quarta-feira, 22 de julho de 2015

ESTADOS UNIDOS MONITORAM OBRAS DA ODEBRECHT NO EXTERIOR E APONTAM SINAIS DE CORRUPÇÃO


A diplomacia americana monitorou os negócios da empreiteira brasileira Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010). Telegramas confidenciais do Departamento de Estado americano revelados pelo grupo WikiLeaks relatam ações da empresa brasileira e suas relações com governantes estrangeiros. Lula é citado em iniciativas para defender os interesses da Odebrecht no exterior.
Em 21 de outubro de 2008, a embaixada americana em Quito descreve a pressão imposta sobre as empresas brasileiras pelo presidente daquele país, Rafael Correa. O governo equatoriano ameaçava expulsar Odebrecht e Petrobras, alegando descumprimento de contratos.
A embaixada americana em Quito, porém, alerta ao Departamento de Estado dos EUA que o motivo da pressão seria outro: corrupção. "Alfredo Vera, chefe da Secretaria Anticorrupção do Equador, levantou questões sobre os preços e financiamento dos contratos da Odebrecht", indicou o telegrama. "Apesar de não termos informações de bastidores no projeto San Francisco (usina), o posto ouviu alegações com credibilidade de corrupção envolvendo o projeto de irrigação da Odebrecht em Manabi de um ex-ministro de Finanças que se recusou a assinar os documentos do projeto diante de suas preocupações sobre a corrupção", afirmaram os EUA.
Outro alerta se referia às condições do empréstimo do Bndes ao mesmo projeto. "O posto também ouviu preocupações de um funcionário do Banco Central sobre termos desfavoráveis nos empréstimos do BNDES que apoiariam o projeto de irrigação", diz o telegrama. Segundo os EUA, ambos os problemas teriam ocorrido em 2006, no último ano do governo de Alfredo Palácio. "Apesar de não termos a história completa da ira de Correa contra a Odebrecht, suspeitamos que a corrupção e a pobre construção da empresa amplamente devem explicar suas ações (em relação a Correa)", indicou a diplomacia.
O ex-presidente é investigado pela Procuradoria da República no Distrito Federal por suspeita de favorecimento da Odebrecht no exterior por meio de financiamentos do Bndes. Lula nega.

Num telegrama de 5 de outubro de 2009, a embaixada americana no Panamá relata a Washington a situação delicada que vivia o então presidente local, Ricardo Martinelli. Numa conversa entre diplomatas e um ministro do governo, os americanos são alertados de que um escândalo de corrupção estaria prestes a eclodir, envolvendo a Odebrecht. "O administrador da campanha de Martinelli e hoje ministro, Jimmy Papadimitriu, disse à Emboff (sigla para "oficial da embaixada") que notícias estavam a ponto de sair de que Martinelli recebeu grande contribuição para sua campanha da construtora brasileira Odebrecht, que estava conduzindo várias grandes obras públicas no Panamá", indicou o telegrama, que cita como Martinelli virou alvo de ataques quando deu à empreiteira contrato de US$ 60 milhões para a construção de estrada "sem licitação".
Em 30 de outubro de 2007, outro telegrama apontou para a relação da Odebrecht com políticos estrangeiros. O caso se referia à viagem de Lula a Angola, naquele ano. "A visita de Silva (Lula) ajudou a concluir um acordo entre a gigante construtora brasileira Odebrecht, a paraestatal angolana no setor do petróleo Sonangol e a Damer, até então desconhecida empresa angolana, para construir uma usina capaz de produzir não apenas etanol para exportação, mas gerar 140 megawatts de eletricidade por ano", diz o texto.

O papel de Lula não é colocado em questão. Os EUA levantam questões sobre a parceria fechada pela Odebrecht: "O acordo, chamado na imprensa de um entendimento entre a Sonangol e a Odebrecht, aloca 40% das ações para a Odebrecht, 20% para a Sonangol e os restantes 40% para a Damer". "Fontes na embaixada brasileira afirmaram que a Odebrecht foi "evasiva" quando questionada sobre a Damer, enquanto outras fontes apontam que a Damer está conectada com o presidente angolano (José Eduardo) dos Santos".















A diplomacia americana monitorou os negócios da empreiteira brasileira Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010). Telegramas confidenciais do Departamento de Estado americano revelados pelo grupo WikiLeaks relatam ações da empresa brasileira e suas relações com governantes estrangeiros. Lula é citado em iniciativas para defender os interesses da Odebrecht no exterior.

Em 21 de outubro de 2008, a embaixada americana em Quito descreve a pressão imposta sobre as empresas brasileiras pelo presidente daquele país, Rafael Correa. O governo equatoriano ameaçava expulsar Odebrecht e Petrobras, alegando descumprimento de contratos.

