terça-feira, 30 de junho de 2015

Verdades sobre Comunas Ditadores: Os 5 maiores ícones da esquerda caviar de todos os tempos


Eles se posicionam como socialistas, defensores da construção de um mundo justo e igualitário, 
longe das tentações e das amarras do consumismo – mas não abrem mão das benesses que só os cifrões do capitalismo podem bancar.
Ao redor do mundo, são conhecidos pelas mais diversas alcunhas – num fenômeno generalizado, 
presente em infindáveis idiomas, nas mais diversificadas culturas. No Reino Unido são 
conhecidos como “champagne socialist“, nos Estados Unidos como “limousine liberal”
na Alemanha como “salonkommunist”, na Itália como“radical chic”, na Dinamarca como 
“kystbanesocialist”, na Eslovênia como “loungeroom left”, na Espanha como “pijo-progre”
na Suíça como “cüpli-sozialist”, na Holanda como “salonsocialist”, na Grécia como “Αριστερός
 με δεξιά τσέπη”. E até no Japão recebem uma expressão especial – são os “Botchan Sayoku”. 
Mas você provavelmente os conhece como esquerda caviar, esquerda festiva, ou ainda, como
Prepare o seu champagne e ponha no prato seu caviar. Aqui, alguns dos maiores líderes socialistas 
de todos os tempos – e o modo extravagante como levaram suas vidas.
1) FIDEL CASTRO, CUBA

Fidel Castro com seus dois Rolex, numa visita ao Kremlin, em 1963.
Após uma curta viagem de barco, partindo da cidade costeira de Cienfuegos, ao sul de Cuba, 
chega-se à deserta ilha tropical deCaya Piedra. Cercada por mornas águas turquesa, a ilha 
mais parece um cartão-postal, com suas praias de areia branca e recifes de coral intocados.
 Este paraíso caribenho de dois quilômetros de extensão é propriedade privada do homem mais 
rico do país: o ditador Fidel Castro.
Os moradores locais o chamam de El Comandante e ele costuma atracar na localidade a bordo 
de seu iate de luxo, o Aquarama II, que, por sua vez, possui bancos de couro da cor creme e 
é revestido com raras madeiras angolanas. O ditador também possui sempre à disposição um 
exército de servos pessoais –  mantidos em expediente 24/7 – para lhe servir vinho branco 
gelado e exóticos mariscos, além de outras luxúrias. Fidel e seus amigos passam os dias lendo, 
mergulhando ou na pesca. É dura a vida de líder de uma revolução.
Em um livro de memórias (publicado no Brasil pela Companhia das Letras), chamado
 A Vida Secreta de Fidel, Juan Reinaldo Sanchez, segurança do ditador cubano durante três
 décadas, traz a tona essa e outras extravagância luxuosas desfrutadas pelo autocrata e 
seu círculo íntimo. O livro retrata um homem obcecado pelo poder e pelo dinheiro, que se
 autoproclama herói da classe trabalhadora, enquanto vive uma vida tão opulenta quanto a de
 um rei absolutista.

Sanchez foi um dos guardas pessoais da segurança de Castro de 1977 a 1994 e o acompanhou 
em viagens ao exterior para encontrar todo tipo de lideranças, desde papas a figuras políticas
 internacionais, testemunhando em primeira mão a capacidade de seu patrão para explorar
 Cuba como um feudo pessoal.
Ao lembrar, por exemplo, de um dia típico de pescaria em Cayo Piedra, ele diz: “Eu não
 posso descrever [a cena] de outra maneira, senão a comparando às caçadas reais de 
Luis XV nas florestas ao redor do [palácio de] Versalhes”. O segurança ainda diz:
“Fidel Castro gosta de espalhar o boato de que a revolução não lhe deu
 descanso, que não havia tempo para o prazer e que ele, de fato, havia
 desprezado o conceito burguês de férias. Nada poderia estar mais 
distante da verdade.“
A mansão do ditador em Havana é uma residência de dois andares com área construída 
de cerca de 1.200 metros quadrados, situada no centro de uma propriedade de 30 hectares,
 o equivalente a 36 campos de futebol. Conhecida como Ponto Zero, a área concentra ainda
 um conjunto de casarões onde vivem alguns de seus filhos. Há ainda casas de hóspedes,
 academias de ginástica, piscinas, lavanderias industriais e até uma sorveteria exclusiva para
a família Castro. As ruas dos arredores são inacessíveis para qualquer outro habitante da capital
 cubana. O sítio urbano é cercado por muralhas. Fidel também tem um pomar, uma horta
 orgânica, um galinheiro e um curral. Sim, um curral: o ditador caribenho é obcecado por gados.
 Literalmente. Após uma década mantendo a cabeça baixa, Sanchez fugiu para os EUA como exilado em 
2008, onde vive atualmente. O cubano, hoje, paga as contas com seus trabalhos esporádicos
 de conselheiro de segurança em Fort Lauderdale, Florida.

O filho mais novo de Fidel, Antonio Castro Soto del Valle, foi flagrado essa semana 
num resort de luxo na Turquia, onde alugou cinco suítes de diárias de US$ 1 mil para 
12 acompanhantes, após chegar em um iate alugado na ilha grega de Mykonos. De acordo 
com a revista “Gala”, um repórter foi atacado por um segurança cubano após filmá-lo.

