terça-feira, 23 de junho de 2015

NÃO PRECISA DE PESQUISA O POVO NÃO QUER MAIS PT, NÃO QUER LULA, O POVO QUER #FORAPT #FORADILMA #FORAFORO #COMUNISMONÃO

NEM PRECISAVA PESQUISAR, MAS O DATAFOLHA FOI CONFERIR O RONCO DA RUAS: NINGUÉM QUER MAIS SABER DO PT. VEJAM OS NÚMEROS.

O instituto DataFolha, que pertence o grupo Folha de S. Paulo, estava hibernando depois que o PT foi para o fundo do poço. Aliás, não só o DataFolha, mas os demais institutos, com destaque para o Ibope. Eis que de repente o DataFolha resolveu avisar que está o vivo e foi a campo saber o que pensam os brasileiros a respeito do governo do PT.
Para começo de conversa, o DataFolha nem precisaria pesquisar coisa nenhuma pois a maioria dos brasileiros estão exaustos e, sobretudo, irados não apenas com o desgoverno do PT, mas também com o jornalismo chulé que vem sendo apresentado ao distinto público por jornalecos bundalelê como a Folha de S. Paulo, Estadão, Valor Econômico (cáspite!), Rede Globo e outras redes de TV menos votadas.
Fui ao site da Folha ver a matéria da pesquisa. É impublicável. Sim, porque está cheia de mechas. Conseguiram inclusive incluir, para variar, comparações com o finado Itamar Franco e com - como não poderia deixar de ser - FHC.
Para encurtar a conversa, os números evocam o ronco das ruas de todo o país e de todas as regiões. Na escapam nem os tradicionais redutos nordestinos alimentados pelos caraminguás oficiais. Ninguém suporta mais o PT. Esta é a verdade. E nem precisa pesquisa nenhuma para tal constatação. Como se diz, está na boca do povo. 
Me socorri da análise formulada pelo site da revista Veja, que narra com exatidão os números do DataFolha que os alegres pupilos do Octávio Frias Filho tentam edulcorar.
Portanto, transcrevo do site de Veja os dados reais dessa pesquisa. Leiam:
A presidente Dilma Rousseff quebrou o seu próprio recorde de reprovação e chega ao final do primeiro semestre de seu segundo mandato com a reprovação de 65% dos brasileiros, segundo pesquisa do instituto Datafolha. Essa é a proporção de eleitores que considera o governo da presidente como "ruim" ou "péssimo". A pesquisa foi divulgada pelo site do jornal Folha de S. Paulo.
Essa taxa de reprovação só não é mais alta do que os 68% atingidos pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello poucos dias antes do impeachment. Mas, quando se leva em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, trata-se de um empate técnico.
A reprovação de Dilma chega a um patamar histórico no momento em que o Planalto enfrenta uma série de eventos negativos, como a continuação da Operação Lava Jato, que já prendeu o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e o risco da rejeição das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União.
Além disso, apenas 10% dos eleitores pensam que o governo da petista é "bom" ou "ótimo". Na véspera de ser afastado da Presidência, em 1992, Collor tinha 9% de aprovação, segundo o Datafolha.
A avaliação ruim da presidente se mantém em todos os diferentes níveis de renda. Entre aqueles que têm renda salarial de até dois salários mínimos, 62% a reprovam. Já entre os que recebem mais de 10 salários mínimos, essa taxa sobe para 66%. Essa mesma tendência foi percebida nos recortes por idade e escolaridade.
O levantamento do Datafolha foi feito com 2.840 pessoas em 174 municípios do país, nos dias 17 e 18 de junho - antes das prisões dos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez na décima quarta fase da Operação Lava Jato.

fonte: http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/06/nem-precisava-pesquisar-mas-o-datafolha.html

É trambiqueiro mesmo, para escapar da cadeia e de criador da Anta: Lula posa de autocrítico do PT para se descolar de Dilma e mobilizar fanáticos caso Moro mande prendê-lo


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os recentes "sincerícídios" de Luiz Inácio Lula da Silva têm três evidentes intenções. A clara motivação estratégica é reconstruir o PT, de repente até mudando o nome do partido que desmoralizou a honradez, de olho no médio e longo prazos. Já o objetivo tático, nada fácil, é teatralizar uma autocrítica que permita a Lula se descolar do fracasso de Dilma, para uma tentativa de disputar a sucessão de 2018, ainda muito distante. Uma terceira jogada, não declarada, consiste em sensibilizar a militância para a guerra que pode ser gerada com uma eventual queda da Presidenta ou com uma nada improvável prisão do próprio Lula pela Lava Jato.

