OCC - ALERTA BRASIL
Organização que tem como objetivo, educar, prevenir, fiscalizar e informar.
Atualmente a corrupção no país é endêmica, e somente as ações da sociedade para combater esse mal.
José "Guevara" Dirceu disse, "nós iremos tomar o poder, o que é diferente de eleição", na ocasião que foi solto pelo seu subalterno Dias Tofolli serviçal da Orcrim no STF.
O Brasil vive uma ditadura bolivariana governada pelo STF cujos integrantes são membros da ORCRIM ou seja do Establishment que odeia o povo e a nação, cujos interesses são a consolidação do Comuno Socialismo e a pobreza coletiva cujo estado controla tudo, percebam que não há partidos de direita no páis, há partidos de esquerda aos milhares os principais fazem parte do partido mãe PT os demais são seus satélites ou puxadinhos do PT são eles Rede, PSOL, PCO, PSTU, PSB, PDT, PcoB todos integrantes do Foro de São Paulo do outro lado fingindo se
Esther Dweck foi nomeada há 7 dias e ganhará R$22,5 mil por mês
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) nomeou Esther Dweck, testemunha de
defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, para trabalhar como
assessora parlamentar em seu gabinete. Esther Dweck é funcionária da
Secretaria de Orçamento e Finanças, órgão vinculado ao Ministério do
Planejamento. Nesta sexta-feira (26), Esther vai depor a favor de Dilma
Rousseff em sessão do Senado Federal.
O PT pediu a suspeição do procurador Júlio Marcelo de Oliveira, concursado que não recebe dinheiro de partido.
Esther Dweck receberá salário de R$22,5 mil por mês. Ainda assim, nenhum partido pediu a suspeição da nova assessora de Gleisi
Nesta quinta (25), Gleisi Hoffmann reitorou que os senadores não têm moral para discutir o processo de impeachment. Percebe-se.
A própria senadora preencheu e assinou o formulário pedindo que a
secretaria ceda a testemunha de defesa para trabalhar no Senado.
Pesquisa mostra que Lula é o presidenciável mais rejeitado
Pesquisa mostra Lula como presidenciável mais rejeitado, de longe. Foto: William Volcov/AE
O PT insiste na lorota de que Lula é “certo” para vencer as eleições de
2018, mas faltou combinar com 71% dos eleitores, que não votariam nele
de jeito nenhum para presidir o Brasil uma terceira vez, segundo
levantamento do Paraná Pesquisas. O ex-presidente é, de longe, o
presidenciável mais rejeitado. Até na região Nordeste, onde o PT teve a
maioria de seus votos em 2014, a rejeição de Lula chega a 55,9%. A
informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Principal oposição ao PT, o PSDB não comemora. Aécio, Alckmin, e Serra são rejeitados por 56,7%, 61,9% e 56,4%, respectivamente. Terceira colocada nas últimas eleições, Marina Silva (Rede) apresenta
rejeição semelhante aos tucanos, 56,6% não votam na ex-petista. Apesar de ser o “menos rejeitado”, com 55%, Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
tem o menor índice de “votos certos”: só 9,6% votariam “com certeza”.
Durante mais de meio século, a indústria cinematográfica mundial foi
dominada por gerações de produtores e realizadores formados na dura
rotina dos estúdios e educados sob as regras de uma concorrência feroz. A
proliferação de cursos de cinema nas universidades e a virada
da contracultura dos anos 1960, com o consequente aumento da intervenção
estatal no mercado e a aproximação entre políticos de esquerda e
cineastas, modificou a natureza de grande parte das produções. O
resultado é que, desde então, há um predomínio da cultura esquerdista de
modo geral na temática e no universo de referência dos filmes. Não
demorou para que acadêmicos e estudiosos marxistas passassem a usar os
próprios filmes como poderoso material de proselitismo em sala de aula,
influenciando milhões de estudantes e distorcendo a visão e a análise de
pontos importantes para a compreensão da política, da sociedade e da
história humana.
Identificado e especificado tal problema, vou sugerir aqui um
contraponto a essa abordagem. Apresentarei separadamente listas de
filmes e seriados que permitem uma visão alternativa a respeito de temas
que a esquerda costuma usar para fazer propaganda ideológica,
especialmente nas salas de aula. Estou priorizando títulos que são mais
fáceis de encontrar. Se o seu professor usou filme em sala de aula para
fazer propaganda ideológica em cima de algum dos temas, sugira um
contraponto com um filme desta lista.
Lembro que estas não serão
listas definitivas, como seria impossível de se conceber. Proponha e
indique outros títulos também nos comentários. Nunca se esqueça de que
filmes são um recorte inevitavelmente sintético da realidade, sendo
impossível que cada um deles contenha todas as inúmeras variações
possíveis a respeito de cada tema. Da mesma forma, não estou
corroborando integralmente a eventual abordagem de qualquer dos filmes
da lista: use seu próprio discernimento e senso crítico para extrair o
melhor de cada um.
Não espere demais de um filme: um filme não é
uma tese, sequer é uma obra literária. Pense: o conteúdo de um filme
pode ser conhecido em duas horas de projeção (às vezes menos). Quanto
tempo se leva para ler um livro inteiro? Um dia, no mínimo, mas
geralmente muito mais. Não espere demais dos filmes. Eles são gatilhos
excelentes e expressam ideias de uma forma muitas vezes arrebatadora,
mas na maioria dos casos prepõem questões cujas respostas não podem ser
encontradas nas duas horas de projeção. Use os filmes para se
familiarizar com diferentes pontos de vista e abrir a discussão.
