quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

GRAVÍSSIMO E INACREDITÁVEL – MINISTRO TOFFOLI COLOCA STF SOB SUSPEITA! INEVITÁVEL O PROCESSO DE IMPEACHMENT

E ESTES JULGAM A QUADRILHA INSTALADA NO GOVERNO QUE QUER NOS DAR UM GOLPE DE ESTADO E QUE INSTITUCIONALIZOU A CORRUPÇÃO COMO MEIO PARA ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS. 
PODEMOS CONFIAR NO STF, NASCIDO DENTRO DOS PARTIDOS GOLPISTAS????



Lava Jato: STF pede a Janot parecer sobre laços de Toffoli com empreiteiro
Teori Zavascki envia ao procurador-geral da República relatório da PF com mensagens que mostram proximidade de ministro do Supremo com réu da OAS
Por: Rodrigo Rangel
O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário, presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras(Beto Barata / Folhapress/Estadão Conteúdo)
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o relatório da Polícia Federal com mensagens telefônicas que mostram a proximidade dos ministros Dias Toffoli, do STF, e Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e réu do petrolão. Léo Pinheiro estava preso até a semana retrasada. Foi solto por uma decisão apertada da 2ª Turma do STF – e, para isso, contou com o voto decisivo do amigo Dias Toffoli. De acordo com a Procuradoria Geral da República, Janot vai decidir até a semana que vem quais providências vai adotar no caso.
Reveladas por VEJA, as mensagens descobertas pela Polícia Federal nos telefones celulares de Léo Pinheiro mostram que o empreiteiro frequentava a residência de Dias Toffoli. Léo Pinheiro era convidado para as festas de aniversário de Toffoli, e aparece pedindo a um funcionário que providenciasse um presente para o ministro. As mensagens também citam uma reunião entre Pinheiro e Toffoli em 2013. Apesar da proximidade com o réu, Dias Toffoli não viu nenhum problema em participar do julgamento que o libertou.
Os arquivos coletados nos celulares de Léo Pinheiro foram reunidos em um relatório de 26 páginas, enviado sob sigilo a Teori Zavascki. Na semana retrasada, Zavascki encaminhou o documento para que Rodrigo Janot se manifeste sobre as providências a serem adotadas tanto em relação a Dias Toffoli quanto a Benedito Gonçalves.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Procuradoria Geral, Janot está analisando o material. “A resposta deve ser encaminhada ao STF em até 15 dias”, informou a Procuradoria-Geral da República em nota na semana passada. O procurador-geral pode, por exemplo, questionar a participação de Dias Toffoli nos julgamentos relacionados à Lava Jato. Também cabe a ele solicitar a abertura de investigação sobre as relações tanto de Toffoli quanto de Benedito Gonçalves com o ex-presidente da OAS. Outra opção de Janot é engavetar o relatório: ele pode simplesmente propor o arquivamento do material.
No caso de Benedito Gonçalves, Janot pode sugerir a remessa do material ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro do STJ trocava mensagens diretamente com Léo Pinheiro e costumava pedir favores diversos, inclusive para parentes. Benedito estava em campanha para ocupar a vaga deixada por Joaquim Barbosa no STF e, para realizar o que chama de “projeto pessoal”, chegou a pedir a “ajuda valiosa” do empreiteiro, amigo do peito de Lula. Gonçalves era um dos preferidos do ex-presidente para o posto.

A VEJA, Dias Toffoli afirmou por meio de nota que conhece Léo Pinheiro, mas que “não tem relação de intimidade e não se recorda de ter recebido presente institucional dele ou da empresa OAS”. O ministro não respondeu à pergunta sobre as visitas do empreiteiro a sua residência. Benedito Gonçalves, por sua vez, não se pronunciou.
fonte: http://cristalvox.com.br/2015/05/11/gravissimo-e-inacreditavel-ministro-toffoli-coloca-stf-sob-suspeita-inevitavel-o-processo-de-empeachment/




A Petrobras cria jeitinhos para socorrer o caixa de empresas do petrolão

A Petrobras anunciou que não contrataria empreiteiras,envolvidas pela Lava Jato – mas deu um jeitinho de socorrê-las
SAMANTHA LIMA E HUDSON CORRÊA

27/11/2015 - 22h16 - Atualizado 27/11/2015 22h16


No final do ano passado, diante da enormidade de irregularidades descobertas pela Operação Lava Jato, a Petrobras foi obrigada a tomar uma atitude tão drástica quanto indesejada por sua diretoria. Anunciou que as 23 empresas envolvidas no petrolão iriam para a geladeira, seriam proibidas de participar de licitações da estatal – antes não só participavam, como a vitória era certa – ou de ser contratadas. “A adoção de medidas cautelares, em caráter preventivo, pela Petrobras tem por finalidade resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos a sua imagem”, disse a estatal na ocasião. A promessa ficou no vazio. Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que a Petrobras ainda vai
irrigar os caixas de empresas envolvidas até o pescoço no petrolão.

