quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nióbio: a riqueza desprezada pelo Brasil Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil dispensa pouca importância a esse mineral com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações

 Para que se entenda melhor do que estamos falando, "o nióbio, um metal nobre descoberto em 1801, é usado para a fabricação de peças inoxidáveis e em outras ligas de metais não-ferrosos, como as utilizadas em oleodutos e gasodutos. Por suas propriedades, também é largamente utilizado em indústrias nucleares. Grande quantidade de nióbio é utilizada em superligas para a fabricação de motores de jatos e subconjuntos de foguetes - equipamentos que necessitam de alta resistência à combustão. 

Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini, da Nasa". Por esse currículo, já dá para perceber que não estamos falando de um produto qualquer. "Em setembro de 2011, um consórcio chinês formado pelo Taiyuan Iron and Steel Group, o conglomerado financeiro do Citic Group e o Baosteel Group adquiriu, por US$ 1,95 bilhão, 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtor mundial de nióbio, um metal abundante no Brasil e utilizado em indústrias de automação, nuclear e defesa. A CBMM fica localizada em Araxá, em Minas Gerais". "Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Brasil concentra quase 100% da oferta mundial de nióbio. A posição estratégica do país na produção do metal, e a negociação envolvendo a CBMM, levantam a questão a respeito de como o governo e as empresas nacionais lidam com as riquezas naturais brasileiras, levando em conta os próprios interesses estratégicos. O négócio fechado com a China, apesar de polêmico, gerou quase nenhum questionamento em Minas Gerais, ao contrário, por exemplo, da privatização da Vale, ocorrida em 1997, e alvo de um verdadeiro levante popular". (...) No site IdeiaClip vejo os comentários de Mário Assis Causanilhas que já foi espalhado pela rede contestando os números e as fontes do artigo que está na íntegra no Tribuna. 

Porém, o que se extrai de melhor é esse trecho: "A empresa canadense, Niobec, fornece 15% do nióbio consumido no mundo. Nióbio também é produzido na Rússia, sem falar no nióbio produzido em países da África e Oceania. Há jazidas consideráveis de nióbio no Gabão e em outros países da África, sem falar nas ocorrências de nióbio em todo mundo. O autor deveria consultar um geólogo antes te publicar inverdades. O nióbio é facilmente substituído pelo vanádio, pelo molibdênio e outras ligas. Consultar um engenheiro metalúrgico sobre este assunto também seria inteligente". Como se pode ver, a polêmica sobre o nióbio é extensa e ganha extremos de ideologia. Algumas de suas contestações já apareceram em fontes confirmadas em jornais, o que demonstra que o assunto ainda carece de mais aprofundamento. Falta realmente um debate profundo com a participação de todos. Informações contraditórias não são comentadas e nem explicadas pelas empresas situadas em Catalão, no estado de Goiás, e Axará em Minas Gerais. Ásia no Brasil A CBMM começou a operar em 1955, e pertence ao grupo Moreira Salles. Ela é pioneira na extração, utilização e nas tecnologias do nióbio. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a China aumentou suas importações do metal a uma velocidade anual de 10%, por isso, os negócios duplicaram nos últimos 4 anos.

 Ainda, a China compete na compra de nióbio e outros recursos naturais com outros gigantes asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, que, em março de 2011, já haviam formado um consórcio de companhias (JFE Holdings, Nippon Steel e Posco, entre outras) para comprar 15% da CBMM. Nióbio no Estadão (...) A grande dependência do nióbio brasileiro deve explicar, segundo especialistas, a preocupação do governo dos Estados Unidos com relação à segurança das minas do País. O Brasil detém 98% das reservas e 91% da produção mundial do minério, usado para a fabricação de aços especiais. Os Estados Unidos não produzem o minério. Relatório anual do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) aponta que o Brasil tem reservas de 2,9 milhões de toneladas de nióbio, com uma produção acumulada de 57 mil toneladas em 2009. O País foi responsável, no ano passado, por 87% das importações americanas do mineral. O documento indica que a maior economia do mundo continuará dependente do nióbio brasileiro. "As reservas domésticas (dos Estados Unidos) de nióbio têm baixa qualidade, algumas complexas do ponto de vista geológico, e muitas não são comercialmente recuperáveis", diz o texto, publicado em janeiro. Segunda maior reserva, o Canadá é responsável por apenas 7% da produção mundial. (...) 

