segunda-feira, 15 de abril de 2013

Máfia de ex-servidores do governo do PT, ligados à Erenice Guerra, domina "Minha Casa, Minha Vida", tem um rol de 80.000 casas sob suspeita


Um esquema de empresas de fachada, parte delas registrada no mesmo endereço e controlada por um grupo de ex-funcionários do Ministério das Cidades, abocanha cada vez mais contratos para construção de casas populares destinadas às faixas mais pobres da população. 

No centro da história está a RCA Assessoria em Controle de Obras e Serviços, empresa com sede em São Paulo e três sócios: Daniel Vital Nolasco, ex-diretor de Produção Habitacional do Ministério das Cidades até 2008 e filiado ao PCdoB; o ex-garçom do ministério, José Iran Alves dos Santos; e Carlos Roberto de Luna. 

A RCA funciona em uma sede modesta, mas apresenta números invejáveis para quem está no setor há tão pouco tempo. Alardeia atuar em 24 estados e mil municípios, e garante que entregou 80 mil casas. Hoje, estaria à frente da construção de 24 mil unidades.

 O faturamento milionário da RCA virou alvo de disputa judicial, que expõe supostas conexões da empresa com o PCdoB. Até a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra tem o nome citado. 

A RCA dá consultoria a prefeituras e beneficiários, e atua como correspondente bancário de sete pequenas instituições financeiras autorizadas a repassar verbas federais nos programas de casas populares para cidades com menos de 50 mil habitantes. 

Atuou no Programa Social de Habitação (PSH) e agora opera no seu sucessor, o Minha Casa. Até aí, tudo dentro da normalidade. Mas a RCA faz mais: consegue ao mesmo tempo ser representante do agente financeiro, tocar construções e também medi-las e fiscalizá-las. 

Para isso, usa uma rede de empresas que os sócios e os funcionários registraram em seus nomes e cujos endereços ou são na sede da RCA, em São Paulo, ou na casa de parentes. 

O site da empresa dava o exemplo de como a RCA frauda o processo de seleção de construtoras que vão executar obras financiadas com recursos federais e encomendadas por prefeituras. Para contratar uma construtora responsável pela execução de obras no Espírito Santo, lançou um edital de convocação em dezembro de 2012. 

O site convocou os interessados e dias depois divulgou os vencedores. Duas foram selecionadas. Uma delas é a JB Lar. Tudo como manda o figurino. 

Não fosse um detalhe: o endereço da JB Lar é o mesmo da RCA, a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio nº 4.553. A JB Lar foi habilitada para construção de 95 casas no Espírito Santo. 

Na sexta-feira, a RCA tirou do ar o link “Editais” do seu site. O esquema de empresas de fachada está narrado em uma ação na Justiça de São Paulo. 

Nela, Fernando Lopes Borges — outro ex-servidor do Ministério das Cidades, que seguiu na Secretaria Nacional de Programas Urbanos até ser exonerado por abandono do cargo em 2010 — apresenta-se como sócio oculto da RCA. 

Ele era representado no negócio pelo irmão Ivo, já falecido. E a disputa pelo faturamento da empresa começou justamente após a morte de Ivo. Em um acordo prejudicial, Fernando chegou a receber pouco mais de R$ 1 milhão da RCA. Mas quer mais e briga na Justiça. Na ação, afirma, sem apresentar provas, que o desvio de recursos do Minha Casa Minha Vida teria começado com Erenice Guerra. 

Ela teria articulado a entrada de bancos privados na operação do programa em pequenos municípios. Segundo o denunciante, teria direito a R$ 200,00 por casa construída. Fernando sustenta na ação que o negócio chegaria a render R$ 12 milhões. 

Ele diz que o PCdoB desde 2005 receberia dinheiro desviado para a construção de casas populares do Programa de Subsídio Habitacional (PSH), que foi absorvido pelo Minha Casa Minha Vida. Fernando sustenta que a RCA está envolvida em irregularidades nos programas federais do Ministério da Cidades, mas não quis confirmar as denúncias contra Erenice e o PCdoB.

 No processo, Fernando mostra uma troca de e-mails entre Carlos Luna, da RCA, e o escritório Trajano & Silva, que foi fundado por Erenice. Eles tratam da retirada do sócio Ivo e do valor que deveria ser pago a Fernando. O esquema incluiria a construtora Souza e Lima Engenharia, que pertence ao ex-engenheiro e ao ex-gerente-geral da própria RCA. Essa empresa fez casas no Maranhão para o Minha Casa Minha Vida em contratos geridos pela RCA.

