terça-feira, 21 de julho de 2015

Justificando os erros da DIlma: No TCU, Planalto dirá que 17 Estados adotaram "pedaladas fiscais"



Em sua defesa formal a ser encaminhada na quarta-feira (22) ao TCU (Tribunal de Contas da União), a presidente Dilma Rousseff vai sustentar que 17 Estados e o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso adotaram práticas semelhantes às "pedaladas fiscais".
As pedaladas são atrasos em repasses do Tesouro Nacional para a Caixa Econômica Federal cumprir compromissos de programas sociais. O argumento é que essas manobras não constituíram operações de crédito e, portanto, não infringiram a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), como apontou a corte de contas.
Dilma reuniu ontem sua equipe para tratar dos detalhes da defesa. O Planalto quer evitar a qualquer custo uma inédita reprovação de suas contas pelo TCU, que analisa o balanço anual do governo federal há 78 anos. O parecer da corte, que deve ser emitido em agosto, subsidia o julgamento das contas pelo Congresso. A oposição e setores rebelados da base governista apostam numa eventual rejeição para pedir o impeachment de Dilma.
Em sua defesa, o governo mencionará, ainda, que também houve atrasos na transferência de recursos à Caixa, ocorridos em 2000 e 2001, para justificar pontos destacados pelo ministro do TCU, Augusto Nardes, relator do processo de análise de contas, como "distorções" no balanço do governo Dilma. Além disso, um levantamento feito pelo governo apontará que os 17 Estados trabalharam da mesma forma, com atrasos pontuais em repasses de recursos públicos.
Para o governo, os contratos da Caixa com os ministérios que administram os pagamentos do programa Bolsa Família, e dos programas seguro-desemprego e abono salarial, todos financiados com recursos do Tesouro, são contratos de "prestação de serviços". Dessa forma, os atrasos nos repasses - que o governo admite - não podem ser compreendidos como crime de responsabilidade fiscal.
Ao apresentar dados sobre as manobras de 2000 e 2001, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal tinha acabado de ser sancionada pelo ex-presidente FHC, Dilma Rousseff pretende mostrar ao TCU que a prática, em maior ou menor medida, nunca foi causa para uma reprovação das contas. A mensagem também é considerada importante para o Congresso, que é o responsável pela decisão final sobre as contas do governo.
Dilma também sustentará que mudanças no entendimento do TCU não podem fomentar condenações sem um aviso prévio, mas devem alterar condutas futuras do governo.
Sobre o não contingenciamento de R$ 28 bilhões em gastos no decreto de programação orçamentária de novembro de 2014, o governo vai sustentar que baseou suas estimativas na aprovação do projeto que reduzia a meta fiscal, já em tramitação no Congresso.
Mais uma vez, o Palácio do Planalto deve citar como exemplo a era FHC. O governo levantou um decreto orçamentário de abril de 2002 , quando o governo deixou de realizar alterações fiscais porque conduzia "estudos para elevação das alíquotas do IOF".
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/07/21/no-tcu-planalto-usara-estados-em-sua-defesa.htm

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Crise econômica eleva em 67% o “êxodo” de brasileiros

Dados da Receita Federal indicam alta no número de Declarações de Saída Definitiva do país entre 2011 e 2015

Entre os dias 2 e 26 de março, representantes da província canadense de Quebec fizeram uma turnê pelo Brasil para divulgar oportunidades de trabalho em carreiras muito específicas e recrutar mão de obra fluente em francês. Visitaram sete cidades do Nordeste, Sudeste e Sul e se surpreenderam com a reação: em uma semana 140 mil brasileiros visitaram o site do órgão de migração, mostrando interesse em se mudar para o Quebec.
Números obtidos pelo GLOBO junto à Receita Federal confirmam que a emigração qualificada está em alta. Entre 2011 e 2015, o total de Declarações de Saída Definitiva do país — documento apresentado ao Fisco por quem emigra de vez — subiu 67%. Em 2011, a Receita recebeu 7.956 declarações, 21 para cada dia do ano. Em 2015, foram 13.288, numa média diária de 36 saídas.