2) DINASTIA KIM, COREIA DO NORTE


Kim Jogn-Un e seu inseparável iMac.
A primeira coisa que você deve saber sobre a família Kim, que controla o reino mais fechado
 do mundo há décadas, é que ela desenvolveu um verdadeiro fascínio pela Mercedes-Benz – marca 
alemã que historicamente exerce uma paixão peculiar em ditadores, como Hitler, Fidel Castro,
 Pol Pot, Leonid Brejnev e Saddam Hussein. Kim Il Sung, Presidente Eterno da Coreia do Norte, 
encontra-se atualmente embalsamado no Palácio Memorial de Kumsusan próximo à sua Mercedes 500 SEL.
 E a paixão pela estrela de três pontas foi transmitida de pai para filho. Apesar das sanções 
econômicas impostas pela ONU, que há décadas baniram a venda de itens de luxo no país,
 segundo relatos de um ex-assessor para compras, Kim Jong-Il acumulou mais de US$20 milhões 
em carros da Mercedes-Benz. E boa parte com dinheiro de ajuda humanitária. No livro
o autor Mike Kim relembra um desses casos:
“[Em 2001], enquanto as Nações Unidas preparavam uma ajuda de emergência 
no valor de US$ 600 milhões para o país, Kim gastou US$20 milhões importando
 200 das mais novas e caras… Mercedes, que ele distribuiu como prêmio a seus seguidores depois do teste de lançamento de um novo míssil de longa distância 
sobre o Japão.”
 por US$3,1 milhões – quantia que poderia ter sido usada para comprar 13 mil toneladas 
de milho para alimentar a faminta população norte coreana.
Segundo um relatório da ONU, apenas em 2012, Kim Jong-Un gastou US$ 645 milhões em 
artigos de luxo – dentre os quais caviar e bebidas, especialmente conhaque, um resort de esqui, 
um centro de equitação, muitos carros e mais de 30 pianos. Em 2013, Kim comprou um iate avaliado
 em mais de US$ 7 milhões.


3) HUGO CHÁVEZ, VENEZUELA


Rosinés Chávez, filha de Hugo Chávez, com um leque de dólares
La familia real de Barinas. É assim que a família Chávez é conhecida na Venezuela. Barinas, no
 norte do país, é a cidade natal de Chávez, conhecida por sua extrema pobreza e calor. Chávez foi 
criado em uma pequena casa com um chão de terra que o governo de Raul Leoni havia cedido aos mais
 pobres. Desde que assumiu o poder, no entanto, decidiu acumular 3.500 hectares da região para sua 
família, incluindo uma fazenda chamada La Chavera, de 600 hectares, guardada por elementos de
 segurança do Estado.
Mas não apenas de terras vivia Hugo Chávez. O presidente da Venezuela era um reconhecido
 amante de automóveis. Gostava de Toyotas, de Mercedes e tinha uma preciosidade
 na garagem: um Bentley Mulsanne, um dos carros mais exclusivos do mundo à disposição – com 
seus 512 CV de potência, capaz de atingir quase os 300 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em
 5,3 segundos.Segundo um relatório feito pela ONG Criminal Justice International Associates,
 Hugo Chávez tinha uma fortuna avaliada em mais de US$ 1 bilhão no momento de sua morte.
À família presidencial é atribuída a posse de 17 propriedades com valores unitários entre os US$ 400 mil 
e os US$ 700 mil dólares, 10 jipes Hummer custando cada um US$ 70 mil dólares e ainda US$ 200 milhões
 em contas no exterior.
No ano passado, segundo revelou o Swissleaks, descobriu-se que o governo venezuelano fez
 depósitos de US$ 12 bilhões em 4 contas bancárias na sede do HSBC na Suíça, em nome d
a Tesouraria Nacional e do Banco do Tesouro. O escândalo revelou fortunas de governantes e
 membros da realeza, como o rei do Marrocos, Mohammed, políticos, executivos de empresas e 
bilionários dos mais diversos tipos. O reino de Chávez – e agora de Maduro – marcou presença vip.

4) MAO TSÉ-TUNG, CHINA

O trecho abaixo é da biografia “Mao: A História Desconhecida”, relato imperdível de Jung
 Chang e Jon Halliday sobre a vida do maior tirano de todos os tempos. A chinesa Jung e seu
 marido, Jon, passaram 12 anos pesquisando e escrevendo a obra, que é o maior tratado a respeito
 da vida de Mao Tsé-Tung:
“Mao não economizava nos aspectos da vida de que gostava. Era um gourmet e mandava buscar 
suas comidas favoritas em todo o país (ele e os altos líderes raramente iam a restaurantes, 
cujo número encolheu com o regime comunista). Um peixe especial de Wuhan que ele apreciava
 tinha de ser transportado vivo por mil quilômetros dentro de um saco de plástico cheio de água 
e mantido oxigenado. Quanto ao arroz, ele exigia que a membrana entre a palha e o grão fosse mantida, 
o que significava descascá-lo manualmente e com grande cuidado. Uma vez, reclamou que não estava
 sentindo o gosto da membrana e disse a sua governanta que havia adquirido beribéri em consequência 
disso. A governanta correu até a fazenda especial na Fonte de Jade e mandou descascar um pouco
 de arroz exatamente como Mao queria.
Essa fazenda foi montada especialmente para plantar arroz para ele, pois supunha-se que a água
 de lá era a melhor. Nos velhos tempos, a fonte havia fornecido água às cortes imperiais. Agora, 
alimentava a plantação de arroz de Mao. As verduras de que ele gostava, assim como os frangos 
e o leite, eram produzidos em outra fazenda especial chamada Jushan. Seu chá tinha a fama de 
ser o melhor da China — Poço do Dragão — e as melhores folhas eram escolhidas para ele, no 
momento ideal. Toda a comida de Mao passava por um meticuloso exame médico e a 
cozinha era supervisionada por sua governanta, que também provava a comida. Frituras tinham de 
ser servidas de imediato; mas, como a cozinha ficava longe, para que os cheiros não impregnassem
 o caminho de Mao os criados levavam os pratos correndo até sua mesa.
Mao não gostava de entrar em banheiras ou chuveiros e não tomou banho durante um quarto de século.
 Em vez disso, seus criados o esfregavam todos os dias com uma toalha quente. Ele gostava de 
massagens diárias. Jamais foi a um hospital. As instalações hospitalares, junto com os melhores 
especialistas, iam até ele. Se não estava com vontade de vê-los, tinham de ficar por perto, às
 vezes durante semanas.
Mao jamais gostou de roupas elegantes. O que amava era o conforto. Usou os mesmos sapatos 
durante anos porque, como dizia, sapatos velhos eram mais confortáveis; e fazia com que os
 guarda-costas “gastassem” os sapatos novos para ele. Seu roupão de banho, sua toalha de
 rosto e suas colchas eram muito remendados, mas não com remendos comuns: eram levados
 especialmente a Xangai e consertados pelos melhores artesãos, custando muitíssimo mais 
do que artigos novos. Longe de serem indicações de ascetismo, eram singularidades do
 hedonista superpoderoso.