Lula aproveitou ontem a conferência “Novos desafios da democracia” - em parceria com as fundações Friedrich Ebet e Perseu Abramo - para vender a visão ilusória que ele e seu grupo político têm de "democracia". Lula até tocou em um tema que sempre tratou, publicamente, como tabu: o Foro de São Paulo - que caiu na boca da oposição nas redes sociais que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, resolveu amaldiçoar. Enquanto manda o recado pseudodemocrático, Lula arma seu exército para reagir e resistir caso seja preso e/ou Dilma seja derrubada ou forçada a renunciar em função das crises política, econômica e institucional.

Novamente, Lula voltou suas baterias contra seu alvo preferencial: a tal "mídia" - aquela mesma que os governos petistas compram, através das verbas de publicidade oficial, ou usando o recurso invisível dos mensalões pagos a jornalistas amigos nas redações e nos blogs amestrados. Lula, que teve o patrocínio da Odebrecht para montar um mega sistema de informação e informática em seu instituto, bateu na imprensa adversária-inimiga e cobrou reação dos petistas no terreno virtual, onde mais apanha: "Aqui no Brasil nós reclamamos muito da mídia. A oposição aqui é a imprensa. Em alguns jornais, eles fazem oposição pelo editorial. Ao invés de brigar com isso, temos que melhor saber usar a internet, melhor saber usar as redes sociais".

Sempre deixando clara sua visão autoritária do controle midiático pelo Estado, $talinácio até invocou a memória de seu histórico inimigo Leonel Brizola para reclamar: "O Brasil está defasado. A regulação é de 1962, no tempo que ligar do Rio Grande do Sul para Brasília, segundo o Brizola, levava seis horas. Não tinha nem fax. E na era da TV Digital, ainda tem nove famílias que controlam toda a comunicação do país". Na verdade, se o Mensalão e a Lava Jato não tivessem atrapalhado, Lula gostaria de ter conseguido hegemonia suficiente para destronar as nove famílias e implantar a dele e do PT no negócio lucrativo e estratégico da mídia.

Se falar mal da mídia faz parte do cardápio natural de $talinácio, ganha ares patéticos a tentativa de criticar o PT, para tentar o milagre de fingir que a crise do partido nada tem a ver com ele. Depois de ter proclamado a religiosos, quinta-feira passada, que “Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto e ele próprio está no volume morto", Lula voltou ontem a teatralizar uma autocrítica: "Eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Eu lembro como é que a gente acreditava nos sonhos, como a gente chorava quando a gente mesmo falava, tal era a crença. Hoje nós precisamos construir isso porque hoje a gente só pensa em cargo, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito e ninguém hoje mais trabalha de graça".

Lula voltou a falar na tal "revolução interna" do PT, em uma jogada, até desesperada, para devolver motivação aos militantes desiludidos. Para tanto, Lula jogou com a demagógica comparação ideológica comunista entre o velho que precisa ser sempre superado pelo novo. $talinácio encenou: "O PT precisa urgentemente voltar a falar pra juventude tomar conta do PT. O PT está velho. Eu, que sou a figura proeminente do PT, já estou com 69 (anos), já estou cansado, já estou falando as mesmas coisas que eu falava em 1980. Fico pensando se não está na hora de fazer uma revolução neste partido, uma revolução interna, colocar gente nova, mais ousada, com mais coragem. Temos que decidir se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos, ou queremos salvar nosso projeto. E acho que nós precisamos criar um novo projeto de organização partidária nesse país".