A operação de ajuda às empreiteiras começou em maio e avançou. Apesar dos alertas de seu Departamento Jurídico, a Petrobras criou um subterfúgio chamado de “conta vinculada”, para irrigar com até US$ 1 bilhão o caixa dos estaleiros controlados por OdebrechtOAS,UTC e Engevix. As quatro primeiras são sócias no estaleiro Enseada e a última no Ecovix, contratados para construir dez cascos, como são chamados navios reformados e convertidos em plataformas de petróleo para operar no pré-sal a partir de 2020.




NEM AÍ
A plataforma P-74 e trecho de documento da Petrobras. O Jurídico da empresa não recomendou a contratação de empresas envolvidas em “atos ilícitos” (Foto: Reprodução)
A tal conta vinculada é uma via rápida e camarada a injetar dinheiro público direto na veia das empreiteiras com caixa baixo. As empreiteiras recebem logo depois de apresentarem à Petrobras as notas que comprovem seus gastos nas obras. Para ajudar um pouco mais, ao contrário do usual em contratos assim, não há um item que condicione os pagamentos à comprovação de que os serviços foram feitos. 

O Departamento Jurídico alertou a diretoria sobre uma série de riscos para a Petrobras no negócio. O primeiro, óbvio, porque o acerto facilita a vida de empresas cujos controladores estão envolvidos na Lava Jato. “Não se pode ignorar o envolvimento das empresas controladoras das Contratadas nos atos ilícitos hoje investigados no âmbito da Operação Lava Jato”, diz um dos trechos do relatório do Departamento Jurídico da estatal, enviado à diretoria. Não é preciso pensar muito. Executivos da Odebrecht, UTC e Engevix são réus na Lava Jato. Gerson Almada, ex-vice-presidente da Engevix, reconheceu que pagou propina justamente nos contratos dos cascos.Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba; Ricardo Pessôa, da UTC, tornou-se delator e admitiu uma série de crimes que lesaram a Petrobras. Os estaleiros Enseada e Ecovix foram citados pelo delatorPedro Barusco em episódios ainda sob investigação.

AJUDA
Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba. A empresa que preside, a Odebrecht, continua a receber dinheiro da Petrobras (Foto: Paulo Lisboa/Folhapres)

O Departamento Jurídico da Petrobras lembrou ainda que, em recente decisão, o juiz Sergio Moro recomendou a não assinatura de novos instrumentos com as empresas denunciadas na Lava Jato. Existem ainda riscos de a estatal enfrentar questionamentos trabalhistas, bloqueio de valores e dos cascos, em caso de recuperação judicial dos estaleiros, e possibilidade de o dinheiro acabar antes de os cascos ficarem prontos, já que as empresas enfrentam dificuldades financeiras. “O Jeng (Departamento Jurídico da Engenharia) sugeriu fortemente que fossem realizadas due diligences (auditorias) prévias à celebração dos aditivos em ambas as Contratadas, visando aferir sua saúde financeira (...). A sugestão não foi acatada, sob o argumento de que não haveria tempo hábil para tanto, e que tais auditorias seriam feitas após o início de vigência dos aditivos”, diz o texto. “A implementação da estratégia pretendida, em contrato que originalmente previa o pagamento com base em critério de medição específico, gera risco de eventual questionamento relacionado à criação de um mecanismo de favorecimento para a Contratada.”

A conta vinculada foi aprovada sob o velho argumento da urgência, que já impulsionou diversos negócios ruins para estatais e os cofres públicos. Em crise financeira por causa da Lava Jato e da demora da Petrobras em fazer pagamentos, os estaleiros adiaram a previsão de entrega dos cascos em mais de um ano. Sob a alegação de que a demora causaria atrasos no cronograma do pré-sal, a diretoria da Petrobras decidiu ajudar as velhas parceiras. Houve ainda um apelo para a necessidade de, por meio da produção maior de petróleo, “viabilizar o equilíbrio das contas da companhia e auxiliar na recuperação” da saúde financeira da Petrobras.
>> Ruth de Aquino: O PT contaminado

Como era previsto, pouco depois de receber o benefício o estaleiro Enseada reconheceu que o dinheiro a ser liberado pela Petrobras não seria suficiente para concluir as obras nos cascos. Pediu mais R$ 60 milhões, adiantados, e deu, como garantia, valores que sua controladora, a Odebrecht, tem a receber da própria Petrobras. A estatal chegou a estudar um caminho para liberar o dinheiro, mas desistiu. Procurado por ÉPOCA, o estaleiro Enseada afirma que adotou “o sistema de conta reembolso no qual a empresa paga ao fornecedor e a Petrobras reembolsa, não havendo necessidade de adiantamento”. A empresa diz que, “por limitação contratual, está impossibilitada de fornecer mais detalhes do contrato”. A Ecovix preferiu não se manifestar.

A Petrobras afirma, em nota, ter instituído as contas vinculadas para “otimizar o saldo contratual buscando melhor resultado possível”. A estatal alega que as decisões tiveram como base “análises técnicas”, com objetivo de manter “projetos de acordo com o plano de negócio”.

fonte: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/petrobras-cria-jeitinhos-para-socorrer-o-caixa-de-empresas-do-petrolao.html

É impeachment, mas poderia ser justa causa por Maria Helena

Os trabalhadores e trabalhadoras precisam cumprir seus deveres para que possam fazer jus a seus direitos. O fiel da balança sempre são os deveres, já que muitos empregadores possuem olhos menos afiados para os direitos de seus empregados.