Iniciando a série, vamos conhecer a Cuba real através de alguns filmes especiais? A Cidade Perdida (The Lost City, 2005) – Drama
Tópicos de interesse: Cuba, revolução, comunismo, Che Guevara, Fidel Castro, ditadura, censura, intervenção estatal
Um retrato emocional e melancólico da inominável violência dos
comunistas contra o povo cubano. Destaque para a cena onde o “jazz” é
proibido numa casa de espetáculos por uma sindicalista raivosa. Diretor: Andy Garcia Com: Andy Garcia, Bill Murray, Dustin Hoffman e Inés Sastre
Che Guevara – Anatomia de um Psicopata (2005) – Documentário
TÓPICOS DE INTERESSE: Cuba, comunismo, ditadura, Che Guevara, revolução
A face real do psicopata assassino Che Guevara, sem retoques. Um ótimo
antídoto para sua outra biografia, dirigida por um cineasta brasileiro
que, além de banqueiro (ou filho de banqueiro, o que na prática dá na
mesma) também parece ser socialista. Diretor: Luis Guardia
Antes do Anoitecer (Before Night Falls, 2000) –
TÓPICOS DE INTERESSE: Cuba, comunismo, ditadura, tolerância, LGBT, gay, tortura, repressão
Perseguição a homossexuais e censura na Cuba comunista. História real
num recorte bastante sensível baseado na vida do poeta e novelista
cubano Reinaldo Arenas. Diretor: Julian Schnabel Com: Javier Bardem, Johnny Deep e Olatz Goméz Garmendia
Quando Olívio Dutra elegeu-se governador
do Rio Grande, sua vitória foi entendida como evento culminante de uma
empreitada revolucionária. Olívio e seus companheiros chegaram ao
Palácio Piratini, em 1º de janeiro de 1999, mais ou menos como Che
Guevara e Camilo Cienfuegos haviam entrado em Havana exatos 40 anos
antes – donos do pedaço, para fazer o que bem entendessem e quisessem.
Só faltou um velho tanque de guerra para os bigodudos e barbudos do PT
se amontoarem em cima.
Foi com esse voluntarismo que o primeiro
governador gaúcho petista, posteriormente conhecido como “O
Exterminador do Futuro I” (haveria uma segunda versão com outro ator),
despachou a montadora da Ford para Camaçari, na Bahia. “Nenhum centavo
de dinheiro público para uma empresa que não precisa!”, explicava o
governador incandescendo sua mistura de vetustos ardores messiânicos e
antiamericanismo adolescente. E o PIB gaúcho, por meia dúzia de tostões,
perdeu mais de um bilhão de dólares por ano pelo resto de nossas vidas.
Foi assim, também, que se instalaram pela primeira vez entre nós a
tolerância, as palavras macias, o aconchego e os abraços aos criminosos,
seguidos de recriminações e restrições às ações policiais. Foi assim
que o MST e as invasões de terras ganharam uma secretaria de Estado. Foi
assim, também, que o PT gaúcho inventou uma Constituinte Escolar,
instrumento ideológico concebido para, sob rótulo de participação
popular, permitir que o partido estabelecesse as diretrizes de uma
educação comunista no Rio Grande do Sul.
A essas alturas já era gritante o
contraste entre a qualidade da Educação prestada pelo Colégio
Tiradentes, sob orientação da Brigada Militar, e o decadente ensino
público estadual. A insuportável contradição não comportava explicações
palatáveis, mas sua notoriedade exigia completa eliminação. E o governo
transferiu o tradicional Colégio para a já então ultra-ideologizada
Secretaria de Educação. O Colégio Tiradentes foi condenado à morte,
executado e esquartejado. No mesmo intento de combater a quem defende a
sociedade e de afrontar a tudo que pudesse parecer militar, Olívio Dutra
retirou o comando da Brigada Militar do prédio onde historicamente
funcionava e fez a Chefia de Polícia mudar-se do Palácio da Polícia.
Sim, sim, parece mentira, mas é verdade pura.
Eleito governador em 2002, Germano
Rigotto, tratou de reverter o aviltamento das instituições policiais.
Fez com que seus comandos retornassem às sedes tradicionais e decretou a
volta do Colégio Tiradentes à Brigada Militar. Ao se pronunciar durante
a solenidade de assinatura desse decreto, o governador afirmou algo que
não pode sumir nas brumas do esquecimento porque define muito bem a
natureza totalitária de seu antecessor: “Não raro, por escassez de
recursos ou limitações de qualquer natureza, a comunidade quer algo e o
governo não pode atender. O que raramente acontece é o governo fazer
algo contra o manifesto desejo da comunidade. Foi o que o aconteceu e é o
que sendo retificado neste momento. O Colégio Tiradentes volta para
onde deve estar. O Quartel General da Brigada Militar, retornou ao seu
QG. A Polícia Civil voltou para o Palácio da Polícia”.
Três atos marcantes, revogando
providências que o governo petista impôs à sociedade gaúcha,
contrariando-a intensamente, apenas para expressar seu antagonismo a
tudo que fosse ou seja policial e militar.
Decorridos 13 anos, podemos ler no
episódio aqui narrado as preliminares de um antagonismo que não se
extinguiu. Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da
burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em
relação à “indisciplina pedagógica” dos colégios militares.
Ronaldo Caiado lacrou forte no Facebook, como se lê abaixo:
“Como é o estilo dos petistas, Lindbergh
projeta nos outros os crimes que comete. Eu sou ficha limpa, não tenho
processos no STF, não estou na Lava Jato, não cometi qualquer crime e
posso andar de cabeça erguida. Já Lindbergh… Confira a ficha corrida:
– Acusado de montar esquema de captação de propina na Prefeitura de Nova Iguaçu entre 2005 e 2010;
– Acusado de montar fraude em licitação de gás de cozinha para preparar MERENDA ESCOLAR;
– Investigado por transações suspeitas
entre prefeitura e o Instituto de APOSENTADORIA dos Servidores
Municipais (Previni) em valores que chegam a R$ 300 milhões;
– Acusado de achacar BNDES para financiamento de hotel de R$ 10 milhões em Natal pertencente a seu irmão;
– Nomeou PAULO ROBERTO COSTA arrecadador de recursos de empreiteiras para financiar campanha de 2014;
– Rececebeu R$ 2 milhões de dinheiro do Petrolão na campanha de 2010 intermediado por Alberto Youssef;
– Aparece em documento apreendido na Lava Jato sob alcunha de “Lindinho” e a quantia de R$ 200 mil;
– Responde a 15 inquéritos e uma ação
penal no STF (recordista no Senado). Acusado de crimes de
responsabilidade, contra o sistema financeiro, quadrilha e corrupção.