Aproveitando a presença no debate do ex-presidente do Governo da Espanha, Felipe González, filiado ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Lula indicou que o PT deve adotar um modelo semelhante a um partido surgido na Europa, o Podemos: " O PT era, em 1980, o que é hoje o Podemos. A gente nasceu de um sonho, de que a classe trabalhadora pudesse ter vez e ter voz, e nós construímos essa utopia. Há necessidade de repensarmos a esquerda, o socialismo e o que fazer quando chegamos ao governo. Enquanto você é oposição é muito fácil ser democrata você pode sonhar, pensar, acreditar, mas quando você chega ao governo, precisa fazer, tomar posições. Nunca antes na história do Brasil o povo exerceu tanto a democracia e participou tanto das decisões do meu governo como o povo participou quando o PT chegou ao governo".

Nesse momento, Lula aproveitou para falar de um tema que sempre tratou como tabu: o Foro de São Paulo, organização que ele fundou junto com Fidel Castro, em 1990, para reorganizar as ações da esquerda revolucionária na América Latina e Caribe, contando com a parceria de grupos guerrilheiros e de narcotraficantes (que sempre os petistas omitem). Lula falou romanticamente do FSP: "O Foro de São Paulo foi criado com a ideia de educar a esquerda latino-americana a praticar a democracia. Na Argentina, nem o Maradona unificava a esquerda. Hoje, os partidos de esquerda participam de governos nesses países".

Em síntese: Lula com certeza está com medo do dano que pode lhe causar um eventual pedido de prisão emitido pelo juiz Sérgio Moro, em função de delações de empreiteiros. Os movimentos que Lula faz agora são, exatamente, para tentar transformá-lo em "vítima do autoritarismo", caso o pior aconteça. Assim, se fingindo de coitadinho autocrítico, Lula tenta manter mobilizado o fiel "exército" de militantes fanáticos pela causa da velha seita nazicomunopetralha.

Pelos movimentos de Lula, a hora de uma batalha (sangrenta ou não) se aproxima... Como se vê, $talinácio está cheio de gás... Ele sabe que, não demora, o cenário vai feder...

Pneu de trator


Realmente, esta turma das redes sociais não tem medo de exercer a liberdade de expressão humorística, mesmo quando troca o dólar na cueca pelo famoso pneuzão de bosta...

Bola fora do Okamoto


No seminário "Novos caminhos da Democracia", o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, lançou sua tese odiosa contra o papel democrático das redes sociais:

"A democracia hoje é uma coisa muito complexa. A democracia pressupõe que as pessoas têm muito conhecimento, as pessoas tentam pensar nas suas decisões o que é bom para a maioria das pessoas. E hoje, com a globalização da informática, com as redes sociais, muitas opiniões são criadas muito rapidamente, muitas vezes sem ter os fundamentos, sem ter as informações. Hoje, construir a democracia baseada em informações, em conhecimento, em fundamento, é uma coisa mais complexa. Precisamos quebrar a cabeça para ver como vai dar conta disso".

Amigo e eterno responsável pelas finanças pessoais de Lula, Okamoto também reclamou do que chamou de tentativa de criminalizar a entidade que preside:

"Tem setores que querem criminalizar, ver coisas onde não existem. As coisas são lícitas, transparentes. Não há nenhum problema, não tivemos que fazer nada de especial para conseguir recursos a não ser mostrar nossos propósitos, como esse evento para discutir a democracia. Quem contribuiu com o instituto foram as melhores empresas, em todos os setores. Isso muito nos orgulha porque não é fácil convencer uma empresa dessas a contribuir com o instituto. A origem do dinheiro é a mais lícita. Foi pedido, dado para o instituto. Esse procedimento tem em vários países do mundo. Não é coisa que inventamos, outros ex-presidentes também fazem isso".

Perder a utopia custa caro


Pragmatismo

Do presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, mais uma declaração polêmica, porém pragmática, sobre o comportamento do torcedor de futebol:

"Não contrato jogador nenhum para agradar a torcida. Se não for interessante para nós, não contrato. É uma coisa que não me preocupa, se a torcida vai gostar ou não. Torcida só quer saber de uma coisa: resultado. Ela não quer saber se você está pagando jogador, se as finanças estão em dia, se pintou ou não pintou a sede. Torcedor, de uma maneira geral, quer saber de resultado, o resto não interessa".