(…) Algumas dessas mulheres [garotas de programa] recebiam subsídios de Mao, assim como algumas pessoas de seu staff e parentes. As quantias envolvidas eram pequenas, mas ele fazia questão de autorizar pessoalmente cada transação. Mao tinha muita consciência do valor do dinheiro e durante anos conferiu as contas de sua casa minuciosamente.
O dinheiro distribuído por Mao vinha de uma conta pessoal secreta, a Conta Especial. Era onde guardava os royalties de seus escritos, pois, além de todos os outros privilégios, ele monopolizava o mercado de livros, forçando toda a população a comprar suas obras, além de evitar que a imensa maioria dos escritores fosse publicada. No auge, essa conta abrigava bem mais de 2 milhões de yuans, quantia astronômica. Para ter uma ideia do que isso significava, o staff de Mao ganhava, em média, cerca de quatrocentos yuans por ano. A renda em dinheiro de um camponês, em um ano dos melhores, podia ser de uns poucos yuans. Até os chineses mais privilegiados raramente tinham economias de mais de algumas centenas de yuans.
Mao foi o único milionário criado na China de Mao.”

5) ISLAM KARIMOV, UZBEQUISTÃO





















Ele começou sua carreira política no escritório do Planejamento de Estado da República Socialista Soviética do Uzbequistão, em 1966. Em 1986, virou Ministro das Finanças. Em 1989, primeiro secretário do comitê central do Partido Comunista do Uzbequistão e então, finalmente, o último presidente da república socialista em 1990 e em 1991, o primeiro presidente do Uzbequistão independente, cargo que ocupa até hoje, passados 25 anos – vencendo “eleições” em que até o candidato de “oposição” confessou ter votado nele.


Não é possível falar do país de Islam Karimov sem falar em algodão. O algodão responde por cerca de 45% das exportações do Uzbequistão, o que faz dele seu produto agrícola mais importante. Durante o domínio soviético, todas as terras aráveis do Uzbequistão encontravam-se sob o controle de 2.048 fazendas estatais. Hoje, os agricultores recebem uma fração ínfima dos valores praticados no mercado; o restante fica com o governo. Como ninguém se dispõe a plantar por esses preços, o governo obriga os agricultores. Como durante o período soviético.



Sala de cinema da mansão de Gulnora Karimov em Beverly Hills.
Sem estímulos econômicos, e com a manutenção dos maquinários completamente abandonada, Karimov saiu-se com uma solução pouco usual para enfrentar o problema: forçar crianças a realizar as colheitas. A história é contada no livro “Por que as nações fracassam”, dos economistas James A. Robinson e Daron Acemoğlu:
“A colheita se estende por dois meses. As crianças da região rural que têm a sorte de ser designadas para fazendas perto de casa podem ir andando ou são levadas de ônibus para o trabalho. As que moram mais longe ou vêm das cidades têm de dormir nos telheiros ou currais, junto com as máquinas e o gado. Não há banheiros nem cozinhas. As crianças têm de levar sua própria comida para o almoço.
Os principais beneficiários de todo esse trabalho forçado são as elites políticas, encabeçadas pelo Presidente Karimov, o rei de fato de todo o algodão uzbeque. Em tese, os estudantes são pagos pelo trabalho, mas só em tese. Em 2006, quando o preço mundial do algodão girava em torno de US$1,40 por quilo, as crianças recebiam cerca de US$0,03 por sua cota diária de 20-60 kg. Provavelmente 75% do algodão são hoje colhidos por crianças. Na primavera, as escolas fecham as portas para a capina do solo e transplante de mudas.
(…) Os interesses econômicos familiares são administrados pela filha de Karimov, Gulnora, que deve suceder o pai na presidência. Em um país tão pouco transparente e cheio de segredos, ninguém sabe ao certo o que a família Karimov controla nem quanto dinheiro ganha, mas a experiência da empresa americana Interspan é sugestiva do que se passou na economia do país nas últimas duas décadas. O algodão não é o único produto agrícola; determinadas regiões do país são ideais para o cultivo do chá, e a Interspan decidiu investir nessas áreas. Em 2005, tinha se apoderado de mais de 30% do mercado local, quando então começaram os problemas. Gulnora chegou à conclusão de que a indústria do chá parecia bastante promissora economicamente. Não demorou para que os funcionários locais da Interspan começassem a ser sistematicamente presos, surrados e torturados. As operações tornaram-se inviáveis e, em agosto de 2006, a empresa deixou o país. Seus negócios passaram para as mãos da família Karimov, cujas atividades no setor expandiam-se rapidamente e, na época, representavam 67% do mercado – em contraste com os 2% de poucos anos antes.”


Há dois anos, a família Karimov comprou uma mansão em Beverly Hills avaliada em US$ 58 milhões. Atualmente, praticamente 1/3 da população do Uzbequistão vive na pobreza.

fonte: http://spotniks.com/os-5-maiores-icones-da-esquerda-caviar-de-todos-os-tempos/

Eles se lixam para o povo:A ciência comprova: o governo está cagando pra você.



