OCC - ALERTA BRASIL
Organização que tem como objetivo, educar, prevenir, fiscalizar e informar.
Atualmente a corrupção no país é endêmica, e somente as ações da sociedade para combater esse mal.
Enquanto a Polícia Federal descobre R$ 4,5 milhões pagos por uma empreiteira a Lula, o PT lança a candidatura presidencial do filho do Brasil com uma “guinada à esquerda”. Coerência total: o dinheiro da empreiteira, segundo o Instituto Lula, era para “erradicar a pobreza e a fome no mundo”. É um projeto ambicioso, mas pode-se dizer que já está dando resultado, com a erradicação da fome da esquerda por verbas e cargos. Uma fome de cada vez.
O discurso preparado pelo PT para seu Congresso em Salvador inicia a arrancada para dar ao Brasil o que ele merece: a volta de Lula da Silva em 2018. Com sua consciência social e convicção progressista, o Partido dos Trabalhadores salta na trincheira contra o neoliberalismo, assumindo sua vocação de governo de oposição – o único no mundo. O truque é simples, e vai colar de novo: a vida piorou e o desemprego voltou por causa “da crise global do capitalismo”, esse monstro que infiltrou Joaquim Levy no governo popular. Lula voltará à Presidência para enxotar novamente essa maldição capitalista (bancado pelo socialismo das empreiteiras amigas).
O gigante se remexe na cama, mas a armação dos companheiros definitivamente não atrapalha seu sono. ÉPOCA mostrou o ex-operário trabalhando duro pelo sucesso internacional da Odebrecht, a campeã de financiamentos externos do BNDES. Revelou que oMinistério Público investiga o ex-presidente por tráfico de influência. Vem a Polícia Federal e flagra as planilhas da Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, com uma média anual superior a R$ 1 milhão em transferências para Lula (Instituto e empresa de palestras) desde que ele deixou a Presidência. E o gigante ronca.
O Brasil não se incomoda com a dinheirama entregue a Lula. É uma ajudinha ao grande líder para que ele combata a pobreza no planeta, qual o problema? Nenhum. A não ser para essa elite branca invejosa, que acha estranho o dinheiro vir de empreiteiras que têm como cliente o governo no qual Lula manda.
Os petistas, como se sabe, são exímios palestrantes e consultores. Destacam-se nessa arte estrelas como o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o ex-ministro Antonio Palocci, ambos consagrados por suas consultorias mediúnicas milionárias. Lula deve ter passado seus oito anos no Palácio do Planalto treinando duro, porque saiu de lá em ponto de bala. Não é qualquer um que chega a Moçambique, faz uma palestra e embolsa R$ 815 mil – pagos à vista por uma empreiteira brasileira. Deve ser isso o paraíso socialista: empresários pagando fortunas a iluminados por palestras em outro continente, para a construção de um mundo melhor.
Assim fica fácil salvar o Brasil da crise global do capitalismo, conforme a plataforma do PT no seu 5º Congresso Nacional. Com a assinatura da delação premiada de Júlio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM, os brasileiros entenderão ainda melhor como o capital internacional elitista e malvado escorre docemente para o bolso dos defensores do povo – através das fantásticas operações socialistas envolvendo a maior estatal do país. A Petrobras é uma mãe – e se você não está na ninhada é porque não se filiou ao partido certo.
A inflação bate 8,5%, e o milagre brasileiro (da miopia) permite que a presidente da República assegure, tranquilamente, o respeito à meta – que é de 4,5%. Quem quiser chamá-la de mentirosa assegurando o respeito ao que ela diz, portanto, estará dentro da margem de erro. Mas ninguém fará isso, porque o Brasil adormeceu de novo, em bloco. A recessão iminente, a escalada do desemprego e o consequente aumento da violência urbana – com tiros e facadas democraticamente distribuídos nas capitais do país – são problemas que a nova Frente Popular vai resolver em 2018, com Lula lá. Duvida? Então procure saber o tamanho do caixa que a frente de palestrantes e consultores formou nos últimos 12 anos, com o mais sórdido dos cúmplices: a opinião pública brasileira.
A reeleição de Lula após o mensalão permitiu a ascensão de Dilma. A reeleição de Dilma após o petrolão permitirá a volta de Lula. A divertida gangorra prova que o crime compensa. A não ser que... Melhor não falar, para não perturbar o sono do gigante.
É claro que o PT não colocaria os seus políticos para atentar contra a materialização do voto, ÚNICA FORMA DE GARANTIR os dados apurados pela urna eletrônica.