“Esse número é apenas uma amostra pequena da realidade da emigração”, diz Joaquim Adir, supervisor nacional de imposto de renda da Receita. “Mas reflete a saída de uma elite financeira e cultural, de pessoas que se preocupam em ficar quites com a Receita e que têm conhecimento da importância disso. Não entram aí os brasileiros que não têm bens ou rendimentos, como crianças e jovens, nem os que querem sair de forma ilegal. Essa emigração está em alta”.
Os engenheiros José Wellington e Silvia Oliveira chegaram a Toronto, no Canadá, em abril. Levaram Julia, de 7 anos, e Nicolas, de 3. Em Belo Horizonte, a família tinha casa própria. Wellington trabalhava na área de mineração, e Silvia, na firma de avaliação de imóveis do pai. Nos últimos meses de 2013, a empresa de Wellington deu um alerta: diante da crise incipiente, não teria como manter toda a equipe a partir de agosto de 2014.
“Foi a gota d’água”, diz Silvia. “Estávamos cansados da corrupção, da violência, do espírito do cada-um-por-si. A gente odeia o PT, o Lula, a Dilma. Vimos que o país estava afundando num buraco e que não havia luz no fim do túnel. Cada escândalo de corrupção que surgia solidificava nossa decisão. Então nos inscrevemos no programa canadense e passamos por um processo trabalhoso. Não digo que foi difícil. Só burocrático”.
Desde que optou pelo “frio”, a família virou fonte de informação e observa um efeito dominó:
“Uma vez por semana alguém entra em contato conosco para perguntar como fizemos para migrar”, conta Sílvia. “Se o número da Receita está alto em 2015, vai ser pior em 2016”.
A Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV) está de olho nas causas e efeitos da migração no Brasil. Um grupo de pesquisadores lançará nos próximos meses um estudo que defende a criação de uma entidade migratória nos moldes do que existe no Canadá, na Austrália e na Alemanha.
“Esses países traçam o perfil do trabalhador que precisam e selecionam os imigrantes que interessam. O Brasil não tem política alguma”. diz a pesquisadora Bárbara Barbosa. “Está perdendo na briga por mão de obra qualificada e, em consequência, na corrida pelo desenvolvimento”.
“Hoje estão envolvidos na questão da migração o Ministério da Justiça, das Relações Exteriores, do Trabalho e a Polícia Federa“, completa a também pesquisadora Margareth Da Luz. “Não há uma coordenação, e nós estamos perdendo cérebros, o que é preocupante num momento de envelhecimento da população.
Em abril, a carioca Flávia Peres Sabagh e o marido, o paulista Márcio Ghiraldelli, ambos de 36 anos, trocaram São Paulo por Sydney, na Austrália. Estavam empregados quando tomaram a decisão de entrar no LinkedIn e disparar currículos. Viviam de aluguel. Ela era coordenadora de CRM em um banco. Ele, especialista em sistemas. Em poucos dias, Márcio recebeu uma proposta.
“A empresa que o contratou patrocinou o visto de trabalhador experiente e deu entrada no processo”, conta Flávia. “Só tivemos que enviar alguns documentos, fazer um exame de tórax e esperar algumas semanas”.
Flávia trabalha hoje como analista de data marketing numa revista, e Márcio é engenheiro de qualidade de software. A mudança dos dois tem relação não só com “a possibilidade de criar um filho num país de primeiro mundo e língua inglesa”, mas também com a crise instalada no Brasil.
“Estávamos muito preocupados com a desvalorização do real e a dificuldade das empresas em conseguir crédito. Isso, de maneira geral, torna as coisas mais difíceis aí”, diz Flávia.
O carioca Thiago Fonseca optou pela Filadélfia, nos Estados Unidos. Em maio, mudou-se para lá com a mulher, Juliana, e a filha, Maria Luisa. A família morava em casa própria, no Rio, e o casal, assim como os demais, estava empregado.
“Quero dar melhor qualidade de vida e proporcionar uma experiência diferente para minha família. Com a recessão no Brasil e o crescimento americano, foi mais fácil justificar junto à empresa minha transferência para os EUA”, diz Thiago.
A família ainda arruma a casa nova, mas já se surpreende com a quantidade de pessoas que dizem pensar seriamente em segui-los. Desde maio, ao menos dez já consultaram Thiago.
As três famílias lembram, no entanto, que emigrar não é fácil. Silvia e Wellington aconselham “mente aberta”. Flávia e Márcio dizem que trabalhar numa língua não nativa é “cansativo”. Thiago fala da nova realidade das tarefas domésticas. E todos sentem o peso de estar longe da família e dos amigos.