Você vota no horário marcado. Se esquece de votar, vai no prazo ao Cartório Eleitoral para justificar. Depois das eleições, não mede críticas quando o governo erra e elogios quando ele parece acertar. Faz pressão quando uma lei está parada, milita. Bate no peito e repete o mantra: “Nós colocamos eles lá, nós podemos tirar, nós mandamos neles!”.
Após seguir rigorosamente as regras da democracia, você espera, claro, que a sua opinião e a sua pressão tenha algum efeito sobre o governo, afinal, os políticos devem satisfação a seus eleitores pelo cargo conquistado, não é mesmo?
Não é o que a ciência diz.
Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Princeton e de Northwestern, nos Estados Unidos, demonstra que a opinião pública tem um impacto muito pequeno sobre a política. O impacto é tão pequeno que chega a ser considerado estatisticamente insignificante.
Foi assim: primeiro, os pesquisadores fizeram cerca de 2.000 entrevistas e perguntaram para as pessoas sobre propostas políticas que elas concordavam e que discordavam. Depois, separaram opiniões em comum e classificaram numa escala de 0 a 100 qual a aceitação de cada uma das ideias apresentadas na sociedade.
Essa estatística foi cruzada com 20 anos de dados sobre medidas que foram aprovadas no Congresso do país – que mostrou que a opinião de 90% dos eleitores simplesmente não importava para os políticos. Ideias com aceitação zero tinham 30% de chance de serem aprovadas, enquanto ideias com aprovação próxima dos 100 também tinham uma chance em torno de 30% de passarem.

Mas um grupo, muito bem incluído entre os 10% restantes, chamou a atenção: suas ideias mais fortes tinham 61% de chance de serem aprovadas, enquanto as propostas menos aceitas tinham zero chance de se concretizarem. Estes eram os donos de corporações e grupos da elite do país.
Nos Estados Unidos, os últimos 5 anos foram marcados por grandes doações de campanha política que totalizaram US$ 5,8 bilhões, todas elas vindas de 200 grandes corporações, que receberam US$ 4 trilhões em subsídios do governo – um retorno 750 vezes maior que o “investimento”.
No Brasil não é diferente.
Só na última eleição, apenas os grandes grupos doaram R$ 500 milhões para as campanhas políticas – metade de todo o valor arrecadado. Do outro lado da balança, o BNDES desembolsou, entre 2010 e 2014, um montante total de R$ 529 bilhões só para grandes empresas, boa parte delas envolvidas com a política de forma direta, seja como doadoras de campanhas ou com laços familiares.
Detalhe: com todo esse dinheiro seria possível custear 26 anos de Bolsa Família, dobrar os investimentos em Segurança Pública, construir 37 milhões de salas de aula ou construir 37 mil hospitais, cada um deles com capacidade para atender uma população de 40 mil pessoas.
É um ciclo vicioso: os candidatos que mais recebem dinheiro conseguem os melhores recursos para seus doadores, que enriquecem mais e liberam ainda mais dinheiro na próxima eleição.
E aqui é importante que se frise – independente da proibição ou liberação de doações privadas para campanhas, o governo – justamente por não criar absolutamente nada – precisa manter relações com empresas: seja construtoras para duplicar estradas ou construir aeroportos, seja fornecedores de material escolar ou hospitalar, ou ainda outras tantas empresas necessárias para as inúmeras obras demandadas pelo governo. Como abordamos nessa matéria, todas as evidências indicam que quanto maior for a área de atuação dos governos, maior será a percepção de corrupção pela sociedade. Diminuir a relação dos governos com as grandes empresas não é uma mágica que será feita com a proibição das doações privadas de campanha –  passa essencialmente pela diminuição das atribuições do Estado brasileiro.
“Uma [de nossas conclusões] é o fracasso total da [teoria do] “eleitor médio” e de outras teorias da Democracia Eleitoral Majoritária”, escrevem os pesquisadores. “Quando preferências da elite econômica e a bandeiras de grupos de interesse organizado são controladas, as preferências do americano médio representam apenas um minúsculo impacto sobre as políticas públicas estatisticamente insignificante, próximo de zero.”
Segundo um outro estudo da ONG Represent.US, 91% das vezes, o candidato com mais dinheiro para financiar sua campanha foi o finalista das eleições distritais nos Estados Unidos, o que é mais um indício de que as aspirações dos candidatos estão mais direcionadas ao dinheiro do que ao interesse de seus eleitores – que inconscientemente seguem a trilha da campanha mais bem feita, como já explicamos anteriormente nesse texto.
Todas essas estatísticas se encontram.
Com eleitores que se importam mais com a aparência do candidato e de sua campanha do que de suas propostas, é de se esperar que os políticos com maior financiamento realmente cheguem ao poder, usando os eleitores como escada. Lá em cima, a última coisa que se pode esperar é que ele olhe para baixo e sinta que deve algo para seus eleitores, meras peças descartáveis de um jogo publicitário

fonte: http://spotniks.com/a-ciencia-comprova-o-governo-esta-cagando-pra-voce/

Vergonha da política e políticos deste país:10 fatos absolutamente deprimentes sobre a política brasileira







Política. Você lida com ela todos os dias. Nos jornais, na internet, nas discussões de trabalho, nos descasos dos serviços públicos e essencialmente na hora de pagar os impostos. Mesmo que não goste, mesmo que não entenda, que não se interesse, que não compartilhe qualquer conteúdo ligado a ela, você não tem como escapar das suas garras.
Num país como o nosso, tão calejado pela ideia de que a política é um ente de transformação saudável para a sociedade, não raramente nos decepcionamos, nos indignamos e nos sentimos agredidos com o descaso e o despreparo dos homens públicos – especialmente quando esperamos que as respostas estejam nos partidos, nos políticos, nas regulações, no governo.
Passa ano, entra ano, são obras que nunca chegam, melhorias que pouco avançam, dinheiro que muito some. Em nome de toda essa dor, reunimos dez fatos absolutamente depressivos sobre a política brasileira.
Mas antes de ler, uma dica: um bom psicólogo é indicado ao final da leitura. E já adiantamos: provavelmente não será o bastante.
1) Paulo Maluf já recebeu quase 50 milhões de votos em sua carreira como político.
deputado-federal-paulo-maluf-pp-sp-concedeu-entrevista-ao-uol-e-a-folha-em-22jul2014-a-gravacao-ocorreu-no-estudio-do-uol-em-sao-paulo-1406117251707_1024x768