                                                             Foto: Joedson Alves/Reuters
Que tal pensar no impeachment como uma questão trabalhista e não política, só por um instante?
Muita gente tem discutido que a “incompetência” de um ou uma Presidente da República não pode ser combatida com impeachment, mas sim com pressão para que a gestão seja mais eficiente. Mas no caso de Dilma alguns juristas, principalmente os que assinaram o pedido de impugnação do mandato, identificaram causas que vão além da incompetência para que ela fosse “dispensada”.
A Presidente Dilma Rousseff trabalha representando todos os brasileiros. Ela está cumprindo com seus deveres para fazer jus a seus direitos (e regalias) e justificar a confiança colocada nela pela sociedade que a elegeu (a empregou)?
Se estivéssemos falando não de uma presidente e um país, mas sim de uma trabalhadora em regime de CLT e uma empresa, estamos diante de uma dispensa por justa causa. É óbvio que a “dispensa“ no impeachment é baseada em um processo mais longo e desgastante para comprovar a falta grave, mas seria um motivo para que o vínculo empregatício fosse encerrado motivadamente e - caso estivéssemos realmente falando de uma relação empregatícia - haveria uma influência marcante nas verbas rescisórias.
O artigo 482 da CLT lista as situações que podem gerar uma justa causa:
  1. Ato de improbidade;
  2. Incontinência de conduta ou mau procedimento;
  3. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
  4. Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
  5. Desídia no desempenho das respectivas funções;
  6. Embriaguez habitual ou em serviço;
  7. Violação de segredo da empresa;
  8. Ato de indisciplina ou de insubordinação;
  9. Abandono de emprego;
  10. Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
  11. Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
  12. Prática constante de jogos de azar.
O primeiro item da lista é o que mais se aproxima do que Dilma Rousseff tem sido acusada e, inclusive, está entre os crimes de responsabilidade que ensejam impeachment, na lei 1.079 de 1950.
O crime de responsabilidade em questão foi o desrespeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias no ano de 2014, já que a presidente falhou em observar os limites estabelecidos para que o governo federal pudesse gastar.
É como se, numa rede varejista, ela tivesse gasto todo o orçamento previsto pela loja para a aquisição de um determinado estoque e ainda tivesse contraído dívidas contra a vontade e as orientações do patrão. Como você lidaria com uma trabalhadora que tivesse tal postura?

Dispensa por justa causa por ato de improbidade

No caso da Lei do Impeachment é muito fácil identificar esses atos, já que eles estão expressamente listados art.  da lei 1.079 de 1950.
Na seara trabalhista, no entanto, improbidade é todo ato que vá de encontro à lei, à moral ou aos bons costumes (sentido subjetivista) e que interfira diretamente sobre o patrimônio da empresa ou de terceiros (sentido objetivista). No nosso exemplo, ainda que tenha adquirido o estoque para o estabelecimento empregador a trabalhadora violou diretamente as restrições orçamentárias impostas, causando prejuízo para a empresa. É possível sua dispensa por justa causa.
Portanto, podemos dizer que pratica ato de improbidade o trabalhador que vise se apropriar indevidamente de algo de outrem, sobretudo de seu patrão, seja mediante uso de violência (roubo), subrepticiamente (furto), através de fraude, estelionato, extorsão, etc, desgastando definitivamente a mínima confiança que era nele depositada.
Bem, tanto quando se fala em Direito do Trabalho, quanto em Direito Constitucional podemos pensar em faltas graves que ensejam consequências drásticas como elementos que podem gerar esse tipo de dispensa. Bem que o impeachment de Dilma poderia ser uma dispensa por justa causa com um processo muito menos complicado, não é mesmo? Mas não é.
Bem, tanto quando se fala em Direito do Trabalho, quanto em Direito Constitucional podemos pensar em faltas graves que ensejam consequências drásticas. Bem que o impeachment de Dilma poderia ser uma dispensa por justa causa com um processo muito menos complicado, não é mesmo? Mas não é.

E quando a dispensa por justa causa é indevida?

É importante lembrar que toda e qualquer justa causa atribuída ao empregado exige prova contundente, robusta, isto é: que seja capaz de afastar qualquer dúvida a respeito do ato faltoso, bem como da sua autoria. Sem esses elementos a justa causa não pode ser caracterizada.
O Impeachment, na prática, é um caminho sem volta, já a dispensa justa causa do seu cliente não. Quando a demissão por justa causa é imotivada é fácil revertê-la exigindo o pagamento das verbas rescisórias e reparação por danos morais.