A embaixada americana em Quito, porém, alerta ao Departamento de Estado dos EUA que o motivo da pressão seria outro: corrupção. "Alfredo Vera, chefe da Secretaria Anticorrupção do Equador, levantou questões sobre os preços e financiamento dos contratos da Odebrecht", indicou o telegrama. "Apesar de não termos informações de bastidores no projeto San Francisco (usina), o posto ouviu alegações com credibilidade de corrupção envolvendo o projeto de irrigação da Odebrecht em Manabi de um ex-ministro de Finanças que se recusou a assinar os documentos do projeto diante de suas preocupações sobre a corrupção", afirmaram os EUA.
fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,eua-monitoram-obras-da-odebrecht-no-exterior-e-apontam-sinais-de-corrupcao-,1729512






"Malandro é malandro, Mané é Mané..." O Brahma não é Obama

"Malandro é malandro, Mané é Mané..."
Bezerra da Silva
Por Waldo Luís Viana*
Nenhum país do mundo que se preze tem menos de dois serviços secretos. Israel tem cinco e os Estados Unidos o mesmo número, distinguindo-se a ultrassecreta Nasa militar, repartição oculta da Nasa civil, tão admirada no mundo inteiro por suas proezas espaciais. Foi essa agência encarregada do famoso projeto "Guerra nas Estrelas", escudo antimísseis continentais que pôs a pique a União Soviética e todo o sistema comunista então vigente no Leste Europeu, até 1989.
O sempre desmoralizado pela esquerda internacional, o presidente Ronald Reagan liquidou o muro de Berlim e precipitou a queda do regime soviético então dirigido por Mikhail Gorbachev (1992).
A KGB, polícia secreta soviética aparentemente dissolveu-se e resgatando seus fundos secretos na Suíça montou as máfias econômicas e oligarquias que hoje comandam a Rússia e são simbolizadas pelo ex-chefe dessa mesma agência, o eterno "czar" Alexander Putin.
É assim, em rápidas pinceladas que o mundo funciona. Mesmo nos Estados Unidos, há uma escala de informações secretas dos níveis 1 a 17 e o próprio presidente só é cientificado até o nível cinco, porque os serviços secretos sustentam sempre a possibilidade de que um homem, mesmo no comando de uma Nação de força global, possa enlouquecer...
No Brasil, porém, temos uma agência que tenta copiar os serviços secretos do resto do mundo, mas é uma caricatura grotesca, constituída por servidores públicos a ela alçada por concurso e arapongas de ocasião. Ambos os grupos fazem clipes de notícias velhas de jornal e grampeiam telefones. Servem apenas informes à presidência no café-da-manhã, trazendo relatórios que nem sempre antecipam acontecimentos, como os das últimas semanas, que deixaram o governo perplexo e o poder vigente com a cara no chão.
Nossa presidenta "incompetenta" gelou com a queda vertiginosa de sua popularidade, após tantos meses de governo mentindo sistematicamente para o povo, tal como o seu antecessor, o Sr. Lula da Silva Rosa Diamante.
Apesar disso tudo, porém, o Brasil ainda tem Forças Armadas, embora dirigidas por "machões" do Itamaraty que cuidam diligentemente de assegurar os parâmetros do revanchismo petista contra os militares, chamando pomposamente a estratégia de pôr sobre controle civil as instituições militares através de um pretensioso ministério da Defesa.
Examinando-se bem, entretanto, os organogramas dessas Forças, descobriremos que estão intactas as estruturas afirmativas de seus comandos e estados-maiores. E aí surge um fenômeno subterrâneo, embora não oculto, que são os serviços secretos e reservados das Forças Armadas, subdivididos em graus, funções e missões.
Nossa inteligência militar não foi – graças a Deus – destruída, invadida ou desmantelada pela máquina de corrupção petista, que não conseguiu romper ou dividir os militares, em nenhum de seus escalões. Nem a tal "Comissão da Verdade", uma pantomima macabra que apura só um lado do passado entre 1964 e 1985[1][1] pôde intimidar a atividade castrense que se manteve altiva e independente, apesar de todos os descalabros e a montanha de irregularidades que temos assistido, praticados pela administração há dez anos.