Pois é, parece inacreditável imaginar, mas Paulo Maluf já recebeu quase 50 milhões de votos em sua carreira.
Preparou a calculadora? Vamos lá.
Em 1983, Maluf participou de sua primeira eleição direta para o Congresso Federal: recebeu 672.927 votos e foi o deputado mais votado do país. Em 1988, na disputa para a prefeitura de São Paulo, viu a petista Luíza Erundina assumir a vaga – mas, ainda assim, recebeu 1.257.480 votos. No ano seguinte, Maluf arriscou uma candidatura na primeira eleição presidencial desde o golpe militar: ficou em 5º lugar, com 5.986.575 votos. Após a experiência, tentou a disputa para o governo de São Paulo no ano seguinte, mas viu a cadeira ser ocupada por Luís Antônio Fleury Filho, do PMDB – Maluf recebeu 5.872.473 votos no primeiro turno e 4.302.741 votos no segundo. Em 1992, venceu sua primeira eleição direta para a prefeitura de São Paulo, contra o petista Eduardo Suplicy, abocanhando 2.036.776 votos no primeiro turno e 2.805.201 votos no segundo. Em 1998, tentou novamente o governo de São Paulo, mas perdeu a vaga para o tucano Mário Covas – ainda assim, recebeu 5.351.026 votos no primeiro turno e 7.900.598 votos no segundo. Dois anos depois, fracassaria novamente, dessa vez na corrida à prefeitura de São Paulo, para a petista Marta Suplicy – Maluf ganhou 960.581 votos no primeiro turno e 2.303.623 votos no segundo. Em 2002, uma nova derrota, dessa vez para o governo de São Paulo, e sem chance de segundo turno – recebeu 4.190.706 votos e viu Alckmin vencer a disputa no segundo turno contra José Genoíno. Em 2004, mais uma tentativa frustrada na corrida à prefeitura de São Paulo, e mais uma vez Maluf ficou fora do segundo turno – recebeu apenas 734.580 votos. Dois anos depois, se tornou o deputado federal mais votado do país, com 739.827 votos. Em 2008, arriscaria sua última corrida a um cargo executivo, numa nova disputa pela prefeitura de São Paulo – recebeu pífios 376.734 votos, amargando a 4ª colocação. Em 2010, foi eleito deputado federal com 497.203 votos. E em 2014, mesmo com a candidatura indeferida, seus derradeiros 250.281 votos para a mesma vaga de deputado.
Total? Inacreditáveis 46.239.332 votos.
Alguém mais aqui sente um pouco de vergonha por esses números?

2) Gasto anual com corrupção no Brasil poderia comprar 600 milhões de cestas básicas ou construir mais de 14 milhões de salas de aula.

Segundo dados divulgados pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), nossos políticos desviam por ano mais de R$ 200 bilhões.
Não tem noção de quanto é isso tudo? A gente ajuda – o dinheiro seria suficiente para comprar 600 milhões de cestas básicas ou construir mais de 14 milhões de salas de aula.
E o roubo não para. Enquanto você lê esse texto, mais de R$ 380 mil foram desviados (e não adianta tentar proteger a carteira).
3) Nossos governantes já tomaram R$7,83 trilhões em impostos nos últimos 5 anos.
 impostometro
Na vida só há 2 certezas: morrer e pagar impostos. E por aqui, isso faz mais sentido do que qualquer outra coisa. Apenas nos últimos 5 anos, os brasileiros já mandaram quase R$ 8 trilhões para os governantes em impostos. Foram R$ 1,27 trilhão em 2010, R$ 1,5 trilhão em 2011, R$ 1,56 trilhão em 2012, R$ 1,7 trilhão em 2013 e R$ 1,8 trilhão em 2014. É trilhão que não acaba mais. E sai tudo do nosso bolso.

4) O que o Congresso gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio.
3eb4c9df-cc70-4c4e-99e4-b54c01e380fb

Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a paridade de poder de compra, o custo de cada congressista brasileiro é o segundo mais caro do mundo. Nós perdemos apenas para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste com a derrota – ainda estamos na frente de 108 países no ranking.
Segundo os autores da pesquisa, desenvolvida em parceria com a União Interparlamentar dos Estados Unidos, o brasileiro carrega um fardo equivalente a US$ 7,4 milhões todos os anos para cada um dos 594 parlamentares em exercício. Já nos Estados Unidos, país com um uma renda per capita 3,7 vezes maior que a brasileira, cada assento do congresso custa 9,6 milhões de dólares por ano.
Quer saber quanto custa um político no Brasil? Não deixe de ler essa matéria.

5) Nossos 4 ex-presidentes (Sarney, Collor, FHC e Lula) custam R$3 milhões por ano aos brasileiros.

capa

É, isso mesmo que você leu. Nossos ex-presidentes ainda nos geram gastos. Cada um deles tem direito a 8 assessores, 2 veículos oficiais, seguranças, combustível e outros pagamentos, totalizando gastos estimados entre R$ 500 mil e 760 mil. No total, os quatro ex-presidentes vivos, incluindo o ex-presidente Collor, que renunciou ao cargo sob ameaça de impeachment, somam gastos da ordem dos R$ 3 milhões todos os anos. E essa grana, mais uma vez, sai do nosso bolso.

6) Não basta ter que assistir Levy Fidelix nos debates: também somos obrigados a dar R$431 mil por mês para ele.
 levy3
Levy Fidelix, o candidato nanico do PRTB nas últimas eleições presidenciais, provocou uma onda de protestos ao afirmar, durante um debate nas últimas eleições, que os gays precisam de “atendimento psicológico e bem longe da gente” porque, segundo ele, “aparelho excretor não reproduz”. Mas, caso você não seja homofóbico, há um motivo ainda mais forte para se indignar. Todos os brasileiros – até mesmo os gays e os contrários à discriminação sexual – são obrigados a bancar a ação política de Fidelix e de todos os outros partidos brasileiros. Como escreveu Leandro Narloch para a nossa página no ano passado.
“Por causa da fonte segura de recursos, os nanicos se tornaram patrimônios que dificilmente mudam de mãos. Levy fundou o PRTB em 1992 e desde então se mantém como presidente. Quando o “dono” de um partido nanico morre, a propriedade costuma ficar em família. O Partido Republicano Progressista (PRP), por exemplo, foi dirigido por mais de uma década por Dirceu Gonçalves Resende. Com sua morte, em 2003, o partido passou para o filho. O PTN, Partido Trabalhista Nacional, passou do ex-deputado Dorival de Abreu, para seu irmão, José Maschi de Abreu. Pode parecer ridículo, mas ter um partido nanico é um bom negócio no Brasil.”
Em 2014, o PRTB, partido que conta apenas com um único deputado federal, levou a bolada de R$1,321 milhão para a casa. Mas o cenário mudou no início desse ano, quando o governo anunciou um aumento de mais de 600% do repasse do fundo partidário às siglas nanicas. Em 2015, o partido de Fidelix levará R$ 5,176 milhões. E aqui você já deve ter entendido, mas nunca é demais repetir: tudo do nosso bolso.