 Outra empresa de pessoas próximas prestou o mesmo serviço. A Martins MA Engenharia — que hoje pertence ao cunhado de Daniel Vital Nolasco — também construiu casa para a RCA. 

Na ação, Fernando reclama a sociedade nas empresas de assessoria cadastral Artifício, Setorial, Sigma e Marketplan. Todas seriam do grupo RCA. As três primeiras têm Nolasco como sócio. José Iran é um dos donos da última. 

O grupo tem participação em outras empresas. Carlos Luna e José Iran são donos da Superdata. Luna é um dos sócios da LL Engenharia. Fernando relata no processo que há contratos com a DJC/Naza Engenharia, que seria responsável pela construção de oito mil casas. Essa empresa seria de Divaildo, irmão de Celma Casado Silva. 

Ela foi exonerada em fevereiro deste ano da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades. Segundo o órgão, ela foi exonerada a pedido.



ONGS forjam documentos e cobram taxas ilegais de candidatos ao Minha Casa, Minha Vida

O Fantástico denuncia fraudes no processo de seleção de candidatos de um programa do governo que deveria beneficiar famílias pobres.
O programa Minha Casa, Minha Vida já entregou casa própria a mais de 450 mil famílias de baixa renda.
Mas associações e ONGs credenciadas pelo governo forjam documentos e cobram taxas ilegais aos interessados em realizar esse sonho.
Caroline tem 22 anos, não tem filhos e está comprando uma casa na Grande São Paulo com ajuda do governo. Carlos, de Luziânia (GO), dirige um carro do ano e pode ter duas casas, também com dinheiro público. “Estava barato demais no começo”, disse Carlos.
Eles ganharam o direito de ter um imóvel pelo “Minha Casa, Minha Vida”, o programa de construção de moradias populares financiado pelo governo federal, e entraram na lista de beneficiários por meio de uma modalidade específica, em que organizações não-governamentais, cooperativas e associações são habilitadas como parceiras.
Com autorização do governo, essas entidades escolhem as famílias, criam os projetos e até executam as obras. Só pode se candidatar pessoas com renda familiar de até R$ 1,6 mil brutos. A equipe de reportagem do Fantástico investigou algumas entidades e descobriu várias irregularidades.
“Eu não declarei renda lá também, porque se for declarar renda, Deus me livre! Ia sair caro demais. Eu tiro R$ 2 mil por mês. E já passou pela Caixa”, revela Carlos.
Carlos conseguiu se inscrever no “Minha Casa, Minha Vida” pelo projeto da Cooperativa Habitacional dos Moradores do Distrito Federal e Entorno, em Luziânia. A obra não foi aprovada pela Caixa e não saiu do papel. Mesmo assim, a cooperativa ajuda a negociar lotes de gente que nem recebeu a casa e já quer passar pra frente.
Um produtor do Fantástico foi até a entidade tentar uma vaga. A funcionária disse que a lista estava completa, mas ofereceu os contatos de Carlos, que queria vender um de seus lotes.
Produtor: Me explica de novo. Eu tenho que pagar, então…
Funcionária: R$ 4,5 mil, que pode ser tudo de uma vez ou uma metade e a metade com 30 dias.
Produtor: Nossa, estou achando tão simples. É só isso mesmo?
Funcionária: Só isso. Só isso.
Nosso produtor se encontra com Carlos. “Eu vou vender um para sanar algumas dívidas. Depois, se eu conseguir outro, eu vou pegar mais um, porque vai ser investimento”, diz Carlos.
Ele explica como obter vantagem. “Seria interessante você não dar nenhum comprovante de renda, porque aí, quando passar para o financiamento da Caixa, vai pagar só 10%. Vai ficar barato”, explica.
Carlos conta que mentiu para ter um lugar privilegiado. “Eu falei que eu tinha cadeirante, que eu precisava pegar ônibus e tudo. Então, você tem que inventar umas coisas para ficar com um lote melhor”, revela.
Carlos diz que conseguiu duas casas: uma para ele e outra para a mulher dele. “Lá tem outro que é da minha esposa. Então, a gente vai manter um”, diz.
Isso é proibido pelo “Minha Casa, Minha Vida”. “Se ele tem uma união estável, ele é um único núcleo familiar, por que ter duas casas? O ‘Minha Casa, Minha Vida’ não é para fazer comércio”, afirma Maria do Carmo Avesani, diretora da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades.
A seleção deve priorizar mulheres chefes de família, portadores de necessidades especiais, idosos e pessoas consideradas em situação vulnerável, como moradores de áreas de risco.