Importantíssimo alertar a população que o impedimento do voto impresso só beneficia quem pratica a fraude. É a primeira vez que vejo alguém falar que um sistema redundante de aferição garante a distorção de qualquer coisa.
A impressão do voto é apenas MAIS UM INSTRUMENTO para conferência dos votos computados pela URNA ELETRÔNICA, ou seja, muda apenas a geração da urna, quando é introduzido um novo modelo,mais moderno e testado em outros países.
Esse tipo de informação sem qualquer dado técnico é um perigo! Igualmente nocivo é o jornalista que escuta uma BOBAGEM deste tamanho e não procura especialistas para publicar uma informação de tamanha relevância.
Agindo como advogado do PT, Dias Toffoli quer voto 100% eletrônico e “limite de doações privadas”
Bolivarianos são previsíveis no que defendem. Ao contrário da maioria das pessoas, eles não pensam nos aspectos morais de suas propostas, mas apenas se elas servem para eternizar o PT no poder ou não. Sem nada de surpreendente, Dias Toffoli fez algumas declarações para deixar essa tese cada vez mais forte.
Sobre o financiamento privado de campanha, ele quer um limite. É o seguinte:
Acho que R$ 1 milhão [por ano] para uma empresa doar já é um valor extremamente generoso.
O curioso é que ele não fala em limite de R$ 1 milhão [por ano] para gasto com publicidade institucional. Você sabe que uma pessoa está com segundas intenções (ao falar de financiamento de campanha) quando ela não toca no assunto da limitação da publicidade institucional, que sempre serve unicamente ao partidão no poder, mas ataca os gastos privados de campanha, que podem ser úteis para lutar contra… o partidão no poder.
A fraude intelectual abaixo acaba sendo outra obviedade:
Pessoa jurídica não vota, por isso não deve doar. [Mas] O financiamento [exclusivo] por pessoa física ou por fundos públicos não tem maioria para ser aprovado.
Ué, se pessoa jurídica não vota, o estado vota? Pois ele defende financiamento por “fundos públicos”. É golpe.
Mais:
Tenho sugerido que se estabeleça limites de gastos igualitários para todas as candidaturas, além de limites para que uma empresa não possa doar, como há casos, mais de R$ 300 milhões em uma campanha. Todas as campanhas de 2014 receberam de empresas 76,47% [do valor arrecadado]. Na campanha presidencial essa porcentagem aumenta para 95%.
Perceba que até agora nada dele falar em limite para gastos com publicidade institucional, com verbas destinadas à BLOSTA, com uso político da Lei Rouanet, e com o financiamento de ONG’s que se fingem de “sociedade civil” para apoiar o governo. Simplesmente, ele silencia…
E tem mais, quando ele fala sobre o limite ideal de gastos para uma “campanha presidencial”.
Tenho sugerido que se estabelecesse R$ 100 milhões.
Sim, e enquanto isso o governo gasta 2 bilhões por ano com anúncios estatais. E outro valor considerável com publicidade institucional. Só com a campanha pelo “ajuste fiscal” (na verdade, propaganda petista disfaçarda) foram 40 milhões de dólares durante um mês. Contra isso, é claro, Toffoli fica de bico fechado.
Agora, mudando de assunto, veja o que Toffoli fala da impressão do voto:
Quando se concebeu a urna eletrônica, em 2005, a ideia foi acabar com a intervenção humana. A máquina deixa registro, a intervenção humana nem sempre deixa digitais. Ao se permitir que o eleitor pegue esse papel ou coloque numa urna, isso, sim, pode reintroduzir o elemento fraude na apuração das eleições. A reintrodução do voto impresso é um retrocesso no processo eleitoral.
Não, Toffoli, a reintrodução do voto impresso é um retrocesso para o Foro de São Paulo. Logo, um avanço. Como era de se esperar, ele diz que o voto impresso “introduz o elemento fraude na apuração”, mas não comprova como. Ao contrário, o elemento fraude é presente em todas as votações 100% eletrônicas. Uma prova disso é que ninguém seria louco de aprovar uma lei contra a emissão de recibos em papel de suas transações bancárias. Por que não se faz isso? Por que é preciso de um registro adicional para evitar que, com transações unicamente eletrônicas, exista fraude. Bem é importante aqui que vocês tenham a noção do quanto eles se rebaixam para defender o indefensável
"MAIS UM LARANJA? Essa Dilma, LULA, PT e Governo CORRUPTO,tá pensando que o Povo é OTÁRIO
Para Aécio Neves, confissão de Arno Augustin reforça a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff no episódio
PORMARTHA BECK / CRISTIANE JUNGBLUT
19/06/2015 12:26 / ATUALIZADO
BRASÍLIA
— O ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, assumiu a
responsabilidade pelas pedaladas fiscais de 2014 em documento elaborado no
final do ano passado. A nota técnica número 06 do Tesouro, redigida pela
Coordenação-Geralde
Programação Financeira (Cofin) e pela Subsecretaria de Política Fiscal (Supof)
e assinada por Augustin no dia 30 de dezembro, conclui que o secretário é quem
dá a palavra final sobre a liberação de recursos públicos para os demais
órgãos.
