terça-feira, 16 de junho de 2015

Povo banca aposentadorias caríssimas para ex-governadores e parentes


A lei que criou a aposentadoria para ex-governadores de Mato Grosso assegurava
 o benefício para quem ocupasse o cargo mesmo que por apenas um dia, desde qu
e assinasse um ato de governo.
O absurdo não chegou a tanto, mas o então presidente da Assembleia, Moisés Feltrin,
 conseguiu aposentadoria de R$ 15 mil por ter assumido o cargo por 33 dias entre 1990
 e 1991. Iraci Moreira, vice-governadora no governo Blairo Maggi, assumia o cargo
 nas viagens internacionais do governador. Garantiu aposentadoria no mesmo valor.
O ex-governador luta na Justiça para manter o benefício, suspenso por decisão judicial.
 Alegando que precisava do dinheiro para comprar remédios, o desembargador que
 cuida do caso mandou o político procurar o Sistema Único de Saúde (SUS).
Edison Freitas de Oliveira precisou de nove meses no cargo de governador para
 assegurar um benefício de R$ 11,6 mil. Presidente da Assembleia Legislativa em
 1986, Evaristo Vieira da Cruz assumiu o governo por 16 dias. A sua viúva, Maria
Valquíria da Cruz,recebe uma pensão de R$ 15 mil. A lei foi extinta em 2003 e
 ninguém mais se aposentou, mas os contemplados com a benesse geram uma
 despesa mensal de R$ 262 mil até hoje.
A farra já custou mais de R$ 30 milhões ao Estado de Mato Grosso. Em novembro, a
 Justiça estadual considerou inconstitucionais os pagamentos e determinou o fim do
 benefício para todos os ex-governadores, mas eles ainda recorrem da decisão.
 Determinou, ainda, que os valores fossem depositados em uma conta única até
 o julgamento em última instância.
Esse é o caso extremo, mas a maioria dos estados paga aposentadoria a ex-governadores
 até hoje, embora muitos tenham suspendido o benefício para novos casos. Dados enviados
à Revista Congresso em Foco por 11 estados mostram um gasto total anual de R$ 24
milhões com os “pijamas de ouro”.
No Paraná, o então presidente da Assembleia, João Mansur, assumiu o governo por
39 dias, entre julho e agosto de 1973, após a morte do governador Pedro Parigot,
que fora nomeado vice-governador pela ditadura, mas estava no cargo desde a renúncia
de Haroldo Leon Peres, destituído por corrupção.
A viúva do ex-governador, Madalena Mansur, recebe até hoje pensão de R$ 26,5 mil.
Após o rápido governo de Mansur, a Assembleia elegeu o seu sucessor de forma
 indireta. Emilio Hoffmann foi eleito e ficou no cargo por um ano e sete meses.
Recebe hoje uma pensão de R$ 26,5 mil
do estado e outra de R$ 12 mil pelo Instituto de Previdência dos Congressistas
 (IPC), que já consumiuR$ 2 bilhões dos cofres públicos desde sua extinção em 1999. 
Hoffmann foi deputado federal. Em Santa Catarina, o ex-governador Jorge Bornhausen
 (ex-DEM), nomeado por Ernesto Geisel em 1979, recebe a aposentadoria do governo 
catarinense, no valor de  R$ 23,8 mil, e mais uma de R$ 13 mil do IPC. Ele foi senador 
por 16 anos. Em Mato Grosso, o ex-vice-governador Márcio Lacerda recebe pensão de
 R$ 11,5 mil, além da aposentadoria do IPC no valor de R$ 17,5 mil. Ele foi deputado 
federal e senador. Há ainda o caso de senadores que acumulam aposentadorias de 
ex-governadores com o salário pago pelo Senado. É o caso de Antônio Carlos Valadares
 (PSB-SE), Edison Lobão (PMDB-MA), Ivo Cassol (PP-RO), João Alberto (PMDB-MA), 
José Agripino Maia (DEM-RN), Roberto Requião (PMDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Os técnicos do Senado informam que eles podem acumular salários com aposentadoria,
mesmo com valores acima do teto constitucional, porque “não há nenhuma norma
 regulamentadora
da matéria”.
Veja quanto 11 estados gastam com a aposentadoria de seus ex-governadores:

