletrobras, reticente em abrir os dados.
É a primeira vez que o TCU vai fiscalizar as contas da estatal desde a sua criação. O texto do Acórdão pode ser lido no link do portal do TCU.
O incômodo interno ocorre pelo fato de o advogado de Itaipu ser Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz.
Então vice do tribunal e corregedor, Aroldo visitou as instalações da usina em 2013, e 11 meses depois a direção da empresa decidiu trocar o advogado Eduardo Ferrão, com quem tinha contrato de anos, pelo jovem promissor advogado, para atuar na defesa de ação civil movida pelo MP Federal, que tramita no STF.
A assessoria de Itaipu informou que não há relação entre a visita do ministro à usina (na qual foi recebido pelo setor jurídico) com a escolha do escritório de advocacia de Tiago Cedraz para sua defesa.
Segundo a assessoria de Itaipu, a visita se deu 'exclusivamente para conhecer as instalações de geração de energia e as diversas ações socioambientais mantidas pela Itaipu Binacional'.
INVESTIGAÇÃO
No acórdão 1014/15, o plenário do tribunal determinou que 'A competência constitucional (art.i71, inciso iiV) atribuída ao TCU para fiscalização das contas nacionais de empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, tem eficácia imediata e independe de eventual omissão do tratado constitutivo das empresas quanto à respectiva forma de controle externo'.
Em suma, foi o pontapé na porta da direção da hidrelétrica, cujo conselho teve até poucos meses contava com João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT – e é um reduto do Partido dos Trabalhadores desde o início do governo Lula.
Pelo acórdão, entre outros pontos, a Eletrobras deve preparar relatório a ser enviado à Corte pela sua Secretaria-Geral de Controle Externo. O Item 9.4 cobra detalhes das ‘Despesas de Exploração’, e o 9.6 determina auditorias. A inspeção deve abordar os últimos cinco anos de gestão.
Tanto o TCU quanto Itaipu não vêem conflito de interesse no caso. O ministro Cedraz deve se dizer impedido de votar, discutir ou relatar, devido ao parentesco com o advogado de defesa da usina. Em 2013, o ministro Cedraz apresentou ao TCU uma lista de 59 advogados. Se diz impedido de julgar qualquer ação que tenha os nomes como partes. Inclusive o do filho.
Não é de hoje que há cobrança para que TCU fiscalize Itaipu. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) já pressionou. E desde 2003 uma ação civil pública do MP Federal, que chegou ao STF (vide acima), visa ‘condenar’ o tribunal a fiscalizar as contas da usina hidrelétrica.
ESCRITÓRIO DE DEFESA
O jovem advogado filho do ministro. Foto: reprodução do Youtube
O jovem advogado filho do ministro. Foto: reprodução do Youtube
Tiago Cedraz também é secretário de assuntos jurídicos do Partido Solidariedade. O escritório do filho do presidente do TCU também atuou como parte advocatícia na frustrada tentativa de venda de uma refinaria da Petrobras na Argentina. Receberia US$ 10 milhões em honorários. Mas o negócio desandou.
Ainda de acordo com a assessoria da Itaipu Binacional, a respeito da ação no STF em que Cedraz é parte, a estatal 'considera que a contratação do Escritório de Advocacia “Cedraz Advogados'' não gerou ou gera qualquer situação de conflito de interesses relativamente à Ação Cível Originária nº 1905 que tramita perante o egrégio Supremo Tribunal Federal, ao qual cabe o julgamento da questão, não se vislumbrando quaisquer das restrições previstas no artigo 134, do Código de Processo Civil''.
Procurado, Tiago Cedraz informou que não há conflito na contratação de seus serviços e que ‘caberá ao STF decidir a questão’.

FONTE: http://colunaesplanada.blogosfera.uol.com.br/2015/06/02/tcu-vai-fiscalizar-itaipu-cujo-advogado-e-filho-do-presidente-do-tribunal/

ESSES COMUNISTAS ABUSAM COM O DINHEIRO DOS OUTROS: MARIA do ROSÁRIO faz “encontro estadual do MANDATO” em HOTEL de Luxo e paga com verba pública.