Os dois últimos itens da nota de duas
páginas são os que deixam claro que Augustin se colocou como o responsável por
operações como o atraso no repasse de dinheiro do Tesouro para bancos públicos,
obrigando essas instituições a pagarem despesas da União com recursos próprios.
Essas manobras foram consideradas como um descumprimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O item 11 afirma: “Uma vez consolidadas, as solicitações de liberações de
recursos são encaminhadas para a chefia imediata, a saber, Subsecretário de
Política Fiscal e Diretor de Programas, com vistas a submeter ao secretário do
Tesouro do Nacional a decisão quanto ao atendimento das liberações solicitadas.
De posse das informações, o secretário do Tesouro Nacional decide o montante a
ser liberado em cada item da programação financeira, determinando ao
Subsecretário de Política Fiscal, ao Diretor de Programas e a Cofin que adotem
as providências para a operacionalização das liberações de recursos por ele
autorizadas”.
E o item
12 conclui: “Dessa forma, reitero que cumpre à Supof e à Cofin procederem na
operacionalização da liberação/transferência desses recursos, posteriormente à
autorização de liberação pelo secretário do Tesouro Nacional”.
BODE EXPIATÓRIO
O presidente nacional do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), disse hoje que a oposição não vai permitir que o
ex-secretário se transforme no "bode expiatório" das chamadas
pedaladas fiscais promovidas pelo governo e afirmou que a confissão dele só
reforça a responsabilidade final da presidente Dilma Rousseff. Em documento, o
ex-secretário assumiu a responsabilidade pelas manobras fiscais que estão agora
sendo analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Nesta semana, o TCU
deu prazo de 30 dias para que a presidente Dilma dê explicações sobre as contas
de 2014.
— Ele (Arno Augustin) era a cara metade
da presidente Dilma, como ambos gostavam de dizer e era reconhecido. Se o Arno
Augustin assume a responsabilidade, na minha avaliação, é como se a própria
presidente da República assumisse a responsabilidade — disse Aécio.
Candidato derrotado por Dilma nas
eleições de 2014, Aécio disse que alertou durante a campanha eleitoral sobre as
manobras fiscais e problemas com pagamento do Bolsa Família, por exemplo.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo
Caiado (GO), vai na mesma linha e disse que o PT tenta transformar Arno no novo
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT condenado no caso do Mensalão.
— O governo Dilma tenta
desesperadamente um bode expiatório. Isso não exime de culpa a presidente, que
tinha ciência de tudo quem estava sendo feito. Querem transformar o Arno num
Delúbio Soares — disse Caiado.
Para Aécio, o governo não conseguirá
transformar Arno no único culpado.
— Isso é impossível, porque a
responsabilidade final é da presidente da República. Os decretos de
contingenciamento, por exemplo, chamados no relatório de Augusto Nardes
(ministro relator das contas de Dilma no TCU) de fraudulentos, são assinados
pela presidente da República. A terceirização de responsabilidades é uma marca
do governo do PT, mas já deu. Não há mais espaço para isso e todos que tem
responsabilidade tem a obrigação de responder por elas.
Arno Augustin e a presidente Dilma são
muito próximos, desde quando trabalharam nos governos petistas no Rio Grande do
Sul — disse Aécio,ironizando— Na chamada nova matriz econômica – cantada em
verso e prosa pelo governo e que tanta infelicidade trouxe para o Brasil –, a
instrução era capitaneada e conduzida pelo Arno Augustin e com a participação
permanente da presidente da República. Então, torna a coisa assim ainda mais
grave — disse Aécio.
O senador disse esperar que o TCU tome
uma decisão "técnica" sobre as contas de Dilma.
— Vamos estar acompanhando,
nesses 29 dias que restam (do prazo dado a Dilma) a decisão do TCU. Os
documentos, as análises são tão claras, tão cristalinas que não há como aprovar
as contas da presidente da República. O Tribunal de Contas que terá
oportunidade de fazer história e mostrar que não é um órgão submisso ao
Executivo — disse Aécio.