GovernadorValor mensal (R$)IPC (R$)
Mato Grosso*
Carlos Bezerra PMDB11.597.08
Edison Freitas de Oliveira PMDB11.597.08
Frederico Campos Arena26.589.68
Iraci Araújo Moreira PPS15.083.79
Jayme Campos PFL11.597.08
Márcio Lacerda PMDB11.597.0813.896.02
Rogério Salles ****15.083.79
Júlio Campos24.117.64
Moisés Feltrin15.982.78
Osvaldo Sobrinho11.597.08
Pedro Pedrossian24.117.64
Rio Grande do Sul
Alceu Collares PDT30.471.1110.422.02
Germano Rigotto PMDB30.471.116.948.01
Antonio Britto PMDB30.471.11
Yeda Crusius PSDB30.471.11
Olívio Dutra PT30.471.11
Jair Soares PDS30.471.11
Sergipe*
Albano Franco PSDB30.471.1113.896.02
Antônio Carlos Valadares PSB30.471.11
João Alves Filho. PFL30.471.11
Paulo Barreto de Menezes Arena30.471.11
Paraná
Paulo Cruz Pimentel PTN26.589.686.948.01
Emilio Hoffmann Gomes PDC26.589.689.553.51
Jayme Canet Junior Arena26.589.68
João Elísio Ferraz Campos PMDB26.589.68
Mário Pereira PMDB26.589.68
Jaime Lerner PFL26.589.68
Roberto Requião PMDB26.589.68
Orlando Pessuti PMDB26.589.68
Pernambuco*
José Muniz Ramos30.400.00
Marco Antônio de Oliveira Maciel PDS30.400.0024.432.58
Rio Grande do Norte*
José Agripino Maia PFL11.000.00
Lavoisier Maia Sobrinho Arena11.000.00
Santa Catarina
Antônio Carlos Konder Reis Arena23.880.1626.723.13
Casildo Maldaner PMDB23.880.16
Colombo Machado Salles23.880.16
Esperidião Amin PDS23.880.16
Henrique Helion Velho de Cordova PDS23.880.166.948.01
Jorge Bornhausen PFL23.880.1610.422.02
Leonel Pavan PSDB23.880.16
Paulo Afonso Vieira PMDB23.880.16
Rondônia
Humberto da Silva Guedes23.052.31
Angelo Angelim PMDB 23.052.31
Ivo Narciso Cassol PPS23.052.31
João Aparecido Cahulla PPS23.052.31
José de Abreu Bianco PFL23.052.31
Oswaldo Piana Filho PTR23.052.31
Valdir Raupp de Matos PMDB23.052.31
Rio de Janeiro
Celso Peçanha PTB *21.868.14
Moreira Franco PMDB21.868.14
Nilo Batista PDT21.868.14
Minas Gerais
Rondon Pacheco PDS10.500.00
Eduardo Azeredo PSDB *10.500.00
Francelino Pereira Arena10.500.00
Hélio Garcia PMDB10.500.00
Alagoas*
Divaldo Suruagy PDS20.803.73
Moacir Andrade PMDB20.803.73
Ceará*
Gonzaga Mota PDS16.248.54
Adauto Bezerra Arena25.872.15
Beni Veras PSDB15.125.008.778.39
Chico Aguiar PSDB23.409.34
Maranhão
Edison Lobão PMDB26.589.68
Epitácio Cafeteira PMDB26.589.68
João Alberto PFL26.589.68
João Castelo PSDB26.589.6828.766.13
José Sarney PMDB26.589.6829.036,18
Roseana Sarney PMDB26.589.68
José Reinaldo Tavares PFL26.589.68

FONTE: http://folhacentrosul.com.br/post-politica/7945/povo-banca-aposentadorias-carissimas-para-ex-governadores-e-parentes

TEM QUE RASTREAR MESMO: PF rastreia viagens de Dirceu ao exterior

Ex-ministro da Casa Civil é suspeito de ter recebido propina ocultada em pagamento por consultoria