O Brasil é também um grande produtor de manganês, o que explica a inclusão do produto na lista dos ativos brasileiros importantes. Segundo documento da USGS referente a esse mineral, o Brasil teve a quarta maior produção em 2009, ano em que foi responsável por 5% das importações americanas da commodity. Os Estados Unidos não produzem manganês desde a década de 70, também por causa da baixa qualidade das jazidas domésticas. (...) 

Nióbio e o Mensalão O que segue é o artigo publicado no Tribuna da Imprensa para avaliações e comentários dos leitores. Vale ressaltar aqui que o espaço é para construir uma discussão sadia sobre o assunto. Na sequencia, transcrevo na íntegra o texto de Edvaldo Tavares, outra fonte muito rica em informações para discussão. Que pessoas com maior domínio sobre o tema possam contribuir na construção de um debate. Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim. por Júlio Ferreira A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando a já ser alarmante. Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada “oficialmente” e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial? Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum? EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. 
Propriedades do Nióbio - Um Asno
Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados. Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante? O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”. Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”. 

As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
 Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil. Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica. 

Nióbio: a riqueza desprezada pelo Brasil Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil dispensa pouca importância a esse mineral com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações por Edvaldo Tavares* 19 de fevereiro, 2008 

O nióbio, símbolo químico Nb, é muito empregado na produção de ligas de aço destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos. Como curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que era filha de Tântalo que foi responsável pelo nome de outro elemento químico, tântalo. O nióbio é dotado de elasticidade e flexibilidade que permitem ser moldável. Estas características oferecem inúmeras aplicações em alguns tipos de aços inoxidáveis e ligas de metais não ferrosos destinados à fabricação de tubulações para o transporte de água e petróleo a longas distâncias por ser um poderoso agente anti-corrosivo, resistente aos ácidos mais agressivos, como os naftênicos. Inúmeras são as aplicações do nióbio, indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor. 

O elemento nióbio recebeu inicialmente o nome de “colúmbio”, dado por seu descobridor Charles Hatchett, em 1801. Não é encontrado livre no ambiente, mas, como niobita (columbita). O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio, e o consumo mundial é de aproximadamente 37 mil toneladas anuais do minério totalmente brasileiro. As pressões externas que subjugam o povo brasileiro Ronaldo Schlichting, administrador de empresas e membro da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a “Questão do Nióbio” e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional. Menciona que a história do Brasil foi pautada pela escravidão das sucessivas gerações de cidadãos submetidos à vergonhosa doutrina de servidão. Schlichting, de forma oportunista, desperta na consciência de todos que “qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus ‘testas de ferro’ locais”. Identificam-se, nos dizeres do membro da Liga de Defesa Nacional, as estratégias atualmente aplicadas contra o Brasil nesta guerra dissimulada com ataques transversais, característicos dos combates desfechados durante a assimetria de “4ª Geração”.  

Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico. Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores. O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação. Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para consequentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil. 

As ações objetivas efetuadas A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União Europeia (UE); a acusação do jornal inglês “The Guardian” de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2, em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas. 

Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte. É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.

 Esta subserviência do Brasil vem de longa data conforme pontifica Ronaldo Schlichting. Ela vem desde “o Império”, sendo adotada já no alvorecer da “República” e pode ser exemplificada por “ONGs, fundações, igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos, fóruns, centro de estudos e outras arapucas”. As diversas aplicações do Nióbio Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão. 
O descaso nas negociações internacionais A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais. Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2003: “Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp…” E, complementa que “uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o ‘Fome Zero’, que integra o programa de governo do presidente eleito”. O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 – $ 90,00 = $ 138,57. Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é “sucesso de enganação”. O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios. Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. 
Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país? É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos. Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam a desmoralização das instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país. 

Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito. A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome 100% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais. Ronaldo Schlichting, no seu artigo publicado, ressalta que “no cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado de ‘mico preto’, cujo perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar”. É, devido à incompetência do governo brasileiro e do ministro da Fazenda, quem ficou com o mico preto foi o povo brasileiro, o papel pintado, falso, sem valor, chamado de dólar. O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro. 

* Edvaldo Tavares é coronel-médico da Reserva do Exército e diretor executivo do Sistema Raiz da Vidapousa em natal

“O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”

O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.


Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.

As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa - Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.

Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.

Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.

Fonte:  http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17578

OUTRAS INFORMAÇÕES: O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos.

Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias e canos de armamentos leves e pesados, revertimentos externos de foguetes e cápsulas espaciais.

1 - Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
2 - Usado em eletrodos especiais para soldas elétrica.
3 - Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de 
jóias como, por exemplo, os ecastes.
4 - Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em super ligas para fabricação de componentes de motores de jatos, subconjuntos de foguetes, ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências ao calor da combustão. 
5 - Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
6 - O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em  
super condutores.

O nióbio se converte num super condutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. 
Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos super condutores, 9,3. 

Além disso, é um dos três elementos super condutores que são do tipo II (os outros são o vanádio e o tecnécio), significando que continuam sendo super condutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.

Esta é a entrevista do Dr. Antônio José Ribas Paiva que denúncia não só o sub-faturamento do nosso Nióbio como também seu contrabando. 

Todos os brasileiros deveriam saber que são donos desse minério que o mundo inteiro precisa mas curiosamente quase não se fala no assunto. 

Países ricos gostariam de tê-lo no seu solo, enquanto isso, o Brasil dá pouca importância á esse mineral com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual ele é o único fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal que é considerado estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria a dívida externa. 

Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor. 

O Brasil tem mais de 97% do metal nobre, na região de Araxá e Catalão (Minas Gerais), é com isso, é o maior produtor mundial de nióbio, sendo que, o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais deste minério.... totalmente brasileiro.



Adriano Benayon denuncia saque das jazidas de nióbio do Brasil
1. Está em nosso país a quase totalidade das jazidas conhecidas no Planeta do nióbio, minério essencial para as indústrias aeronáutica e aeroespacial, para a indústria nuclear, inclusive armas e seus mísseis. A atual tecnologia faz o nióbio, graças à sua superioridade substituir metais, como molibdênio, vanádio, níquel, cromo, cobre e titânio, em diversas outros setores industriais.

2. Embora a maioria das pessoas nem saiba o que é nióbio ou para que serve, esse mineral mostra emblematicamente, como o País, extremamente rico em recursos naturais, permanece pobre, além de perder, sem volta, esses recursos, e de se estar desindustrializando, sobre tudo nos setores de maior conteúdo tecnológico.

3. A primarização da economia brasileira é fato confirmado até nas estatísticas oficiais. O Brasil está cada vez mais importando produtos de elevado valor agregado e exportando, com pouco ou nenhum valor agregado, seus valiosos recursos naturais.

4. Isso acarreta baixos níveis salariais no País e também a gestação de crises nas contas externas, cujo equilíbrio sempre dependeu de grandes saldos (que agora estão definhando) no balanço das mercadorias, para compensar o déficit crônico nas contas de “serviços” e de “rendas” do Balanço de Pagamento.

5. O que está por acontecer de novo já ocorreu antes, quando a oligarquia financeira mundial atirou o Brasil na crise da dívida externa de 1982/1987. Os prejuízos decorrentes dessa crise foram grandemente acrescidos com o privilegiamento do “serviço da dívida” no Orçamento Federal, instituído por meio de fraude, no texto da Constituição de 1988. Esse “serviço” já acarretou despesa, desde então, de 6 trilhões (sim, trilhões) de reais, com a dívida pública externa e interna, esta derivada daquela.