Fraudes beneficiam quem não teria direito a participar do Minha Casa, Minha VidMinha Casa, Minha Vidaa

O objetivo é atender à população mais pobre.
Para ter a casa própria, as famílias pagam 10% do seu salário durante dez anos. O governo paga o resto. Assim, uma família que recebe um salário-mínimo por mês deve pagar à Caixa R$ 54 durante dez anos. Uma casa que custa R$ 57 mil reais, por exemplo, sai por R$ 6.540.
Voltando à instituição em Luziânia, nosso produtor pergunta se é possível conseguir uma casa para alguém que ganha mais do que R$ 1,6 mil.
Produtor: O autônomo não tem renda fixa. Ele ganha mais do que R$ 1,6 mil.
Funcionária: Mas aí a gente coloca só mesmo dentro da renda.
A funcionária da ONG apresenta um contador, que pode fazer um documento declarando uma renda menor.
Produtor: Paga alguma coisa para fazer?
Funcionária: Paga R$ 50 só.
Produtor: Lá na frente não tem problema com a Caixa, essas coisas?
Funcionária: Não. Tem não.
Produtor: Já tem outros casos assim, então?
Funcionária: Sim.
O superintendente da Caixa/SP, Paulo José Galli, admite que é difícil comprovar a fraude. Ele garante que, ao receber essa declaração de autônomo, a Caixa não tem como saber se ela é verdadeira ou falsa. “A gente presume, quer dizer, existe uma entidade que está apresentando, existem pessoas que apresentam essa documentação. A gente parte do pressuposto que existe seriedade e honestidade. Uma vez detectada qualquer tipo de irregularidade, não tenha dúvida. A Caixa vai atuar de maneira efetiva ”, afirma.
Encontramos também instituições que cobram vários tipos de taxa em troca de um lugar no programa.
A personal trainer Tamara Rodrigues Lima pagou R$ 3 mil durante quase dois anos para ter uma casa do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Seria em um terreno em Luziânia, Goiás, mas não tem nada.
“Eles disseram que a casa ia ficar pronta no final de 2009 para 2010, no começo. No máximo até janeiro de 2010. Esse é o endereço que está no contrato: quadra 120, lote 12. É aqui, mas nada. Só mato”, conta aponta a personal trainer Tamara Rodrigues Lima.
Tamara desistiu de esperar e procurou a cooperativa, mas recebeu de volta apenas R$ 300. Ela entrou com um processo na Justiça. O terreno é o mesmo em que Carlos tenta vender um de seus lotes.
A presidente da cooperativa Coophampdfe, Fabiana Maria Lima de Morais, negou que Carlos tenha duas vagas. “Ele só tem o cadastro dele. Vendo ali a oportunidade de passar aquela cota, ele inventou que tinha dois cadastros”, afirma.
Por telefone, Carlos também diz que mentiu o tempo para o nosso produtor. Mas por que ele disse tanta mentira para ele? “Porque eu quis”, respondeu Carlos.
Mesmo assim, a presidente da cooperativa, Fabiana Maria Lima de Morais, vai discutir a exclusão dele do projeto. Segundo Fabiana, a funcionária da ONG deu informações erradas e será demitida.
Em São Paulo, outra organização cobra R$ 5,5 mil pela vaga. “O valor é assim: você paga R$ 5,5 mil, parcelado ou à vista, como for melhor para o senhor. Já está tudo aprovado com a Caixa”, informa um homem.
“Eu diria que cobrar R$ 5,5 mil para se inscrever num programa onde as famílias pagam 10% de contribuição depois da unidade pronta, ou no mínimo R$ 50, não é coerente”, afirma Maria do Carmo Avesani, diretora de produção habitacional da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades.
Desde 2008, a entidade oferece apartamentos em um terreno em Itaquaquecetuba. Por enquanto, nada foi construído. O projeto nem foi aprovado pela Caixa. Seriam 12 prédios em uma área, mas hoje só tem mato.
Na internet, a instituição anuncia parcerias com o Ministério da Justiça e com dois braços das Nações Unidas: a Unesco e o Unicef. Mas o ministério e as duas entidades negam a ligação. O presidente da Associação de Desenvolvimento e Integração Humana não quis gravar entrevista e disse que tudo que a entidade faz está dentro da lei.
O Ministério das Cidades é o responsável pelo “Minha Casa, Minha Vida”, que já entregou mais de 450 mil casas e apartamentos desde 2009. A parceria com as ONGs é a parte menor do programa. Em geral, os compradores negociam os imóveis com as construtoras, e o governo paga parte da dívida.
Em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, a ONG que selecionou famílias para um condomínio foi criada pelo presidente do Partido Verde da região e ex-candidato a prefeito, Ricardo Silva.
Caroline, que apareceu no começo da reportagem e conseguiu uma casa, é filha de Ricardo, coordenador do Conselho Comunitário de Educação, Cultura e Ação Social da Grande São Paulo (Ccecas). Um sobrinho solteiro também está entre os beneficiários.
Repórter: Quantas pessoas da sua família estão nesses 160?
Ricardo Silva: São as duas, né? Você lembra mais de nomes aí? Cunhada minha? Está dizendo da Ana Paula. Tem mais uma Ana Paula.
Ricardo Silva pede ajuda à mulher dele, Ana Acilda, ex-vereadora e atual presidente da ONG, para ver se mais alguém da família é beneficiário.
Ricardo Silva: Tem mais alguém da família?
Ana Acilda: Ailson, né.
Repórter: O que ele é seu?
Ricardo Silva: Cunhado. Também casado, com família, dentro do critério. Quem mais, Ana?
Ana Acilda: Aline, eu acho. Certeza, Aline.