Lei é aprovada no Senado

Apesar de ser um país composto pela mistura de raças, o Brasil não tem uma Lei de Migração. Desde agosto de 1980, a norma vigente é o Estatuto do Estrangeiro, que, do ponto de vista de especialistas, está totalmente ultrapassado. Criado em meio à ditadura militar,o texto tem foco na segurança nacional e não nos direitos dos indivíduos que decidem morar no Brasil.
Em sessão realizada no último dia 2, no entanto, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou um projeto de lei, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que busca revogar o antigo texto e estabelecer a primeira Lei de Migração do país. Aprovado em caráter terminativo, a proposta segue para avaliação da Câmara dos Deputados. No trajeto, no entanto, leva consigo uma polêmica: apesar de reduzir a burocracia para a concessão de vistos para investidores, estudantes e acadêmicos, o texto não prevê a criação de uma entidade migratória, como a que existe em países como Canadá e Austrália. Essa era uma das principais propostas apresentadas pela comissão de especialistas que foi criada pelo Ministério da Justiça em 2013 para avaliar o assunto. O grupo fez sete reuniões e duas audiências públicas. Em seguida, produziu um documento final em que destacou que: “a criação de um órgão estatal especializado para atendimento dos migrantes” seria um “elemento crucial” para o país. A entidade ficaria responsável pela produção de dados e pela formação de políticas públicas sobre migração.
“Canadá e Austrália são países que estão envelhecendo rápido. Cada vez há mais pessoas para serem sustentadas, e menos em idade de trabalho. Eles viram no recrutamento de estrangeiros um mecanismo para enfrentar isso, e o fazem de forma planejada. O Brasil não”, lamenta o pesquisador da DAPP/FGV Wagner Oliveira. “Ainda não envelhecemos tanto, mas deveríamos entender a política migratória como uma oportunidade para resolver uma questão do futuro. Ter uma autoridade migratória é importante. Ela ficaria responsável por estabelecer diretrizes e ver o tipo de estrangeiro de que o país precisa”


FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/crise-economica-eleva-em-67-o-exodo-de-brasileiros-52wtf0g7nx2vvnrl3oae9mfbk

Imprensa Internacional destaca Lula e Corrupção: A VERDADE INCONVENIENTE QUE OS MENTIROSOS DA MAIORIA DA GRANDE MÍDIA CONTINUAM ESCAMOTEANDO. ACORDEM ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS.









Facsímiles de veículos da grande imprensa internacional. Notem que Lula está na manchete do Correio da Manhã de Portugal e também é destaque na revista Foreing Policy. Fechando a sequência de fotos, o facsímile do Diário de Notícias de Portugal de 22 de movembro de 2014, quando o ex-primeiro-ministro socialista José Socrates foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro. E continua na jaula.
Enquanto a economia brasileira vai derretendo  e destruindo a renda das famílias brasileiras já incluindo boa parte da classe média por conta do descalabro do governo do PT, soma-se a isso a teia infernal de corrupção e roubalheiras que já sangrou a Petrobras em R$ 19 bilhões (dados preliminares, segundo reportagem de Veja), os cidadãos brasileiros que lutam ferozmente no dia a dia trabalhando e estudando e pagando impostos vêem pasmos passar nas TVs e nos jornais uma dança macabra de impostores e ladravazes tentando tapar o sol com a peneira.