Segue lista abaixo:
Ação penal 679 – Recusa, retardamento ou omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura de Ação Civil Pública
(Data de autuação: 12/04/2012)
Inquérito 3079 – Crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 08/02/2011)
Inquérito 3121 – Crimes contra a ordem tributária
(Data de autuação: 17/03/2011)
Inquérito 3124 – Crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 18/03/2011)
Inquérito 3135 – Crimes de responsabilidade/crimes da Lei de Licitações/emprego irregular de verbas ou rendas públicas
(Data de autuação: 24/03/2011)
Inquérito 3163 – Improbidade administrativa
(Data de autuação: 18/04/2011)
Inquérito 3223 – Crimes da Lei de licitações
(Data de autuação: 08/06/2011)
Inquérito 3334 – Crimes de responsabilidade/crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 21/10/2011)
Inquérito 3371 – Crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 22/11/2011)
Inquérito 3375 – Crimes da Lei de licitações
(Data de autuação: 01/12/2011)
Inquérito 3497 – Crimes da Lei de licitações
(Data de autuação: 04/06/2012)
Inquérito 3511 – Peculato/Crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 04/07/2012)
Inquérito 3595 – Crimes contra o sistema financeiro nacional/emprego irregular de verbas ou rendas públicas/quadrilha ou bando
(Data de autuação: 25/01/2013)
Inquérito 3607 – Crimes contra as finanças públicas crimes da Lei de Licitações
(Data de autuação: 13/02/2013)
Inquérito 3616 – Crimes da Lei de Licitações/corrupção passiva
(Data de autuação: 13/02/2013)
Inquérito 3618 – Corrupção passiva /competência
(Data de autuação: 15/02/2013)
A
foto acima mostra um carro alegórico em uma das mega manifestações
#anti-PT #ForaDilma ocorrida no Brasil. Retrata com precisão o que
sempre aconteceu no Brasil e que foi turbinado de forma irrefreável no
governo petista que haverá de evaporar até o final desta semana depois
que Dilma for despachada para catar coquinhos numa praia cubana.
Em
que pese toda essa barbaridade as pesquisas eleitorais que medem
tendências para as eleições municipais de outubro deste ano apontam
diversos comunistas e outros vagabundos e vagabundas oportunistas na
liderança.
O
número de psicopatas e loucos de todos os gêneros é uma coisa
assombrosa. Se os números dessas pesquisas se confirmarem nas urnas
chega-se a uma conclusão inescapável: o Brasil não é um país, mas um
viveiro de débeis mentais.
Depois
de tudo que veio e continua vindo à luz com a explosão do petrolão, o
mega escândalo das roubalheiras levado a efeito por Lula, Dilma e seus
sequazes, o povaréu ainda continua acreditando que a vaca de Brasília é
inesgotável. Todos querem mamar. Afinal, a maioria que pontua alto nas
pesquisas eleitorais perfila-se ao lado da maluca teoria comunista que
garante o céu na Terra por conta dos cofres estatais, precisando apenas
rodar as máquinas da Casa da Moeda.
O
resultado está aí: inflação, retração econômica, desemprego,
instabilidade e violência, os ingredientes de uma receita macabra que
transformam qualquer Nação num submundo como Cuba e Venezuela, onde
imperam a fome, a miséria e a morte.
Eleições municipais 2016: tomem cuidado, petistas, comunistas ,rede,psol
e outras filiais do PT estão se disfarçando e escondendo sua
origem.ACORDEM
As pesquisas eleitorais que medem tendências para as eleições municipais de outubro deste ano apontam diversos comunistas e outros vagabundos e vagabundas oportunistas na liderança.
O número de psicopatas e loucos de todos os gêneros é uma coisa assombrosa. Se os números dessas pesquisas se confirmarem nas urnas chega-se a uma conclusão inescapável: o Brasil não é um país, mas um viveiro de débeis mentais.
Depois de tudo que veio e continua vindo à luz com a explosão do petrolão, o mega escândalo das roubalheiras levado a efeito por Lula, Dilma e seus sequazes, o povaréu ainda continua acreditando que a vaca de Brasília é inesgotável. Todos querem mamar. Afinal, a maioria que pontua alto nas pesquisas eleitorais perfila-se ao lado da maluca teoria comunista que garante o céu na Terra por conta dos cofres estatais, precisando apenas rodar as máquinas da Casa da Moeda.
O resultado está aí: inflação, retração econômica, desemprego, instabilidade e violência, os ingredientes de uma receita macabra que transformam qualquer Nação num submundo como Cuba e Venezuela, onde imperam a fome, a miséria e a morte. (Aluizio Amorim )
FIQUEM ATENTOS!!!! OLHEM OS PETISTAS DISFARÇANDO PARA ENGANAR VOCE.
Derrota no Senado por 59 a 21
no penúltimo round do impeachment prenuncia o adeus da presidente
afastada. Parte da mudança, inclusive uma de suas bicicletas, já foi
levada para Porto Alegre e a petista até planeja um exílio por países
latino-americanos depois do afastamento definitivo
VAI PARA CASA MAIS CEDO Ainda falta o último ato, mas Dilma já tem
consciência de que não retornará ao poder (Crédito: Reuters/Ueslei
Marcelino)
Para tomar emprestado um bordão esportivo em tempos de Olimpíada,
Dilma irá para o chuveiro mais cedo, mas quem será asseado é o País.