Bola com as Redes Sociais?

O lateral direito Léo Moura confirmou que desistiu das negociações para jogar no Vasco por pressão da torcida do Flamengo na internet.

Ídolo rubro-negro, onde jogou por 10 anos, Moura chegou a ser anunciado por Eurico Miranda como novo contratado dos lanternas de São Januário.

Léo Moura usou as redes sociais para fazer o comunicado oficial de que não jogaria no Vasco, para alívio da grande Nação Rubro-Negra.

O comunicado

A versão oficial de Léo Moura, veiculada pela assessoria dele na internet, dá bem a dimensão da pressão social exercida cada vez mais pelas redes sociais:

“Aos meus fãs, um pequeno esclarecimento, pois tenho o carinho e a admiração por vocês, que sempre torceram por mim. Então, mais tranquilo, resolvi me pronunciar.
Realmente, a proposta existiu, chegou até mim como qualquer profissional. Mas em nenhum momento assinei qualquer documento firmando um compromisso e falei algo na imprensa ou em qualquer outro lugar. Todos têm o direito de falar, mas devemos pensar antes de julgar qualquer coisa. Por respeito e carinho à nação rubro-negra, meus fãs e pelo clube, por tudo o que aconteceu na minha despedida, eu não poderia fazer isso. Estou com a cabeça tranquila e em paz, tomei a decisão certa. Mesmo com todos os comentários negativos à minha pessoa e à minha família que fizeram, não tenho mágoa. Mas peço sempre que julguem, só falem quando tiver certeza. Eu hoje pertenço ao FTLL Strikers e isso tem que ser respeitado. Um abraço e boa noite. Léo Moura".

Paulista em férias

Piadinha muito séria que circula nas redes sociais - aquela que deixou a democracia complicada, na visão do Paulo Okamoto:

Um PAULISTA está passando suas férias no Rio de Janeiro, e resolve visitar um zoológico da cidade maravilhosa.

Durante o seu passeio, de repente, ele vê uma menininha se aproximando demasiadamente da jaula do leão. O leão, rapidamente, a ataca e, agarrando-a pela manga do casaco, tenta puxá-la para dentro da jaula para matá-la, sob os olhares de seus pais que, paralisados de terror, ficam gritando.

O PAULISTA corre rapidamente para a jaula e, por entre as suas barras, acerta em cheio um potente soco, direto no nariz do leão. Gemendo de dor, o leão dá um pulo para trás, soltando a menininha e o PAULISTA, com cuidado, a pega e a entrega aos seus apavorados pais, que, muito emocionados, ficam lhe agradecendo por muito tempo.

Um repórter, que assistiu a todo o desenrolar da cena, diz ao PAULISTA:

- "Senhor, esta foi a atitude mais nobre e corajosa que eu já vi um homem tomar , em toda a minha vida".

O PAULISTA responde:

- "Não foi nada de mais, realmente. O leão já estava preso, atrás das grades, e eu apenas vi esta menininha em perigo e fiz o que achei que era a coisa mais acertada a ser feita".

O repórter diz:

"Bem, eu lhe garanto que este ato de heroísmo não irá passar em branco. Eu sou um jornalista, e o meu jornal de amanhã trará esta história, estampada na primeira página."

E o repórter pergunta ao homem:

- "Apenas para complementar a notícia, qual é a sua profissão, e qual é o seu posicionamento político?"

O PAULISTA:

- "Eu estou atualmente em férias; sou Militar aposentado e nas eleições para Presidente votei contra a Dilma.

O jornalista então se despede e vai embora.

Na manhã seguinte, o PAULISTA compra o jornal - O GLOBO, curioso para ler como saiu a notícia sobre o salvamento da menininha das garras do leão; e, para sua grande surpresa, lê na primeira página:

"Radical de extrema-direita, ligado à ditadura militar, ataca imigrante africano, e rouba o seu almoço."