José Dirceu, em imagem de 2014
Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
A Polícia Federal (PF) pediu o rastreamento de todas as viagens feitas ao exterior pelo ex-ministro da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu. Ele é investigado nos processos da Operação Lava Jato por consultorias prestadas e recebimentos milionários de empreiteiras que participaram do megaesquema de fraudes em contratos com a Petrobras.
Os investigadores suspeitam que Dirceu usou sua empresa, JD Assessoria e Consultoria, para ocultar propina em forma de consultoria. Da Engevix, uma das empreiteiras do cartel, ele recebeu 2,6 milhões de reais entre 2008 e 2012. Parte desse dinheiro foi pago via empresa do lobista Milton Pascowitch - a Jamp Engenheiros Associados. Pascowitch foi preso em maio pela Lava Jato.
LEIA MAIS:
Em um inquérito, o ex-ministro é investigado por suposta lavagem de dinheiro na compra de um imóvel de 1,6 milhão de reais, em 2012, em São Paulo, onde funcionava a JD Assessoria. Os trabalhos de Dirceu também são investigados no caso da Camargo Corrêa, empreiteira que tem dois executivos delatores do processo.
Em março, a defesa do ex-ministro entregou à PF cópia de seu passaporte para provar que ele fez 108 viagens a 28 países. Os destinos mais frequentes foram Venezuela e Portugal, com dezesseis viagens para cada. Na sequência estão EUA (catorze vezes) e o Panamá (oito vezes).
A maior parte dos deslocamentos ocorreu quando Dirceu já havia deixado a Casa Civil do governo Lula. O passaporte foi entregue pelos advogados do ex-ministro para comprovar que os serviços contratados pelas empreiteiras do cartel, como Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, "foram prestados regularmente pela empresa JD Assessoria e Consultoria, principalmente em relação àqueles prestados no âmbito internacional."
Em nove anos de atuação, segundo a defesa, a JD Assessoria prestou serviços a mais de cinquenta empresas no universo de quase vinte setores da economia, como comércio exterior, comunicação, telecomunicações, logística, tecnologia, construção civil, além de vários ramos da indústria, como a de bebidas, de bens de consumo, farmacêutico e insumos elétricos.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Dirceu informou que o número de viagens internacionais que fez é de aproximadamente 120. Os passaportes registram 108 deslocamentos para o exterior - isso porque entradas e saídas de Cuba não são anotadas em passaporte.
A assessoria assinala que as viagens foram realizadas também para atender aos contratos com a Engevix e Camargo Corrêa. O ex-ministro, sempre por sua assessoria, rebate taxativamente a informação de que seria acusado de corrupção na Petrobras. "Formalmente, não há acusação feita contra o ex-ministro."



FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-rastreia-viagens-de-dirceu-ao-exterior

#ReprovaTCU: GOVERNO DO PT ATRAVÉS DO BNDES CAUSA PERDAS DE R$1,1BI por Ano ao FAT.

ISSO É MAIS UM MOTIVO PARA ‪#‎ReprovaTCU‬... Dilma/PT/LULA/PMDB e os Comunistas causam prejuizos ao trabalhador, aos recursos do Trabalhador. O FAT – fonte de recursos para pagamento de auxílio-desemprego e de abono salarial do trabalhador – tem prejuízo de R$ 1,1 bilhão por ano. E o PT e a CUT se colocam como defensores dos direitos dos trabalhadores. O que o PT quer dos trabalhadores é votos; e a CUT, imposto sindical e viverem as custas do trabalhador no comunismo sem prestar contas a ninguém e sem reclamações.
‪#‎comunismonão‬ ‪#‎abaixooComunismo‬ ‪#‎ForaSocialistas‬ ‪#‎ForaForo‬‪#‎ForaDilma‬ ‪#‎ForaLula‬ ‪#‎ForaPT‬.
#AbaixooComunismo.
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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cristofobia: um sacrilégio hediondo?