6. Tudo isso concorreu para agravamento da situação gerada pelo defeito original do modelo: ter, desde 1954, favorecido os investimentos diretos estrangeiros com subsídios e vantagens maiores que os utilizáveis por empresas de capital nacional. Estas foram sendo eliminadas em função da política econômica governamental. As que restaram tornaram-se caudatárias das transnacionais e de interesses situados no exterior. Vê-se, pois, a conexão entre os grandes vetores de empobrecimento e de primarização da economia nacional.

7. O niobio é tão indispensável quanto o petróleo para as economias avançadas e provavelmente ainda mais do que ele. Além disso, do lado da oferta, é como se o Brasil pesasse mais do que todos os países da OPEP juntos, pois alguns importantes produtores não fazem parte dela.

8. Cerca de 98% das reservas da Terra estão no Brasil. Delas, pois, depende o consumo mundial do nióbio. A produção, cresceu de 25,8 mil tons. em 1997 para 44,5 mil tons., em 2006. Chegou a quase 82 mil tons. em 2007, caindo para 60,7 mil tons., em 2008, com a depressão econômica (dados do Departamento Nacional de Produção Mineral). Estima-se atualmente 70 mil toneladas/ano. Mas a estatística oficial das exportações brasileiras aponta apenas 515 toneladas do minério bruto, incluindo “nióbio, tântalo ou vanádio e seus concentrados”!

9. Fontes dignas de atenção indicam que o minério de nióbio bruto era comprado no garimpo a 400 reais/quilo, cerca de U$ 255,00/quilo (à taxa de câmbio atual e atualizada a inflação do dólar).

10. Ora, se o Brasil exportasse o minério de nióbio a esse preço, o valor anual seria US$ 15.300.000.000 (quinze bilhões, trezentos milhões de dólares). Se confrontarmos essa cifra com a estatística oficial, ficaremos abismados ao ver que nela consta o total de US$ 16,3 milhões (0,1% daquele valor), e o peso de 515 toneladas ( menos de 1% do consumo mundial). Observadores respeitáveis consideram que o prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais.

11. Mesmo que o nióbio puro seja cotado a somente US$ 180 por quilo, como indica o site chemicool.com, ainda assim, o valor nas exportações brasileiras do minério bruto correspondia a apenas 1/10 disso. O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, por transações intra-companhias.

12. Há, ademais, um item, ligas de ferro-nióbio, em que o total oficial das exportações alcança US$ 1,6 bilhão, valor mais de 100 vezes superior à da exportação do nióbio e de minérios a ele associados, em bruto. O mais notável é que o nióbio entra com somente 0,1% na composição das ligas de ferro-nióbio. Vê-se, assim, o enorme valor que o nióbio agrega num mero insumo industrial, de valor ínfimo em relação aos produtos finais das indústrias altamente tecnológicas que o usam como matéria-prima.

13. Note-se também que a quantidade oficialmente exportada do ferro-nióbio em 2010 foi 66.947 toneladas. O nióbio entrando com 0,1% implicaria terem saído apenas 67 toneladas de nióbio, fração ínfima da produção mundial quase toda no Brasil e do consumo mundial realizado nas principais potências industriais e militares.

14. As discrepâncias e absurdos são enormes e têm de ser elucidados e corrigidos. Para isso, há que expô-los em grande campanha nacional, que leve a acabar não só com o saqueio do nióbio, mas também com a extração descontrolada de metais estratégicos e preciosos, sem qualquer proveito para o País, o qual, ainda por cima, fica com as dívidas aumentadas.

15. O desenvolvimento dessa campanha deverá também fazer o povo entender que a roubalheira dos recursos minerais só poderá cessar se forem substituídas as atuais estruturas de poder.

* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”
Fonte: http://molinacuritiba.blogspot.com/2011/07/adriano-benayon-denuncia-saque-das.html 

RESERVA E PRODUÇÃO MUNDIAL DE NIÓBIO





NIÓBIO



I - OFERTA MUNDIAL - 2006

O Brasil possui as maiores reservas de pirocloro (Nb2O5) do planeta e estão concentradas nos Estados de Minas Gerais (73,03%) no município de Araxá, no Amazonas (25,57%), em São Gabriel da Cachoeira, próximo às fronteiras da Colômbia e da Venezuela e em Goiás (1,40%), nos municípios de Catalão e Ouvidor.
A Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração tem o capital dividido entre o Grupo Moreira Sales (proprietários do Unibanco) e a Molycor Inc (EUA), sendo que a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais), empresa de economia mista do Governo de Minas Gerais, detem uma cota de participação de 25% dos lucros da CBMM. A CBMM possui reservas de 456 milhões de toneladas de minério intemperizado, com teor médio de 2,5% de Nb2O5. No Estado de Goiás, a empresa Anglo American Brasil Ltda, subsidiária da Anglo American plc e proprietária da mineração Catalão, detém uma reserva lavrável de 8.194.139 t, com teor médio de 1,22% Nb2O5.

Reserva e Produção Mundial

DISCRIMINAÇÃO

RESERVAS (2)
PRODUÇÃO (1) (t)
Países
2006 (r)
(%)
2005 (r)
2006 (p)
(%)
Brasil
3.685.440
96,36
87.745
104.885
96,40
Canadá
110.000
2,88
3.400
3.500
3,22
Austrália
29.000
0,76
200
200
0,19
Nigéria
-
-
40
80
0,07
Ruanda
-
-
63
65
0,06
Moçambique
-
-
34
35
0,03
Rep.Dem. do Congo
-
-
25
25
0,02
Etiópia
-
-
7
11
0,01
TOTAL
3.824.440
100,00
97.514
108.801
100,00
Fontes: DNPM-AMB, USGS Mineral Commodity Summaries 2007.
(1) Dados referentes a Nb20contido no minério. (p) Preliminar (-) Não disponível
(2) Reservas medidas e indicada (r) Revisado

II - PRODUÇÃO INTERNA

O aumento na produção nacional de pirocloro contido no minério em 19,5% comparado ao ano de 2005 foi justificado pelo melhor aquecimento no mercado de ferroligas, alavancado pela elevada expansão do PIB dos países asiáticos (China e Índia, principalmente), que apesar das expectativas de ajuste no crescimento, sobretudo da economia chinesa, já mantêm um crescimento contínuo e sustentado há mais de uma década.
A Anglo American Brasil Ltda, do grupo empresarial britânico Anglo American plc, tem capacidade na usina de concentração para tratamento de 1.000.000 t/ano de minério bruto, produção de 14.000 t/ano de concentrado de pirocloro e produção de 7.500 t da liga FeNb. Em 2006, produziu 7.250 t de Nb2O5 contido no concentrado e 4.845 t de Nb contido na liga ferro-nióbio. A CBMM produziu em suas instalações 61.600 t de Nb2O5 contido no concentrado, 36.721 t de Nb contido na Liga FeNb STD e 4.008 t de óxido de nióbio de alta pureza. A empresa possui capacidade para produção de 60.000t/ano de FeNb STD e 4.200 t/ano de óxido de nióbio de alta pureza.

III - IMPORTAÇÃO

Não ocorreram importações de produtos a base de nióbio em 2006. O Brasil é auto-suficiente para atender as demandas do mercado interno.