7) O PSTU dá lucro. Partido fechou 2014 com um superávit de R$65 mil.
 330677
Até o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, o PSTU, partido do “contra burguês, vote 16″, dá lucro. O partidofechou 2014 com um superávit de R$65.816,95. O PSDB, por outro lado, terminou o ano devendo mais de R$7 milhões.


8) Nós já votamos em massa num rinoceronte, num macaco e num mosquito.




chico
Nós já elegemos animais. Começou em São Paulo, nos idos de 50, numa época em que a eleição ainda era realizada com cédulas de papel. Como forma de protesto (pois é, parece que a população já andava na bronca com os políticos naquela época), 100 mil eleitores votaram no Rinoceronte Cacareco para vereador de São Paulo, em outubro de 1959. O animal foi o candidato mais votado do pleito (o partido mais votado não chegou a 95 mil votos). Cacareco ganhou destaque na imprensa após ser emprestado por seis meses pelo Rio de Janeiro para a inauguração do Zoológico de São Paulo. Do estrelato às urnas foi um pulo.
Décadas depois, nos idos de 80, o jornal “O Planeta Diário” e a revista “Casseta Popular” – da trupe que fundaria o Casseta & Planeta – lançaram no Zoológico do Rio de Janeiro, a candidatura do chimpanzé Tião à Prefeitura da cidade. Estima-se que o Macaco Tião tenha “recebido” mais de 400 mil dos votos dos eleitores, alcançando o que seria equivalente ao 3º lugar na corrida, de um total de 12 candidatos. O feito colocou Tião no Guinness World Records como o chimpanzé que recebeu o maior número de votos no mundo, todos devidamente anulados pelo TRE.
Ainda nos anos 80, com um surto de dengue na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, moradores encontraram um jeito irreverente de protestar contra as autoridades: votando em massa num mosquito para o cargo de prefeito. Ao todo, “mosquito” foi escrito por 29.668 eleitores nas cédulas eleitorais – enquanto seus principais adversários, humanos, receberam 26.633 e 19.609 votos, respectivamente. Todos os votos para o mosquito também foram anulados. De qualquer forma, com um tempo de vida médio que não ultrapassa os 45 dias, não haveria a menor possibilidade dele permanecer vivo até a cerimônia de posse.

9) 6 em cada 10 senadores brasileiros têm parentes na política.
 


Os brasileiros cada vez menos elegem candidatos e cada vez mais coroam dinastias. Segundo um levantamentodivulgado pela organização Transparência Brasil, 49% dos deputados e 60% dos senadores eleitos, em 2014, têm parentes na política. Ou seja, 6 em cada 10 senadores integram de alguma maneira um clã político. O estudo mostra também que entre os novos deputados federais com menos de 35 anos, 85% deles pertencem a famílias que já têm atuação política. Política definitivamente virou negócio de pai pra filho. Como a máfia.

10) Nas eleições de 2012, se fosse possível transformar todos os santinhos fabricados no país daria para produzir mais de 20 milhões de livros, ou mais de 20 bilhões de folhas tamanho A4.





Nas últimas eleições municipais, de 2012, um juiz auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral, Paulo de Tarso Tamburini,fez as contas de quanto se gasta com a propaganda eleitoral impressa no Brasil e chegou a uma conclusão acachapante: se fosse possível gastar todo dinheiro investido pelos partidos em propagandas impressas, seria possível produzir mais de 20 milhões de livros ou mais de 20 bilhões de folhas tamanho A4. Ou, ainda, a 417 mil árvores cortadas.
Nas eleições de 2014, só no Rio de Janeiro, a política gerou mais de 350 toneladas de lixo eleitoral.
Com tudo isso, não é possível chegar em outra conclusão: a capacidade para a produção de lixo na política brasileira é realmente inesgotável.

fonte: http://spotniks.com/10-fatos-absolutamente-deprimentes-sobre-a-politica-brasileira/

Verdades que socialistas. comunistas, a esquerda esconde:A fome na Ucrânia, um dos maiores crimes do socialismo foi esquecido