Repórter: Aline é o quê?
Ricardo Silva: Aline é filha de uma irmã minha. Sobrinha, né?
O casal se lembra de cinco parentes entre os beneficiários. A administradora de empresas Eliane Cristina Rengies era funcionária da ONG chamada Conselho Comunitário de Educação, Cultura e Ação Social (CCECAS). Ela diz que foi obrigada a incluir parentes dos dirigentes no lugar de outras famílias.
“Eu tive de falar: ‘Olha, você não passou na pesquisa da Caixa. No Cadin, na sua renda, você ultrapassa o que o Minha Casa Minha Vida exige. Muitas vezes foi mentira. Ele só chegou com a documentação, me entregou e falou: ‘Essa pessoa tem que entrar, que é minha sobrinha’”, revela Eliane Cristina Rengies.
Ricardo e o sobrinho negam que tenha havido privilégio. “Ele não falou: ‘É garantido que você vai ter uma casa’. Ele me convidou, eu abracei o convite”, alega Roger Herbert da Silva Mota, sobrinho de Ricardo Silva.
“Eu não posso fazer nada que beneficie o meu sobrinho ou a minha filha, mas também não posso fazer nada que os prejudique. O programa diz o seguinte: é para famílias de baixa renda, de zero a três salários-mínimos. Ele está dentro do perfil? Tem filhos? Tem família? Tem casa? Não tem. Então, se inscrevem no programa”, defende Ricardo Silva, coordenador de habitação da CCECAS.
A filha Caroline Silva não quis gravar entrevista. Sem saber que estava sendo filmada, contou que também era solteira quando foi selecionada para o projeto. “Eu não era nem casada quando eu comecei a participar do projeto. Eu só namorava, estudava, era estagiária no escritório”, lembra.
Entre as 160 casas do conjunto, metade será entregue a solteiros.
“Não é um fato positivo, com certeza, selecionar hoje uma pessoa solteira, diante de tantas outras que têm famílias e que teriam prioridade pelas diretrizes gerais do programa”, afirmou Maria do Carmo Avesani, diretora de produção habitacional da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades.
O Ministério Público Federal está investigando a atuação das ONGs na Grande São Paulo. “Tanto a construtora quanto os beneficiários são escolhidos, literalmente escolhidos, por uma ONG. Ou seja, uma entidade privada. E o Estado não tem nenhum controle efetivo direto. O cadastramento das famílias nem sempre é feito com base em critérios objetivos. Sem sombra de dúvida, são praticamente inexistentes filtros contra a corrupção no ‘Minha Casa, Minha Vida’. Isso é muito grave”, afirma o procurador da República Matheus Baraldi Magnani.
No município de Poá, também na Grande São Paulo, uma ONG chegou a cadastrar 200 moradores para um projeto habitacional em um terreno. Mas o Ministério das Cidades diz que nunca autorizou a ONG Conpoá a trabalhar em nome do “Minha Casa, Minha Vida”.
Pessoas como a cabeleireira Terezinha de Lima Torres acreditaram que se tratava de uma parceria com a Caixa. Ela pagou R$ 300 para que a ONG elaborasse um projeto que nunca saiu do papel.
“Como entra a Caixa Econômica Federal, a gente sempre confia. Eu caí num golpe. Mas ainda bem que eu… Quer dizer, perdi R$ 300, que parece que não é muito, mas faz falta”, lamenta Dona Terezinha.
Sem saber que estava sendo gravada, a presidente da Conpoá, Roseli Sousa da Fonseca, disse que vai devolver o dinheiro. “Eu faço agenda e faço as devoluções para as famílias. A minha consciência, eu deito e durmo de boa, porque eu tenho a certeza de que eu não estou lesando ninguém”, garante.
Antes de pagar qualquer valor para entrar no “Minha Casa, Minha Vida”, preste atenção a essas dicas:
- Veja se a entidade está autorizada pelo Ministério das Cidades. A lista está no site www.cidades.gov.br;
- Procure conhecer a ONG e saber como ela atua na comunidade;
- Informe-se sobre outras obras já executadas;
- Participe das discussões do projeto;
- Não aceite cobranças de taxas com as quais você não concorde;
- Lembre-se: esse dinheiro não garante um lugar no programa. A Caixa precisa aprovar todas as famílias selecionadas pela ONG.
- E o mais importante: os pagamentos para a Caixa só começam depois que o imóvel está pronto.
“As famílias, quando dão as declarações, também se responsabilizam pelas declarações que são dadas. Qualquer declaração falsa, o cidadão que deu a declaração falsa irá arcar com as consequências daquele fato e daquele ato”, alerta Maria do Carmo Avesani, do Ministério das Cidades.
O Ministério das Cidades e a Caixa disseram que vai investigar os casos apontados pelo Fantástico. Depois de procurada pela reportagem, a Caixa suspendeu os processos das associações de Luziânia e de São Paulo e pediu esclarecimentos às ONGs de Itaquaquecetuba e de Poá.
Fraudes como essas acabam tirando do programa gente que precisa. A operadora de telemarketing Simone Garcez Rodrigues se inscreveu para o residencial em Itaquaquecetuba, mas foi excluída da lista final. Grávida de quatro meses, ela paga aluguel e ainda sonha com a casa que perdeu.
“Desde que estava tudo mato lá, a gente sempre passava lá olhando. Quando planaram, a gente sempre ficava paquerando o quintal – ‘Ah, vamos morar aqui’. Não deu certo. Isso me deixa triste até hoje, porque se fosse ali agora já está ficando pronto, podia estar pensando em ir para lá agora”, lamenta Simone.