Aliás, como uma ex-guerrilheira poderia fazer de outro modo? Guerrilheiros e terroristas, que se especializaram em destruir, como é que por milagre haveriam de construir alguma coisa? Como um governo com 39 ministérios e 23 mil cargos em comissão poderia não produzir um rombo imenso nas contas públicas e fazer retornar a malsinada inflação, de cuja lembrança os mais velhos têm as piores e dantescas recordações?
Pois a voz das ruas fez-se pesar e o governo petista, na sua malandragem típica, tentou forçar as Forças Armadas a entrar na briga, gerar mais insegurança interna e, a posteriori, os malandros de alto escalão iriam chamar de fascistas os dois grupos, os arruaceiros reivindicadores das ruas e os militares que os venceriam por gravidade...
Ora, a inteligência militar, ou seja, gente especializada, criteriosa e discreta, que sabe distinguir informe de informação, avisou ao governo de que não iria embarcar nessa canoa furada. O petismo não iria se escorar em quem sempre desprezou e de quem no fundo tem medo atávico. Afinal de contas, ex-terrorista, mesmo no governo, tem medo da polícia e dos militares. Sempre acha que poderá ser enquadrado, como em épocas pretéritas.
"Cumpra-se a lei" – oferece ao governo o conselho da inteligência militar. A Aeronáutica sabe muito bem das viagens "imprecisas" da dona Rose Diamante no Aerolula. Dos movimentos dos mensaleiros e até ofereceu proteção especial ao ministro Joaquim Barbosa, à revelia da cúpula governamental.
Os mesmos que mataram o prefeito Celso Daniel já não podem fazer o mesmo contra o ministro Joaquim Barbosa. Os falcatrueiros que querem se manter no poder a qualquer preço vão ter que seguir os trâmites da democracia em que eles fingem acreditar.
A inteligência militar está intacta, assim como a base da Polícia Federal, que tem um contingente enorme de gente ousada e bem-intencionada. Sem falar nos jovens procuradores do Ministério Público que eles tentaram amordaçar a qualquer preço. Com esses grupos o petismo não poderá contar, porque os malandros foram adivinhados.
E malandro adivinhado vira Mané. As estratégias estão se esgotando e a nossa incompetenta presidenta e seu arsenal de prestidigitações está praticamente liquidado. Se eles contavam com o povo das ruas – mesmo aquele encabrestado pelo famigerado e ridículo programa bolsa-família – já não contam mais, diante da realidade dantesca da saúde, da educação e da segurança nas cidades brasileiras. Rodovias e circulação urbanas nem se fale, vez que a realidade está clamando e a corda em constrição pesa no pescoço do governo.
Se os malandros não podem contar com as Forças Armadas, cujos oficiais-generais foram alertados pela inteligência do perigo iminente, vai perceber em breve a debandada dos malandros do Congresso, principalmente os do PMDB, que não querem também ser Manés. E plebiscito e referendo são coisas de Manés...
Parece que o país está mudando mesmo. O povo não acredita mais em balelas porque já sofreu muito; os militares vão ficar fora do processo, alertados a tempo dos vícios do governo; os juízes, se puderem, vão pôr mesmo os mensaleiros na cadeia, inclusive o ideólogo-mor da tentativa de recubanização do Brasil, malograda em 1964 e 1970. Sem falar no ex-presidente, cujos crimes e desvios vão produzir um novo Mané...
O grupo que desejava se eternizar no poder, embora cheio de recursos dentro da Nação e no exterior, parece que não conseguirá mais lograr os seus intentos sobre as esperanças de milhares de brasileiros.
Nós temos uma Pátria e por ela seremos capazes de morrer. Não gosto de lemas, mas agora fica adequado aquele, cantado com vigor e firmeza por nossos militares: "Brasil acima de tudo!"
E para nós civis também...
E nem precisamos de cinco serviços secretos para ver o que é translúcido aos olhos dos homens de bem...
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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e já está realmente de saco cheio.
Teresópolis, 4 de julho de 2013.
(Quero avisar aos incautos que meus artigos são recebidos por 22 mil formadores de opinião pública. Não tenham medo)