A fome na Ucrânia, resultado das políticas soviéticas, é um dos maiores crimes do Estado socialista, mas foi esquecido (Imagem da internet)
A fome na Ucrânia, resultado das políticas soviéticas, é um dos maiores crimes do Estado socialista, mas foi esquecido (Imagem da internet)
Como ocorre em todos os regimes totalitários, a Rússia bolchevique temia toda e qualquer manifestação de sentimento nacionalista entre aqueles povos que eram reféns do regime. A propaganda bolchevique relativa aos direitos das várias nacionalidades dentro da esfera de influência da Rússia mascarava o temor do regime em relação ao poder do nacionalismo.
No início de 1918, o líder russo Vladimir Ilitch Lênin tentou impor um governo soviético sobre o povo da Ucrânia, o qual, apenas um mês antes, em janeiro, havia declarado sua independência. De início, o objetivo de Lênin havia sido aparentemente alcançado. Esse governo soviético imposto à Ucrânia tentou de imediato suprimir as instituições educacionais e sociais ucranianas; há até relatos sobre a Cheka, uma precursora da KGB, matando pessoas pelo crime de falar ucraniano nas ruas.
Embora o povo ucraniano tenha, ao final de 1918, conseguido restabelecer sua república, essa vitória foi efêmera. Lênin, sem dúvida, iria querer incorporar a Ucrânia ao sistema soviético de qualquer jeito, porém seu real desejo de assegurar o controle da Ucrânia era por causa de seus grandes recursos naturais. Em particular, a Ucrânia ostentava o solo mais fértil da Europa — daí o seu apelido de “o manancial da Europa”.
Já no início de 1919, um governo soviético havia novamente sido estabelecido na Ucrânia. Porém, esse novo governo soviético acabou se tornando mais um fracasso. Todos esses eventos estavam ocorrendo durante a Guerra Civil Russa, e a ajuda de facções rivais contribui para um segundo triunfo da independência ucraniana.
Com esses dois fracassos, o regime de Lênin aprendeu uma valiosa lição. De acordo com Robert Conquest, autor do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento): “Concluiu-se que a nacionalidade e a língua ucraniana eram de fato um elemento de grande peso, e que o regime que ignorasse isso de maneira ostentosa estaria fadado a ser considerado pela população como uma mera imposição usurpadora.”
Quando os soviéticos adquiriram o controle da Ucrânia pela terceira e última vez em 1920, eles constataram que iriam enfrentar uma contínua resistência e incessantes insurreições a menos que fizessem grandes concessões à autonomia cultural ucraniana. E assim, pela década seguinte, os ucranianos basicamente não foram incomodados em seu idioma e em sua cultura.
Porém, uma facção dos comunistas russos se mostrou incomodada com isso, e seguidamente alertava que o nacionalismo ucraniano era uma fonte de intolerável divisão dentro do quadro militar soviético, e que, mais cedo ou mais tarde, a situação teria de ser confrontada de alguma maneira.
Avancemos agora oito anos no tempo. Em 1928, com Josef Stalin firmemente no poder, a União Soviética decidiu implantar uma política de requisição compulsória de cereais — uma maneira polida de dizer que o governo iria tomar à força todo o cereal cultivado pelos camponeses, pagando em troca um preço fixado arbitrariamente pelo governo, muito abaixo dos custos de produção. A liderança soviética, em decorrência tanto de informações equivocadas quanto de sua típica ignorância dos princípios de mercado, havia se convencido de que o país estava no limiar de uma crise de escassez de cereais. A requisição compulsória funcionou, mas apenas no limitado sentido de que forneceu ao regime todo o volume de cereais que ele julgava ser necessário. Porém, tal política solapou fatalmente a confiança futura dos camponeses no sistema. Durante a Guerra Civil Russa, em 1919, para tentar combater a fome da população urbana, Lênin havia confiscado em escala maciça os cereais de vários camponeses, que foram chamados de especuladores e sabotadores. Agora em 1928, a possibilidade de novos confiscos, algo que os camponeses imaginavam ser apenas uma aberração bárbara da época da Guerra Civil, passaria a ser uma constante ameaça no horizonte.
Os camponeses, naturalmente, passaram a ter menos incentivos para produzir, pois sabiam perfeitamente bem que, dali em diante, os frutos de seu trabalho árduo poderiam ser facilmente confiscados por um regime sem lei — o mesmo regime que havia prometido aos camponeses, quando da promulgação da Nova Política Econômica (NEP) em 1921, que eles poderiam produzir e vender livremente.
Foi apenas uma questão de tempo para que o regime decidisse embarcar num amplo programa de coletivização forçada das propriedades agrícolas, uma vez que a abolição da propriedade privada da terra era um importante aspecto do programa marxista. Os camponeses despejados foram enviados bovinamente para enormes fazendas estatais. Essas fazendas iriam não apenas satisfazer as demandas da ideologia marxista, como também iriam resolver o grande problema prático do regime: garantir que uma quantidade adequada de cereais fosse ofertada às cidades, onde o proletariado soviético trabalhava duramente para expandir a indústria pesada. Fazendas coletivas estatais significavam cereais estatizados.
Alguns especialistas tentaram alertar Stalin de que seus objetivos, tanto industriais quanto agrícolas, eram excessivamente ambiciosos e estavam em total desacordo com a realidade. Mas Stalin não queria ouvir. Um de seus economistas, diga-se de passagem, chegou a afirmar: “Nossa tarefa não é estudar a ciência econômica, mas sim mudá-la. Não estamos restringidos por nenhuma lei. Não reconhecemos leis. Não há uma só fortaleza que os bolcheviques não possam atacar e destruir.”
Paralelamente à política de coletivização forçada implantada por Stalin, ocorreu também uma brutal campanha contra os grandes proprietários de terras, fazendeiros ricos conhecidos como “kulaks“, os quais o governo temia liderarem movimentos de resistência contra a coletivização. Mas era uma fantasia de Stalin imaginar que apenas os kulaks se opunham à coletivização; toda a zona rural estava unida contra o governo. (Até mesmo o jornal Pravda noticiou um incidente no qual uma mulher ucraniana tentou bloquear a passagem de tratores que estavam chegando para começar a trabalhar nas fazendas coletivizadas; ela gritara: “O governo soviético está recriando a escravidão!”)
Stalin falava abertamente de sua política de “liquidar toda a classe dos kulaks”; eles eram a classe inimiga na zona rural. Com o passar do tempo, como era de se esperar, a definição padrão do que constituía um kulak foi se tornando bastante ampla, até chegar ao ponto em que o termo — e as terríveis penalidades que eram aplicadas a todos os infelizes assim rotulados — fosse usado contra qualquer camponês.
