Rebaixamento do
Brasil une as duas pontas contra Dilma Rousseff
O cronograma traçado pelo PMDB para o impeachment de Dilma
Rousseff está se concretizando.
Na semana passada, como
mostrei aqui, os peemdebistas
calculavam que até o congresso do partido, em 15 de novembro, a crise econômica
terá se agravado, levando às ruas as classes C e D, e que este seria o momento
de ruptura e do apoio da sigla à saída de Dilma.
Ontem, também mostrei aqui que o empresariado já desembarcava do
governo.
Hoje, uma nota da
Folha une as duas pontas:
“Congressistas do PT e do PMDB fizeram a mesma avaliação diante da
retirada do grau de investimento do Brasil pela Standard & Poor’s. A
decisão da agência fará Dilma Rousseff perder o apoio das duas pontas mais
refratárias ao impeachment: o empresariado e as classes C e D. O sistema
financeiro é, hoje, o principal lastro de Joaquim Levy. No outro extremo, o
agravamento do desemprego e da recessão pode levar o eleitorado petista a
engrossar as manifestações pelo ‘fora Dilma’.”
Tem mais:
“Um senador petista, desolado, descrevia o quadro do governo Dilma
Rousseff como o de um ‘paciente terminal': ‘Uma hora para de funcionar um rim,
dali a pouco é o coração que dá sinal de que vai pifar’.”
O jornal ainda registra
uma frase (presidencial?) de Michel Temer no jantar com governadores e
congressistas do PMDB, na terça:
“O momento não é de partido, não é de governo, é de pensar no país.
Isso é que deve guiar nossas ações”.
Pensar no país é
desligar os aparelhos da ‘paciente terminal’ Dilma Rousseff. Mas a
frase de Temer, como de costume, serve para justificar tanto a eventual
oposição quanto a cumplicidade com o governo.
É próprio do vice deixar
uma porta aberta para o céu e outra para o inferno. A função
da classe C e D e dos empresários é empurrá-lo de uma vez para o caminho
certo.
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