A hora da verdade: os mais recentes capítulos do cerco a Brahma e sua cria por Lucas Berlanza



Depois de ter chegado ao ponto de “cantarolar” metaforicamente a marchinha carnavalesca “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, a presidente Dilma Rousseff teve mais motivos esta semana para deixar as barbas de molho – se ela as tivesse. Já seu criador, o “Brahma”, o símbolo-mor da legenda da estrela vermelha, as tem. E fecha a semana com chave de ouro, figurando nos noticiários por um motivo nada feliz – para ele. Vamos por partes, porém, que a semana foi longa. Tentemos resumir alguns dos muitos novos episódios da pitoresca saga do moribundo Brasil lulopetista. Respire fundo.
A começar, em quebra de expectativa, por uma notícia ruim para gente decente, mas que não traz nenhuma surpresa: os senadores da base governista apresentaram seu relatório acerca da visita de comadres à Venezuela de Maduro, alegando que não há nenhuma grande distorção antidemocrática no país em que, ao mesmo tempo, a conhecida oposicionista Maria Corína Machado está proibida de participar das recém-marcadas eleições parlamentares. Senadores da oposição brasileira, como Aloysio Nunes e Aécio Neves, manifestaram sua indignação diante da atitude dos “compatriotas” traidores da pátria, que não veem mal algum na ofensa que o tiranete do país vizinho prestou ao Brasil, na figura de um seus poderes republicanos em visita oficial. É pouco. O gesto ofensivo, digno das mais profundas retaliações, até agora não produziu, quer por parte do governo, quer por parte da oposição, as consequências radicais que seriam esperadas de qualquer nação que deseje atestar sua dignidade.
A semana também vai se encerrando com outra notícia péssima para o Brasil, embora acabe podendo ser positiva em certo sentido, ao acrescentar um golpe mortal nas alegações estapafúrdias do governo quanto ao seu sucesso econômico em se proteger da tenebrosa crise internacional. Explicamos: senhoras e senhores, em um documento de mais de 3 mil páginas, a União Europeia pediu à Organização Mundial do Comércio a condenação do Brasil por “discriminação a produtos estrangeiros, uso de subsídios vinculados à exportação e ao conteúdo local e programas que beneficiam os setores automotivo, eletrônico, e de máquinas de uso profissional e industrial”, conforme síntese da matéria de Veja a respeito. A ação é movida paralelamente a um processo similar acionado pelo Japão. Como vemos, não é apenas no Brasil; o mundo também fecha o cerco ao redor de Dilma Rousseff.  E o recado que isso passa é o lado positivo; se nossa população tiver um pingo de bom senso, não se deixará enganar mais por narrativas que culpem todos esses “países poderosos” por uma perseguição injusta ao “governo maravilhoso” de nossa presidente. Diante de um governo que nos faz chegar a sofrer tamanha humilhação, que só não é pior que as consequências domésticas já sentidas da política econômica irresponsável, da gastança fora dos limites e do apadrinhamento de empresários poderosos (os “amigos do rei”) em detrimento da liberdade de mercado, somente hipócritas indignos como o senador Lindbergh Farias – que construiu sua trajetória a partir dos brados incensados pela queda do então presidente Collor – podem dizer, em tom fanfarrão, que o que se articula é um “golpe” contra um governo popular.
Collor, aliás, que, hoje senador, articula alianças para frear a recondução de Rodrigo Janot ao Ministério Público, depois da investigação na Casa da Dinda que gerou tanta insatisfação. As “perturbações” causadas pelas investigações da Lava Jato são tantas que incomodam não apenas os petistas, mas também, como dissemos, os “oligarcas” e fisiológicos que perfizeram a base de sustentação da sua governabilidade nesta última década, e hoje se indispõem com o aliado indigesto. Nesse cenário, um dos insatisfeitos pode trazer consequências devastadoras para o Planalto, no que seria apenas coerente com a maneira como vem ganhando destaque na presidência da Câmara. Sim, estamos falando dele, Eduardo Cunha, talvez o segundo ou terceiro político mais comentado no Brasil hoje, ameaçado pela denúncia de Júlio Camargo, da Toyo Setal, que alegou que o peemedebista cobrou 5 milhões de dólares de propina em contrato da Petrobras. Fez a alegação, vale destacar, trazendo à tona algo que não havia dito em depoimentos anteriores, o que, seja qual for a verdade, é questionável. Cunha está irritado, e sua irritação pode render, nada mais, nada menos que a abertura da famigerada e potencialmente arrasadora CPI do BNDES, segundo a Folha de São Paulo. É mole ou quer mais?
Calma que TEM mais. Chega ao fim o prazo para o governo preparar sua defesa junto ao TCU, onde serão aprovadas ou rejeitadas as contas públicas, diante da lei de responsabilidade fiscal. A rejeição, que vem sendo apontada como tendência, fortalece e pode ensejar, como se sabe, um processo de impeachment no Congresso. Ainda sobre impeachment, Eduardo Cunha, novamente ele, segundo o Movimento Brasil Livre em sua página na rede social Facebook, avisou que pretende dar uma resposta sobre o pedido oficial do movimento popular em até 30 dias. Não sabemos o que Cunha tem em mente, mas ao final desse prazo já estaremos às vésperas da manifestação nacional marcada para 16 de agosto, e teremos, no mínimo, uma noção da atmosfera que a precederá. Podem ser os derradeiros golpes contra a combalida presidente, que, já agora, finge que preside – e Eduardo Cunha não dá ponto sem nó.
Ufa! Nossa lista está quase no fim. Guardamos para o final a dor de cabeça do “Brahma”: o “grande líder da massa trabalhadora”, o novo “pai dos pobres”, o “messias” do petismo, está oficialmente sendo investigado pelo Ministério Público Federal pela suspeita de tráfico de influência internacional para favorecer a Odebrecht. Se sua cria fragilizada estremece e despenca cada vez mais rumo ao abismo, o pai da criança, o nosso “Brahma”, que de deus hindu só tem o apelido, que vem tentando criar uma narrativa política que o afaste do peso negativo que se adensou sobre sua sucessora, agora sente o calor do perigo soprar no cangote. Fique esperto, Brahma. Fique esperto, Brasil. Vivemos a hora da verdade. Vejamos se as mentiras conseguem escapar ilesas, ou se conseguimos escapar do nosso sórdido “Samsara” – só que por estas bandas, ao contrário do Hinduísmo, nós teremos que expurgar o nosso infame “deus criador” para isso.

Lucas Berlanza

Acadêmico de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na UFRJ, e colunista do Instituto Liberal. Estagiou por dois anos na assessoria de imprensa da AGETRANSP-RJ. Sambista, escreveu sobre o Carnaval carioca para uma revista de cultura e entretenimento. Participante convidado ocasional de programas na Rádio Rio de Janeiro.
fonte: http://www.institutoliberal.org.br/blog/a-hora-da-verdade-os-mais-recentes-capitulos-do-cerco-a-brahma-e-sua-cria/