Cristofobia um sacrilgio hediondo
Por Yuri Felix
Cada dia que passa fico mais e mais surpreso com a criatividade humana. O problema é quando toda esta verve vem acompanhada de muita desinformação e, principalmente, inutilidades e desserviços daqueles que cumprem funções essenciais para a democracia. Eis abaixo o Projeto de Lei a que fomos brindados nos últimos dias:
PROJETO DE LEI Nº ___, DE 2015.
(Do Sr. Rogério Rosso)
Altera o art. 208 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena; e altera a Lei nº 8072, de 25 de julho de 1990 para considerá-lo como crime hediondo.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - Esta Lei tem o objetivo de aumentar a pena do crime “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” tipificado no art. 208 do Código Penal, bem como, alterar a Lei nº 8.072/1990 para considerá-lo como crime hediondo.
Art. 2º O art. 208 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 208-... Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa...” (NR)
Art. 3º Acrescenta inciso IX ao art.  da Lei nº 8.072, de 25 julho de 1990, com a seguinte redação:
“Art. 1º... IX- ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo (art. 208)... “(NR)
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Sim, leitores, a redação trazida acima é de autoria do Deputado Federal Rogério Rosso (PSD-DF) que visa fazer com que o crime de "Ultraje, impedimento ou perturbação de ato religioso" (art. 208 CP) tenha suas penas extremamente aumentadas e, claro, passando a integrar o rol de Crimes Hediondos. Mais uma vez estamos diante da crença de que o Direito Penal possui o condão de modificar pensamentos, culturas ou até mesmo atender demandas políticas e sociais. Mas não fica por ai, esta é a justificativa do Projeto de Lei apresentado:
"A presente proposição tem por fim aumentar a pena para o crime “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” tipificado no art. 208 do Código Penal, bem como considerá-lo com crime hediondo. A intenção desse projeto de lei é proteger a crença e objetos de culto religiosos dos cidadãos brasileiros, pois o que vem ocorrendo nos últimos anos em manifestações, principalmente LGBTS, é o que podemos chamar de “Cristofobia”, com a prática de atos obscenos e degradantes que externam preconceito contra os católicos e evangélicos. Alguns manifestantes que participam de “Paradas LGBTS” ou “Parada Gay” têm zombado e desrespeitado a fé dos cristãos, agindo reiteradamente de forma desrespeitosa contra os símbolos do cristianismo. Para o Doutor Valmor Bolan, perito em Sociologia e conselheiro da Organização Universitária Interamericana (OUI-IOHE) no Brasil e, membro da Comissão Ministerial do Prouni (CONAP), “O fato mais chocante da parada gay deste ano, foi a forma como se apropriaram de uma frase (fora de contexto) do Evangelho, para insinuar que o amor proposto por Jesus seria também gay. E ainda mais usando imagens sagradas de santos católicos para ainda fazer as pessoas concluírem que tais santos eram gays. Tudo isso pode se resumir numa palavra pouco mencionada hoje em dia, mas tratou-se de umsacrilégio”. Assim, no intuito de proteger a liberdade de crença consagrada em nossa Constituição, é de suma importância à aprovação deste projeto, razão pela qual contamos com o apoio dos nobres pares".
Alguns detalhes precisam ser apontados. Inicialmente cabe destacar que a pena atual deste delito é de "um mês a um ano de detenção, ou multa", ou seja, o que é proposto no referido Projeto de Lei é uma acentuada majoração que visa punir, com regime inicial fechado segundo a Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90), uma conduta que, com todas as venias, não subtrai nenhum patrimônio e muito menos ataca a vida, maior bem em nossa sociedade. Assim, mais uma vez banalizando o significado do mandado de criminalização contido na Constituição Federal de 1988 (art. 5º, XLIII) o legislador infraconstitucional de maneira simplória apresenta uma visão de mundo consubstanciada em um Projeto de Lei, ou seja, mais fácil fazer uma lei penal do que propor uma política de educação e respeito às diferenças.
Não se desconhece que a crença e religiosidade de uma comunidade é um traço característico desta e que necessita ser respeitada e protegida pelo Estado. Porém, como sabido e demonstrado na prática, a criação de tipos penais e o incremento de penas, sobretudo privativas de liberdade, não fará com que as pessoas passem a adotar esta ou aquela conduta, leitores esta ideia é uma ilusão paranóica e fantasiosa e precisa ser desmistificada. O Estado é laico sim, mas claro, precisa ele tutelar a liberdade e crença de cada indivíduo, mas a resposta não está no direito penal, muito menos na malsinada Lei dos Crimes Hediondos.
Precisamos acompanhar muito de perto esta proposta legislativa, afinal robustas agremiações partidárias do cenário nacional "compraram a ideia" e o atual presidente da Câmara já manifestou urgência na votação do Projeto de Lei que passou a ser denominado como aquele que visa criminalizar a "Cristofobia". Talvez, partindo da premissa que as denominadas "Paradas LGBTs" visam a reivindicação de direitos, sobretudo de igualdade, caso o Estado brasileiro tivesse de muito reconhecido tais direitos nenhum destes acontecimentos, ou muitos deles, teriam ocorrido. Sendo assim, necessitamos de mais propostas voltadas à educação e cultura de respeito tanto da crença religiosa quanto da diversidade e menos hediondez legislativa.