Enquanto em Portugal o ex-primeiro-ministro socialista (para variar...) José Socrates, cumpre prisão preventiva desde de novembro de 2014, quando foi preso por lavagem de dinheiro e corrupção, no Brasil até agora só experimentaram o cheiro de jaula os atores coadjuvantes do petrolão.

Por mais que a força tarefa da Operação Lava Jato se esforce para trazer à tona a verdade são levantadas barreiras intransponíveis de sorte a manter impunes aqueles que estão ou estiveram no comando da República e que portanto são responsáveis diretos pelas tenebrosas transações que desviaram dinheiro público para satisfazer os prazeres orgiásticos de alguns patrícios além de ditadores assassinos cubanos e africanos. Zanzando nos bastidores está o Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, espécie de círculo de ferro, verdadeiro garrote vil que oprime o povo brasileiro e latino-americano. Este é o aspecto ideológico da trama que é completamente escamoteado de todo o noticiário, quando se sabe que o Foro de São Paulo é a organização comunista que gerou tudo isso que está acontecendo.

Para lograr os objetivo de comunização de todo o continente latino-americano, as ditaduras do PT, do Nicolás Maduro, na Venezuela, do tiranetete Rafael Correa no Equador, do índio cocaleiro da Bolívia, da Cristina Kirchner na Argentina, viabilizaram a permanência no poder por meio da corrupção. O apoio que desfrutaram até agora decorre do uso de dinheiro público para calar ou obter apoio político. Daí, no caso brasileiro, o menslão, agora o petrolão, daqui a pouco o eletrolão e assim por diante.

E quem é o dirigente máximo do Foro de São Paulo e seu fundador? Ora, é Lula. Até porque Fidel Castro já está fora de combate e quem sabe sofrendo de alzheimer. Seu irmão Raúl é quem dá continuidade ao esquema, auxiliado por meia dúzia de acólitos e torturadores que mantêm centenas de presos políticos nas cadeias cubanas.

Este aspecto tenebroso desse teatro de horror, tortura e morte, comandado pelo deletério Foro de São Paulo, sob a direção de Lula, continua intocável. Graças aos militantes do PT, travestidos de jornalistas, que operam dentro da esmagadora maioria dos veículos de comunicação. Na verdade são lobbistas a serviço do PT e do Foro de São Paulo. Portanto, recomendo mais uma vez que não gastem um tosão comprando esses jornais ou pagando pelo acesso aos seus sites. Trata-se de desinformação no seu estado mais elevado o que, de resto, constitui também um crime.

Tanto é que até agora os cardeias do PT, que estão enterrados até o pescoço no lamaçal do petrolão, continuam intocáveis. Ora, como pode os mentores e dirigentes da corrupção continuarem pairando acima de tudo e de todos e, sobretudo, da lei?, quando já foram citados por diversos delatores?

Esta é a pergunta que não quer calar e não pode calar até que toda verdade, sem retoques, sem subterfúgios, venha à tona.

Lembrem-se. O que está ocorrendo no Brasil não é apenas um caso de corrupção e roubalheira comum. Não está desligado do tão decantado "projeto do PT", ao qual amiúde Lula e seus sequazes aludem. O "Projeto do PT" é o projeto do Foro de São Paulo, tornar o Brasil e toda a América Latina numa extensão de Cuba.

E a coisa começa quando as pessoas empobrecem. Mais adiante, inicia a escassez de alimentos. Foi assim em Cuba e agora mesmo na Venezuela; foi assim na ex-URSS. Enquanto o povo sofre nas filas de supermercados matando a fome com rapadura, e olhe lá, a canalhada do Foro de São Paulo come caviar e vive viajando de avião de luxo pra lá e pra cá, fazendo escalas no primeiro mundo onde se esbaldam em em orgias e bacanais. Esta história é tão velha quanto o comunismo. 