Um caso exemplar de como a política manda na estatal
DIEGO ESCOSTEGUY E MARCELO ROCHA. COM LEANDRO LOYOLA
02/05/2014 - 22h22 - Atualizado 20/06/2015 00h00
Há cerca de dois anos, a presidente daPetrobras, Maria das Graças Foster, convocou os principais executivos da estatal para uma reunião.Graça Foster, como é conhecida, assumira o cargo havia poucos meses, mas já queria exigir resultados. Como ocorrera com alguns dos subordinados deDilma Rousseff, ela assimilara rapidamente o estilo da presidente: gritar primeiro e cobrar depois. O clima naquela reunião, como em tantas outras, era tenso. Internamente, a Petrobras já vivia tempos difíceis. Gastava demais para produzir – e vender – petróleo de menos. O motor da Petrobras engasgava porque ela rodava, desde o começo do governo Lula, com gasolina de má qualidade, batizada com política excessiva. Política na escolha de quem comandaria a empresa (subiu quem fosse mais amigo do PT e do PMDB) e na escolha por gastar muito em múltiplos e simultâneos contratos caríssimos (subiram as empresas amigas dos amigos do PT e do PMDB).
Naquela reunião, Graça Foster cobrava resultados. Quem deveria ser cobrado já deixara a Petrobras. Não estavam na reunião sindicalistas do PT, como José Sérgio Gabrielli, a quem Graça Foster sucedera, e executivos suspeitos de corrupção, como Paulo Roberto Costa, sustentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por um consórcio entre PT, PMDB e PP. Dilma conseguira derrubar Paulo Roberto da Diretoria de Abastecimento logo após Graça Foster virar presidente da Petrobras, mas não conseguira evitar que o número dois de Paulo Roberto, José Carlos Cosenza, assumisse o posto do antigo chefe. Cosenza fora escolhido pelo PMDB do Senado. Abaixo de Cosenza, mantinham-se apaniguados do PMDB. Nenhum era mais poderoso que outro José, de sobrenome Pereira, à frente da gerência responsável por compras e vendas milionárias (sem licitação) de produtos derivados de petróleo. Pereira era mantido no cargo por indicação pessoal do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do PMDB.
Pereira estava na reunião. E ouviu muito. “Se você pensa que se manterá no cargo só porque foi indicado pelo Lobão, está enganado”, disse Graça Foster, segundo relatos de quem estava lá. Pereira ficou furioso. “Se a senhora pensa que é presidente da Petrobras porque é a melhor engenheira da empresa, está enganada”, disse, segundo os mesmos relatos. “A senhora está presidente porque sua indicação política é melhor do que a minha.” Graça Foster respondeu com “impropérios”, nas palavras de quem assistiu à cena. Pereira levantou-se e deixou a sala. Numa demonstração do peso que a política tem nas decisões tomadas – e nas que deixam de ser tomadas – na Petrobras, Graça Foster não conseguiu demitir Pereira. Ele permaneceu mais dois anos no cargo. Foi demitido apenas há três semanas, no dia em que a Polícia Federal entrou, com ordem judicial, na sede da Petrobras, em busca de provas do esquema de corrupção liderado por Paulo Roberto.
Segundo documentos obtidos pela PF na casa de Paulo Roberto, a que ÉPOCA teve acesso, como a agenda dele (leia abaixo), Cosenza continuava a se encontrar periodicamente com o ex-chefe. Despachavam sobre os assuntos discutidos na cúpula da estatal. Os documentos, como e-mails e planilhas, mostram que, mesmo fora da Petrobras, Paulo Roberto continuou seu esquema na Diretoria de Abastecimento. Ajudava a fechar e a prorrogar contratos de quem pagava a ele por isso. Quem o ajudava a mover a caneta dentro da Petrobras? A PF investiga.
Na Petrobras, como em qualquer estatal, a caneta só se move por fortes razões – normalmente, por pressão ou ordem de quem indicou aquele que pode mover a caneta. Nos casos de corrupção descobertos nos últimos meses, pesam suspeitas graves contra seis empreiteiras e outras seis multinacionais, além de políticos do PT, do PMDB e do PP. A maioria das evidências está no inquérito aberto para investigar a “organização criminosa”, como define o Ministério Público, liderada por Paulo Roberto e pelo doleiro Alberto Youssef. Um contrato da Petrobras em especial (leia abaixo), investigado pela PF e pelo MPF em outra frente, assusta os políticos, ainda mais na iminência da criação de uma CPI no Congresso para apurar os desvios na Petrobras. O negócio, de US$ 826 milhões, foi fechado em outubro de 2010, durante o segundo turno das eleições presidenciais, entre a Petrobras, maior empresa do Brasil, e a Odebrecht, maior empreiteira do Brasil. Para quê? Serviços de segurança, meio ambiente e saúde em unidades da Petrobras no Brasil e no exterior – um conjunto de providências que, no mundo empresarial, leva a sigla SMS.