fontes: http://oglobo.globo.com/politica/unidades-do-minha-casa-minha-vida-sao-alvos-de-fraude-2919359
http://oglobo.globo.com/pais/ministerio-das-cidades-abrira-sindicancia-para-apurar-esquema-no-minha-casa-minha-vida-8114417
http://opequenoinvestidor.com.br/2011/11/minha-casa-minha-vida/

Veja dez dicas para evitar ciladas em investimentos


Cuidado ao investir seu dinheiro em investimentos milagrosos, com altos rendimentos e sem risco. Não existe fórmula mágica, investimentos sem risco tem baixo rendimento por serem seguros. Se quer ganhar mais, tem que se arriscar, mas com cuidado.

Veja dez dicas para evitar ciladas em investimentos

Epaminondas Neto
Do UOL, em São Paulo

Há uma ampla oferta de esquemas duvidosos ou fraudulentos de investimentos para incautos atrás de ganhos fáceis e rápidos.
Pirâmides financeiras e manipulações de ações, as ocorrências mais comuns, casam a má-fé dos golpistas com a ingenuidade ou desconhecimento das vítimas.
Atualmente, os ganhos proporcionados por investimentos de renda fixa, com risco de perda mais baixo, variam entre 0,41% ao mês, como no caso da poupança (pelas regras novas), e 0,6% ao mês, a exemplo de alguns CDBs e fundos DI. Na melhor das hipóteses, portanto, o investidor vai ter um ganho anual em torno de 7% (sem considerar impostos e taxas de serviço).
Já no universo da renda variável (ações), com risco de perdas muito mais alto, o ganho médio é de 19% por ano, conforme uma pesquisa do instituto Assaf (especializado em assuntos financeiros), com base no desempenho da Bolsa de Valores ao longo de uma década.
"Não faz sentido existir uma alternativa de investimento que pague melhor que a renda fixa e possua risco similar ou inferior. Se isto fosse possível, todo mundo migraria para este investimento 'milagroso'", diz Alexandre Caldas, especialista da Trader Brasil Escola de Investidores. "A realidade é que risco acompanha retorno, e portanto, grandes rendimentos sem risco não são possíveis", afirma.