fonte: http://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/noticias/198312758/cristofobia-um-sacrilegio-hediondo?utm_campaign=newsletter-daily_20150615_1311&utm_medium=email&utm_source=newsletter

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Brasil fica no último lugar em ranking que avalia retorno social de impostos


Publicado por Roberto Macedo - 1 semana atrás
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Até o dia 31 de maio o brasileiro trabalhou na média apenas para pagar impostos. Foram cinco meses... E qual é o retorno? A gente sabe que é pouco, mas tem um cálculo que transforma essa sensação em número... E adivinha o do Brasil?
Pelo quinto ano seguido, foi o pior entre 30 países com as maiores cargas tributárias do mundo. O nosso índice de retorno de bem-estar à sociedade é pior que o da Argentina, da Grécia e do Uruguai, por exemplo. Austrália, Coreia do Sul e Estados Unidos lideram esse ranking.
Mesmo com carga de impostos com o mesmo nível do Brasil, países como a Islândia e a Alemanha têm situação bem mais confortável porque aplicam muito melhor os recursos em benefício da população.
Ou seja, o Brasil é o que tem o pior sistema de serviços públicos de qualidade pelo que a população paga de impostos.
"O Brasil tem uma elevada carga tributária versus um baixo IDH. Ou seja, cobra muito da sua população e dá pouco em retorno de serviços públicos. Esta é a sensação. Saúde pública cada vez pior, educação, segurança pública, ou seja, o índice de criminalidade aumentando. Uma infraestrutura cada vez mais deficiente, inclusive essa infraestrutura deficiente impede que o país cresça e também aquela sensação de que o poder público ludibria, engana diariamente cada contribuinte, cada cidadão", aponta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior do IBPT.
Cinco meses - O IBPT prevê que que os brasileiros dedicam, em média, 151 dias de trabalho ao ano para pagar impostos - o dobro do que era na década de 1970. Com isso, o último domingo, dia 31 de maio, marcou o "último dia de trabalho" de cada brasileiro para pagar impostos. Na Alemanha, os impostos consomem 139 dias de trabalho. Na Dinamarca, são 176 dias. "A diferença, no entanto, está na qualidade de vida oferecida nos países desenvolvidos, que superam em escala desproporcional a do Brasil", diz Olenike.


fonte: http://ferreiramacedo.jusbrasil.com.br/noticias/194410693/brasil-fica-no-ultimo-lugar-em-ranking-que-avalia-retorno-social-de-impostos?utm_campaign=newsletter-daily_20150603_1255&utm_medium=email&utm_source=newsletter

BNDES cobrou juros 'de pai para filho' em 70% dos empréstimos feitos no exterior

Dos 11,9 bilhões de dólares emprestados pelo banco, 8,3 bilhões foram concedidos a juros inferiores a 5% ao ano