Acordem! 


fonte: http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/07/a-verdade-inconveniente-que-os.html

JUSTIÇA FEDERAL CONDENA EXECUTIVOS DA CAMARGO CORRÊA NA LAVA JATO


JOÃO AULER (PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO), EDUARDO LEITE (EX-VICE PRESIDENTE) E DALTON AVANCINI (PRESIDENTE), TODOS EXECUTIVOS DA CAMARGO CORRÊA. FOTOS: ABR

O juiz Sérgio Moro, titular responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, condenou Dalton Avancini, ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, e Eduardo Leite por crimes relacionados aos contratos e aditivos com a Petrobras, na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), do Paraná, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e da Refinaria de Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco.
Esta é a primeira condenação contra executivos de empreiteiras enrolados na roubalheira à Petrobras e se refere a 7ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada em novembro de 2014. Eles foram condenados a mais de 15 anos de cadeia. Também foram condenados no mesmo processo, mas por outros crimes, o ex-d
iretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o megadoleiro Alberto Youssef, e o responsável pelas entregas do dinheiro do esquema, o “homem-da-mala” Jayme Alves de Oliveira.
CONDENAÇÕES
O doleiro Alberto Youssef foi condenado por corrupção passiva, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa recebeu a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Já entre os executivos da empreiteira Camargo Corrêa; João Ricardo Auler foi condenado por corrupção ativa e por pertinência à organização criminosa; Dalton dos Santos Avancini foi condenado por lavagem de dinheiro, pertinência à organização criminosa e corrupção ativa e Eduardo Hermalino Leite também foi condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.


Integrante do foro de São Paulo, agora no Mercosul/Unasul: Qual o impacto da entrada da Bolívia no Mercosul?


Foram necessários 21 anos para que o Mercosul – criado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – integrasse um quinto membro, a Venezuela, em 2012. Agora, o bloco comercial prepara-se para crescer novamente, ao elevar a Bolívia da categoria de Estado Associado à de Estado Parte.
Nesta sexta-feira, durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Brasília, os presidentes dos cinco países assinaram o protocolo de adesão do novo membro, que para ter validade terá ainda que ser aprovado pelos Congressos brasileiro e paraguaio – os parlamentos de Argentina, Uruguai e Venezuela já ratificaram o ingresso da Bolívia no bloco.
A nova ampliação divide a opinião de estudiosos das relações internacionais.
De um lado, analistas mais liberais dizem que o Mercosul atrapalha a abertura comercial do Brasil para outros mercados e que, por isso, o país deveria privilegiar a construção de outros acordos bilaterais.
Pesquisadores com uma visão mais desenvolvimentista, por outro lado, consideram que a entrada da Bolívia é importante para dar novo fôlego ao bloco e à integração regional.
"As negociações comerciais do Mercosul com outros blocos e outros países exige consenso entre os membros. Com mais um integrante, isso fica ainda mais difícil. Foi uma decisão política. Assim como na entrada da Venezuela, o governo não consultou o setor privado", reclama José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Castro cita que as difíceis negociações para um acordo de comércio com a União Europeia, que se arrastam há mais de dez anos, poderiam ser prejudicadas com a entrada da Bolívia.

Ganhos possíveis

Por outro lado, Igor Fuser, professor de Relações Internacionais da UFABC e defensor do Mercosul, avalia que a entrada da Bolívia será proveitosa para a indústria brasileira. Ele diz que a redução dos impostos de importação permitirá que o produto brasileiro concorra em melhores condições com os chineses, que vêm ganhando espaço no mercado boliviano.
Ele nota que a economia boliviana está em expansão, embora ainda seja pequena. "Desde que Evo Morales assumiu, o PIB dobrou e o consumo cresceu. E a integração tende a abrir mercado para empresas brasileiras na Bolívia, aproveitando mão de obra e energia mais baratas", afirma.

Fuser aponta possíveis vantagens na entrada da Bolívia mas, em geral, identifica um momento difícil para o Mercosul. Para ele, em todos os países há grupos econômicos que tentam derrubar a união aduaneira (unificação das taxas de importação e exportação) e incentivar acordos bilaterais.
“Os setores empresariais hegemônicos, em cada um dos países do bloco, são contrários à existência do Mercosul como é hoje. Na primeira fase do Mercosul esses setores ganharam muito dinheiro como a integração comercial, mas hoje não estão mais interessados. Possuem opção clara pela associação com grupos transnacionais, especialmente dos Estados Unidos e Europa."