Qualquer semelhança com algum jornalista bancado pelo PT não será mera coincidência!

Passando atestado de burrice?


Vão deixar passar?

Antes de ser preso, sexta-feira passada, Marcelo Bahia Odebrecht teria feito uma ligação e mandado um recado geral:

"É pra resolver essa lambança ou não haverá República na segunda-feira"... Por isso, persiste a pergunta:

Será que o mundo acaba a partir de logo mais, por causa da Erga Omnes da Lava Jato? Marcelo ou seu pai Emílio (que teria dito o mesmo que o filho) terão coragem e sensatez de cumprir a ameaça emocionalmente feita, ou tudo não passará de mais uma bravata que desaparece após o desespero inicial?

A pergunta continua sem resposta, mas a Família Odebrecht deve agir, se não quiser perder sua empresa...

Contra, porém a favor




fonte: http://www.alertatotal.net/2015/06/lula-posa-de-autocritico-do-pt-para-se.html

Assim é Banânia: Juiz sueco: “É inacreditável que juízes brasileiros tenham o descaramento de se auto-conceder benefícios como auxílio-alimentação”



Por Claudia Wallin *
Ab ovo, desde o princípio dos tempos ditos civilizados, quid latine dictum sit altum sonatur, tudo que é dito em latim soa profundo nas egrégias Cortes da Justiça. Mas hic et nunc, neste instante, os linguistas mais perplexos com os atos de auto-caridade praticados pelo Judiciário do Brasil já estarão se perguntando, data venia, se não é chegada a hora de ampliar a definição do conceito de pornografia nos dicionários brasileiros.
In ambiguo, na dúvida, vejamos: em uma das maiores obscenidades já registradas em um mês das noivas, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pediu e ganhou, em votação na Assembléia Legislativa em maio, uma bolsa-educação de até R$ 2,86 mil mensais a fim de bancar escolas e universidades particulares para filhos de juízes – que além de receberem salário de cerca de R$ 30 mil, contam com vantagens como plano de saúde, auxílio-creche, auxílio-alimentação e carro com motorista à disposição.
Ao bacanal de maio seguiu-se o projeto do Supremo Tribunal Federal (STF) para a futura Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que prevê auxílios para magistrados ab incunabulis, desde o berço, até o caixão. Ganha uma toga quem adivinhar o resultado da votação do projeto pelos representantes do Congresso, a quem a dor dos vizinhos da praça dos poderes sempre parece incomodar.
O plano inclui o pagamento de até 17 salários por ano aos magistrados brasileiros, que deverão ter um leque admirável de benefícios extras e garantidos até o túmulo: até a conta do funeral dos juízes, conforme prevê a proposta do STF, será paga pelo erário.
Entre os vivos, encenou-se a devassidão de junho: os guardiões da lei do Rio Grande do Sul, que têm piso salarial de R$ 22 mil, acabam de se auto-conceder um auxílio-alimentação de R$ 799 por mês.
Trata-se de um valor escandalosamente maior do que a maldita Bolsa Família (R$ 167,56 em média), dada aos pobres que, segundo avançados estudos científicos conduzidos nos Jardins, não querem saber de aprender a pescar.
Como provavelmente não comeram nos últimos quatro anos, as excelências do Sul decidiram também que o pagamento do benefício deverá ser ex tunc, retroativo a 2011.
O indecoroso Bolsa Caviar contemplará todos os juízes, desembargadores, promotores e procuradores, assim como – suprema ironia – os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, responsáveis pela fiscalização do uso do dinheiro dos impostos do cidadão. Tudo devidamente encaixado na categoria de verba indenizatória, para ficar isento de imposto de renda: afinal, o dinheiro público parece ser res nullius, coisa de ninguém.
Exempli gratia, por exemplo, levantamento do jornal O Dia mostra agora que 90% dos juízes e desembargadores do Rio de Janeiro receberam vencimentos que chegam a estourar o teto permitido pela Constituição Federal. Em janeiro, o contra-cheque de um juiz chegou a registrar R$ 241 mil. Só em março, a folha de pagamento de juízes e desembargadores fluminenses totalizou o equivalente a 50.279 salários mínimos.
E seguramente sem animus abutendi, intenção de abusar, procurou-se também calibrar ainda mais os supersalários da magistratura brasileira juris et de jure, de direito e por direito, no ano passado: foi quando os conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público aprovaram o auxílio-moradia de até R$ 4.377 para todos os juízes, desembargadores, promotores e procuradores do Brasil – mesmo para quem já mora em imóvel próprio. Cálculos aproximados estimam que o impacto anual decorrente do benefício será de R$ 1 bilhão, nestes tempos dourados de PIB gordo e pleno emprego no País das Maravilhas.