A maioria dos acervos de petições trabalhistas disponíveis na internet possuem petições para estes casos. Recentemente adquiri um acervo de Petições Iniciais de altíssima qualidade, atualizadas e agrupadas por casos práticos. Ganhamos maior agilidade e eficiência em nossos processos trabalhistas. Se você quiser aproveitar a dica, clique aqui.


fonte: http://mariahs.jusbrasil.com.br/artigos/265382195/e-impeachment-mas-poderia-ser-justa-causa?utm_campaign=newsletter-daily_20151209_2430&utm_medium=email&utm_source=newsletter










República Velhaca (1985-2015): crescimento material e decadência por Luiz Flávio Gomes

por Luiz Flávio Gomes

Por tudo que já ficou comprovado até aqui, a Lava Jato, o processo de impeachment de Dilma assim como o processo de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha são marcos mais que suficientes para se decretar o encerramento de mais um ciclo na História do Brasil, que deveria ser chamado de República Velhaca (1985-2015).
A República Velhaca, que é sucessora de uma ditadura civil-militar (1964-1985), de uma República populista (1946-1964), de uma ditadura varguista (1930-1945) e de uma República Velha oligarquizada (1889-1930), possui, dentre tantas outras, quatro características marcantes:
(a) o incremento da cleptocracia (governo de ladrões), que ganhou colorido especial com o ingresso do lulopetismo como sócio do clube mafioso da clássica corrupção praticadas pelas oligarquias dominantes (bem posicionadas dentro do Estado)
(b) paradoxalmente, a eclosão de uma Justiça criminal que começou a exercer com independência frente ao governo central um controle mais efetivo de alguns dos membros desse clube mafioso cleptocrata formado por oligarcas governante
(c) o povo em geral, particularmente depois do Plano Real (1994) e do lulopetismo (2003-2015), melhorou sua qualidade de vida (aos trancos e barrancos, houve melhora material; cada nova geração conseguiu, apesar de tudo, melhorares condições de vida que a anterior)
(d) o agravamento das divisões classistas, partidaristas, gremiais, setoriais, corporativas, sindicalistas, eleitorais...
Um aglomerado de gente, falando a mesma língua dentro de um mesmo território, comandado por um governo central cada vez mais centralizador, não significa necessariamente uma nação uniforme. O Brasil, que nunca se destacou por uma intangível coesão do seu tecido social (em virtude, particularmente, da visão matricial fundada numa realidade existencial racista, que tem o poder de veto em relação à distribuição mais equitativa e universal dos capitais econômicos, culturais e sociais), foi se tornando cada vez mais irreconhecível (invertebrado) como nação unificada (em torno de projetos comuns), sobretudo depois do advento da redemocratização (ou seja: da República Velhaca), que tem como protagonistas os governos de Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma (os dois últimos estão amalgamados pelo lulopetismo).
Para além dos aspectos positivos (a) do princípio de controle da cleptocracia oligárquica e (b) da melhora das condições materiais de vida da maioria do povo brasileiro (a mortalidade infantil caiu, o analfabetismo diminuiu, a escolaridade média aumentou, o número de universitários cresceu, a expectativa de vida aumentou, a renda per capita melhorou etc.), que está correndo sério risco de degradação, o que se vê é o império da desintegração, da degeneração, da dispersão e da decadência (nos campos da política, da governança, das ciências, da pesquisa, da infraestrutura, da economia, da sociologia, da tecnologia, da segurança pública, da qualidade do ensino, da mobilidade urbana etc.). A crise é mundial, mas nós estamos fazendo tudo que é necessário para agravá-la ainda mais.
A conturbada escolha dos 65 membros da Comissão Especial encarregada de analisar o pedido de impeachment de Dilma constitui um exuberante exemplo da completa degeneração do sistema político.
A governabilidade (em toda República Velhaca – 1985-2015) desenvolve-se pelo método do “presidencialismo de coalização”, que nada mais é que uma governança fisiológica (toma lá dá ca), constituída, em primeiro lugar, por um superbloco de partidos (da base aliada). Desde 1980 essa base do governo teve como eixo o PMDB, que muito contribuiu para se impor ao País um sistema político degenerado que lembra mais um balcão de negócios que uma instituição que assegure a prosperidade da nação (Marcos Nobre deu a isso o nome de “pemedebismo”, que vai muito além do próprio do PMDB[1]).
O exagero fisiológico (toma lá dá ca) não reside apenas na quantidade de partidos que possuímos (35), senão também na infinitude dos blocos existentes dentro de cada partido, das bancadas suprapartidárias (da bola, da bala, da bíblia, dos bancos, das mineradoras, das empreiteiras etc.) assim como nas reivindicações individuais de cada parlamentar.
O Brasil, neste momento, encontra-se ingovernável. Cada um pensa em si e poucos ou ninguém está cuidando do todo. O risco de perda das conquistas materiais dos últimos 30 anos é real. Seja quem for o Presidente da República nos próximos 3 ou 4 anos, tornou-se praticamente impossível gerenciar o País. Dias melhores virão certamente, mas somente depois da faxina geral que a Lava Jato vai fazer no Estado e no mercado brasileiros (ambos profundamente corruptos).

[1]NOBRE, Marcos. Imobilismo em movimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 13 e ss.

fonte: http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/265284526/republica-velhaca-1985-2015-crescimento-material-e-decadencia?utm_campaign=newsletter-daily_20151209_2430&utm_medium=email&utm_source=newsletter

sábado, 5 de dezembro de 2015

RELATÓRIO AFIRMA: BRASIL É MAIS COMUNISTA QUE A CHINA!