IV – EXPORTAÇÃO
A CBMM foi responsável por 87,66% do total de divisas em dólares-FOB gerados por exportações de produtos a base de nióbio (Nb2O5) no país. Este fato faz do nióbio o terceiro maior item na pauta de exportação da economia do Estado de Minas Gerais, a terceira maior economia do Brasil. Esta empresa exportou 34.325 t de Nb contido na liga ferro-nióbio (93,45% do total produzido) e 433 t de óxido de nióbio (10,8% do total produzido), totalizando US$ 467,560,000.00 em entrada de divisas para o país. Do total da liga Fe-Nb exportada, 35% foi destinado para CBMM Europe, em Düsseldorf, na Alemanha; 22% para Reference Metals Company, em Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia (EUA); 20% através de seu distribuidor na China, a CITIC Metal Company; 16% para a CBMM Asia Ltd., em Tóquio, Japão e os outros 7% foram através de vendas diretas. Do total exportado de óxido de nióbio, 94% foi destinado à Reference Metals Company e o restante para a CBMM Europe.
A Anglo American exportou 7.255 t de liga Fe-Nb , com 4.805 de nióbio contido, para aplicação em aços microligados, com aplicações na construção civil, na indústria mecânica, aero-espacial, naval, automobilística, dentre outros setores. A receita auferida foi de US$ 65,830,311.89 e os países importadores foram: Alemanha (41%), EUA (27%), Japão (19%) e outros (13%).

NIÓBIO

V - CONSUMO INTERNO

A Anglo American não comercializa sua produção no mercado interno, toda a demanda brasileira é atendida pela CBMM que em 2006, destinou 2.407 t de nióbio contido na liga FeNb STD às empresas metalúrgicas nacionais, o equivalente à 6,55% de sua produção, objetivando atender os Estados de Minas Gerais (54%), São Paulo (20%), Espírito Santo (17%), Rio de Janeiro (6%) e outros (3%). As principais empresas consumidoras foram: Usiminas (27%), Acesita (17%), CST (16%), Cosipa (12%), Grupo Gerdau (9%) e Siderúrgica Barra Mansa (2%).


Principais Estatísticas - Brasil ·
Discriminação
2004(r)
2005(r)
2006(p)
Produção:
Concentrado(1)
(t)
34.016
56.023
68.850
Liga Fe-Nb(2)
(t)
25.169
38.819
41.566
Óxido de Nióbio
(t)
2.529
3.999
4.008
Exportação:
Liga Fe-Nb(2)
(t)
20.145
34.725
39.130

(103 US$-FOB)
249,326.00
468,844.90
528,730.31
Óxido de nióbio
(t)
592
495
433

(103 US$-FOB)
9,739.00
7,552.00
4,660.00
Importação:
Semi-Manufaturados
(t)
5
0
0

(103 US$-FOB)
57.00
0.00
0.00
Consumo Aparente:
Liga Fe-Nb(2)
(t)
5.024
4.094
2.436
Óxido de Nióbio
(t)
1.937
2.938
3.575
Preço Médio *:
Liga Fe-Nb(2)
(US$/t-FOB)
12,376.57
13,501.65
13,512.15
Óxido de nióbio
(US$/t-FOB)
16,451.01
15,256.57
10,762.12
Fontes: DNPM-AMB; MDIC-SECEX,CBMM, Anglo American
(1) Dados em Nb2O5 contido no concentrado; (2) Dados em Nb contido na liga; (r) revisado, (p) preliminar.
* Preço Médio base exportação.


VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

O grupo Anglo American Brasil tem realizado pesquisa mineral em novas áreas, visando ampliar as reservas minerais já existentes e também planeja implantar uma nova usina, assim tornando possível a reativação da mina de Chapadão, em Ouvidor. A CBMM, no entanto, priorizou novos investimentos para ampliar a capacidade anual de produção para 90.000 t/ano de FeNb.