Há que se registrar as notáveis exceções à promiscuidade, como por exemplo a postura do desembargador Siro Darlan de Oliveira – que, ao se posicionar de forma veementemente contrária ao auxílio-educação para filhos de juízes, foi afastado de suas funções pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Carvalho.
Mas quis custodiet ipsos custodes? – quem afinal vigia os vigias?
O fundamental respeito de uma sociedade por seu Judiciário vai aos poucos, e perigosamente, sendo engavetado como um processo de Geraldo Brindeiro.
Nas mídias sociais, a frase de um internauta dá a medida do temerário grau de escárnio que cresce entre tantos indignados com as benesses das Cortes: “quando é que vai aparecer uma operação Lava-Toga”?
Recomendam o bom senso e a razão o graviter facere nos tribunais – agir com prudência, moderação, gravidade.
Decido ad judicem dicere, falar com um juiz, aqui na Suécia. Telefono então para
Göran Lambertz, um dos 16 integrantes da Suprema Corte sueca, para contar as últimas novidades da corte brasileira. Lambertz é aquele juiz que pedala todos os dias até a estação central, e de lá toma um trem para o trabalho – e que me disse há tempos, em vídeo gravado para a TV Bandeirantes, que luxo pago com dinheiro do contribuinte é imoral.
Quando descrevo a nova lista de benefícios dos juízes brasileiros, Göran Lambertz dispensa totalmente, para meu espanto, a tradicional reserva e a discrição que caracteriza o povo sueco.
“Em minha opinião, é absolutamente inacreditável que juízes tenham o descaramento e a audácia de serem tão egocêntricos e egoístas a ponto de buscar benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-escola para seus filhos. Nunca ouvi falar de nenhum outro país onde juízes tenham feito uso de sua posição a este nível para beneficiar a si próprios e enriquecer”, diz Lambertz.
Com o cuidado de avisar que não se trata de um trote, telefono em seguida para o sindicato dos juízes suecos, o Jusek, e peço para ouvir as considerações de um magistrado sindicalizado acerca da última série de benefícios auto-concedidos a si próprios pelos magistrados brasileiros — o Bolsa Moradia, o Bolsa Educação, o Bolsa Alimentação.
Sim, existe um sindicato dos magistrados na Suécia. É assim que os juízes suecos, assim como os trabalhadores de qualquer outra categoria, cuidam da negociação de seus reajustes salariais.
Meu telefonema é transferido então para o celular do juiz Carsten Helland, um dos representantes da categoria no sindicato.
Foto.Juiz.Carsten.Helland
Sinto um impulso incontrolável de dizer a ele que fique à vontade para recusar o colóquio e bater impiedosamente o telefone como bate seu martelo na Corte, pois os fatos que vai ouvir podem provocar sensações indesejáveis de regurgitação neste horário inconveniente que antecede o almoço do magistrado.
Mas, como que invadida pela cegueira da Justiça, decido narrar de vez ao juiz, sem clemência nem advertência, todos os obscenos benefícios pedidos e concedidos aos colegas brasileiros no além-mar.
Para minha surpresa, o magistrado sueco dedica os segundos iniciais da sua resposta a uma sessão de risos de incredulidade.
“Juízes não podem agir em nome dos próprios interesses, particularmente em tamanho grau, com tal ganância e egoísmo, e esperar que os cidadãos obedeçam à lei”, diz enfim o juiz, na sequência da risada que não pôde ou não quis evitar.
Recobrado o equilíbrio e a compostura que a toga exige, Carsten Helland continua:
“Um sistema de justiça deve ser justo”, ele começa, constatando o óbvio com a fala didática de quem tenta se comunicar com uma criatura verde de outro mundo.
“As Cortes de um país são o último posto avançado da garantia de justiça em uma sociedade, e por essa razão os magistrados devem ser fundamentalmente honestos e tratar os cidadãos com respeito. Se os juízes e tribunais não forem capazes de transmitir esta confiança e segurança básica aos cidadãos, os cidadãos não irão respeitar o Judiciário. E consequentemente, não irão respeitar a lei”, enfatiza o juiz sueco.
Pergunto a Carsten o que aconteceria na Suécia se os juízes, em um louco delírio, decidissem se auto-conceder benefícios como um auxílio-alimentação.
“Acho que perderíamos o nosso emprego”, ele diz, entre novo surto de risos. “Mas é simplesmente impossível que a aprovação de benefícios como auxílio-alimentação ou auxílio-moradia para magistrados aconteça por aqui”.