Em agosto do ano passado, o lobista João Augusto Henriques, responsável, no PMDB, por fazer a caneta da Diretoria Internacional da Petrobras se mexer, afirmou a ÉPOCA que montara essa operação. Disse que, para que a caneta do PT de Gabrielli se mexesse e aprovasse o contrato, foi preciso acertar uma doação equivalente a US$ 8 milhões à campanha de Dilma Rousseff. “Odebrecht? Eu montei tudo”, disse João Augusto. “A Odebrecht tinha de ganhar. Foi até ideia minha. Pelo tamanho dela. Pelo padrão.” Ele afirmou que acertou a doação com o tesoureiro informal do PT, João Vaccari. Segundo João Augusto, tudo começou no segundo semestre de 2009. Funcionava no Senado a CPI da Petrobras. Era uma CPI fajuta, que quase nada investigou. Pelo acordo revelado por João Augusto e confirmado a ÉPOCA por mais dois envolvidos na operação, o PMDB ajudaria a enterrar a CPI, relatada pelo senador Romero Jucá. Em troca, a direção da Petrobras, então comandada por Gabrielli, assinaria embaixo do projeto Odebrecht. Houve dificuldades, mas assim foi feito.
Em janeiro de 2012, pouco antes da intervenção branca de Dilma na Petrobras e da posse de Graça Foster, auditores encontraram irregularidades graves no contrato de US$ 826 milhões. ÉPOCA obteve acesso à auditoria. Era um trabalho preliminar, mas minucioso, que nunca veio a público. Nele, os auditores são contundentes nas ressalvas à operação. Alertam que o negócio com a Odebrecht fora ruim – e dizem que o contrato deveria ser rescindido (leia documentos e detalhes acima). “A estratégia de contratação para implantação da carteira (SMS) da ANI (Área de Negócios Internacional) se mostrou prejudicial aos interesses da Petrobras”, afirmaram os auditores. “Sob tais circunstâncias, o processo licitatório deveria ter sido interrompido”, afirmou Marise Feitoza, gerente de Auditorias Especiais.
Os auditores entenderam que a contratação fora equivocada, por causa do perfil das empresas convidadas e pelo prazo reduzido para apresentação de propostas. A Petrobras convidou formalmente outras empreiteiras: quatro no Brasil e quatro no exterior. Algumas não tinham nada a ver com esse tipo de serviço. Todas declinaram. Sobrou para a Odebrecht. A auditoria preliminar apontava numerosas irregularidades no contrato. Entre elas: a diretoria executiva da Petrobras determinara que os serviços relativos às refinarias de Pasadena, nos Estados Unidos, Bahía Blanca, na Argentina, e Okinawa, no Japão, deveriam ser submetidos a autorização específica antes de ser feitos. No caso de Pasadena, isso significou um aditivo de US$ 20,3 milhões ao contrato. Os auditores não encontraram evidência de que isso tenha sido respeitado. A fiscalização concluiu que a Odebrecht usou uma artimanha comum: atribuir preços elevados a serviços que fatalmente serão feitos em maior quantidade na execução do contrato. É uma prática conhecida como “jogo de planilha”. Aumenta o lucro da empresa contratada. E dá prejuízo a quem contrata.
O relatório causou pânico na cúpula da Petrobras e fúria na Odebrecht. De acordo com técnicos da estatal, Graça Foster e sua equipe pretendiam seguir a orientação da auditoria e anular o contrato. Ao saber disso, João Augusto e o PMDB agiram. Segundo o relato de João Augusto, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, procurou Graça Foster para impedir a anulação do contrato. Ele mencionou, segundo João Augusto e outro lobista envolvido no negócio, as “contribuições políticas” decorrentes do contrato. Após a pressão da Odebrecht e dos lobistas envolvidos, fez-se uma nova versão da auditoria. Ela não falava em anular o contrato e usava linguagem mais leve. Era uma solução intermediária. Em janeiro de 2013, decorridos pouco mais de dois anos da contratação, a Petrobras anunciou a redução do contrato: de US$ 826 milhões, para US$ 480 milhões. Como justificativa, a direção disse que o contrato precisava “refletir o portfólio atualizado de ativos e necessidades de serviços de controladas no exterior”.