Esta é uma notícia que deveria ser um alerta para toda a América Latina: um novo relatório do Banco Mundial diz que a China comunista é muito mais amiga dos capitalistas do que o Brasil, Argentina, Venezuela e vários outros países na região.

Numa época em que a economia da América Latina parou de crescer e a região precisa desesperadamente atrair investimentos, o volumoso relatório do Banco Mundial intitulado “Fazendo Negócios 2016” mostra que a maioria dos governos sul-americanos coloca mais obstáculos para iniciar, operar ou fechar um negócio do que a China, ou o vizinho comunista da China, o Vietnã.

O relatório avalia 189 países de acordo com a facilidade de fazer negócios em cada um deles, do melhor ao pior, classificando a China em 84º lugar e o Vietnã em 90º lugar, enquanto o Brasil está em 116º, Argentina 121º, Nicarágua 125º, Bolívia 157º e Venezuela 186º.

Alguns dos exemplos do relatório são arrepiantes. No que se refere a passos legais necessários para abrir um novo negócio, por exemplo, leva um único procedimento legal para começar um negócio em Hong Kong [que faz parte da China] ou Nova Zelândia, três na Finlândia e seis nos Estados Unidos, enquanto leva 11 procedimentos legais na China continental, 14 na Argentina, 15 na Bolívia e 17 na Venezuela.

Para ler o restante do artigo em inglês, clique aqui.

Traduzido por Julio Severo do original do Miami Herald: Latin America, more communist than China?

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A desastrosa combinação de assistencialismo e burocracia resulta em mortes em massa de imigrantes por Justin Murray

por Justin Murray
No dia 27 de agosto de 2015, setenta e um refugiados foram descobertos sufocados em um caminhão frigorífico abandonado na Áustria, bem próximo à fronteira com a Hungria.  Esses indivíduos, que foram relatados como imigrantes que fugiam da guerra civil na Síria, fizeram uma jornada de mais de 1.600 quilômetros até a morte.
Esse episódio trágico foi apenas mais um dentre vários que já foram relatados nessa crescente crise de refugiados que estão migrando para a Europa.  Das quase 500 mil pessoas que já fugiram para a Europa ao longo de 2014 e 2015, 2.500 morreram em vários acidentes com embarcações ocorridos apenas no Mediterrâneo.
O problema, obviamente, não é exclusivo da Europa.  Vários destes mesmos migrantes preferem ir para os EUA passando pelo Brasil, morrendo nas florestas sul-americanas enquanto tentam alcançar a fronteira americana.  Isso ocorreu com cinco migrantes de Gana, que foram encontrados mortos nas selvas da fronteira entra a Colômbia e o Panamá. 
Embora tragédias como essa sempre levem as pessoas a afirmar que "algo" tem de ser feito, igualmente importante é indagar quais são as causas desse processo de migração e o que esse "algo" a ser feito seria.
As causas subjacentes da migração
Muito já foi escrito sobre o grau de instabilidade causado pelas belicosas intervenções estrangeiras e pelos efeitos deletérios das ajudas estrangeiras, cujo dinheiro é majoritariamente desviado pelos governos destes países, ajudando assim a sustentar e a dar ainda mais poder a estas ditaduras militares violentas e corruptas.  A mais interessante observação sobre a recente crise migratória não é que ela esteja acontecendo, mas sim para onde os emigrantes estão indo.
No passado, refugiados normalmente viajavam a distância mínima necessária para fugir de situações de confronto, sendo que alguns poucos grupos politicamente populares chegavam até mesmo a receber passagens aéreas para países mais distantes.  Um bom exemplo disso é o de refugiados somalis sendo realocados para a cidade de Minneapolis, no estado americano de Minnesota.  O restante dos refugiados normalmente caminhava até a região mais próxima que estivesse livre do confronto.
No entanto, essa recente onda de refugiados e emigrantes está fazendo algo diferente: eles não apenas estão atravessando vários países seguros e comprando passagens aéreas para vôos transoceânicos, como também estão desbravando um caminho que é muito mais perigoso do que simplesmente ter ficado em casa.  Por exemplo, os supracitados setenta e um sírios encontrados mortos na Áustria optaram por atravessar e ignorar quase que uma dúzia de outros países seguros para chegar até a Áustria e, presumivelmente, continuarem dali até outros países.  É estranho que um refugiado nepalês irá comprar uma passagem aérea para São Paulo e, dali, pegar a estrada até a floresta amazônica para então adentrar a Colômbia, o Panamá, vários países da América Central, até finalmente cruzar a fronteira entre México e EUA.  Não faz muito sentido ele optar por esse caminho se ele estava apenas fugindo de uma guerra ou de um desastre natural.
Benefícios públicos criam os incentivos
Um grande criador dos incentivos para se fazer esta jornada perigosa e potencialmente letal pode ser resumido em uma única foto:


A foto acima é de um cartão criado por "especialistas em contrabandear pessoas" — também conhecidos como "facilitadores", gente que ajuda pessoas a emigrar para outros países —, o qual foi apreendido pela Frontex, a agência de controle de fronteiras da União Europeia. Esse cartão lista todos os benefícios que os refugiados ganharão dos governos europeus.
Facilitadores ao longo de todo o Oriente Médio, da Turquia e do Norte da África fabricam cartões desse tipo e os entregam para potenciais clientes.  Com efeito, refugiados pararam de buscar abrigo no refúgio seguro mais próximo e passaram agora a pesquisar as nações mais generosas para as quais emigrarem.  Para isso, contam com os prestimosos serviços informacionais dos facilitadores.  Isso criou o fenômeno de que as pessoas não mais estão fugindo de conflitos ou da pobreza, mas sim indo à procura dos mais lucrativos pacotes de benefícios.
O cartão acima perverte os sistemas legais ao inferir que apenas chegar ao país já é uma causa suficiente para ganhar asilo, e que os benefícios são permanentes e para sempre.  E o fato é que tais pacotes de benefícios realmente existem, e são um grande incentivo para os migrantes.  Isso explica por que as pessoas fugindo da Líbia estão cruzando o Mediterrâneo em embarcações raquíticas e superlotadas, e por que essas pessoas estão passando direto, sem parar, por quatro ou cinco países perfeitamente seguros para chegar até a União Européia.  Parte dessa enorme crise humanitária é gerada pela sedutora promessa de que qualquer pessoa que chegar a um país da União Européia ganhará uma série de benefícios que, em relação ao beneficiado, são realmente opulentos.
Os Estados Unidos fornecem benefícios similares a imigrantes, e até mesmo concede a possibilidade de total unificação com os familiares deixados para trás.  Aliás, nos EUA, a questão é ainda mais exasperante por causa do tratamento concedido a menores desacompanhados, os quais ganham privilégios imediatos ao simplesmente aparecerem no país.  Isso explica o surto de adolescentes entre 15 e 18 anos flagrados cruzando a fronteira dos EUA sob condições arriscadas.
Muita papelada governamental
Outro fator que impulsiona este comportamento é a maneira como os governos lidam com a imigração legal e o controle das fronteiras.  Entrar legalmente nos países da União Européia e da América do Norte é um pesadelo burocrático.  Aqueles imigrantes que seguirem as regras terão de obter documentos que não estão prontamente disponíveis em seus respectivos países.
Por exemplo, no caso dos EUA, o tempo de solicitação tende a ser muito demorado, há a necessidade de se fazer viagens para as agências do USCIC (United States Citizenship and Immigration Services) localizadas no país de origem do potencial imigrante, mas quase sempre em localizações inconvenientes, e a opção é limitada apenas a pessoas que possuam família nos EUA ou a quem tenha sido oferecido um emprego nos EUA em decorrência de suas altas qualificações
Se você olhar a página do Greencard, na seção das "perguntas mais frequentes", verá que a única alternativa para uma pessoa que quer emigrar para os EUA para trabalhar, mas que possui baixas qualificações, seria tentar um estreito e difícil pedido de asilo. 
O processo de entrada na União Européia é igualmente difícil.
Posso falar por experiência própria: ao me mudar para a Suíça para fazer meu MBA, mesmo na condição de americano nato, obter um visto de apenas um ano para a área de Schengen foi uma tarefa complexa, difícil, custosa e aborrecida.  Nem consigo imaginar o que um cidadão da Síria ou de Gana teria de fazer para obter uma autorização legal de moradia.  A própria taxa cobrada para se fazer o pedido, de US$ 1.010 — e a qual não fornece garantia nenhuma de aceitação —, embora não seja tão desarrazoada para os padrões de riqueza ocidental, representa vários anos da renda de alguns migrantes.  E mesmo em relação aos refugiados legais, o processo burocrático de aceitação é longo e difícil.  E, dado que existem cotas, seria necessária quase que uma década apenas para lidar com aquelas pessoas expulsas pelo conflito na Síria.
Ao fazer com que o processo legal de entrada seja praticamente inacessível para a maioria das pessoas comuns, a consequência inevitável é que os migrantes menos qualificados irão, no desespero, se aventurar por rotas não-convencionais, como a perigosa travessia entre Colômbia e Panamá ou sob cercas afiadas e cortantes nas fronteiras da Hungria, ou até mesmo irão procurar os serviços de cartéis criminosos, os quais irão prontamente escravizar, assaltar ou mesmo matar os migrantes, embora também possam de fato ajudá-los a atravessar as fronteiras. 
Essas opções são escolhidas em detrimento das alternativas seguras simplesmente porque as alternativas seguras se tornaram inviáveis em decorrências das políticas governamentais.
A tempestade perfeita
Qualquer uma das supracitadas políticas cria problemas; porém, conjuntamente, elas formam a tempestade perfeita. 
Ao ofertarem um rico pacote de benefícios para os potenciais refugiados e migrantes, os governos criam incentivos para que esses indivíduos façam essa jornada perigosa.  No entanto, ao fazerem com que estes mesmos benefícios sejam impossíveis sem que tais pessoas tenham de passar por um martírio, o resultado final é que mais pessoas, no desespero, acabam até mesmo passando literalmente por moedores de carne (como no caso do caminhão na Áustria).
Essa combinação é ironicamente cruel: grandes benefícios oferecidos, mas a quase impossibilidade de obtê-los.
A solução
A solução para esse problema é dupla.
Primeiro, subsídios assistencialistas garantidos para refugiados devem ser reduzidos ao máximo ou mesmo abolidos.  Ao remover esses incentivos, as pessoas atraídas a emigrar por causa de benefícios estatais — pagos por meio de impostos dos cidadãos trabalhadores do país em questão — irão desaparecer, reduzindo enormemente a aparente recompensa de se fazer essa jornada.  O custo das jornadas perigosas continua existindo, mas a recompensa acabou.  Aqueles que estão genuinamente desesperados não mais terão os incentivos para viajar para além da localidade segura mais próxima.
Segundo, o bizantino, longo, complexo e custoso sistema de migração legal deve ser abolido.  Nem estou adentrando no debate sobre o quão abertas devem ser as fronteiras, mas o fato é que, defenda você ou não as fronteiras abertas, é difícil negar que o atual sistema de migração é proibitivamente caro e difícil para todos, exceto para os mais educados e mais influentes.  Aqueles que querem emigrar para genuinamente trabalhar e criar riqueza — e, desta forma, contribuir para toda a sociedade — estão, na prática, excluídos dos meios legais, restando-lhes apenas as extremamente perigosas alternativas disponíveis.
Embora vozes influentes como a do Papa estejam corretas ao dizer que tudo isso é estarrecedor, as políticas defendidas por ele e por vários políticos irão apenas piorar as coisas.  Oferecer assistência a imigrantes ao socorrê-los em barcos naufragados ou permitir que os migrantes permaneçam em seus novos países sem se alterar toda a questão burocrática irá apenas criar mais incentivos para que cada vez mais pessoas façam essas mesmas perigosas jornadas.  A questão da recompensa do risco tem de ser considerada — quanto maiores as recompensas assistencialistas, mais arriscados serão os comportamentos.
Infelizmente, as atuais soluções apresentadas pelos políticos irão resultar em embarcações precárias cada vez mais abarrotadas e um número cada vez maior de travessias em selvas perigosas.