Petrobras: corrupção e incompetência por Mário Guerreiro


Quase todos os brasileiros ficaram horrorizados com o Petrolão. Trata-se da maior rede de corrupção do mundo. Penso que nunca houve na História uma roubalheira de tal monta e extensão.
Dizemos “extensão” porque a Petrobras envolve um complexo de empresas: empreiteiras oferecendo seus serviços e fornecedoras dos mais variados tipos. Assim sendo, uma grande crise afeta não somente a Petrobras, porém a muitas empresas.
E a crise da Petrobras já começa a mostrar seu efeito dominó: um estaleiro em Niterói (RJ) despediu centenas de funcionários porque não recebeu mais encomendas de seu principal, talvez único, cliente: a Petrobras.
E isto é apenas o começo do desmoronamento das peças movimentadas pelo efeito dominó.
Uma pesquisa feita sobre a Petrobras descobriu que, embora a corrupção seja algo avassalador, ela corresponde a 6% dos grandes problemas da empresa, enquanto que a incompetência administrativa corresponde a 60%. Dez vezes mais, portanto!
Podemos inferir daí que a Petrobras é a mais mal administrada grande empresa do mundo. Mas, se é assim, por que não foi à falência? Ora, petrolífera, mesmo com uma péssima administração, é um excelente negócio.
John Rockfeller era dono de um colossal monopólio privado, a Standard Oil, que fechou suas portas com as leis antitruste da época do Presidente Theodor Roosevelt (1901-1909).
O grande magnata do ouro negro costumava dizer: “O melhor negócio do mundo é petróleo, depois petróleo e depois petróleo”.
Parece que a Petrobras acabou desmentindo Rockfeller, mas ele continua certo: o melhor negócio do mundo ainda é petróleo, desde que bem administrado. Arábia Saudita que o diga, mesmo com a drástica queda de preço do barril de petróleo!
Não há excelente negócio que uma péssima administração não possa levar à falência.
Não sabemos dizer especificamente no que consiste a péssima administração da Petrobras. Mas há algumas generalidades que certamente a compõem.
A primeira delas é que a Standard Oil de Rockefeller era um monopólio privado e, como todo monopólio privado ou público, tinha a vantagem ilegítima de controlar preços, dada a ausência de concorrentes.
Nos Estados Unidos, o Estado nunca teve um monopólio do petróleo, nem mesmo petrolíferas. Estão aí mesmo as grandes empresas privadas: Atlantic, Texaco, Esso, etc. para não me deixar mentir.
Rockfeller era um imigrante escocês que chegou aos Estados Unidos na segunda metade do século XIX com uns caraminguás no bolso e acabou sendo um megaempresário. Foi um verdadeiro self-made man.
É inegável que sua grande fortuna foi construída em parte pela ausência de leis antitruste, assim como as de Andrew Carnegie, o magnata do ferro.
E assim como todo self-made man, Rockfeller era um ferrenho defensor da livre iniciativa e da meritocracia.
Ora, se um empresário acredita mesmo nessas duas coisas, ele se empenhará para que sua empresa, seja monopólio ou não, tenha um sistema administrativo e funcionários competentes.
A Petrobras, por sua vez, é um monopólio estatal e, como todo monopólio, tem o privilégio de controlar os preços do mercado. No entanto, não são administradores que estabelecem seus preços, de acordo com os interesses da empresa, mas sim burocratas em Brasília movidos por interesses meramente politiqueiros.
Se os administradores fixassem os preços dos combustíveis, não teriam dado um prejuízo de bilhões com o congelamento de preços feitos por Dilma, uma atitude demagógica com vistas à sua reeleição.
Atitude demagógica e imediatista, pois logo que Dilma assumiu seu segundo mandato, se viu obrigada a fazer um tarifaço, de modo a compensar o grande prejuízo da empresa acrescido com a queda drástica do preço internacional do petróleo.
Quando preços são reprimidos durante algum tempo, contrariando o jogo da oferta e demanda, e quando é feito um reajuste, ele é acachapante. Trata-se de algo semelhante ao efeito do retorno do reprimido, segundo Freud.
Não tenho a menor dúvida de que a referida incompetência da Petrobras é em parte gerada no interior da empresa, mas em parte vem de fora dela, pelas descabidas e politiqueiras intervenções do Estado, seja aparelhando a empresa, seja tomando decisões contrárias à mesma.
Quanto à corrupção, temos que “dividir o mal pelas aldeias” – como se diz em Portugal. Em parte, ela é facilitada pela estrutura administrativa da empresa e, em parte, por políticos que tiram proveito da mesma e de alguns funcionários corruptos, uma minoria, se levarmos em consideração que a empresa possui milhares de funcionários.
Com a crise do Petrolão, ficamos sabendo que a Petrobras tem um sui generis esquema de licitação: as empresas interessadas não podem apresentar livremente suas propostas. Funcionários do alto escalão selecionam 5 ou 6 empresas, examinam suas propostas e decidem qual a vencedora da licitação.
Ora, como essas empresas são quase sempre as mesmas, elas formam um cartel em que cada qual tem a sua vez, para a satisfação de todas. Fica então fundado o Reino da Propina, com seus corruptos ativos e passivos, uma vez que um não vive sem o outro.
Temos, assim, uma simbiose social perfeita entre Estado e iniciativa privada, seja esta última representada por grandes empreiteiras, seja por políticos deletérios.

Mario Guerreiro

Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor do Depto. de Filosofia da UFRJ. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade.
FONTE: http://www.institutoliberal.org.br/blog/petrobras-corrupcao-e-incompetencia/

QUEM INVESTIGAR O TODO PODEROSO BRAHMA SOFRERÁ PUNIÇÃO DIZ BLOG:LULA O PODEROSO! QUEM INVESTIGAR ” O BRAHMA” NO MPF, SERÁ PUNIDO… AVISA CORREGEDOR