Integração em energia

O embaixador José Botafogo Gonçalves, vice-presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), disse que a entrada da Bolívia deverá permitir a ampliação da integração energética do bloco.
“Sob os ângulos geográfico e econômico, a entrada da Bolívia faz muito sentido. O tema energético pode desempenhar um papel agregador. E produção de energia é um fator ainda pouco explorado no Mercosul.”
Botafogo Gonçalves menciona que Brasil e Argentina já são os principais parceiros comerciais do novo integrante, principalmente por causa da compra de gás boliviano. Atualmente, o governo brasileiro negocia com o presidente Evo Morales a construção de hidrelétricas em território boliviano para abastecer os dois países.
O embaixador considera que Morales, a despeito da retórica anticapitalista, na prática tem seguido uma política macroeconômica ortodoxa, com manutenção da inflação em patamares baixos e controle dos gastos públicos. “Hoje é um modelo para o FMI (Fundo Monetário Internacional).”

Acordos comerciais

A Bolívia poderá escolher não participar de um eventual acordo com a União Europeia. No caso da Venezuela, como as negociações começaram antes da entrada do país do bloco, o governo venezuelano optou por não participar, e o mesmo será permitido à Bolívia.
Fuser aponta possíveis vantagens na entrada da Bolívia mas, em geral, identifica um momento difícil para o Mercosul. Para ele, em todos os países há grupos econômicos que tentam derrubar a união aduaneira (unificação das taxas de importação e exportação) e incentivar acordos bilaterais.
“Os setores empresariais hegemônicos, em cada um dos países do bloco, são contrários à existência do Mercosul como é hoje. Na primeira fase do Mercosul esses setores ganharam muito dinheiro como a integração comercial, mas hoje não estão mais interessados. Possuem opção clara pela associação com grupos transnacionais, especialmente dos Estados Unidos e Europa."

Integração em energia

O embaixador José Botafogo Gonçalves, vice-presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), disse que a entrada da Bolívia deverá permitir a ampliação da integração energética do bloco.
“Sob os ângulos geográfico e econômico, a entrada da Bolívia faz muito sentido. O tema energético pode desempenhar um papel agregador. E produção de energia é um fator ainda pouco explorado no Mercosul.”
Botafogo Gonçalves menciona que Brasil e Argentina já são os principais parceiros comerciais do novo integrante, principalmente por causa da compra de gás boliviano. Atualmente, o governo brasileiro negocia com o presidente Evo Morales a construção de hidrelétricas em território boliviano para abastecer os dois países.
O embaixador considera que Morales, a despeito da retórica anticapitalista, na prática tem seguido uma política macroeconômica ortodoxa, com manutenção da inflação em patamares baixos e controle dos gastos públicos. “Hoje é um modelo para o FMI (Fundo Monetário Internacional).”

Acordos comerciais

A Bolívia poderá escolher não participar de um eventual acordo com a União Europeia. No caso da Venezuela, como as negociações começaram antes da entrada do país do bloco, o governo venezuelano optou por não participar, e o mesmo será permitido à Bolívia.
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai também aproveitaram a cúpula para discutir detalhes da proposta de acordo com a União Europeia a ser apresentada no fim do ano. Espera-se que, após a conclusão desse acordo, o bloco possa flexibilizar suas regras, permitindo outras negociações bilaterais.
Para Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e atual diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil deveria intensificar sua abertura comercial.
"Entendo que o novo ciclo de crescimento da economia brasileira passa por um processo muito mais amplo de abertura comercial e investimentos, e não podemos ser pautados pelo protecionismo de países do Mercosul. Há até uma postura contrária ao capital estrangeiro, que é o oposto daquilo que o Brasil precisa", critica.
Para o embaixador Gonçalves, isso depende apenas da vontade política do Brasil. Segundo ele, desde o governo Lula o país não fechou nenhum acordo comercial relevante por opção política, numa decisão de privilegiar discussões no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na sua percepção, o governo Dilma vem adotando uma atitude de maior abertura em negociações, como nas conversas com o México, nos avanços com a União Europeia e na recente visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos.
"Essa história de que o Mercosul impediu o Brasil de fazer acordos é conversa fiada. Não negociou porque não quis. Não conheço nenhuma Sociedade Anônima em que o sócio majoritário não faz o programa que ele quer por causa dos minoritários”, comparou.
“É sabido que Paraguai e Uruguai sempre quiseram fazer acordos com os Estados Unidos e outros, e quem não deixou foi o Brasil e Argentina”.