A tentação do ganho fácil

Algumas pessoas são atraídas pelos esquemas de pirâmides, ou porque não percebem como o esquema todo é insustentável, ou porque ignoram que entraram em uma operação desse tipo.
Como regra geral, pirâmides são apresentadas como esquemas de negócios em que uma pessoa paga um valor de entrada e recebe comissões por acrescentar outras pessoas à operação, que envolve um produto ou serviço "diferenciado".
O esquema não se sustenta porque o negócio foi feito somente para gerar pagamentos para quem está no "topo" da pirâmide (os criadores da operação) e não através da comercialização de um produto, como qualquer negócio normal. Em algum momento, a entrada de novos sócios se esgota e muitos ficam com um "mico" na mão -um produto que não se vende ou um serviço que ninguém quer.
"As pessoas deveriam desconfiar de qualquer negócio em que a principal atividade é acrescentar gente, e não gerar valor", diz o professor da Fundação Getúlio Vargas Samy Dana.

Ações podem ser manipuladas

A Bolsa de Valores também pode ser um manancial para golpes porque, realmente, algumas ações podem passar por períodos em que os ganhos disparam, algo normal em temporadas de euforia dos mercados.
Ações que são negociadas a preços muito baixos, inferiores a R$ 1, podem ser alvo fácil de manipulação. Um caso recente ocorreu com os papéis da Mundial, uma conhecida fabricante de alicates.
Entre fevereiro e junho de 2011, a ação ordinária dessa empresa disparou mais de 2.000%, perdendo quase 90% do seu valor em poucos dias, após o estouro da chamada "bolha do alicate".
No auge, esses papéis chegaram a movimentar mais de R$ 100 milhões em negócios por dia, algo somente visto com ações de grandes empresas, como as do grupo Pão de Açúcar ou dos grandes bancos.
No final do ano passado, o Ministério Público Federal ofereceu uma denúncia contra dez pessoas, sob acusação de formação de quadrilha e manipulação do mercado. Hoje, esses papéis são negociados a menos de R$ 0,50, com um giro de negócios abaixo de R$ 1 milhão por dia.

DICAS PARA EVITAR CILADAS NO MERCADO FINANCEIRO

1) Verifique os sites da CVM, do Banco Central e do Procon local. Esses órgãos sempre trazem alertas em suas páginas na Internet contra golpes e esquemas duvidosos de investimentos
2) Pesquise antes de investir. Aumentar seu conhecimento sobre como funcionam as aplicações financeiras é uma das melhores maneiras de evitar "pirâmides" e esquemas semelhantes. Entender os riscos é uma providência fundamental
3) Desconfie de promessas de alto rendimento com baixo risco. O contrário é a regra, como demonstram os exemplos da poupança (baixo risco e baixo rendimento) e das ações (alto risco e potencial de ganhos muito superior)
4) Desconfie de dicas de investidores "bem-informados". Em vários casos, é somente uma tentativa de manipular os preços de ações. Incautos perdem dinheiro porque o intervalo entre a disparada e o desabamento dos preços é muito curto, o que multiplica as dificuldades de acertar o momento conveniente para comprar e vender o papel
5) Tenha cautela com ofertas de ações cotadas em centavos. Esses papéis estão mais sujeitos a oscilações violentas de preços e manipulações porque, além do baixo valor, também movimentam poucos negócios. Quando uma ação cotada a R$ 0,50 sobe para R$ 1, seu valor dobrou, o que dificilmente acontece (pelo menos no curto prazo) com papéis que são negociados por muitos investidores
6) Fuja das famosas "pirâmides" financeiras.Quase sempre esses esquemas dependem da entrada contínua de novos associados, o que não se sustenta no curto ou no médio prazo. Desconfie se o produto oferecido no esquema for caro demais em relação a itens semelhantes
7) Rendimentos passados não garantem rendimentos futuros. Essa velha advertência no mundo das finanças pode evitar várias frustrações. O desempenho anterior de um investimento é útil, no entanto, para avaliar os seus riscos
8) Acompanhe os investimentos feitos através de intermediários. O investidor pode verificar as ações ou títulos públicos comprados pelo site de uma corretora de valores. As ações são conferidas pelo CEI (Canal Eletrônico do Investidor). Os títulos públicos pelo site do Tesouro Direto, usando as senhas de cliente
9) Evite a tentação da informação privilegiada.Em geral, quando o investidor recebe a dica "quente" sobre a ação de uma empresa, a informação já está velha, é infundada ou está incompleta
10) Tome cuidado com o golpe das "ações esquecidas". Alguns golpistas se especializaram em contatar incautos dizendo que a vítima possui ações antigas do setor telefônico. Como regra geral, pedem dinheiro para agilizar a operação de resgate desses papéis ou como um adiantamento do Imposto de Renda.