Publicado por Frederico Fernandes - 1 semana atrás
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cobrou taxas de juros menores do que as aplicadas em operações brasileiras para financiar obras de infraestrutura em países da América Latina e da África. Levantamento do site de VEJA feito com base nos dados divulgados nesta terça-feira mostra que 70% dos 11,9 bilhões de dólares emprestados entre 2007 e 2014 foram operações a juros abaixo de 5% ao ano. Isso equivale a 58% dos 516 contratos firmados no exterior neste intervalo.
No período em que os empréstimos internacionais foram concedidos, os juros praticados pelo BNDES para grande parte das operações no Brasil variaram de 5% a 6,5%, acrescidos de uma taxa que leva em conta o risco país. O custo dos financiamentos em território nacional tem como base a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que também é usada para corrigir a rentabilidade do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma das principais fontes de financiamento do banco de fomento. Trimestralmente o governo revê o porcentual da TJLP. Caso ela seja elevada, como vem acontecendo desde outubro do ano passado, os juros atrelados à taxa também aumentam. Ou seja, a TJLP é variável mesmo para contratos já firmados.
Diferentemente do Brasil, as condições oferecidas pelo BNDES a países como Argentina, Venezuela, Angola e Cuba não só incluem juros menores, como também fixos. Do total de 682 milhões de dólares que a instituição liberou para a construção do Porto de Mariel, na ilha dos irmãos Castro, 400 milhões de dólares foram cedidos a um custo de 4,4% ao ano - abaixo da TJLP e do custo de captação do FAT. Ou seja, o BNDES pagou mais para obter recursos junto ao fundo dos trabalhadores do que recebeu dos clientes cubanos. No caso da Venezuela, a operação foi semelhante. O banco de fomento liberou 865 milhões de dólares para que Hugo Chávez construísse uma usina a um ganho 4,45% ao ano. Trata-se de uma opção de investimento que torna até mesmo a caderneta de poupança - uma das piores aplicações de renda fixa do mundo - atrativa.
Países - Apesar de o caso cubano ser o mais emblemático, porque carrega a herança ideológica dos governos petistas, a ilha está longe de ser o maior destino dos recursos do banco. Enquanto Cuba recebeu 846 milhões de dólares, Angola foi o país campeão em concessão de crédito, abocanhando 3,38 bilhões de dólares em financiamentos para obras de infraestrutura e saneamento básico. Somente a construtora Odebrecht foi responsável por obras no país africano cujo financiamento alcançou 2,53 bilhões de dólares. Entre as principais empreitadas está a construção da hidrelétrica de Cambambe, que custou 464,4 milhões de dólares aos cofres do banco de fomento. Reportagem de VEJA revelou, em fevereiro deste ano, que a obra tinha entre seus prestadores de serviço a empresa Exergia Brasil, de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Lula.
O segundo país que mais recebeu recursos do banco foi a Venezuela, com 2,25 bilhões de dólares em apenas quatro contratos executados pela Andrade Gutierrez e também pela Odebrecht. Na República Dominicana, terceiro maior beneficiário das torneiras abertas do banco, foram 2,20 bilhões de dólares em empreendimentos de infraestrutura executados majoritariamente pela Odebrecht - a empreiteira abocanhou 15 dos 19 contratos no país. Metade das operações de financiamento do BNDES na República Dominicana tiveram juros abaixo de 5% ao ano.
A Argentina é o caso mais curioso. Apesar de não ser o principal destino de recursos, o país fechou 414 contratos com o BNDES, o equivalente a 76% de todas as operações do banco com países estrangeiros. A soma dos empréstimos, contudo, é de 'apenas' 1,9 bilhão de dólares. A Odebrecht, novamente, é a maior executora: foi responsável por 348 contratos no país, no valor de 1,6 bilhão de dólares. O grande volume de operações contrasta com os baixos valores descritos em cada uma delas: o menor contrato, de apenas 4.500 dólares, prevê obras de engenharia na planta de tratamento e no sistema de distribuição de água da cidade argentina de Paraná de las Palmas.
Construtoras - A Odebrecht é, de longe, a empreiteira que mais recebeu recursos do banco para empreender fora do Brasil: foram contratos de 7,4 bilhões de dólares, ou 62% do total. Em seguida, vem a Andrade Gutierrez, com 2,62 bilhões de dólares. Já a Queiroz Galvão abocanhou 388 milhões de dólares em contratos, enquanto a Camargo Correa ficou com a fatia de 194 milhões de dólares.
Por meio de sua assessoria, o BNDES informou que não é possível comparar as operações de crédito feitas em moeda nacional e estrangeira porque, ao emprestar a outros países, o banco precisa aplicar taxas competitivas e seguir patamares internacionais de juros. Em suma, o banco reconhece que a competição externa torna até mesmo os juros subsidiados pelo Tesouro um mau negócio para países em desenvolvimento. O BNDES não soube responder, no entanto, porque optar pelo financiar a um custo mais barato fora do Brasil em vez de bancar mais obras em território nacional, que carece de infraestrutura.
O próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem reconhecido que, depois da falsa bonança ocorrida nos últimos anos, em que o banco recebeu fartos aportes do Tesouro (mais de 400 bilhões de reais entre 2008 e 2014), as torneiras secaram. Diante da nova realidade de ajuste fiscal, o setor de infraestrutura deve ser penalizado e receberá menos crédito. A torneira secou aqui - e lá fora também.


fonte: http://ffsfred.jusbrasil.com.br/noticias/194612853/bndes-cobrou-juros-de-pai-para-filho-em-70-dos-emprestimos-feitos-no-exterior?utm_campaign=newsletter-daily_20150603_1255&utm_medium=email&utm_source=newsletter