MARIA do ROSÁRIO faz “encontro estadual do MANDATO” em HOTEL de Luxo e paga com verba pública.
Tivemos acesso a algumas notas fiscais “interessantes” que mostram que políticos continuam usando o dinheiro público para certas extravagâncias que não caem bem em tempos de austeridade.
No evento a deputada disse:
“Representação não é apenas de pessoas, é de classe. Nós exercemos um mandato de classe, contra todas as discriminações”.
A deputada petista Maria do Rosário, que prega decência e honestidade, não considera discriminação usar o dinheiro público para reunir seus fãs e cabos eleitorais em hotéis de luxo enquanto milhões de brasileiros passam necessidades em vários locais do Brasil.
Ela pagou com verba pública uma festa chamada “encontro estadual do Mandato”. No evento, realizado em 25 de abril teve de tudo, até um “quê” de cultural, com musica ao vivo.
memesTinha bastante gente. Segundo a própria, cerca de 500 pessoas. Já são aí 500 votos para a re-eleição não é mesmo? 
 Vejam algumas fotografias e notas que obtemos com a ajuda de nossa rede de colaboradores. Veja também a nota que mostra que a deputada pagou com verba pública para fazerem um MEME pra facebook!!!. Quando nos disseram não acreditamos… Mas, era verdade.
Maria rosario encontro do mandato
A deputada requereu que o dinheiro fosse ressarcido alegando que se refere a gasto da ATIVIDADE PARLAMENTAR, a nota apresentada na Câmara é essa abaixo.
Revista Sociedade Militar



FONTE: http://sociedademilitar.com.br/wp/2015/06/maria-do-rosario-faz-encontro-estadual-do-mandato-em-hotel-de-luxo-e-paga-com-verba-publica.html

terça-feira, 2 de junho de 2015

Será que vale a pena ser consumidor sem liberdade e sem direitos básicos?