FONTE: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2207

Justin Murray possui  MBA da Universidade de St. Gallen, da Suíça.

Na Europa, a esquerda descobriu que o “almoço grátis” será pago por ela por Gary North

O assistencialismo está quebrando a Europa,se antes os europeus pensavam que seriam os únicos beneficiados,agora com a explosão de imigrantes sírios,os Governos entram em um impasse.Isso se deve aos governos esquerdistas europeus e essa realidade não está distante do Brasil,pois a imigração sem controle de Haitianos,Sírios,Bolivianos,Africanos com o Governo Dilma,esses imagrantes chegam sem nenhuma assistência,emprego ou condições de se adaptar ao país,vivem de ajudas das comunidades no país.O Governo incentiva,mas não ajuda os imigrantes e muitos irão pedir Bolsa Família para sobreviver.‪#‎MAISMISSESMENOSMARX‬ Ericksom Souza Mateus



por Gary North
Ao mesmo tempo, isso é apenas o início da crise, pois as condições que estão estimulando as pessoas a fugirem de seus respectivos países só irão piorar.  E a União Européia, com países que possuem os maiores e mais bem equipados sistemas assistencialistas do mundo, parece estar estupefata e impotente perante tudo isso — politicamente, moralmente e administrativamente.
Essa paralisia cria um significativo risco para a União Européia.  Ninguém acredita seriamente que os países-membros — particularmente Itália e Grécia, os dois países mais afetados — possam superar, por conta própria, os desafios de longo prazo gerados pela imigração em larga escala. 
Por outro lado, vários países-membros rejeitam um esforço comum europeu, postura essa que ameaça acelerar a erosão da solidariedade dentro da União Européia e reforça a atual tendência rumo à desintegração — Joschka Fischer.
Joschka Fischer foi Ministro das Relações Exteriores e vice-chanceler da Alemanha de 1998 a 2005, no governo do social-democrata Gerhard Schröder.  Posteriormente, ele fundou o Partido Verde alemão.  Ou seja, ele costumava estar dentro do sistema; hoje, ele está nas franjas.
No trecho acima, ele está descrevendo o colapso da União Europeia.  Ele está também descrevendo o colapso dos estados assistencialistas europeus do pós-guerra. 
Ambos os arranjos estão condenados.  Ao longo dos próximos anos, a Europa será atingida por milhões de imigrantes oriundos de países arrasados do Oriente Médio.  Estes imigrantes irão — como já fazem na França — tirar proveito de todo o sistema assistencialista em voga na Europa, da educação gratuita à saúde gratuita.  Eles tenderão a ser mão-de-obra de baixa produtividade e incapazes de falar os idiomas locais.  Terão baixa educação formal e viverão segregados em seus guetos, com suas antenas parabólicas apontadas para as redes do Oriente Médio.  Já é assim na França há décadas.  Será assim em toda a Europa.  
O tsunami de imigração em massa ainda não atingiu a Europa.  Atingirá na próxima primavera européia (a partir de abril de 2016).  Milhões já chegaram até a Europa.  Outros milhões farão essa mudança enquanto ainda for fácil.  As cercas de arame farpado foram colocadas apenas pela Hungria e pela Croácia.  Mas a tendência é que, na próxima primavera européia, elas se intensifiquem.
O governo da Polônia já anunciou que não aceitará mais imigrantes.  O governo da República Tcheca está indo pelo mesmo caminho.
Os cidadãos europeus sempre pensaram que seriam os únicos beneficiados das generosas políticas assistencialistas de seus respectivos países, as quais são sustentadas pela tributação dos ricos.  Agora, repentinamente, eles descobriram que eles se tornaram "os ricos", e terão de sustentar as massas de imigrantes.  A consequência disso é que seus estados assistencialistas irão falir sob o peso de imigrantes oriundos de estados falidos.
Tudo parecia tão fácil após a Segunda Guerra Mundial... Apenas vote nas políticas social-democratas e você usufruirá segurança econômica por toda a sua vida, devidamente financiada pelos impostos sobre os mais ricos.  E então, surpresa!  O jogo virou, os beneficiados repentinamente se tornaram "os ricos", e serão devidamente tributados para sustentar os milhões que estão chegando para reivindicar esse "direito ao assistencialismo".