Lauro Jardim informa: O corregedor nacional do Ministério Público, Alesandro Tramujas Assad, pediu ontem à noite que o procurador da República no Distrito Federal Valtan Timbó Mendes Furtado explique por que abriu um procedimento investigativo criminal para investigar Lula.
O procedimento, aberto semana passada, vai apurar a suposta prática de tráfico internacional de influência por Lula a favor da Odebrecht em países da América Latina e da África.
Assad autorizou apenas que prossiga na corregedoria a reclamação disciplinar de Lula contra o procurador. O outro pedido de Lula, para que o caso fosse arquivado, foi negado: a corregedoria, é claro, não tem ingerência sobre a atividade fim do Ministério Público.
Valtan provavelmente vai responder o que já disse em nota divulgada pelo Ministério Público no DF: ele instaurou o PIC porque estava cobrindo as férias da procuradora original do caso, Mirella de Carvalho Aguiar.
A propósito, ao instaurar a apuração, Assad determinou que fosse comunicada a existência deste novo caso aos procuradores envolvidos em outro pepino em torno de Valtan.
Em 3 de julho, a corregedoria instaurou um processo disciplinar contra Valtan por negligência por atraso em 245 casos sob sua responsabilidade no MPF.]
Esta, aliás, será a tese central dos advogados de Lula para atacar Valtan e encorpar a tese de que o ex-presidente é perseguido: por que um procurador processado por suposta negligência em 245 casos foi tão diligente num caso que nem dele era?


fonte: http://cristalvox.com.br/2015/07/22/lula-o-poderoso-quem-investigar-o-brahma-no-mpf-sera-punido-avisa-corregedor/



Corregedoria Nacional do MP rejeita arquivamento de inquérito contra Lula

Brasília - A Corregedoria Nacional do Ministério Público negou ontem o pedido de arquivamento do procedimento investigativo criminal aberto para investigar a conduta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua decisão, o corregedor nacional do MP, Alesandro Tramujas Assad, afirmou que o pedido não poderia ser acolhido pela corregedoria, já que sua atribuição é cuidar de deveres de funcionários e membros do MP “exclusivamente sob a ótica disciplinar”. Esse pedido de arquivamento, segundo a assessoria da corregedoria, deve ser solicitado à Justiça Federal, não cabendo atuação da corregedoria sobre esse assunto.
Na mesma decisão, a corregedoria acatou pedido da defesa de Lula, para que o procurador da República no Distrito Federal Valtan Timbó Mendes Furtado dê informações sobre as causas que levaram à abertura de um “procedimento investigativo criminal” contra Lula.
A defesa de Lula questiona as atitudes de Furtado. De acordo com os advogados, houve “violação dos deveres funcionais” por parte do procurador, que, ao interferir na apuração preliminar conduzida pela procuradora titular Mirella de Carvalho Aguiar, desconsiderou prazos e instâncias do próprio Ministério Público, além de ignorar a manifestação de defesa de Lula.
A investigação tem como alvo suposto tráfico de influência de Lula em favor da empreiteira Odebrecht no exterior. A suspeita é de que a Odebrecht teria obtido vantagens com agentes públicos de outros países por meio de influência do petista. Na semana passada, o Instituto Lula havia pedido a ‘nulidade de inquérito irregular à Corregedoria do Ministério Público’.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/other/corregedoria-nacional-do-mp-rejeita-arquivamento-de-inqu%C3%A9rito-contra-lula/ar-AAdl7NC

MARCELO ODEBRECHT JÁ FEZ “DELAÇÃO PREMIADA”

Leia, de maneira acurada  e com muita atenção a coluna do Jornalista Merval Pereira,  publicada no Jornal O Globo que o Cristalvox reproduz. Como se trata de uma aula do jornalismo moderno, certamente servirá de material para pesquisa para o futuro.
Quando Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, encaminhou um bilhete a seus advogados orientando “destruir e-mail sondas”, ligou-se logo a orientação a um email descoberto pela Polícia Federal em que um diretor da empreiteira falava em conseguir um “sobrepreço” num contrato de sondas petrolíferas.
Logo os advogados da Odebrecht correram a explicar que esse “destruir” era metafórico, e queria dizer apenas que era preciso provar que “sobrepreço” também não significava “sobrepreço”, mas sim uma taxa legal do contrato. Agora, a Polícia Federal encontrou uma série de anotações de Marcelo Odebrecht em seus celulares, e várias delas dão a entender coisas gravíssimas.Por exemplo, ele questiona em uma delas seu vice-presidente jurídico se é necessário avisar Edinho (Silva?) que nas campanhas dela (Dilma Rousseff?) e também de (Fernando?) Haddad pode aparecer dinheiro de uma conta na Suíça. Seria um aviso amigo ou uma ameaça? Quer dizer o que todos nós imaginamos, que a campanha presidencial de Dilma foi financiada por dinheiro ilegal?O juiz Sergio Moro deu dois dias para que haja uma explicação oficial por parte do empreiteiro sobre o significado de cada uma daquelas anotações, que estão sendo traduzidas pela Polícia Federal com a ajuda de vários órgãos de imprensa e blogs, dentre os quais se destaca O Antagonista, de Diogo Mainardi e Mario Sabino.
Para Moro, o trecho mais perturbador é a referência à utilização de ‘dissidentes PF’ junto com o trecho “trabalhar para parar/anular” a investigação. “Sem embargo do direito da defesa de questionar juridicamente a investigação ou a persecução penal, a menção a ‘dissidentes PF’ coloca uma sombra sobre o significado da anotação.”, ressalta o juiz.
Uma das anotações encontradas pela PF nos celulares de Marcelo Odebrecht diz ser necessário ter “contato ágil/permanente com o grupo de crise do governo e nós para que informações sejam passadas e ações coordenadas”.
Há ainda entre as anotações algumas que indicam que os executivos da empreiteira presos na Operação Lava-Jato Marcio Faria e Rogério Araújo são orientados para que não “movimentem nada e que serão reembolsados, bem como terão suas famílias asseguradas”. Além disso, Marcelo lembra a necessidade de “higienizar apetrechos” dos dois, o que, segundo a Polícia Federal “traduz a ideia de que os apetrechos (a exemplos de telefones, tabletes, notebooks, pendrives, etc) sejam limpos, impedindo assim que em possível apreensão, tais apetrechos possam conter informações prejudiciais aos supracitados”.
Em outro momento, aparece a possibilidade de incentivar uma “delação premiada” de Rogério Araújo como sendo um plano alternativo (fallback). Segundo a Polícia Federal, “referência a Rogerio Araújo e conta corrente na Suíça é constante, indicando a preocupação de Marcelo com a mesma, como pode ser observado na anotação ‘RA vs cc Sw (direção fluxo? Delação dos envolvidos?)”.
No caso da “declaração premiada” combinada, seria como fazer doações de dinheiro roubado como se fossem legais, uma tática utilizada pelas empreiteiras. ASssim como o dinheiro fica “lavado” pelo TSE, a “delação” seria oficializada pelo Supremo Tribunal Federal.
Como alternativa, o presidente da Odebrecht admite a possibilidade de ter dado dinheiro para caixa 2 de campanha: “Campanha incluindo caixa 2, se houver era soh com MO (a PF acredita ser a MO Consultoria, empresa de fachada de Alberto Youssef), que não aceitava vinculação. PRC (Paulo Roberto Costa) soh se foi rebate de cx2.”
Vários nomes de políticos surgem no decorrer das anotações, inclusive altas cifras para o Vaca, que todos acreditam ser João Vaccari, o tesoureiro do PT já preso.
As anotações de Marcelo Odebrecht são muito detalhadas, o que combina com a descrição de seus carcereiros em Curitiba, que certa vez o definiram como uma pessoa que passa o dia escrevendo, tomando notas. Graças a esse hábito, a Polícia Federal tem em mãos uma coletânea de notas e informações que podem se equivaler a uma delação premiada depois de devidamente decodificada.