Candidamente, a petista entoa o mantra do “não sei de nada”, “não tenho
culpa de nada”, “sou vitima da mídia e das elites” celebrizado por Luiz
Inácio Lula da Silva. Mais um discurso destinado a alimentar com as
sementes do engodo uma plateia de convertidos – hoje estourando 30% dos
brasileiros. Apesar da tentativa de terceirizar a própria culpa e de
criar uma narrativa épica, mas fictícia, a petista é um pote até aqui de
malfeitos. Além das pedaladas – que não foram meras maquiagens fiscais,
como quer fazer crer a tropa de choque petista, mas uma estratégia
política para vender ao eleitor um Brasil irreal, com único objetivo de
vencer a eleição, – Dilma é acusada de incorrer em outros crimes mais
graves. Atentado à justiça
Se, como disse o procurador da República Ivan Cláudio Marx, o
ex-presidente Lula foi o “chefe de organização criminosa” para obstruir a
Justiça, Dilma é no mínimo co-partícipe da trama. Em maio, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que a presidente
afastada fosse investigada por tentativa de atrapalhar as investigações
da Lava Jato. Segundo delação do ex-senador Delcídio do Amaral,
antecipada por ISTOÉ, a presidente Dilma o teria usado como emissário da
proposta a um candidato a ministro do STJ para trocar a indicação pela
concessão de habeas corpus pedido por empreiteiros presos em Curitiba.
Tudo ocorreu como combinado. Os empresários só não foram soltos porque o
relatório produzido pelo ministro nomeado Marcelo Navarro foi derrubado
pelos seus pares. A petista ainda corre o risco ser indiciada pela
Procuradoria-Geral da República, se não por esta denúncia, mas pela
nomeação desastrada de Lula para a Casa Civil, a fim de mantê-lo
distante da jurisdição de Moro, concedendo-lhe foro privilegiado. Não
bastassem as investidas contra o livre trabalho do Judiciário, que
configuram crime de responsabilidade passível de perda de mandato
tipificado no inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079, as recentes propostas
de delações premiadas de executivos de empreiteiras implicadas no
Petrolão deixam claro que Dilma não só sabia como operou pessoalmente na
arrecadação ilegal de sua campanha em 2014. Aos procuradores da Lava
Jato, segundo reportagem de ISTOÉ, Marcelo Odebrecht afirmou que a
mandatária exigiu R$ 12 milhões para a campanha durante encontro
privado. O dinheiro seria fruto de propina desviada da Petrobras. “É
para pagar”, teria ordenado ela, de acordo com a proposta de delação do
empresário. Parte do recurso seria utilizada para pagar o marqueteiro
João Santana. Solto na semana passada, Santana também confirmou em
delação a participação direta de Dilma no manejo de recursos irregulares
destinados a irrigar os cofres de sua campanha à reeleição.
Legado de Dilma: um país em crise
Para completar o cenário nada edificante para quem jura inocência, a
herança de Dilma é de amargar. De chorar lágrimas de esguicho. No
“golpe” sem armas e tanques, alardeado pelo PT e congêneres, a vítima
foi o povo. Dilma herdou de seu antecessor um País que crescia 7,5%, com
baixa taxa de desemprego, inflação controlada e investidores animados.
Em meio ao repique da crise e a queda nos preços das commodities,
decidiu abandonar a política econômica adotada até então para implantar
sua “nova matriz econômica”, baseada em crédito abundante, política
fiscal frouxa e juros baixos. No vale-tudo para se reeleger, tomou
decisões temerárias como segurar preços administrados e abandonar o
equilíbrio fiscal. “O governo agiu como alguém que sonhou que iria
ganhar na mega-sena e saiu por aí gastando o que não tem”, diz Carlos
Pereira, cientista político da FGV-Rio. Com a volta da inflação, a
comida sumiu do prato de muitos brasileiros. O poder de compra foi
corroído. O projeto de inclusão, ancorado no consumo e traduzido pela
ascensão social de milhões de pessoas, ruiu como um castelo de cartas. O
aumento do desemprego e a queda nos rendimentos fizeram com que quase 4
milhões voltassem às classes D e E, de acordo com recente levantamento
realizado com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios e da Pesquisa Mensal de Emprego, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O setor elétrico, tido como
especialidade da gerentona, entrou em colapso. O investment grade virou
pó e a corrupção, já institucionalizada, se retroalimentou da tragédia
político-econômica e administrativa. Na sessão do Senado que praticamente selou o destino de Dilma, os
próprios aliados da presidente afastada baixaram as armas. Enquanto uns
estavam mais preocupados em checar no celular os últimos resultados da
Olimpíada, integrantes da comissão de frente em defesa da petista, como a
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), demonstravam resignação ante a
derrota iminente. “Nós que defendemos a presidenta Dilma temos
consciência. Achamos até que ela não tem condições mais de
governabilidade. E não seríamos nós senadoras e senadores irresponsáveis
de apenas defender a volta dela para ampliar uma crise que não é só
política, mas econômica também”, disse momentos antes do início da
votação.
Não raro alinhado às teses petistas, o presidente do STF, Ricardo
Lewandowski, atuou como manda o figurino. Exercendo papel de magistrado,
limitou-se a cumprir as regras estabelecidas. Com elegância, chegou a
suspender o áudio de Gleisi Hoffmann: “Senhora senadora, eu tenho que
ser muito rígido com o tempo. Peço escusas à Vossa Excelência”, disse.
Repetiu a dose ante os excessos de Grazziotin e Kátia Abreu (PMDB-TO).
Esta última também teve o microfone cortado. Tranqüilo e sereno, o
presidente do Supremo adentrou ao plenário do Senado às 9h05. “O Senado
está aqui para exercer uma de suas mais graves atribuições que a
Constituição lhe acomete”, sapecou. Logo na abertura dos trabalhos,
Lewandowski solicitou aos senadores que só pedissem a palavra para se
pronunciar sobre questões processuais. “Tendo em conta a previsão de que
esta sessão poderá tornar-se um tanto quanto longa, eu peço vênia,
desde logo, para ser muito rigoroso na contagem dos prazos”. Antes do
início da sessão, o presidente do STF rejeitou as questões de ordem que
pediam a suspensão do processo de impeachment de Dilma. Num dos recursos
sem qualquer cabimento, aliados da presidente afastada pediam para que
fossem aguardados os resultados de delações premiadas. Houve ainda um
pedido de suspeição do relator Antonio Anastasia, pelo fato de ele ser
do PSDB, assim como um dos autores da denúncia, o advogado e ex-ministro
da Justiça Miguel Reale Júnior “Indefiro as questões de ordem 1 e 2 por
tratarem de fatos estranhos ao presente processo. Não é possível
suspender o feito com fundamento nestes argumentos”, afirmou. Ao fim, o
placar de 59 a 21, e a comemoração. “Ganhamos todos com esse julgamento.