VII - OUTROS FATORES RELEVANTES


As mineradoras canadenses Iamgold e Cambior fundiram suas atividades em setembro de 2006, num negócio avaliado em US$ 3 bilhões e que cria a décima maior mineradora de ouro com capital aberto do mundo. Nesta fusão envolve também o terceiro maior produtor mundial de pirocloro, a Niobéc, até então pertencente à Cambior e localizada na Província francófona de Québec, no Canadá.
Em 2004, pesquisadores da UFRJ desenvolveram o luminol brasileiro, feito de nióbio. O luminol é um produto usado pela medicina forense para descobrir manchas de sangue em qualquer superfície, mesmo as que forem lavadas. O luminol importado dos EUA é submetido a altas pressões e temperaturas, enquanto o luminol nacional é feito de maneira artesanal e fica 90% mais barato que o importado. Outra diferença é que o produto importado precisa de radiação ultravioleta para localizar traços de sangue, enquanto o luminol de nióbio não precisa disso: basta apenas que o ambiente esteja escuro.
Depois de vários anos de elevado crescimento da demanda mundial, é esperada uma desaceleração neste crescimento, a uma taxa máxima de 3% ao ano. Entretanto, alguns fatores podem modificar esta expectativa de mercado, provocando a continuidade na elevação da demanda pelo nióbio, tais como: o aumento da demanda de aços microligas, visando aumentar a resistência com menor peso, nos futuros carros ultraleves, movidos a bateria; uma possível elevação dos preços do barril de petróleo, viabilizando novos projetos de exploração e a manutenção de linhas de transmissão desativadas, o que demandaria uma maior produção de ligas resistentes, contendo nióbio e a expansão da economia chinesa e de outros países asiáticos em ritmo acelerado.

Rui Fernandes P. Júnior- DNPM/GO 

Acorda Brasil! Nióbio, o buraco é mais em baixo.

Wikileaks, Washington cita áreas no Brasil e no estado consideradas fundamentais para sua segurança, incluindo comunicações e recursos minerais

Wikileaks revela que Araxá é vital para os EUA


Matéria veiculada pelo Estado de Minas - 07/12/2010
Por que Araxá é vital para os EUA?
 Cidade está na lista secreta de locais estratégicos para americanos, revela site, por deter maior reserva mundial de nióbio, minério raro usado na indústria espacial

