OCC - ALERTA BRASIL
Organização que tem como objetivo, educar, prevenir, fiscalizar e informar.
Atualmente a corrupção no país é endêmica, e somente as ações da sociedade para combater esse mal.
Se a palavra “azar” existe no dicionário da política nacional, o Partido dos Trabalhadores transformou-se em catapulta do mau agouro. Essa longeva maré de pouca sorte é fruto de um coquetel administrativo que mescla incompetência contumaz e corrupção desenfreada. Esse binômio desaguou em uma crise múltipla e sem precedentes, na qual a economia e a ética chafurdam ao rés do chão.
Enquanto a presidente Dilma Rousseff, que sofre de autismo político e esquizofrenia administrativa, afirma que a crise atual não passa de um “período de travessia”, os números da recessiva economia apontam na direção contrária.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre encerrado em agosto o desemprego alcançou a marca média de 8,7%, a maior taxa da série histórica iniciada em 2012. No mesmo período de 2014, o índice de desemprego era de 6,9%, ao passo que no intervalo anterior (março a maio) o índice registrou 8,1%. Ou seja, o desemprego avançou, em um ano, 1,8%, o que mostra que inexiste aquela versão tropical e dourada do “País de Alice” vendida aos incautos brasileiros durante a campanha do ano passado.
Com a assustadora recessão que afeta a economia e a inflação, que derrete o poder de compra dos salários, aumentou o número de pessoas que passaram a procurar emprego, como jovens que ao longo dos últimos anos estiveram fora do mercado de trabalho, amparados pela renda familiar.
O calcanhar de Aquiles nesse cenário de caos é que a deterioração da economia, processo que parece não ter fim, o mercado não tem gerado vagas em quantidade suficiente para absorver esse aumento repentino do contingente de trabalhadores.
Apesar das justificativas que surgirão em cena a partir da fala dos palacianos, que terão de cumprir a missão de minimizar a débâcle econômica, há no Brasil 60 milhões de pessoas que não estudam, não trabalham e não procuram emprego. Com esse quadro, nenhuma economia é capaz de retomar a rota do crescimento. Isso é reflexo do assistencialismo burro de um governo populista que apostou no consumismo como forma de alavancar falsamente os índices de aprovação na última década.
O rendimento médio dos trabalhadores no período (junho a agosto) foi de R$ 1.882, com queda de 1,1% em relação ao período anterior. Considerando que o salário mínimo vigente no País é de R$ 788 e que o aluguel de um barraco em qualquer favela das grandes capitais brasileiras não sai por menos de R$ 450, o ganho da extensa maioria dos trabalhadores serve para nada.
Nos tempos de oposição, o PT sempre se valia dos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) para engrossar a gritaria contra os donos do poder de então. O mesmo DIEESE fixa como sendo o mínimo ideal, para agosto, o salário de R$ 3.258,16. Ou seja, no governo do Partido dos Trabalhadores quem mais perdeu foi o trabalhador. Em suma, é cada vez mais verdadeiro entre a “companheirada” o dito popular “faça o que digo, não o que faço”.
= O filósofo Slavoj Zizek [pronúncia jijek], uma das ‘estrelas’ do marxismo atual, que nesta prova, emergiu com um texto propondo um ato de alteridade, comparando a ação do exército americano com o terrorismo do Talibã. Os marxistas que sobram são Slavoj Zizek, Antonio Negri e István Mészáros (excluo Noam Chomsky, cujos livros políticos são apenas propaganda enganosa, sem elaboração intelectual por mais mínima que seja). Nenhum deles suportaria dez minutos de debate com o mais humilde discípulo de Leo Strauss, Eric Voegelin, Thomas Sowell ou Roger Scruton (por isso mesmo têm a prudência de só discutir entre si, guardando distancia dos conservadores). O erro estratégico de pensadores marxistas como Slavoj Žižek está justamente em infantilizar os erros estratégicos cometidos até hoje pelas diversas ideologias políticas socialistas/comunistas/marxistas, tornando assim a própria política uma espécie de perpétuo reductio ad absurdum, onde as respostas para as perguntas basais que fazemos na tentativa de construção de uma sociedade melhor só podem ser óbvias e simplistas, porque aparentemente, assim também o são os erros. NÃO FOI ENGANO NO USO DA ‘TEORIA MARXISTA’ MAS A PRÓPRIA ‘dita-TEORIA’ É UM ENGODO!!!!!!!!! Slavoj Žižek, além de defender Mao (70 milhões de mortos na conta), Fidel, Che e a caterva toda, é um dos poucos socialistas a admitir o óbvio: que o nacional-socialismo é uma forma de, ehrr, socialismo, e que, portanto o problema de Adolf Hitler foi não ter sido “suficientemente violento”: foi só contra os judeus, quando deveria ter mirado em todo o sistema capitalista. CONCLUINDO Como muitos ídolos pop, Zizek sabe colocar diante de si uma imensa máquina de promoção que coloca em segundo plano o que deveria ser o centro de seu espetáculo: suas intervenções são infelizmente cada vez mais previsíveis, quando não superficiais (em seu livro, há pouca ou nenhuma novidade que ajude a compreender e enfrentar uma a crise similar a de 2008).