Por quê?
“Porque não temos esse tipo de sistema imoral. Temos um sistema democrático, que regulamenta o nível salarial da categoria dos magistrados, assim como dos políticos. E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes às custas do dinheiro público. Os juízes suecos não podem, portanto, sequer pensar em fazer coisas desse gênero”, conclui Carsten Helland.
O salário médio bruto de um juiz na Suécia é de cerca de 60 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente 22,3 mil reais. O valor equivale ao salário de um deputado sueco, que em termos líquidos representa cerca de 50% a mais do que ganha um professor do ensino fundamental. O salário médio no país é de 27,3 mil coroas suecas.
“Há uma pequena variação nos salários dos magistrados suecos, que se situam em uma faixa entre 50 mil a 63 mil coroas suecas”, diz o juiz.
Há algum outro tipo de benefício além do salário?
“Não, absolutamente não” – ele responde.
A negociação anual dos reajustes salariais da magistratura se dá entre o sindicato Jusek e o Domstolsverket, a autoridade estatal responsável pela organização e o funcionamento do sistema de justiça sueco.
Para entender o sistema sueco, diz o juiz Helland, é preciso olhar um século para trás.
“A partir do final do século XIX, os sindicatos desempenharam um papel fundamental na construção da sociedade que temos hoje. Portanto, não é estranho ver magistrados ou qualquer outro profissional na Suécia sendo filiados a sindicatos. E é importante notar que ser membro de um sindicato, na Suécia, não significa que você seja de esquerda. Os sindicatos são parte essencial da base sobre a qual nossa sociedade foi consolidada – a dualidade entre trabalhadores e empregadores”, ele observa.
O reajuste salarial dos magistrados suecos trata normalmente, segundo o juiz, da reposição da perda inflacionária acumulada no período de um ano, e que se situa em geral entre 2% e 2,5%.
“Nossos reajustes seguem geralmente os índices aplicados às demais categorias de trabalhadores, que têm como base de cálculo os indicadores gerais da economia e parâmetros como o nível de aumento salarial dos trabalhadores do IF Metall (o poderoso sindicato dos metalúrgicos suecos)”, explica o juiz Carsten.
A negociação depende essencialmente do orçamento do Domstolsverket, que é determinado pelo Ministério das Finanças:
“Os juízes têm influência limitada no processo de negociação salarial”, diz Carsten. “As autoridades estatais do Domstolsverket recebem a verba repassada pelo governo, através do recolhimento dos impostos dos contribuintes, e isso representa o orçamento total que o governo quer gastar com as Cortes. A partir deste orçamento, o Domstolsverket se faz a pergunta: quanto podemos gastar com o reajuste salarial dos juízes?”, explica o juiz.
“Não podemos, portanto, lutar por salários muito maiores. Podemos apenas querer que seja possível ganhar mais”, acrescenta ele.
Greves de juízes não fazem parte da ordem do dia.
“Não fazemos greves, porque isso seria evidentemente perigoso para a sociedade”, diz Helland.
Já sei a resposta, de tanto fazer a mesma pergunta a jornalistas e a suecos em geral, mas resolvo perguntar mais uma vez: já ouviu falar de algum caso registrado de juiz corrupto na Suécia?
“Não”, diz Helland. “Nunca”.
Na Suprema Corte sueca, os reajustes salariais também seguem a mesma regra aplicada ao restante da magistratura.
O salário bruto dos juízes do Supremo, segundo Goran Lambertz, é de 100 mil coroas suecas (cerca de 37 mil reais). Uma vez descontados os impostos, os vencimentos de cada juiz totalizam, in totum, um valor líquido de 55 mil coroas suecas (aproximadamente 20,4 mil reais). Sem nenhum benefício ou penduricalho extra, e sem carros com motorista.
Neste exótico país, os juízes da Suprema Corte também não têm status de ministro, e nem são chamados de excelências.
Foto.Lambterz
“Se o sistema judiciário de um país não for capaz de obter o respeito dos cidadãos, toda a sociedade estará ameaçada. Haverá mais crimes, haverá cada vez maior ganância na sociedade, e cada vez menos confiança nas instituições do país. Juízes têm o dever, portanto, de preservar um alto padrão moral e agir como bons exemplos para a sociedade, e não agir em nome de seus próprios interesses”, diz Göran Lambertz ao final da nossa conversa.
Ou em bom latim, conforme rezam os manuais jurídicos: nemo iudex in causa sua – ninguém pode ser juiz em causa própria. 