Ganha o País, que tem a chance de ver resgatadas as condições políticas
para dar seguimento à estabilidade econômica”, disse a senadora Lúcia
Vânia (PSB-GO).
Ao tirar Dilma da frente, o Brasil começa uma nova etapa. A saída
definitiva da petista fará com que o presidente em exercício Michel
Temer atue com mais desprendimento para colocar em marcha as reformas
necessárias ao País. Num primeiro momento, como antecipou o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, o governo deverá dedicar-se à implementação
de medidas destinadas a disciplinar as contas públicas, fundamentais
para a retomada dos investimentos e da confiança dos investidores. Há
uma pauta de modernização da economia, já iniciada, com a revisão das
metas fiscais para este e para o próximo ano e com a proposta de um teto
para o aumento do gasto público, que poderá deslanchar a partir do
impeachment. É imperativo que o Congresso a aprove. Mesmo as iniciativas
mais impopulares, como alterações nas leis trabalhistas e
previdenciárias. Só assim, o País poderá sair da ruína econômica legada
pela desastrosa gestão petista. O destino cumpre um roteiro nem de perto imaginado por Dilma quando
tomou posse ainda para o seu primeiro mandato em 1° de janeiro de 2011.
Resignada, nos dias derradeiros, Dilma acalentou um último desejo: o de
não sair do Palácio do Planalto pelos fundos, como Fernando Collor, em
1992, cercado por um pequeno séquito de assessores. A cena pode até não
se repetir. Na prática, porém, para a maioria dos brasileiros, o efeito é
o mesmo: Dilma não deixará saudades. A partir de setembro, será apenas
mais um quadro pendurado na galeria de ex-presidentes.
Em negociação de delação premiada,
Léo Pinheiro revela que, a pedido do ex-presidente, contratou a empresa
do então marido de Rose, a ex-secretária do petista acusada de tráfico
de influência. Objetivo era o de silenciá-la. ISTOÉ teve acesso à prova
que estabelece o elo entre a New Talent e a empreiteira
Um dos capítulos do acordo de delação premiada que o ex-presidente da
OAS, Léo Pinheiro, vem negociando com a Lava Jato trata especificamente
dos favores prestados pela empreiteira a Lula. É nele que Pinheiro vai
relatar aos procuradores como foi montada e executada uma operacão
destinada a comprar o silêncio de Rosemary Noronha, a protegida do
ex-presidente petista. Detalhará como a empreiteira envolvida no
Petrolão a socorreu após ela ser demitida do gabinete da Presidência em
São Paulo, em dezembro de 2012, e ter se tornado alvo da Polícia Federal
na Operação Porto Seguro pelo envolvimento com uma organização
criminosa que fazia tráfico de influência em órgãos públicos.
O AMIGÃO OAS reformou o tríplex de Lula e o ajudou com Rosemary, que
ganhou apartamento da Bancoop (Crédito:DENISE ANDRADE/Estdão Conteúdo;
WERTHER SANTANA/ESTADÃO)
Conforme
Léo Pinheiro já adiantou aos integrantes da Lava Jato, uma das maneiras
encontradas pela OAS para ajudá-la foi contratar a New Talent
Construtora, empresa do então cônjuge de Rose, João Vasconcelos. A
contratação, disse Pinheiro, atendeu a um pedido expresso de Lula.
Documentos em poder da força-tarefa da Lava Jato e de integrantes do
Ministério Público de São Paulo, aos quais ISTOÉ teve acesso, confirmam
que a New Talent trabalhou para a OAS.
SOB SUSPEITA O escritório da New Talent, destino de recursos pagos pela
OAS para Rose, fica neste prédio simples na zona sul de São Paulo
(Crédito:Reprodução)
Mensagens trocadas por executivos da OAS no fim de 2014 interceptadas
pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram a pressa dos
dirigentes da empreiteira em “resolver o problema de João Vasconcelos e
Rose.” Nas conversas, em que chegaram até a mencionar os telefones da
protegida de Lula e do ex-marido dela, os executivos narram a pressão do
“amigo”, possivelmente o ex-presidente Lula, para que fosse encontrada
logo uma solução. Pudera. Fora do cargo, respondendo criminalmente na
Justiça e sem o prestígio de outrora, Rosemary Noronha fazia chegar à
cúpula do partido que se sentia abandonada. Não escondia o
descontentamento com integrantes da gestão Dilma. Acreditava que o
Palácio do Planalto nada fez para protegê-la da Operação Porto Seguro.
Rose atemorizava os petistas com uma possível delação. Os petistas
temiam que ela contasse o que testemunhou graças à proximidade de
décadas com o ex-presidente Lula. Os dois se conhecem desde 1988. Na
época, ela trabalhava na agência em São Bernardo do Campo onde o
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC possuía conta. Pouco depois, passou a
gerenciar as contas do próprio Lula e recebeu um convite para
secretariá-lo no escritório do PT em São Paulo. Ficou doze anos no
cargo. Nos bastidores do partido, comentava-se que uma opinião dela
poderia viabilizar ou encerrar de vez as chances de alguém se reunir com
o futuro presidente. Quando o PT chegou ao Palácio do Planalto em 2003,
Rose logo recebeu um cargo. Foi designada assessora do gabinete do
executivo federal em São Paulo e, depois, chefe do escritório da
presidência da República na capital paulista. Não raro, ausentava-se da
cidade para acompanhar as comitivas do petista em eventos e viagens ao
exterior. Seu poder era tanto que poucas pessoas arriscavam se indispor
com Rosemary. Mesmo com a posse de Dilma, Rose se manteve no posto na
cota de Lula. Com a delação da OAS em mãos, não será difícil para as autoridades
comprovarem como foi, de fato, colocado em prática o plano para comprar o
silêncio de Rosemary Noronha via a contratação da empresa do seu
ex-marido. A primeira prova que estabelece o elo entre a New Talent e a
OAS já foi fornecida aos promotores paulistas e procuradores do
Petrolão. Diz respeito à recuperação judicial da própria empreiteira.