Segundo O Antagonista, oito manifestantes se algemaram a uma pilastra no Congresso com a promessa de só sair de lá após o acolhimento do pedido de impeachment de Dilma por parte de Eduardo Cunha. Ou “até aguentarem fisicamente”, segundo próprio site da Câmara. Os militantes pertencem à Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, que representa 42 grupos defensores da queda de Dilma.
Como Cunha não tem pressa, eles devem sair de lá ainda com Dilma na presidência. Mas valeu a tentativa.
O cerco aos familiares de Luiz Inácio Lula da Silva, para desestabilizá-lo emocionalmente e induzi-lo a cometer erros que baixem a milagrosa blindagem, está apenas começando. Há séculos que, nos bastidores da comunidade de informações brasileira, se comenta que a Inteligência da Receita Federal tinha um mapeamento completo sobre a evolução patrimonial de parentes e amigos próximos do Presidentro. Por que só agora o tal "rigor seletivo" atinge a turma do $talinácio que se transforma em alvo de ataques virulentos desferidos por certos segmentos da mídia amestrada que, até outro dia, eram aliadíssimas dele?
Não há dúvidas de que o bombardeio contra Lula vem de fora para dentro do Brasil. As principais informações usadas para atingir seus familiares vêm de sofisticadas empresas de inteligência estrangeiras - que apenas utilizam seus tentáculos na máquina gestapiana estatal tupiniquim. Até outro dia considerado um dos sujeitos com maior arsenal de informações contra inimigos e adversários, agora Lula começa a provar do veneno que tanto curtiu. Politicamente, pode até ainda ter salvação, porque uma parcela do eleitorado ainda o tem como herói. Moralmente, Lula já era - embora a máquina de trituração não tenha demonstrado a completa coragem para atacá-lo de frente, com provas objetivas e concretas.
Trata-se de um jogo de covardia. Ontem Lula era caçador. Agora, virou caça. O rigor seletivo obedece àquela cínica máxima segundo a qual "pau que dá em "Chico também dá em Francisco". Por isso, não é surpresa alguma que a Receita Federal tenha enviado à Justiça Federal um relatório (vazado pela Folha de São Paulo), sugerindo a quebra do sigilo fiscal e bancário do Luis Cláudio da Silva, um dos filhos de Lula. Já é previsível que novas denúncias também atinjam outro filho de Lula: Fábio Luiz da Silva - "fenômeno" que odeia ser chamado de "Lulinha" pela imprensa. A nora de Lula já teve o nome citado pelo delator premiado Fernando Baiano, na Lava Jato... E por aí vai...
No Brasil da impunidade, uma denúncia de novo escândalo vai superando a outra. O problema é que muitos acabam denunciados, alguns processados e muito poucos efetivamente condenados - e, quando o pior acontece, ainda conseguem, depressinha, infindáveis recursos judiciais para não ficarem presos. Mais grave ainda: não se mexe na estrutura que é a fonte originária de tanta corrupção. Assim, tudo a que assistimos agora é um mero espetáculo de enxugamento de gelo. Os poderosos do governo do crime organizado continuam na deles, com todo o poder econômico. Apenas andam mais tensos e incomodados com o cerco da Polícia, da Receita e do Ministério Público.
Lula começa a sofrer a destruição da imagem heróica que construiu. Os efeitos finais dos danos causados ainda não são totalmente previsíveis. A blindagem pessoal dele continua forte. Mas tudo em torno dele começa a ser desmantelado, desde o partido até aos negócios dos amigos e familiares. A grande pergunta é: até onde irá o cerco a Luiz Inácio Lula da Silva?
Ricardo Noblat é um dos mais bem informados jornalistas que cobrem os bastidores políticos no país. Eleitor de Lula e Dilma em eleições anteriores, um de seus filhos é filiado ao PT. Noblat também foi um dos primeiros jornalistas a ter um blog de política no país e é, desde então, um dos mais importantes.