ÉPOCA localizou a auditora Marise Feitoza, que trabalhou nas duas versões da auditoria. Ela disse não se lembrar da primeira e mais pesada versão. “Em nossa rotina, a gente sempre emite os primeiros comentários e envia a quem foi auditado, para que possa fazer seus comentários sobre o que foi levantado. A partir de ajustes e acertos, às vezes alguém pode apresentar novos dados para a gente, pode ter errado em alguma análise. Todo auditor trabalha assim”, disse.
Investigações independentes da PF, do MPF e de uma cada vez mais inevitável CPI são fundamentais em casos como este e também em outros. É o caso de outro contrato fechado por Paulo Roberto, com a petroquímica Unipar, em 2008. A Petrobras se uniu à Unipar, para criar a maior empresa do setor, chamada Quattor. “A parceria entre a Petrobras e o grupo Unipar não poderia ser mais auspiciosa”, disse Paulo Roberto, ao assinar o contrato. A sociedade foi criticada dentro da Petrobras e por executivos independentes. Segundo essas críticas, a Unipar pagou muito pouco (R$ 380 milhões) para entrar na sociedade, ainda por cima tendo controle sobre ela.
No começo de 2009, a “auspiciosa” parceria rendeu propina ao esquema de Paulo Roberto e Youssef, segundo suspeita a PF. Um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras, o Coaf, obtido por ÉPOCA no inquérito da Lava Jato, revela que a Unipar depositou R$ 466 mil na conta de uma das empresas de fachada de Youssef – a mesma que recebia depósitos de propina das empreiteiras com contratos na Petrobras (leia acima). Pelo relativo baixo valor do pagamento em relação ao total do negócio, a PF suspeita que obtiveram apenas um retrato de uma relação financeira mais estável, que envolveu outros pagamentos. Agora, a PF tenta rastrear outras transações da Unipar com Youssef.
O ministro Edison Lobão afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que conhece o ex-gerente José Raimundo Pereira. De acordo com a nota, Pereira chegou ao cargo de gerente executivo de Marketing e Comercialização “por decisão da direção da empresa” e “contou com o apoio”. Procurado, Pereira não retornou os recados deixados por ÉPOCA. O empresário Frank Geyer e a Unipar informaram, por intermédio da assessoria de imprensa, que não se manifestariam. A Petrobras não respondeu até o fechamento desta edição. ÉPOCA não conseguiu localizar João Vaccari e o senador Romero Jucá. No ano passado, por meio da assessoria do PT, Vaccari afirmou não ter sido responsável pela tesouraria da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 e que as doações recebidas foram todas legais. Jucá negou ter conversado com João Augusto ou ter barganhado o contrato da Odebrecht pelo fim da CPI da Petrobras, em 2009.
Em nota, a Odebrecht afirma: “A Odebrecht nega veementemente a existência de qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas. Esclareça-se que a redução no valor do mencionado contrato para a execução de serviços em instalações da Petrobras fora do Brasil foi única e exclusivamente consequência da diminuição do escopo deste contrato. Em decorrência do plano de desinvestimentos da Petrobras no exterior, a prestação dos serviços elencados no contrato, originalmente prevista para ocorrer em nove países, foi reduzida para quatro. A Odebrecht desconhece questionamentos feitos em auditoria interna da Petrobras e as conclusões dessa mesma auditoria. A empresa está à disposição de qualquer órgão de fiscalização para fornecer informações sobre o mencionado contrato, cujas obras previstas já foram concluídas e entregues.”
Na Petrobras, as canetas sempre se movem na direção certa. Após pagar pouco para virar sócia da Petrobras, a Unipar ganhou muito para sair da sociedade. Em 2010, a Petrobras uniu os ativos dela aos de uma outra empresa para formar uma petroquímica ainda maior, a Braskem. Essa outra empresa era a Odebrecht.
Quando O Globo denunciou a tramóia do Itamaraty para esconder os documentos relativos à Odebrecht, o governo prometeu acesso irrestrito ao material.
Ontem, porém, Dilma Rousseff classificou como secretos e reservados 760 documentos sobre as viagens ao exterior do lobista Lula, a serviço da Odebrecht.
Os telegramas que foram liberados - e que podem ser lidos no site da Época - vão até 2010, cobrindo apenas os dois mandatos presidenciais de Lula.
O que ele fez de lá para cá, depois de deixar o governo, contratado como lobista da Odebrecht, sempre com o apoio das embaixadas brasileiras, só será conhecido em 2030.
O Brasil
à beira de uma guerra civil? POR CAUSA DESSE CORRUPTO??????
O sujeito rouba e se faz de vítima,tipico de
picareta comunista safado,cadeia para esse bandido. Lula saiu vociferando
que o PT é vítima de tudo isso que está acontecendo, que a Lava Jato é uma
'armação golpista' e que o MST, a CUT e outros vão para guerra ao seu lado para
manter 'o progresso' do Brasil.