FONTE: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150717_bolivia_mercosul_ms_tg?ocid=socialflow_facebook

Ex-presidente da Sete Brasil admite ter recebido quase US$ 2 mi de propina

Em carta enviada à companhia, João Carlos Ferraz afirmou ter recebido o valor ilícito entre maio e dezembro de 2013 em um "momento de fraqueza"


PRÓXIMO ALVO - O ex-presidente da Sete João Carlos Ferraz tinha contato estreito com Lula e com o ex-deputado André Vargas: na empresa, o interlocutor das empreiteiras era Barusco, homem-chave do esquema(Leo Pinheiro/Valor/VEJA)

O ex-presidente da Sete Brasil João Carlos Ferraz admitiu ter recebido um valor de 1,9 milhões de dólares em propina em carta enviada à direção da empresa em março deste ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira.
No documento, Ferraz afirma que aceitou as "gratificações" em um "momento de fraqueza", no qual era pressionado por colegas. A carta não traz informações sobre quem pagou o dinheiro e quem o pressionou. Nela, Ferraz ainda afirma que não pegou nada a mais do que declarou e que está disposto a devolver o dinheiro.

A Sete Brasil foi uma empresa criada pela Petrobras, em 2010, para administrar as sondas de exploração do pré-sal. Além da petroleira, ela tem como parceiros bancos e fundos de pensão estatais. Ferraz foi o primeiro presidente da Sete Brasil, ficando no cargo de dezembro de 2010 até maio de 2014. Segundo ele, as propinas foram recebidas entre maio e dezembro de 2013.

Na semana passada, Ferraz compareceu a uma audiência da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados e se recusou a responder às perguntas dos parlamentares.

Segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que também foi dirigente na Sete Brasil, Ferraz participava do esquema que desviava 1% dos contratos firmados pela empresa para a construção de sondas - e que tinham a Petrobras como cliente em quase 100% dos casos. Do valor, dois terços iam para o PT e um terço era dividido entre Barusco, Ferraz e Eduardo Musa, que era diretor de participações da Sete Brasil.

Após fazer auditorias internas, a companhia estima que as propinas totalizaram 224 milhões de dólares. No mês passado, a Sete Brasil abriu um processo, que corre em segredo de Justiça, contra Ferraz, pedindo uma indenização de 22,2 milhões de reais - o montante abrange os recursos desviados, sua indenização pela rescisão de contrato e os bônus pagos por desempenho no período em que trabalhou para a empresa.
Há cerca de duas semanas, ele tentou - em vão - chegar a um acordo com a Sete para encerrar o processo, comprometendo-se a devolver menos da metade do montante cobrado, o que os sócios da empresa rejeitaram. Na carta divulgada hoje, Ferraz afirma que, fora esse episódio, não há mais nada que possa "macular suas demais atividades" na companhia, realizadas com "zelo e competência".
Sob acordo de delação premiada, Barusco contou aos investigadores da Lava Jato que os dirigentes da Sete Brasil, incluindo Ferraz, combinaram o pagamento de propina com os estaleiros EAS, Brasfels, Jurong, Enseada e Rio Grande, responsáveis por fornecer sondas para a Petrobras explorar os campos do pré-sal.
A reportagem da Folha de S. Paulo tentou entrar em contato com Ferraz, mas ele não quis falar sobre o assunto.
(Da redação)