fonte: http://cristalvox.com.br/2015/07/22/marcelo-odebrecht-ja-fez-delacao-premiada/

Comissão bolivariana Governista apoiadora de Ditadura Maduro diz em relatório que Venezuela é um paraíso e democracia linda


Requião apresenta relatório sobre a Venezuela e provoca revolta no plenário

Documento atesta que comissão de senadores encontrou no país um clima que “caminha para a normalidade” a poucos meses das eleições


Um dia depois de a Controladoria Geral da República da Venezuela anunciar que a deputada Maria Corina Machado estaria inabilitada politicamente por 12 meses, portanto fora do pleito parlamentar de dezembro próximo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e a senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) apresentaram na quarta-feira à Mesa do Senado um relatório atestando “clima de normalidade” no país.
O documento de 91 páginas é resultado da visita de uma comissão brasileira que se encontrou com representantes do governo Nicolás Maduro e da oposição.
O anúncio revoltou senadores opositores que, semanas antes, ficaram presos no aeroporto e foram impedidos de cumprir a agenda pretendida de reuniões e visita a presos políticos contrários ao governo de Maduro.
Além de Maria Corina, a deputada mais votada da Venezuela, a CGR da Venezuela já inabilitou por um ano o ex-prefeito Daniel Ceballos, que continua preso. A mesma sanção atingiu também Vicenzo Scarano. Os dois eram candidatos nas eleições de dezembro ao Parlamento.
Na sexta-feira o órgão inabilitou também o líder opositor e ex-governador do estado de Zualia, Pablo Pérez, de exercer cargos públicos pelos próximos dez anos. O ex-prefeito de Caracas, Antônio Ledezma e o líder maior da oposição, Leopoldo López, continuam presos e não julgados.