Denunciada na Lava Jato, a OAS viu os seus caixas secarem com o
cancelamento de contratos e o atraso de pagamentos de obras suspeitas de
superfaturamento. Precisou ingressar com um pedido na Justiça para
ganhar tempo para pagar bancos e fornecedores. É justamente no edital em
que constam as empresas que dizem ter créditos a receber da OAS que a
empresa do ex-marido de Rosemary figura. Não se sabe quanto João
Vasconcelos recebeu da empreiteira no total, mas a New
Talent Construtora reclama R$ 15,4 mil que teriam ficado pendentes.
Os procuradores federais e os promotores paulistas tiveram mais
surpresas ao esquadrinharem a empresa. Apesar de se dizer uma companhia
de engenharia de “construção de edifícios” na Junta Comercial do Estado
de São Paulo (Jucesp), a New Talent sequer possui um veículo. Sua sede
fica em uma pequena sala de um prédio simples de quatro andares em cima
de uma farmácia na zona sul da capital paulista. Possui capital social
de R$ 120 mil, valor irrisório se comparado ao de outras firmas do mesmo
ramo. No papel, a New Talent tem outras duas pessoas como donas. A
primeira é o genro de Rose, Carlo Alexandro Damasco Torres. A segunda,
Noemia de Oliveira Vasconcelos é mãe do ex-marido de Rose. Em comum, os
dois sócios possuem patrimônios incompatíveis com um negócio deste
porte. Segundo as autoridades, a empresa pertence a João Vasconcelos, o
ex-cônjuge de Rose. Em contratos da companhia, é ele quem aparece como o
responsável.
Na ficha da New Talent na Jucesp consta ainda um pedido de bloqueio de
bens de outubro de 2015 de mais de R$ 2 milhões. Trata-se de uma decisão
tomada pela Justiça Federal com base nas acusações de improbidade
administrativa contra Rose, o ex-marido João Vasconcelos, a New Talent e
outros investigados na Operação Porto Seguro por integrarem uma rede de
tráfico de influência no setor público.
UM PRESENTE MILIONÁRIO As ajudas recebidas por Rosemary Noronha foram além do contrato firmado
pela OAS com a New Talent a pedido de Lula. Como ISTOÉ mostrou com
exclusividade na sua última edição, a amiga do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva teria recebido um dúplex no Condomínio Residencial Ilhas
D’ Itália, com cerca de 150 metros quadrados e piscina interna,
localizado em uma área valorizada da capital paulista. Documentos e
depoimentos colhidos por integrantes do Ministério Público de São Paulo
que conduzem a operação Alcatéia, uma nova fase da investigação do
tríplex ocultado pela família Lula no Guarujá, mostram que há fortes
indícios de que Rose recebeu o apartamento sem pagar nada pelo bem. O
empreendimento foi iniciado pela falida Cooperativa Habitacional dos
Bancários (Bancoop), que lesou sete mil famílias, e finalizado pela OAS.
Rose faria parte de um grupo de pessoas ligadas a Lula, à cúpula do PT e
à Central Única dos Trabalhadores que teria se beneficiado de fraudes
na cooperativa e das transferências de empreendimentos inacabados para a
OAS. Em nota enviada à ISTOÉ na última semana, Rosemary Noronha afirmou
que não recebeu “nenhum apartamento” e que forneceu “documentação que
comprova a quitação do apartamento que” adquiriu. A questão, para o
Ministério Público de São Paulo, é que Rosemary enviou apenas os
comprovantes de pagamento de um outro imóvel, localizado no Condomínio
Torres da Mooca. Não mandou aos promotores nenhum documento ou
explicação do dúplex de 150 metros quadrados, que está em nome de sua
filha Mirelle. Às autoridades, a própria Mirelle disse que quem obteve o
dúplex foi sua mãe. Em janeiro de 2014, Rose teria repassado o imóvel
para a filha, que também não conseguiu comprovar o pagamento.
Seria algum exagero dizer que, desde a Revolução
Francesa, a esquerda tem sido a fonte de praticamente todas as perversidades
políticas, e continua sendo até hoje?
É verdade que não pode haver dúvidas de que várias
crueldades podem ser e foram infligidas com o intuito de se preservar a ordem
vigente. Porém, quando comparamos as
piores atrocidades do passado mais distante com as revoluções totalitárias de
esquerda ocorridas no século XX, aquelas parecem, em geral, um mero
distúrbio. Como dizia Joseph Sobran,
toda a história da Inquisição mal alcança o nível daquilo que os comunistas faziam em uma
tarde normal.
A Revolução Francesa, particularmente em sua fase
mais radical, representou a clássica manifestação do esquerdismo moderno, e
serviu de modelo para revoluções ainda mais radicais que viriam a ocorrer ao
redor do mundo mais de um século depois.
À medida que a Revolução Francesa avançava, seus
objetivos iam se tornando mais ambiciosos, com seus mais fervorosos partidários
exigindo nada menos que a total transformação da sociedade.
Para substituir os vários costumes e tradições já
estabelecidos em uma França que tinha mais de um milênio de história, os
revolucionários radicais introduziram uma alternativa "racional" inteiramente
criada por suas próprias cabeças, e com um entusiasmo digno de um hospício.
Ruas com nomes de santos receberam novos nomes, e as
estátuas de santos foram guilhotinadas (as pessoas que guilhotinavam estátuas
eram as racionais). O próprio calendário
francês, repleto de festas religiosas, foi substituído por um calendário mais
"racional", com 30 dias por mês divididos em três semanas de 10 dias, desta
maneira abolindo o domingo. Os cinco
dias restantes do ano eram dedicados a práticas seculares: celebrações do
trabalho, da opinião, do talento, da virtude e da recompensa.
As punições ministradas a quaisquer desvios dessa
nova revelação já eram tão severas quanto as que viriam a se tornar praxe na
esquerda de hoje. Pessoas eram
sentenciadas à morte por terem um rosário, por darem abrigos a padres, ou mesmo
por se recusarem a abdicar do sacerdócio.