Em uma nota publicada hoje, o jornalista trouxe duas informações curiosas. Leiam os trechos destacados:
Entre petistas de alto calibre e ministros do governo, circula a informação extraída de umapesquisa de opinião pública mantida sob segredo onde ficou comprovado: a maioria dos brasileiros não reagiria negativamente a uma eventual prisão de Lula por conta das investigações da Lava-Jato.
É isso o que tem aumentado o nervosismo de Lula. Ele está com medo até de dormir em casa.
Já há gente pagando pesquisas para saber qual será o tamanho do impacto de uma prisão de Lula. E Lula está realmente com medo de ser preso.
A quarta-feira (28/10) foi mais um capítulo triste da degradação moral brasileira. Mais uma manifestação troglodita dos bárbaros que hoje ditam os rumos da nação. Mais um sintoma da envergadura da doença de que padecemos. E, sobretudo, mais uma amostra da cegueira decidida e voluntária da nossa grande imprensa.
Com o desprezo de praticamente todos os grandes veículos, representantes dos movimentos populares que convocaram as manifestações de rua, em especial o Movimento Brasil Livre, estão acampados em número considerável – que esperam aumentar ainda mais – em frente ao Congresso nacional, em novo gesto simbólico pressionando pelo impeachment da presidente Dilma. Depois de uma manifestação mais calorosa de alguns desses jovens, o deputado Sibá Machado, líder do PT, soltou mais uma de suas pérolas estúpidas. Ameaçou os rapazes do MBL e disse que iria “para o pau” com eles, com toda a elegância e finesse que lhe são características.
Dir-se-ia que ele se expressou em linguagem figurada. É claro que não quis dizer isso! Assim como Lula não quis dizer, ao conclamar o “exército de Stédile” a confrontar os adversários do governo, que, ora bolas, estava conclamando o “exército de Stédile” a confrontar os adversários do governo (!!). Assim como Mônica Iozzi, apresentadora da Rede Globo, não quis dizer o que disse ao publicar nas redes sociais que rezaria para que uma bala perdida atingisse Eduardo Cunha. Assim como Mauro Iasi, com sua citação de Brecht, não quis incitar ao “fuzilamento” e à violência contra a “direita”. Eles nunca querem dizer o que efetivamente dizem. Quando um Jair Bolsonaro ou uma Rachel Sheherazade dizem alguma coisa que contraria o politicamente correto, porém, então de imediato se põe em suas bocas o que eles não disseram com uma facilidade tremenda! Haverá cura para essa esquizofrenia?
É uma excelente notícia que o Senado tenha retirado, da proposta de tipificação de crime de terrorismo, uma emenda petista que ressaltava que “movimentos sociais” estariam fora da categoria. Seria infame. MST e MTST são essencialmente grupos terroristas, trogloditas boçais, incompatíveis com a civilização e com a ordem liberal-democrática, e o que aconteceu ontem foi prova contundente disso. São, em outras palavras, bandidos. Protegidos sob a máscara da luta pelos trabalhadores, infernizam e prejudicam as vidas dos cidadãos de bem – como a comunidade de Quedas do Iguaçu, sobre a qual já escrevemos noutra oportunidade, e cujos moradores, esta semana, protestaram nas ruas contra as invasões do MST às terras da Araupel, empresa que é o coração econômico da região. Até quando uma parcela da sociedade assistirá a tudo isso aplaudindo esses grupelhos pelo seu “simbolismo social”? Até quando posarão de heróis enquanto semeiam a intranquilidade e o terror?
Urge que paremos de tergiversar e apresentemos as coisas pelos nomes que elas têm! Segundo Reinaldo Azevedo, colunista de Veja, assessores de Jean Wyllys (PSOL) e Jandira Feghalli (PCdoB) também estavam entre os homens das cavernas que levaram a cabo essa abominação. Esses pequenos partidos de esquerda, ainda que não confessadamente, junto a esses “movimentos sociais”, configuram instrumentos auxiliares do projeto geral do lulopetismo. Em realidade, todas as peças da engrenagem política brasileira têm sua parcela de culpa pela manutenção do sistema sórdido em curso; os partidos fisiológicos que parasitaram o esquema, embora não sem tensões com a legenda central, também têm. A oposição partidária, a seu modo, por sua conivência e incompetência, também. Entretanto, o mais vergonhoso instrumento auxiliar, aquele de quem não podemos mais deixar de falar, aquele para quem devemos apontar o dedo com cada vez mais ênfase, é mesmo o setor da imprensa.