Bate-boca

Ao comunicar ao plenário que estava entregando o relatório da comissão por ele chefiada a Venezuela, o senador Roberto Requião disse que — ao contrário da comissão liderada pelo senador Aécio Neves(PSDB-MG) e pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) — haviam chegado a noite em Caracas e, sem nenhum problema se dirigiram ao hotel, e falaram diretamente com todos os grupos de oposição e do Governo Maduro.
No encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, braço direito de Maduro, Requião contou que, quando falaram das prisões, foram informados que o ex-Presidente Chaves havia anistiado todos os opositores e que eles posteriormente levantaram um movimento que devia ir às ruas e só voltar quando caísse o governo.
O movimento, disse Requião, foi responsável por 43 mortes .
“Voltamos, apresentamos este relatório e podemos, com tranquilidade, dizer que a questão venezuelana deve ser resolvida por eleições. E a Venezuela terá, em janeiro, a possibilidade de um recall, desde que seja requerido pela oposição, que é quando a população vota e, com seu voto, pode derrubar, inclusive, um governo”, disse.
“As prisões foram determinadas pelo Ministério Público ou o equivalente de lá e são tratadas judicialmente. Foi o que nós vimos na Venezuela, sem nenhuma dificuldade de acesso”, relatou Requião.
“Essa Venezuela que Vossa Excelência visitou não é o mesmo País que visitamos”, retrucou o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
No debate, o senador Aloysio Nunes disse que havia, entre as duas comissões que foram a Venezuela, uma diferença de visões sobre a realização das eleições para resolver uma crise política : é preciso que as eleições sejam livres e isso não seria possível com líderes da oposição presos.
Ele disse então que a gravidade da situação era demonstrada pelo caso da inabilitação da deputada María Corina Machado, uma das representantes da oposição que se encontrou com o Senador Requião.
“A deputada foi cassada de uma maneira arbitrária. Em menos de duas horas seu mandato foi cassado, ela foi espancada no plenário da Assembleia Nacional venezuelana, foi espancada lá dentro, e foi expulsa do plenário. É uma das líderes da oposição. Pretendia e pretende participar das eleições”, ponderou Aloysio Nunes.
Também integrante da comissão impedida de sair do Aeroporto de Caracas, o líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), disse que lhe causava estranheza o teor do relatório apresentado por Requião relatando normalidade na Venezuela.
“É com muita tristeza que eu vejo hoje alguns senadores colocarem aqui um relatório de apoio ao que está existindo na Venezuela, de uma maneira desrespeitosa aos senadores que foram lá agredidos, aos senadores que não tiveram como transitar mais do que um quilômetro fora do aeroporto, que ficaram retidos, em um processo de total agressão a todos aqueles que desejavam, sim, cobrar do governo que tivéssemos uma pauta para as eleições, como também que desse condições de dignidade ao Leopoldo López, que a cada momento corria risco de morte com mais de 30 dias em uma greve de fome”, reagiu Caiado.

Democracia e apoio às mulheres

O debate mais acirrado, entretanto, aconteceu entre os senadores da oposição e a senadora Vanessa Grazziottin.
De forma agressiva, ela acusou a primeira comissão oficial do Senado de ter ido a Venezuela de forma desorganizada, sem uma pauta previamente acertada com o governo de Maduro. Embora não tenham podido sair do aeroporto, a pauta da comissão de Aécio , acertada previamente pela embaixada do Brasil na Venezuela, previa os mesmos encontros com a oposição, e visita ao presídio de Ramo Verde, onde está Leopoldo López.
“Nós marcamos agenda, diferentemente da comitiva anterior, que não marcou agenda nenhuma; chegou em outro país e queria ir à prisão visitar alguém, sem sequer pedir permissão”, atacou a senadora do PCdoB.
Aécio então tentou apartear, para protestar: “Mas diga a verdade, Senadora! Diga a verdade!”
“Eu estou falando. Seja educado senador”, retrucou Vanessa.
Ela continuou argumentando que ninguém de qualquer país chega ao Brasil para visitar um prisioneiro sem que antes tenha autorização. Disse que tinham sido convidados por Lilian Tintori a visitar Leopoldo na cadeia, mas não aceitaram porque não era a agenda da comissão na Venezuela.
Momentos depois de pedir agilização na apreciação da PEC que define cota de mulheres na política no Brasil, Vanessa, em seu discurso, justificou a cassação do mandato da deputada Maria Corina na Venezuela.
“Ouvi aqui questionamento da falta de democracia na Venezuela, porque a deputada Corina não vai poder se candidatar às eleições parlamentares de dezembro. Veja, Sr. Presidente, no Brasil, quando algum parlamentar é cassado, ele se torna inelegível por oito anos”, justificou Vanessa.
“Mas ela foi cassada arbitrariamente!”, protestou Aloysio Nunes.
“Eu sou brasileira, senhor Presidente, eu não sou venezuelana! Eu respeito a democracia no país, em qualquer país do mundo e, principalmente, a autonomia e a amizade, a relação amistosa entre os países. Então, veja, aqui no Brasil, quando um Parlamentar é cassado, fica inelegível. Lá não pode; foi cassado, tem que ser candidato na próxima eleição”, satirizou Vanessa.
Aécio então apelou para que , como defensora das mulheres, Vanessa Grazziottin tivesse uma postura diferente em relação a deputada venezuelana impedida de participar das eleições.
“Como é que pode uma Senadora da República vir aqui dizer que isso é normal, assinar um relatório que diz que lá há plena liberdade, defender a cassação arbitrária, injustificável, da parlamentar mais votada da Venezuela? No mínimo, esperava-se aqui uma solidariedade de gênero, se não pode ser política”, criticou Aécio Neves.
Encerrando o bate-boca, o senador Aloysio Nunes discursou dizendo que existem correntes na política brasileira que consideram que a democracia “é um enfeite”, que pode ser descartado em nome de projetos pretensamente maiores, de transformação social. Mas, felizmente, fazem parte de uma pequena minoria.
“Existe essa concepção na política brasileira. E o PCdoB, partido da Senadora Vanessa Grazziotin, é um dos componentes dessa corrente. Um Partido que gosta, por exemplo, da Coreia do Norte, que considera que existe democracia na Venezuela. É uma corrente política que estimula, por exemplo, agressão física a pessoas como a blogueira Yoani Sánchez, que, quando esteve no Brasil para fazer uma palestra lá em São Paulo, foi impedida de falar por militantes do seu Partido, do PCdoB, brucutus, para impedir uma mulher de expor o seu ponto de vista”, contra-atacou Aloysio Nunes.

fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/requiao-apresenta-relatorio-sobre-a-venezuela-e-provoca-revolta-no-plenario-88fikuoq60ngybri0uam6jqz7