* Publicado originalmente no Diário do Centro do Mundo.

FONTE: http://www.claudiawallin.com.br/2015/06/13/o-que-juizes-suecos-acham-das-mordomias-que-seus-colegas-no-brasil-se-autoconcedem/

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Mais uma prova que Socialistas(Comunistas) e PT odeiam a Democracia:Paulo Okamotto diz que redes sociais 'complicam' democracia


Okamotto (de camisa branca): críticas às mídias sociais. | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O presidente do Instituto LulaPaulo Okamotto, questionou, nesta segunda-feira (22), a democracia no Brasil e disse que as redes sociais a “complicam”. Na abertura de uma palestra do ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe Gonzalez em São Paulo, Okamotto definiu democracia como “exercício solitário de pensar o que é bom para as pessoas” disse que fica “com uma grande pulga atrás da orelha” sobre como consolidá-la no país. “Estamos muito distantes do mundo desenvolvido, do mundo rico”, afirmou.
Segundo ele, a “democracia está ainda mais complicada” com o advento das redes sociais. Okamotto apontou o apoio popular à redução da maioridade penal e o fracasso da r eforma política como ameaças. “Todo mundo quer uma classe política melhor. Mas essa reforma política, para mim, é uma decepção”, discursou.

Às vésperas de o plenário da Câmara decidir se reduz ou não a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes violentos, nove em cada dez brasileiros se dizem favoráveis a essa medida, segundo pesquisa Datafolha.
Entre os entrevistados pelo instituto na semana passada, 87% apoiam a alteração. O tema é bastante discutido nas redes sociais.
Gonzalez, que pertence ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), foi convidado a palestrar no Instituto Lula para falar sobre a experiência de seu partido ao se reerguer após denúncias de corrupção. A sigla ficou nove anos fora do poder na Espanha até conseguir voltar ao governo, quando José Luis Zapatero foi alçado ao cargo de primeiro-ministro (2004-2011).

CPI

O presidente do Instituto Lula foi convocado a prestar depoimento à CPI da Petrobras na Câmara para explicar as doações de R$ 3 milhões feitas ao Instituto Lula pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada no esquema de corrupção da Petrobras.
A bancada do PT estuda solicitar ao plenário da Câmara reavalie a convocação do braço direito de Lula na entidade após terem levado bronca do ex-presidente. Eles articularam um contra-ataque que inclui um recurso para tentar derrubar a ida de Paulo Okamotto à comissão.


fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/paulo-okamotto-diz-que-redes-sociais-complicam-democracia-28bmmcmyf3cbscfgx99sm3a7e