Na sociedade moderna, é sobretudo na intelectualidade universitária, nos meios de difusão artística e na mídia que se formam os pensares, os consensos, mesmo as perigosas “unanimidades” do cotidiano. É aí que as armadilhas autoritárias e pretensamente totalitárias do politicamente correto se vendem e anestesiam as divergências. O que a grande imprensa brasileira tem feito, porém, com exceção honrosa de algumas revistas como Veja e Época, seja qual for a razão – provavelmente econômica, diante da sua dependência das verbas estatais -, é absurdamente revoltante. Com formação em Jornalismo, eu fico muito envergonhado!
Pedidos de impeachment, acampamento anti-governo no Congresso, agressão bolivariana contra o MBL… Voltando um pouco mais no tempo, as agressões bolivarianas diretamente na Venezuela, contra senadores de oposição brasileiros! Das primeiras pautas, algumas foram alvo de pequenos comentários, outras de notinhas. Outras, simplesmente não foram mencionadas. O que aconteceu ontem não existiu. Quanto às agressões na Venezuela, que deveriam ser encaradas como um gravíssimo incidente diplomático, a ser divulgado constantemente até surtir efeitos práticos, foram comentadas brevemente e depois esquecidas. Se você é uma pessoa menos esclarecida, com menos instrução, que não acessa a Internet e não lê portais alternativos, tendo os telejornais brasileiros como únicas fontes de informação – especialmente o pomposo Jornal Nacional, da Rede Globo –, terá provavelmente a certeza absoluta de que o maior problema do Brasil, não só atual, mas de todos os tempos, chama-se Eduardo Cunha! O fato de o presidente da Câmara ser apontado como apenas uma medíocre célula em um esquema gigante, montado sabemos bem o porquê e favorecendo a quem, passa convenientemente despercebido. São minutos e minutos dos telejornais mostrando como Cunha é um mafioso de cinema, enquanto, se muito, ridículos segundos são destinados às investigações, por exemplo, sobre a família Lula da Silva, e a compra de medidas provisórias em seu governo.
O silêncio da imprensa cobrará seu preço. Não somos uma Venezuela chavista, não me canso de dizer; não por soberba, que não queria jamais ver aquele país vizinho naquela situação, mas porque realmente ainda não chegamos àquele ponto. Não, é certo, por falta de vontade de quem nos governa. O que vimos ontem foi a face mais crua do desejo de venezuelanização do Brasil; sem as milícias armadas do chavismo, os bolivarianos tupiniquins têm nos “Movimentos dos Sem qualquer coisa” os seus trogloditas particulares. Se eles atingirem seus objetivos e nos condenarem à longeva mediocridade, essa imprensa omissa será responsável direta, e não será poupada das consequências. Hoje, ela está colaborando com aqueles que pretendem censurá-la, e com isso ajuda a amesquinhar ainda mais a nossa já combalida democracia.
Jornalista, graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela UFRJ, colunista e assessor de imprensa do Instituto Liberal. Estagiou por dois anos na assessoria de imprensa da AGETRANSP-RJ. Sambista, escreveu sobre o Carnaval carioca para uma revista de cultura e entretenimento. Participante convidado ocasional de programas na Rádio Rio de Janeiro.
SIBÁ TEM QUE SER CASSADO E PUNIDO CRIMINALMENTE!!"
A MÍDIA MENTE!!
Folha e O Globo manipulam manchetes sobre agressão ao MBL
O Movimento Brasil Livre foi covardemente agredido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, logo após o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, ameaçar fisicamente os manifestantes e o deputado do PSOL Jean Wyllys arregimentar gente para tumultuar o acampamento pacífico do MBL.
Os vídeos e as imagens não deixam dúvida quanto à isso. Leia aqui.
Agora, confira a chamada na home da Folha:
É uma mentira deslavada, porca e abjeta! O MBL estava acampado, não o MTST. O PT e o PSOL convocaram seus bate-paus para INVADIR o acampamento favorável ao impeachment. Existe espaço em Brasília (e no próprio gramado do Congresso) para todos. O MTST partiu para cima do MBL! O MTST agrediu covardemente o MBL, não o contrário!
QUEM BRIGOU OU DISCUTIRAM????
HOUVE AGRESSÃO DO MTST AOS DEFENSORES DO IMPEACHMENT.
CRIME PRATICADO POR GUILHERME BOULOS E SIBÁ MACHADO,
QUE DEVE SER CASSADO POR FALTA DE DECORO!!
A Folha de São Paulo e O Globo são os dois jornais brasileiros que estão fazendo a cobertura mais mentirosa e tendenciosa das manifestações pró-impeachment.