fonte: http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2013/04/04/veja-dez-dicas-para-evitar-ciladas-em-investimentos.htm

Decalogo de Lenin -as táticas de tomada do Poder!!! “Qualquer semelhança com acontecimentos atuais, quase 100 anos depois, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA


Em 1913, Lênin escreveu o “Decálogo” que apresentava ações táticas para a Tomada do Poder. Lênin foi o pai do comunismo, sistema governamental que matou milhões de pessoas, nos países que se submeteram à ele. “Qualquer semelhança com acontecimentos atuais, quase 100 anos depois, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA. Foram, e estão sendo, muito competentes para acabar com a cidadania e com o patriotismo” e criando autênticos mamadores do dinheiro público, devoradores da justiça e da responsabilidade dos gestores públicos. Leia e aja enquanto dá!

1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;



2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;



3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;



4. Destrua a confiança do povo em seus "Líderes";



5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;



6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossêgo na população por meio da inflação;



7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;



8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;



9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos "democráticos" devem acusar os "não-comunistas" , obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa Socialista;



10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.


Venezuela - fraude nas eleições. Guarda nacional lança gás contra manifestantes em Altamira (fotos).



“Gas del bueno” contra manifestantes en Altamira lanza la Guardia Nacional (FOTOS)






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CAPRILES CONVOCA PANELAÇO E AVISA QUE PEDIRÁ IMPUGNAÇÃO DA ELEIÇÃO SE NÃO HOUVER RECONTAGEM DOS VOTOS. HÁ MILITARES PRESOS!


O candidato da oposição derrotado por 262 mil votos de diferença na Venezuela afirmou, no início da tarde desta segunda-feira, que pedirá a impugnação da eleição do chavista Nicolás Maduro. Henrique Capriles disse que está reunindo documentos e entrará com o processo na quarta-feira se o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não iniciar a recontagem dos votos pedida pela oposição.
Ele também convocou a população para que faça um "panelaço" na noite de hoje contra a posse que chamou de ilegítima de Maduro. "Eu também vou buscar minha panela", disse.
"Enviamos um comunicado solicitando responsavelmente, no exercício de nosso direito, que não exista um ato de proclamação", disse Capriles. "Se você (referindo-se a Maduro) se proclamar hoje, será um presidente ilegítimo, espúrio", afirmou. 
Capriles rechaçou a intenção do governo da Venezuela de empossar Maduro como presidente antes da recontagem dos votos pedida pelos opositores. Na eleição presidencial de ontem para definir o sucessor de Hugo Chávez, Nicolás Maduro foi eleito com 50,7% dos votos contra 48,9% de Capriles.
Capriles voltou a pedir a recontagem dos votos citando 3 mil denúncias de irregularidades na eleições do domingo. “Esta crise que existe no país será resolvida contando voto a voto”, disse.
"Quero pedir a todo o país que amanhã nos mobilizemos a cada um dos escritórios do CNE em todo o país”, afirmou. "Que se ouçam todas as panelas. Queremos um panelaço em seis horas", convocou.
O opositor também denunciou que há militares que foram presos por exigir o cumprimento da Constituição após a eleição. "Tenho informações de membros de nossa Força Armada (Fanb), militares de nossa pátria, que estão a esta hora detidos, que foram postos na prisão porque ontem exigiam o cumprimento da Constituição", disse Capriles. 
Fonte:Terra

FRAUDE ELEITORAL NA VENEZUELA COMEÇOU HÁ 10 ANOS. HÁ MILHÕES DE ELEITORES FANTASMAS, REVELA EX-ASSESSOR DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA.

Eleitores aguardando para votar no bairro Caricuau em Caracas no último domingo
O jornal El nuevo Herald, editado em Miami (EUA), traz um ampla reportagem de autoria de do jornalista Antonio Maria Delgado, que traz novas informações que colocam em causa a lisura da eleição na Venezuela. Para isto entrevistou especialistas, como o ex-assessor do Ministério de Interior e Justiça, engenheiro Anthony Daquin, exilado nos Estados Unidos, que participou de boa parte dos trabalho voltados à aplicação de tecnologia no processo eleitoral na Venezuela.

Depois de uma semana que se completa neste domingo da realização das eleições começam a aparecer na imprensa internacional diversos questionamentos sobre o pleito que, segundo especialistas, como Anthony Daquin já está fraudado na sua estrutura. O esquema, segundo se depreende desta reportagem começou há pelo menos uma década. Chávez esta há 12 anos no poder e espera governar até 2019. 