Já estamos bastante familiarizados com a guilhotina,
mas os revolucionários inventaram outras formas de execução, como os Afogamentos em Nantes,
criados para humilhar e aterrorizar suas vítimas.
Dado que a esquerda sempre quer a completa
transformação da sociedade, e dado que essa mudança total tende a enfrentar a
resistência dos cidadãos comuns que simplesmente não querem ter suas rotinas e
suas vidas radicalmente transformadas, não é de se surpreender que o recurso do
terror em massa seja a arma escolhida. O
povo tem de ser aterrorizado até sua completa submissão, e tem de ficar tão
indefeso, quebrado e desmoralizado, que qualquer ato de resistência irá se
tornar impossível.
Da mesma forma, não é de se surpreender que a
esquerda defenda um estado gigante. Em
lugar de agrupamentos e fidelidades que ocorrem naturalmente, a esquerda exige
sua substituição por criações artificiais.
Em lugar do concreto e do específico — dos "pequenos pelotões" que
surgem organicamente, como dizia Edmund Burke —, a esquerda impõe substitutos
remotos e artificiais que surgem da cabeça dos intelectuais.
A esquerda prefere que o comando total seja entregue
a um distante governo central em detrimento dos indivíduos e suas vizinhanças
locais; às escolas e aos sindicatos dos professores em detrimento do chefe da
família.
Por isso, durante a Revolução Francesa, a criação
dos departamentos,
totalmente subordinados a Paris, foi uma clássica manobra esquerdista — assim
como foram os megaestados totalitários do século XX, os quais exigiam que a
fidelidade do povo fosse transferida das pequenas associações que até então
definiam suas vidas para uma nova autoridade central que havia sido criada do
nada.
Enquanto isso, a direita (corretamente entendida), de
acordo com o grande liberal clássico Erik
von Kuehnelt-Leddihn, "defende formas de vida livres e
surgidas organicamente".
A
direita defende a liberdade e uma maneira de pensar livre e sem preconceitos;
uma prontidão em preservar os valores tradicionais (desde que eles sejam
valores verdadeiros); uma visão equilibrada da natureza do homem, que o vê nem
como uma besta nem como um anjo, insistindo na singularidade dos seres humanos,
os quais não podem ser transformados em, e nem tratados como, meros números ou
cifras.
Já
a esquerda é a defensora dos princípios opostos; ela é a inimiga da diversidade
e a fanática defensora da identidade. A
uniformidade é enfatizada em todas as utopias esquerdistas, paraísos nos quais
todos são os mesmos, a inveja está morta, e o inimigo ou já foi aniquilado, ou
vive fora dos portões, ou já foi completamente humilhado. O esquerdismo abomina as diferenças, as
divergências e as estratificações. [...] A palavra "única" é o seu símbolo: uma
única linguagem, uma única raça, uma única classe, uma única ideologia, um
único ritual, um único tipo de escola, uma única lei para todos, uma única
bandeira, um único brasão, um único estado mundial centralizado.
Estaria essa descrição de Kuehnelt-Leddihn
parcialmente datada? Afinal, ninguém
apregoa sua devoção à "diversidade" com mais intensidade do que a
esquerda. No entanto, a versão
esquerdista de 'diversidade' se resume a um tipo especialmente pérfido de
uniformidade. Para a esquerda, ninguém
pode ter uma visão discordante a respeito da necessidade de se impor essa
"diversidade"; na academia, "diversos" professores universitários são
escolhidos não por sua diversidade de pontos de vista, mas precisamente por sua
sombria uniformidade: progressistas de esquerda de todos os tipos e formas. Alunos e
professores com visões genuinamente diversas são marginalizados, perseguidos e
intimidados.
Adicionalmente, ao exigir "diversidade" e representação proporcional em
várias instituições, a esquerda tem o objetivo contrário: fazer com que todo o
país seja exatamente igual.
A esquerda sempre esteve engajada em criar
ciladas. Primeiro, ela afirma que não
quer nada mais do que a liberdade para todos.
O progressismo supostamente seria neutro em relação a visões de mundo
rivais, defendendo apenas um mercado de idéias aberto, em que pessoas racionais
pudessem discutir questões importantes.
Ele não imporia qualquer visão específica.
Essa alegação, no entanto, rapidamente se comprovou
uma farsa quando a importância, para a esquerda, de se ter uma educação
controlada centralmente pelo estado se tornou óbvia. Em particular, a educação progressista sempre
visou a "libertar" as crianças das superstições dos poderes concorrentes ao
estado (pais, família, igreja, vizinhança) e transferir sua
lealdade ao governo central.
Como Kuehnelt-Leddihn disse:
As
razões são várias. Não apenas há o regozijo
do estatismo, como tambem há a ideia de uniformidade e igualdade: a ideia de
que as diferenças sociais na educação devem ser eliminadas e todos os alunos
devem adquirir exatamente o mesmo conhecimento, o mesmo tipo de informação, da
mesma forma e no mesmo grau, sem espaço para o contraditório ou para outras visões. Isso deverá fazer com que eles pensem da
maneira idêntica — ou, no mínimo, similar.
À medida que o tempo passou, os esquerdistas foram
ficando cada vez menos preocupados em
manter uma aparência de neutralidade em relação a visões sociais
distintas. É por isso que aqueles
conservadores que acusam a esquerda de relativismo moral estão errados: longe de
ser relativista, a esquerda é absolutista
em sua exigência para que todos se conformem aos seus códigos morais
peculiares.
Por exemplo, quando a esquerda declara que pessoas "transgênero"
são a nova classe oprimida, ela espera que todos fiquem de pé e batam continência. A esquerda progressista não argumenta que
apoiar pessoas transgênero pode ser uma boa ideia para alguns e uma má ideia
para outros; é isso o que ela diria caso fosse moralmente relativista. Mas como ela não é, não é isso o que ela diz.
E não é apenas que a discordância não seja
tolerada. A discordância também não pode
ser reconhecida. Não é que o "infrator"
(aquele que não concorda com as idéias progressistas) seja chamado para um
debate até que uma solução satisfatória seja alcançada. Ele é simplesmente expulso da "sociedade
culta e iluminada" sem qualquer cerimônia.