(*) Rizzatto Nunes –
rizzatto_nunes_02Como estudante de direito, vivi muito tempo a ilusão de que o Estado pudesse, de fato, intervindo na sociedade, criar bem estar social. Um Estado democrático, naturalmente, e no qual os agentes públicos representassem os interesses dos governados e também o que existisse do melhor no pensamento jurídico garantidor da dignidade da pessoa humana. Haveria de se implantar políticas e regras que beneficiassem a todos.
Infelizmente, com o passar do tempo, minha ilusão foi se esvaindo. Estou cada vez mais convencido de que, muitas vezes, é o Estado (ainda que democrático) que se torna um entrave ao desenvolvimento das pessoas e da sociedade.
A liberdade, por exemplo, esse direito natural e civil, que toda pessoa deveria poder gozar, tem sido limitada, violada, vilipendiada; o Estado democrático tornou-se centralizador, onipotente, opressor; ao invés de garantir a liberdade individual, ampliando e garantindo espaços para seu exercício ele, ao contrário, passou a estabelecer obstáculos, muitos deles ilegítimos quando não ilegais (ou inconstitucionais).
Em vários fóruns e textos tem-se discutido esse papel que o Estado contemporâneo assumiu e esse exagero precisaria ser limitado. No mundo todo, os Estados têm agentes que causam danos à população, de maneira mais ou menos evidente. As diversas polícias, em muitos lugares, são uma catástrofe de ineficiência e abusos, o que se observa até em países do primeiro mundo como nos Estados Unidos de América, por exemplo. Esse braço repressor, muitas vezes mal dirigido e mal treinado, que se faz mostrar em fotos e vídeos, está também em vários outros setores da administração pública, de forma mais oculta dentro das mentes de seus agentes.
A liberdade individual tem sido uma vítima constante dessa mentalidade centralizadora e das ações que a ela correspondem. Para nossa reflexão, apresentarei duas hipóteses: uma, digamos assim, no plano micro e outra no plano macro.
Faço referência a uma citação de meu amigo Outrem Ego que já aqui indiquei: “Uma das claras diferenças entre uma democracia e uma ditadura é a de que nesta toda pessoa da sociedade civil é suspeita (de algo…); naquela, todo cidadão é inocente até prova (contundente) em contrário. Numa democracia, ninguém é suspeito até agir como tal”.
Noutro dia, ouvi o jornalista Ricardo Boechat contar que uma vez ele estava preso num congestionamento enorme e viu muitos motoristas serem assaltados exatamente porque estavam parados sem nada poderem fazer. Mais à frente, descobriu que o congestionamento era causado por uma blitz policial que fazia investigação da lei seca ou algo semelhante. Ele disse que não aguentou e foi falar para os policiais que por causa deles as pessoas estavam sendo assaltadas e acabou sendo admoestado por eles. Ou seja, a polícia que deveria dar segurança à população estava não só não exercendo sua função, como facilitando a vida dos meliantes.
Aliás, como já perguntei aqui nesta coluna: se uma pessoa anda pela rua livremente, apenas exercendo seu direto de locomoção assegurado constitucionalmente e não está cometendo nenhum delito e nem apresenta uma atitude suspeita, qual o fundamento para ela ser abordada por um policial? De onde ele extrai esse direito?
Não parece que as coisas estão fora do lugar? Pessoas de bem sendo abordadas a torto e a direito e, ao mesmo tempo, a violência e a insegurança correndo solta. E em todos os cantos do país.
Agora, proponho que pensemos uma questão mais macro. O da implementação, no Brasil dos últimos anos, de uma política econômica que se supunha de inclusão social das populações mais carentes. Lembro o pensamento da filósofa (ou cientista política, como ela preferia) Hannah Arendt a respeito da aquisição de direitos nas sociedades democráticas, capitalistas e de massa. Ela dizia que o primeiro direito a ser instituído é o “direito a ter direitos”. Ela via que em muitas sociedades, milhares de pessoas não tinham um mínimo de direitos garantidos.
Pergunto: quais seriam esses direitos básicos a serem garantidos?
Como é muito grande o poder simbólico e real das sociedades de consumo atuais, houve uma espécie de sedução para o consumo: a política implementada permitiu que as pessoas que não tinham direitos básicos passassem a ser consumidoras. O Estado, ao invés de oferecer e garantir direitos sociais fundamentais tais como educação, moradia, saneamento básico, atendimento hospitalar etc., ampliou o acesso a bens de consumo. Muitas pessoas que não têm onde morar ou habitam favelas e cortiços e/ou não têm empregos regulares, possuem televisores de 40 polegadas, aparelhos celulares e iPhones, microondas ou geladeiras modernas, computadores e até automóveis adquiridos com financiamentos de muitos anos.
Se Hannah Arendt fosse viva talvez constatasse que, nesses casos, deu-se um salto: às pessoas que não tinham direitos, ofereceram-se produtos de consumo. Elas continuam sem as garantias básicas, mas podem assistir à novela das oito numa tevê de plasma.
Pergunto novamente: não parece a você leitor que algo está fora de lugar?
Claro que, quando se fala em liberdade, há que haver uma garantia mínima para seu exercício. E daí, a presença do Estado é fundamental. De nada adianta “ser livre para dormir debaixo da ponte”, como se diz. O exercício de liberdade começa na garantia mínima do direito a ter direitos. É preciso que sejam oferecidas condições para que todas as pessoas possam usufruir dos benefícios sociais e também se auto-realizar como indivíduos, fazendo escolhas dentro de um quadro regular.
Não parece fácil e não é. Mas, pelo que se vê, nos tempos atuais, há um distanciamento muito grande entre Estado e sociedade; entre direitos estabelecidos constitucionalmente e a implementação de políticas que permitam sua eficácia. Não basta haver produção e consumo. É preciso também respeito aos direitos democraticamente estabelecidos e a criação de um espaço para que as pessoas, após beneficiarem-se de direitos sociais mínimos, decidam como e quando desejam ser consumidores.
(*) Luiz Antônio Rizzatto Nunes é professor de Direito, Mestre e Doutor em Filosofia do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Livre-Docente em Direito do Consumidor pela PUC-SP e Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo.


FONTE: http://ucho.info/sera-que-vale-a-pena-ser-consumidor-sem-liberdade-e-sem-direitos-basicos