Não vamos deixar de nos manifestar!
“Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.”Abraham Lincoln
Veja os vídeos das agressões ao MBL clicando na imagem abaixo:
Os funcionários da Câmara dos Vereadores de São Paulo que saíram para almoçar nesta terça-feira encontraram os portões do prédio, situado no Viaduto Jacareí, cheios de cabides pendurados. Um total de 660 cabides, se formos exatos. “Estamos sendo assaltados!”, gritava uma manifestante em um megafone. “Os vereadores de São Paulo estão contratando 12 pessoas para seus gabinetes. Estão colocando cabos eleitorais em seus gabinetes”.
A tentativa de cabidaço, o protesto dos pouco mais de dez manifestantes que compareceram ao local, cobrava da Câmara dos Vereadores uma explicação pela assinatura de uma lei que amplia de 17 para 29 o número de assessores por gabinete. Somados ao chefe de gabinete, cada um dos 55 vereadores poderão ampliar a equipe a um total de 30 assistentes. Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais, a lei levantou suspeita de ativistas, que julgam que os vereadores estão fazendo a Câmara de cabide de emprego. “Parece que isso é cargo para acomodar cabo eleitoral”, disse Ricardo Costa, porta-voz do movimento Vem Pra Rua, que organizava a manifestação desta terça. Já a ONG Minha Sampa entrou com uma ação civil pública questionando a nova lei, além de mover uma denúncia no Ministério Público, que contou com mais de 700 assinaturas.
“Os gabinetes, fisicamente, nem comportam tanta gente assim”, afirmou Coelho, da Minha Sampa. Na manifestação, cada vereador ganhou 12 cabides com bonequinhos de papel pendurados, ao lado de uma carta pedindo para que eles não contratassem mais assessores.
O controverso projeto de lei chegou ao plenário no dia 23 de junho, assinado pela mesa diretora da Casa e com o apoio de quase todos os líderes de partidos. Foi aprovada em primeira discussão dois dias depois. No dia 30 de junho, passou por segunda votação e teve apenas sete votos contra, dos vereadores Andrea Matarazzo (PSDB), Mario Covas Neto (PSDB), Gilberto Natalini (PV), Patrícia Bezerra (PSDB), Ricardo Young (PPS), Toninho Vespoli (PSOL) e Salomão Pereira (PSDB). No dia 09 de julho, feriado em todo o Estado de São Paulo, a lei foi promulgada.
A última mudança na regra havia acontecido em 2003. A nova lei usa o argumento de que a população da cidade aumentou e que é preciso atualizar a estrutura dos gabinetes para melhor atender à população. No Censo do ano 2000, realizado pelo IBGE, São Paulo tinha 10,4 milhões de habitantes. No ano passado, esse número pulou para 11,9 milhões, um aumento de 14,4%. Já o percentual de assessores da Câmara subiu 71% de 2003 para hoje.
Desde o começo dos debates, os vereadores se defendiam dizendo que a verba destinada ao pagamento dos assessores não mudaria: continuaria sendo de 130.000 mensais por gabinete. Por meio de sua assessoria de imprensa, a vereadora Juliana Cardozo, líder do PT na Câmara, disse que “votou a favor porque a massa salarial não será alterada”. O que não entrava na conta dos parlamentares eram os benefícios que cada um desses 660 novos funcionários receberiam, onerando o caixa da Câmara. Entre vale transporte, vale alimentação e seguro saúde, por exemplo, Guilherme Coelho, da ONG Minha Sampa, acredita que seriam gastos 7,5 milhões de reais a mais por ano.
Com a pressão, os vereadores recuaram. A mesa diretora aprovou, ainda nesta terça-feira, um ato determinando que, além dos salários, os custos com fornecimento de vale-refeição e vale transporte aos novos funcionários serão abatidos da verba mensal de 130.000. De acordo com a assessoria de imprensa da presidência da Câmara, o ato foi aprovado "para ficar claro que não haverá qualquer aumento de despesas com a elevação do número de servidores". O ato será publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial.
O Ministério Público ainda não se manifestou sobre o caso, a cargo do promotor Silvio Antônio Marques. A assessoria de imprensa da promotoria afirmou que não há data para que o inquérito seja instaurado e que Marques só falará com a imprensa após a instauração do inquérito.
Os seguintes vereadores foram procurados pela reportagem e não responderam às solicitações de entrevista: o presidente da Câmara, Antônio Donato (PT), Nelo Rodolfo (líder do PMDB), Milton Leite (líder do bloco DEM / PR, que estava de licença) e Eliseu Gabriel (líder do PSB).