Como Lula deixou Collor mais rico por Felipe Moura Brasil




A VEJA desta semana apoteótica em que “sensacionalistas são os fatos”, como diz a revista, têm Fernando Collor de Mello, Eduardo Cunha e Lula na capa, os três atualmente sob investigação.
A reportagem sobre Collor detalha como ele foi aceito no pomar mágico dos petistas, com a bênção de Lula.
Reproduzo um trecho, que começa descrevendo a Operação Politeia, deflagrada na terça-feira (e acrescento a imagem que já havia publicado aqui):
“No episódio mais emblemático da ação, os agentes devolveram ao noticiário político-policial a antológica Casa da Dinda, a residência do ex-presidente Fernando Collor, cenário do escândalo que, nos anos 90, levou ao primeiro impeachment de um presidente da República.
Os policiais apreenderam documentos, computadores e três carros de luxo da frota particular do atual senador: um Lamborghini Aventador top de linha (3,5 milhões de reais), uma Ferrari vermelha (1,5 milhão de reais) e um Porsche (700 000 reais). Nem o bilionário empresário Eike Batista em seus tempos de bonança exibia modelos tão exclusivos – e caros.
Collor, até onde se sabe, é um empresário de sucesso. Sua família é proprietária de emissoras de televisão e rádio em Alagoas, terrenos, apartamentos, títulos, ações, carros… A relação de bens declarados pelo senador soma 20 milhões de reais, o suficiente para garantir vida confortável a qualquer um.
Collor, apesar disso, não resistiu à tentação e adentrou o pomar petista. Em 2009, ele assumiu a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado. Com significativo poder para fiscalizar os destinos das obras do PAC, a vitrine de campanha da então candidata Dilma Rousseff, o senador se apresentava como um obstáculo para o governo.


A maçã lhe foi oferecida. O ex-presidente Lula entregou ao senador duas diretorias da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras – a diretoria da Rede de Postos de Serviço e a de Operações e Logística. No comando desse feudo, segundo os investigadores, Fernando Collor criou o seu balcão particular de negócios dentro da maior estatal brasileira, o que lhe renderia milhões em dividendos.
Segundo depoimentos colhidos na Lava-Jato, o esquema obedecia a uma lógica simples. As empresas que tinham interesse em assinar contratos com a BR acertavam antes ‘a parte do senador’. Foram dezenas de contratos. A polícia já identificou dois que passaram por esse crivo. Num deles, de 300 milhões, um empresário do ramo de combustíveis pagou a Collor 3 milhões de reais em propinas para viabilizar a compra de uma rede de postos em São Paulo.
A operação foi revelada pelo doleiro Alberto Youssef em acordo de delação premiada. Encarregado de providenciar o suborno ao senador, Youssef fez a entrega de ‘comissões” em dinheiro, depósitos diretos na conta do parlamentar e transferências para uma empresa de fachada que pertence a Collor.
O Lamborghini, até recentemente o único do modelo no Brasil, está em nome da tal empresa, o que fez os investigadores suspeitar que o carro foi bancado com dinheiro desviado da Petrobras. Desde o ano passado, quando explodiu a Operação Lava-Jato e as torneiras da corrupção se fecharam, o IPVA do carro não é pago pelo ex-presidente.
A dívida acumulada é de 250 000 reais. Mas não é desapego do senador. Zeloso, ele só usava o carro para passeios esporádicos a um shopping de Brasília. Quando isso acontecia, o Lamborghini permanecia sob a vigilância de dois seguranças do senador, que fixavam um perímetro de isolamento em torno do veículo para evitar a aproximação dos curiosos.
A frota de luxo de Collor – revela Lauro Jardim, na seção Radar – conta com um Rolls-Royce Phantom 2006, mais exclusivo ainda do que o Lamborghini.”


FONTE: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/07/18/como-lula-deixou-collor-mais-rico-com-rolls-royce-e-tudo/