sexta-feira, 17 de julho de 2015

Guerra autofágica contra Lula, Dilma, Temer, Renan e Cunha pode jogar Presidência no colo de Lewandowski


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O presidente do Supremo Tribunal Federal, amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, pode ser escalado para funcionar como o "fiel da balança" diante de um impasse institucional e de um tsunami político-judicial que pode tirar os mandatos de Dilma Rousseff, Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. O que pode afetar tal previsão é uma Intervenção Constitucional - possibilidade que ganha cada vez mais adesões a partir de pressões nas redes sociais. O que pode atrapalhar tal jogo de cena é a proximidade do ministro com o desgastado Lula...

A tal "Solução Ricardo Lewandowski" é tratada, abertamente, por lobistas que prestam consultoria a grandes empresas. Eles já enxergam, com seriedade, o alto risco de um "vácuo de poder" diante de uma crise com gravidade nunca antes vista na História do Brasil. No cenário que lobistas profissionais começam a analisar, cuidadosamente, um rolo compressor institucional tem tudo para promover uma dança das cadeiras na cúpula do poder. O que os lobistas ainda resistem em constatar é que a crise brasileira resulta de uma falha estrutural, e não apenas de problemas causados por erros ou desvios políticos, econômicos, éticos e morais.

Mesmo sem a avaliação correta do problema - o que impede encontrar soluções concretas e viáveis para promover as mudanças estruturais que o Brasil precisa -, já fica claro que o impasse tem alto risco de evoluir, no curtíssimo prazo, para uma ruptura. A dúvida é se o processo poderá ou não ser mediado pelos tradicionais conchavos, ou se vai assumir um tom mais radical, de confronto direto na disputa pelos espaços no redesenho da estrutura de poder.

A cúpula de poder entra em claro processo de autofagia. Metaforicamente, a música "Pecado Capital", sucesso de Paulinho da Viola, retrata bem o fenômeno de autodestruição na guerra aberta entre o Executivo e o Legislativo: "Cada um trata de si, irmão desconhece irmão, e aí, dinheiro na mão é vendaval, dinheiro na mão é solução, e solidão". Os ditos "poderosos" começam enxergar o risco de acabarem sozinhos, na luta egoísta para se manter no topo do comando da republiqueta de Bruzundanga. Neste conflito, pode sobrar para a cúpula do Judiciário, nomeada pelos políticos que se autodestroem. A cúpula militar fica igual ao velho Papagaio verde-oliva da piada: "Não fala nada, mas presta uma atenção"...

A Lava Jato, chegando à cúpula dos que contam com a proteção da cínica interpretação do foro privilegiado, começa a causas estragos inimagináveis, tornando explícita a guerra entre a cúpula oligárquica do Congresso e o comando de um dos mais impopulares e desmoralizados desgovernos da Era Republicana Tupiniquim. A agonia de Dilma Rousseff tende a se ampliar, até derrubá-la, no momento em que seu sustentáculo Luiz Inácio Lula da Silva se transforma, oficialmente, em objeto de um PIC (Procedimento de Investigação Criminal) realizado pela Procuradoria da República no Distrito Federal.

A procuradora federal Mirella Aguiar investiga suposto envolvimento do ex-Presidente em tráfico de influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para induzir a instituição a financiar obras da Odebrecht no exterior. Evidências complicam a vida de Lula. O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar acompanhou o ex-presidente em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013.

A Odebrecht teria pago as despesas do voo do ex-presidente, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do jatinho usado, ficou registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso". A Odebrecht usou uma de suas parceiras para pagar a despesa: a DAG Construtora, da Bahia.

O Brasil precisa ser lavado a jato. A limpeza está apenas começando, de forma seletiva. Mas a tendência é que se amplie. O mais importante agora, além de identificar e punir culpados, é identificar soluções para impedir que a corrupção institucionalizada continue em vigor. Por isso, mais que pedir saída de dirigentes ou simplesmente cadeia para os poderosos do colarinho branco empresarial e político, é necessário repensar a estrutura republicana.

O momento é agora. Se o Brasil perder a oportunidade histórica de mudança, continuará na vanguarda do atraso, como um imenso País de Terceiro Mundo sempre pronto a funcionar como mera colônia de exploração.

Vai ou não vai?

Ainda é remota a possibilidade de que Marcelo Odebrecht tome a sábia decisão de revelar algo relevante para a Força Tarefa da Lava Jato.

Afetado pela longa temporada preventiva na cadeia (desde 19 de junho), Marcelo deve depor hoje.

A previsão é que o tempo pode esquentar na friorenta Curitiba no primeiro interrogatório oficial do poderoso amigo (e patrocinador) de Lula.

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