Depois de pôr a política externa americana de cabeça para baixo, o WikiLeaks acaba de entrar em um território sensível não apenas aos EUA, mas a todo o mundo. O site revelou nada menos do que a relação de pontos situados mundo afora considerados estratégicos para o governo americano, o que poderia transformá-los em alvos de ataques terroristas. No Brasil, além das jazidas de Araxá, em Minas, estão cabos submarinos e reservas de minério de ferro e manganês.
Em documento vazado pelo site Wikileaks, Washington cita áreas no Brasil e no estado consideradas fundamentais para sua segurança, incluindo comunicações e recursos minerais
Isabel Fleck
Brasília – O que têm em comum uma mina de manganês e minério de ferro em Minas Gerais, uma indústria farmacêutica na Austrália e um gasoduto no Canadá? Todos eles, segundo um novo documento divulgado pelo site Wikileaks, podem colocar em risco a segurança dos Estados Unidos. Em um telegrama do Departamento de Estado, enviado em fevereiro de 2009 às representações diplomáticas americanas em todo o mundo, são listados centenas de instalações, empresas e locais "sensíveis" em diversos países, "cuja perda afetaria de maneira significativa a saúde pública, a segurança econômica e a segurança nacional dos EUA". É potencialmente a revelação mais perigosa e controversa feita pelo site até agora.
A nova revelação coloca em questão, mais uma vez, a conveniência da divulgação de dados que podem, colocar em risco não só a população americana, mas dos outros países citados no documento. Para o Pentágono, isso mostra mais uma vez como os documentos "roubados" pelo site do australiano Julian Assange podem prejudicar os EUA ao dar informações preciosas aos países adversários. "Essa é uma das muitas razões pelas quais acreditamos que as ações do Wikileaks são irresponsáveis e perigosas", disse o porta-voz do Pentágono David Lapan ontem. A secretária de Segurança Doméstica americana, Janet Napolitano, disse condenar "nos termos mais fortes possíveis, a divulgação deliberada e não autorizada de informação que pode colocar indivíduos e organizações em perigo”. Ela não comentou sobre a autenticidade do texto.
No telegrama classificado como "secreto", a secretária de Estado, Hillary Clinton, pede aos diplomatas americanos que atualizem a lista de lugares e empresas que, se "destruídas, atrapalhadas ou exploradas podem ter um efeito imediato e deletério nos EUA". Em anexo, enviou os pontos elencados em 2008, mas deixou claro ao corpo diplomático que nenhum deles deveria ser discutido com os governos locais.
Os pontos sensíveis incluem áreas de agricultura e alimentos, energia, saúde, comunicações e de serviços de emergência, além de componentes de sistemas fincanceiros e de transportes, e as indústrias de defesa e nuclear. Também figuram locais como barragens, monumentos nacionais e instalações do governo de outros países. O nível de ameaça varia com a "distância" do alvo em potencial de Washington. De acordo com o próprio comunicado, existem três grupos: o que tem ligações físicas e diretas com o território americano, o que está localizado predominantemente no exterior, e o que faz parte da cadeia de suprimento para os EUA (veja quadro).
Entre eles, estão instalações como o porto de Ningbo, no Sudeste da China, o quinto maior do mundo por toneladas de carga, um gasoduto na Sibéria, considerado "o mais sensível do mundo", e a usina hidrelétrica Hydro Quebec, no Canadá, que é uma fonte de energia "insubstituível" para a Região Nordeste dos EUA. No Brasil, preocupam Washington os cabos submarinos de telecomunicações Americas-2 e GlobeNet, em Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro, a mina de manganês e minério de ferro da Rio Tinto e a mina de nióbio em Araxá (MG) – que concentra cerca de 75% de toda a produção mundial – e em Catalão (GO). Na Ásia, na África, na Europa e no Oriente Médio, a atenção está voltada desde empresas farmacêuticas que produzem vacinas e medicamentos consumidos nos EUA a locais de extração de minerais raros.
DEPENDÊNCIA
Para o vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Marcos de Azambuja, secretário-geral do Itamaraty no governo Collor, a divulgação desse telegrama, especificamente, evidencia duas questões: a primeira sobre a grande dependência dos EUA de outros países, e sobre a fragilidade de sua segurança. "Essa é uma indicação de como os EUA são vulneráveis a uma série de instalações fora do seu território, e de como o mundo é interdependente. Mas agora estamos diante de um mudança de paradigma, em que é preciso encontrar uma maneira de salvaguardar as informações", disse Azambuja.
O especialista acredita que a divulgação dessa lista pelo WikiLeaks afeta sim ainda mais a segurança dos Estados Unidos, bem como dos países que estão citados - apesar de em uma intensidade menor. "O primeiro prejudicado são os EUA. Se eu fosse um terrorista, essas informações seriam muito úteis para mim, pois dão um mapa da mina. Se eu sei tudo o que os EUA não podem perder, fica fácil agir", afirma. O legislador britânico Malcolm Rifkind, que já foi secretário de Defesa e Relações Exteriores, por sua vez, acredita que a ação do site pode prejudicar muito as nações envolvidas. "É mais uma evidencia de que o WikiLeaks tem sido muito irresponsável", disse ao jornal britânico The Times, acrescentando que a sua atividade "beira a criminalidade". Para o especialista Ray Walser, da Fundação Heritage, no entanto, o vazamento atual "não traz nada de novo" para quem já está envolvido com planos terroristas.
PONTOS CRÍTICOSOs locais e instalações listados pelo governo americano estão divididos em três categorias, com base no grau de ameaça

• Possuem ligação física direta com os EUAOleodutos e gasodutos, cabos submarinos de telecomunicações e bens localizados muito próximos à fronteira com os EUA, e cuja destruição poderia  causar consequências ao país, como barragens e instalações químicas.

• Bens e serviços estratégicosReservas minerais ou produtos químicos essenciais para a indústria dos EUA; produtos essenciais fabricados em apenas um ou em um número reduzido de países; terminais de telecomunicações cuja destruição poderia prejudicar seriamente as comunicações globais.

• Gargalos da cadeia de suprimentosVias de navegação como o Estreito de Ormuz, por onde escoa o petróleo extraído na região do Golfo Pérsico, ou o Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico através do istmo centro-americano; portos ou linhas de navegação essenciais para o fornecimento global de mercadorias.