Esses imigrantes, que não pagam impostos, têm várias bocas para alimentar, vários corpos para abrigar, e jovens mentes para educar.  Eles não conseguirão certificados e licenças profissionais nas esclerosadas burocracias européias.  Eles não conseguirão fazer parte dos sindicatos em uma Europa que já é dominada por guildas mercantilistas.
Porém, sendo progressistas, a maioria dos europeus não exigirá que estes imigrantes se alimentem por conta própria, se eduquem por conta própria, e paguem sozinhos por suas moradias.  Isso seria uma intolerável e inaceitável demonstração de thatcherismo.  Consequentemente, seus governos irão incorrer em maciços déficits orçamentários para arcara com tudo isso, tudo devidamente financiado pelo Banco Central Europeu.
A Europa não é apenas consumida por sindicatos; ela também é consumida pela culpa.  Seus cidadãos sempre acreditaram na promessa de votar para receber políticas assistencialistas.  Dentro de 25 anos, eles não mais serão a maioria desses votos.  Os filhos dos imigrantes serão os votos decisivos.  Pode até ocorrer em menos de 25 anos.
Os estados assistencialistas europeus já estavam rumo ao colapso em decorrência de passivos futuros (gerados pelo estado de bem-estar social) para os quais não havia uma equivalente quantidade de receitas programas (algo que, contabilmente, é chamado de "passivo a descoberto").  Com as imigrações em massa, esse processo será acelerado.
O que um esquerdista irá fazer contra tudo isso?  Coerentemente, nada.  A esquerda sempre proclamou acreditar no "socialismo democrático", também chamado de democracia econômica.  Agora eles receberão aquilo que sempre proclamaram defender, e em grandes doses.  Eles apenas nunca imaginaram que seriam eles que arcariam com a fatura; sempre imaginaram que eles seriam os beneficiários da fatura.  A esquerda sempre se viu como sendo o lado ativo do assalto perpetrado pelas urnas; repentinamente, descobriu que estaria do lado passivo do furto.
As lamúrias estão apenas começando.  "Isso simplesmente não é justo!".  É verdade, não é justo.  Mas é o sistema que vocês próprios criaram.
Fischer termina sua coluna dizendo que:
No longo prazo, os estrategistas políticos terão de explicar aos seus eleitores que é impossível usufruir, simultaneamente, prosperidade econômica, um alto nível de seguridade social, e uma população em que pensionistas geram um crescente fardo sobre os economicamente ativos.  Para que tal sistema seja mantido, a força de trabalho européia terá de crescer continuamente, e esse é justamente um motivo pelo qual os europeus deveriam parar de tratar os imigrantes como uma ameaça e começar a vê-los como uma oportunidade.
Em uma economia de livre mercado, na qual cada pessoa, por meio do seu trabalho, provê a si própria, esse raciocínio é perfeitamente verdadeiro.  Já em um estado assistencialista esclerosado, burocrático e dominado por sindicatos, são as multidões que abocanham a maior fatia do espólio.
Isso seria uma vitória do "eu avisei" dos teóricos anti-assistencialismo em uma escala jamais vista no Ocidente, embora já vivenciadas pela URSS e pela China comunista.
Ludwig von Mises passou 60 anos de sua vida alertando para isso.  A esquerda não quis escutar.
As ruas das cidades européias estão se tornando abarrotadas de imigrantes desempregados.  Eles adquiriram o direito de ter três refeições gratuitas por dia (e, alguns casos, chegam a receber dinheiro vivo tão logo chegam ao país).  Quem irá dizer a eles que "chega"?  Quando?  Utilizando qual argumento?
Esse é o início do fim daquilo que passou a ser chamado de "política da culpa e da comiseração".  Ao contrário do que previu Karl Marx, a "revolução vermelha" jamais varrerá a Europa.  O que varrerá a Europa serão as "contas no vermelho".
Será fascinante assistir a tudo isso . . . a uma distância segura.

FONTE: http://mises.org.br/Article.aspx?id=2224

Gary North , ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seuwebsite