Não pode haver qualquer opinião diferente daquela que a esquerda
estipulou ser a aceitável.
Incidentalmente, qual foi o último palestrante
esquerdista que foi calado no grito por libertários em uma
universidade? Resposta: isso nunca ocorreu. E, se houvesse ocorrido,
pode ter certeza de
que ouviríamos lamúrias da esquerda sobre isso até o fim dos tempos.
Por outro lado, esquerdistas que aterrorizam seus
oponentes ideológicos estão simplesmente sendo fieis às ordens de Herbert
Marcuse, o esquerdista da Escola
de Frankfurt que, na década de 1960, argumentou que a liberdade de expressão
tinha de ser restringida para os movimentos anti-progressistas. Diz
ele:
Dada
essa situação, eu sugeri em "Tolerância Repressiva" a prática da tolerância
diferenciada em uma direção inversa, como um meio de deslocar o equilíbrio
entre a Direita e a Esquerda por meio da contenção da liberdade da Direita,
dessa maneira contrariando a desigualdade penetrante da liberdade (oportunidade
desigual de acesso aos meios de persuasão democrática) e fortalecendo o
oprimido contra o opressor.
A
tolerância seria restrita com relação a movimentos de um caráter
demonstravelmente agressivo ou destrutivo. [...] Tal discriminação também seria
aplicada a movimentos que se opõem à extensão da legislação social para os
pobres, os fracos, os inválidos.
Em
relação às virulentas acusações de que uma política assim anularia o sagrado
princípio progressista de igualdade para "o outro lado", afirmo que há questões
em que o "outro lado" ou nada mais é do que uma mera formalidade ou é
demonstravelmente "regressivo" e impede a possível melhoria da condição humana.
Tolerar a propaganda para a desumanidade vicia não só as metas do progressismo,
mas de toda a filosofia política progressiva.
Mesmo boa parte do que se passa por conservadorismo
hoje é afetado pelo esquerdismo. Esse é
exatamente o caso do neoconservadorismo.
Você consegue imaginar Edmund Burke, a fonte do conservadorismo moderno,
defendendo a ideia de intervenções militares ao redor do mundo para espalhar a
ideia de direitos humanos e democracia? Converse com neoconservadores sobre descentralização
e secessão, e você receberá exatamente as mesmas respostas esquerdistas que vê
nos veículos da mídia progressista.
No entanto, já até consigo imaginar a seguinte objeção: não obstante qualquer
coisa que possa ser dita sobre os crimes e horrores da esquerda, não podemos
ignorar o totalitarismo da direita, manifestado mais abertamente na Alemanha
nazista.
O problema é que, com efeito, os nazistas era um
partido de esquerda. Na plataforma do Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães encontramos os seguintes
itens:
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores
Alemães não é um partido trabalhista no sentido clássico do termo: ele
representa os interesses de todo o trabalho honestamente criativo. Trata-se de um partido que ama a liberdade e
é estritamente nacionalista e que, portanto, luta contra todas as tendências
reacionárias, contra os privilégios capitalistas, eclesiásticos e aristocráticos,
e contra toda a influência estrangeira, mas acima de tudo contra a opressora
influência da mentalidade comercial judaica sobre todos os domínios da vida
pública....
O partido exige a unificação de todas as regiões da Europa
habitadas por alemães, transformando-as em um Reich alemão democrático e com consciência
social....
O partido exige plebiscitos para todos as principais
leis do Reich, dos estados e das províncias....
O partido exige a eliminação do domínio dos
banqueiros judeus sobre o comércio e os negócios, e exige a criação de bancos
nacionais do povo, com uma administração democrática.
Este programa, escreveu Kuehnelt-Leddihn, "exalava
todo o espírito da igualdade esquerdista: era democrático, era contra os Habsburgos (exigia a
destruição da monarquia em prol de um programa pan-germânico), e era contra
todas as minorias impopulares, atitude essa que é o magnetismo de todas as
ideologias esquerdistas".
(Sobre o programa econômico dos nazistas, ainda mais
abertamente de esquerda, veja
este artigo.)
A obsessão esquerdista com "igualdade" significa que
o estado deve se intrometer em todas as áreas da economia e da vida em
sociedade, deve regular o emprego, as finanças, a educação e até
mesmo abolir a liberdade de associação em clubes privados — ou seja, o
estado deve se fazer presente em praticamente todos os buracos e fendas da
sociedade civil. Em nome da diversidade,
cada instituição deve ser forçada a ser igual a todas as outras.
A esquerda jamais irá se considerar satisfeita
porque seu lema é o da permanente revolução a serviço de objetivos inalcançáveis,
como a "igualdade". Só que, no mundo
real, as pessoas são intrinsecamente distintas uma das outras. Algumas pessoas
são naturalmente mais inteligentes que outras. Algumas têm mais destrezas do
que outras. Algumas têm mais aptidões físicas do que outras. Pessoas de diferentes capacidades, intelectos
e dotes auferirão rendas distintas. Isso,
consequentemente, significa que o estado, guiado pela esquerda, terá de estar
continuamente intervindo na sociedade civil.
No entanto, a igualdade imposta desaparecerá no exato momento em que
pessoas voltarem a trocar dinheiro pelos bens que desejam. Ato contínuo, o estado terá de intervir
novamente para igualar tudo. E assim
será o tempo todo, para todo o sempre.
Adicionalmente, cada nova geração de progressistas destrói
e ridiculariza tudo aquilo que a geração anterior ainda aceitava como algo
natural. Com isso, a revolução vai só se
aprofundando.
O esquerdismo, em suma, é a receita para uma
permanente revolução, e de um tipo distintivamente anti-libertário. E não só anti-libertário. É também
anti-humano.
E, ainda assim, todo o ódio ainda é direcionado para
a direita.
Só para esclarecer, libertários não se sentem em
casa nem na esquerda e nem na direita. Porém,
a ideia de que ambos os lados são igualmente terríveis, ou representam ameaças idênticas
à liberdade, é uma insensatez imprudente e destrutiva.