O Brasil à beira de uma guerra civil?
Lula e o PT estão desesperados após a prisão dos amigos de esquema das maiores empreiteiras do país metidos até o talo no maior roubo da história da nação, até o momento, enquanto o BNDES-salão não vem à tona. O desespero é tanto que Lula meio que 'canta a bola' antes da hora e até critica Dilma por não ter afastado o Moro de algum jeito.
Lula saiu vociferando que o PT é vítima de tudo isso que está acontecendo, que a Lava Jato é uma 'armação golpista' e que o MST, a CUT e outros vão para guerra ao seu lado para manter 'o progresso' do Brasil>>>
Depois das prisões dos maiores figurões das maiores gatunas/empreiteiras do Brasil, a 'cumpanherada' está numa campanha suicída, do tipo Kamikaze para destruir a Operação Lava Jato e o seu maior alvo é o Juiz Moro e PF.
Desdes as primeiras horas de sexta até agora, blogues, sites e veículos financiados pelo PT e subsidiados pelo governo estão numa campanha difamatória terrível contra Moro e a Força Tarefa Federal Patriota, buscando desqualificar todas as ações. (Reveja a Lista da Mídia Vermelha)
E como não poderia ser diferente, Lula, meio de porre pelo visto e com o rabinho na rifa como diz o povão, saiu vociferando que o PT é vítima de tudo isso que está acontecendo, que é uma 'armação golpista' e que ele é o próximo alvo do implacável Juiz Sérgio Moro e da força tarefa da Lava Jato. Além disso, o Molusco 51 tem reiterado, assim como o João Pedro Stédile que se algo acontecer, o MST vai fazer o diabo no Brasil com invasões e manifestos nervosos por todo o território. (REVEJA: Governo Dilma 'firma acordo' e 'guerrilha bolivariana Madurista' instrui o MST no Brasil)
LULA APELA PARA VITIMIZAÇÃO E AMEAÇA SE FOR PRESO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que a prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez é uma demonstração de que ele será o próximo alvo da Operação Lava-Jato. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, Lula também reclamou do que chamou de "inércia" da presidente Dilma Rousseff para a contenção dos danos causados pela investigação.
A reportagem cita interlocutores que teriam afirmado que Lula se queixa da atuação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por ter convencido Dilma a minimizar o impacto político da operação.
O ex-presidente se mostraria preocupado, em conversas, pelo fato de não ter foro privilegiado, podendo ser chamado a depor a qualquer momento. Por isso, expressa insatisfação que o caso ainda esteja sob a condução do juiz Sérgio Moro, aponta a publicação.
A reportagem também cita a preocupação dos petistas em relação ao caixa do partida e sobre a prestação de contas da campanha da presidente Dilma, o que preocuparia o Palácio do Planalto pelos efeitos negativos na economia.
Nesta sexta-feira, segundo a reportagem, Lula manteve sua agenda: um almoço com o ministro da Educação, Renato Janine, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita. Segundo participantes, ele exibia bom humor.
• “Terão de construir mais 3 celas: para mim, Lula e Dilma”, dizia Emilio Odebrecht, sobre possível prisão do filho. O presidente da Odebrecht, Marcelo, foi preso nesta sexta feira.
Desde que o avançar inexorável das investigações da Lava Jato expôs ao Brasil o desfecho que, cedo ou tarde, certamente viria, o mercurial empresário Emilio Odebrecht, patriarca da família que ergueu a maior empreiteira da América Latina, começou a ter acessos de raiva.
Nesses episódios, segundo pessoas próximas do empresário, a raiva – interpretada como ódio por algumas delas – recaía sobre os dois principais líderes do PT: a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A exemplo dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, outros dois poderosos alvos dos procuradores e delegados da Lava Jato, Emilio Odebrecht acredita, sem evidências, que o governo do PT está por trás das investigações lideradas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Se prenderem o Marcelo (Odebrecht, filho de Emilio e atual presidente da empresa), terão de arrumar mais três celas”, costuma repetir o patriarca, de acordo com esses relatos. “Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
Na manhã da sexta-feira, 19 de junho de 2015, 459 dias após o início da Operação Lava Jato, prenderam o Marcelo. Ele estava em sua casa, no Morumbi, em São Paulo, quando agentes e delegados da Polícia Federal chegaram com o mandado de prisão preventiva, decretada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal da Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações do petrolão na primeira instância. Estava na rua a 14ª fase da Lava Jato, preparada meticulosamente, há meses, pelos procuradores e delegados do Paraná, em parceria com a PGR. Quando ainda era um plano, chamava-se “Operação Apocalipse”.