Daquin acusa o uso de um registro eleitoral que nunca foi depurado apesar das insistentes denúncias de que dentro da lista aparecem registradas milhões de pessoas que na realidade não existem. 

O engenheiro venezuelano sustenta que nesse universo de eleitores fantasmas se esconde as cinco milhões de cédulas de identidade emitidas sem cumprir com os devidos registros legais ao longo dos últimos 10 anos, através de um processo que em realidade foi organiado pelo governo cubano.

Daquin, que participou desse processo, disse que muitas dessas cédulas de identidade foram parar ilegalmente em mãos de estrangeiros a quem se prometeu normalizar sua situação imigratória, apesar de que não cumpriam requisitiso, sob o compromisso de que sempre votariam em favor do governo, e a militantes do chavismo, que agora portam mais de um documento de identidade e o utilizam para votar duas ou três vezes durante as eleições.
Transcrevo parte da reportagem em espanhol, com link para leitura completa. Recomendo que leiam atentamente esta matéria:

EN ESPAÑOL - (...) Según expertos consultados, el gobierno venezolano empleó una serie de mecanismos fraudulentos para beneficiar a Chávez en su propósito de extender a 20 años su período presidencial, incluyendo el uso de un registro electoral que nunca ha sido depurado pese a insistentes reclamos de que dentro de la lista aparecen registradas millones de personas que en realidad no existen.

El ingeniero Anthony Daquin, ex asesor del Ministerio de Interior y Justicia de Venezuela, sostiene que ese universo de electores fantasmas se esconde entre las cinco millones de cedulas de identidad emitidas sin cumplir con los debidos requisitos legales a lo largo de los últimos 10 años, a través de un proceso que en realidad estuvo organizado por el gobierno cubano.

Daquin, quien participó en ese proceso, dijo que muchas de esas cedulas de identidad fueron a parar ilegalmente a manos de extranjeros a quienes se les prometió normalizar su situación migratoria, pese a que no cumplían los requisitos, bajo el compromiso de que siempre votaran a favor del gobierno, y a militantes del chavismo, quienes ahora portan más de un documento de identidad y lo utilizan para votar dos o tres veces durante los comicios. 

“Hoy en día hay un universo de venezolanos que tienen más de una identidad, pero que no se puede determinar cuál es la verdadera porque no hay muestra de ellas en los libros”, dijo Daquin, quien antes de salir al exilio trabajó en el proceso de cedulación de Venezuela, en vinculación con el personal cubano asignado por La Habana para esa tarea.

“Ese universo de cinco millones es lo que le permite a él [Chávez] mantenerse en el poder”, sostuvo Daquin, quien ahora vive en Estados Unidos. 
Daquin explicó que la autenticidad de los documentos es difícil de corroborar debido a que gran parte de los registros en papel de millones de venezolanos fueron quemados en incendios producidos en oficinas de registro público.

De especial preocupación es el incendio registrado en octubre del 2004 en las instalaciones de la entonces Oficina Nacional Identificación y Extranjería ONIDEX, donde se perdieron los registros de la fiscalía de cedulación y donde se encontraba el material que podría ser usado para separar los documentos de identidad legales de los ilegales.

Daquín, quien dijo que el incendió fue provocado, señaló que los documentos originales fueron reemplazados por documentos electrónicos. “No se puede determinar cuál es la verdadera identidad porque se les ha emitido un documento como partida de nacimiento que no es válido, porque es digital”, señaló. 

Si bien Daquin sostiene que son muchos los votos que Chávez obtiene a través de los inmigrantes ilegalmente documentados y los militantes con doble y triple cedulación, la oposición venezolana tradicionalmente ha centrado sus esfuerzos en combatir la posibilidad de que el universo de electores fantasma sea usado artificialmente sin que los electores se presenten en los centros de votación.

Aun cuando la oposición se hizo eco de los reiterados pronunciamientos del gobierno de que el sistema electoral era confiable, en una estrategia que buscaba evitar el desánimo entre sus seguidores, paralelamente la campaña de Capriles nombró un equipo especial que debía garantizar que cada mesa electoral contara con suficientes testigos de mesa para evitar que se produjeran malos manejos.

Ese esfuerzo se produjo en medio de evidencia de que los resultados de aquellos centros de votación donde la oposición no lograba colocar suficientes testigos terminaba siendo determinante en los comicios donde había perdido. (...) Haga CLIC AQUI para ler toda la história


Fonte: blog do amorim