Para não assustar tanto, optou-se por batizá-la de Erga Omnes, expressão em latim, um jargão jurídico usado para expressar que uma regra vale para todos – ou seja, que ninguém, nem mesmo um dos donos da quinta maior empresa do Brasil, está acima da lei.
Era uma operação contra a Odebrecht e, também, contra a Andrade Gutierrez, a segunda maior empreiteira do país. Eram as empresas, precisamente as maiores e mais poderosas, que ainda faltavam no cartel do Petrolão. Um cartel que, segundo a força-tarefa da Lava Jato, fraudou licitações da Petrobras, desviou bilhões da estatal e pagou propina a executivos da empresa e políticos do PT, do PMDB e do PP, durante os mandatos de Lula e Dilma.
Os comentários de Emilio Odebrecht eram apenas bravata, um desabafo de pai preocupado, fazendo de tudo para proteger o filho e o patrimônio de uma família? Ou eram uma ameaça real a Dilma e a Lula? Os interlocutores não sabem dizer. Mas o patriarca tem temperamento forte, volátil e não tolera ser contrariado. Também repetia constantemente que o filho não “tinha condições psicológicas de aguentar uma prisão”. Marcelo Odebrecht parece muito com o pai. Nas últimas semanas, segundo fontes ouvidas por ÉPOCA, teve encontros secretos com petistas e advogados próximos a Dilma e a Lula. Transmitiu o mesmo recado: não cairia sozinho. Ao menos uma dessas mensagens foi repassada diretamente à presidente da República. Que nada fez.
Quando os policiais amanheceram em sua casa, Marcelo Odebrecht se descontrolou. Por mais que a iminência da prisão dele fosse comentada amiúde em Brasília, o empresário agia como se fosse intocável. Desde maio do ano passado, quando ÉPOCA revelara asprimeiras evidências da Lava Jato contra a Odebrecht, o empresário dedicava-se a desancar o trabalho dos procuradores. Conforme as provas se acumulavam, mais virulentas eram as respostas do empresário e da Odebrecht. Antes de ser levado pela PF, ele fez três ligações. Uma delas para um amigo que tem interlocução com Dilma e Lula – e influência nos tribunais superiores em Brasília. “É para resolver essa lambança”, disse Marcelo ao interlocutor, determinando que o recado chegasse à cúpula de todos os poderes. “Ou não haverá República na segunda-feira.”
A reportagem de maio de 2014 de ÉPOCA sobre evidências de corrupção e caixa dois num contrato da Petrobras com a Odebrecht
Antes mesmo de chegar à carceragem em Curitiba, Marcelo Odebrecht estava “agitado, revoltado”, nas palavras de quem o acompanhava. Era um comportamento bem diferente de outro preso ilustre: o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. Otávio Azevedo, como o clã Odebrecht, floresceu esplendorosamente nos governos de Lula e Dilma. Tem uma relação muito próxima com eles – e com o governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, também investigado por corrupção, embora em outra operação da PF. Otávio Azevedo se tornou compadre de Pimentel quando o petista era ministro do Desenvolvimento e, como tal, presidia o BNDES.
Não há como determinar com certeza se o patriarca dos Odebrechts ou seu filho levarão a cabo as ameaças contra Lula e Dilma. Mas elas metem medo nos petistas por uma razão simples: a Odebrecht se transformou numa empresa de R$ 100 bilhões graças, em parte, às boas relações que criou com ambos. Se executivos da empresa cometeram atos de corrupção na Petrobras e, talvez, em outros contratos estatais, é razoável supor que eles tenham o que contar contra Lula e Dilma.
A prisão de Marcelo Odebrecht encerra um ciclo – talvez o maior deles – da Lava Jato. Desde o começo, a investigação que revelou o maior esquema de corrupção já descoberto no Brasil mostrou que, em 2015, é finalmente possível sonhar com um país com menos impunidade. Pela primeira vez, suspeitos de ser corruptores foram presos – os executivos das empreiteiras. Antes, apenas corruptos, como políticos e burocratas, eram julgados e condenados. E foi precisamente esse lento acúmulo de prisões, e as delações premiadas associadas a elas, que permitiu a descoberta de evidências de corrupção contra Marcelo Odebrecht, o empreiteiro que melhor representa a era Lula.
Foram necessárias seis delações premiadas, dezenas de buscas e apreensão em escritórios de empresas e doleiros e até a colaboração de paraísos fiscais para que o dia 19 de junho fosse, enfim, possível.