Uma historiografia do Partido Comunista, autorizada pelo próprio, afirmava que “os camponeses caçaram impiedosamente os kulaks por toda a terra, tomaram os seus animais e maquinaria, e então pediam ao regime soviético para aprisionar e deportar os kulaks”. Como descrição do reino de terror imposto aos kulaks, esse relato não pode nem sequer ser classificado como uma piada sem graça. O regime, e não os camponeses, é que perseguiu os kulaks. Por fim, segundo testemunhas oculares, para que um homem fosse condenado a um destino cruel, bastava que “ele tivesse pagado algumas pessoas para trabalhar para ele como empregados ou que ele tivesse sido o proprietário de três vacas”.
As quase 20 milhões de propriedades agrícolas familiares que existiam na Rússia em 1929 estariam, cinco anos depois, concentradas em 240 mil fazendas coletivas. Em grande parte da história soviética, não era incomum algumas pessoas obterem permissão para serem donas de alguns poucos hectares de terra para uso privado. Quando Mikhail Gorbachev assumiu o poder em 1985, 2% da terra agrícola era de propriedade privada, mas produzia nada menos que 30% de todo o cereal do país — uma resposta humilhante a todos aqueles que ignorantemente afirmavam que a agricultura socializada seria mais eficiente que a agricultura capitalista, ou que poderiam alterar a natureza humana e reescrever as leis da economia.
Na mesma época em que Stalin começou a coletivização forçada; em 1929, ele também recriou a campanha contra a cultura nacional ucraniana, campanha essa que estava dormente desde o início da década de 1920. Foi na Ucrânia que a política de coletivização stalinista deparou-se com a mais ardorosa e violenta resistência — o que não impediu, entretanto, que o processo já estivesse praticamente completo por volta de 1932. Stalin ainda considerava a contínua e inabalável presença do sentimento nacionalista ucraniano uma permanente ameaça ao regime, e decidiu lidar de uma vez por todas com aquilo que ele via como o problema da ‘lealdade dividida’ na Ucrânia.
A primeira etapa de sua política foi direcionada aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, milhares dos quais foram presos e submetidos a julgamentos ridículos e escarnecedores. Após isso, tendo retirado de circulação aquelas pessoas que poderiam se transformar em líderes naturais de qualquer movimento de resistência, Stalin passou então a atacar o próprio campesinato, que era onde estava o real núcleo das tradições ucranianas.
Mesmo com o processo de coletivização já praticamente completo na Ucrânia, Stalin anunciou que a batalha contra os perversos kulaks ainda não estava ganha — os kulaks foram “derrotados, mas ainda não exterminados”. Stalin começaria agora uma guerra — supostamente contra os kulaks — direcionada aos poucos fazendeiros que ainda restavam e dentro das próprias fazendas coletivas. Dado que a essa altura qualquer pessoa podia ser classificada como um kulak já havia sido expulsa, morta ou enviada para campos de trabalho forçado, essa nova etapa da campanha soviética na Ucrânia teria o objetivo de aterrorizar os camponeses comuns. Estes deveriam ser física e espiritualmente quebrados, e sua identidade de seres humanos seria drenada deles à força.
Stalin começou estipulando metas de produção e entrega de cereais, as quais os ucranianos só conseguiriam cumprir caso parassem de se alimentar, o que os faria morrer de fome. O não cumprimento das exigências era considerado um ato de deliberada sabotagem. Após algum tempo, e com a produção e entrega inevitavelmente abaixo da meta, Stalin determinou que seus ativistas confiscassem dos camponeses todo o volume de cereais necessário para o governo satisfazer a meta estipulada. Como a produção era baixa, os camponeses frequentemente ficavam sem nada. O desespero se instalou. Um historiador conta que uma mulher, por simplesmente ter tentado reservar para si um pouco do próprio centeio, foi levada presa junto com um dos filhos. Após conseguir fugir da prisão, ela coletou, com a ajuda do filho, alguns poucos itens comestíveis e foram viver na floresta. Eles morreram um mês e meio depois. As pessoas eram sentenciadas a dez anos de prisão e a trabalhos forçados pelo simples fato de colherem batatas ou por colher espigas de milho nos pedaços de terra privada protegidos pelo Estado. Tudo tinha de ser do governo.
Os ativistas comunistas afirmavam que os sabotadores estavam por todos os lados, sistematicamente retendo e escondendo comida, impedindo o abastecimento das cidades, e desafiando as ordens de Stalin. Esses ativistas invadiam de surpresa as casas dos camponeses e faziam uma varredura no local em busca de qualquer comida escondida. Os ativistas mais bondosos ainda deixavam algum resquício de comida para as famílias, porém os mais cruéis levavam tudo o que encontravam.
O resultado foi totalmente previsível: as pessoas começaram a passar fome em números cada vez maiores. Um camponês que não tivesse a aparência de alguém que estava esfomeado era imediatamente considerado suspeito pelas autoridades soviéticas de estar estocando comida. Como relata um historiador: “Um ativista comunista, após fazer uma busca minuciosa pela casa de um camponês que não aparentava a mesma fome dos demais, finalmente encontrou um pequeno saco de farinha misturada com cascas de árvore e folhas. O material foi confiscado e despejado num lago do vilarejo.”
Robert Conquest cita o testemunho de outro ativista:
“Eu ouvi as crianças… engasgando sufocadas, tossindo e gritando de dor e de fome. Era doloroso ver e ouvir tudo aquilo. E ainda pior era participar de tudo aquilo… Mas eu consegui me persuadir, me convencer e explicar a mim mesmo que aquilo era necessário. Eu não poderia ceder; não poderia me entregar a uma compaixão debilitante… Estávamos efetuando nosso dever revolucionário. Estávamos obtendo cereais para a nossa pátria socialista…”
“Nosso objetivo maior era o triunfo universal do comunismo e em prol desse objetivo tudo era permissível — mentir, enganar, roubar, destruir centenas de milhares e até mesmo milhões de pessoas…”
“Era assim que eu e meus companheiros raciocinávamos, mesmo quando… eu vi o real significado da ‘coletivização total’ — como eles aniquilaram os kulaks, como eles impiedosamente arrancaram as roupas dos camponeses no inverno de 1932-33. Eu mesmo participei disso, percorrendo a zona rural, procurando por cereais escondidos… Junto com meus companheiros, esvaziei as caixas e os baús onde as pessoas guardavam seus alimentos, tampando meus ouvidos para não ouvir o choro das crianças e a lamúria suplicante das mulheres. Eu estava convencido de que estava realizando a grande e necessária transformação da zona rural; e que nos dias vindouros as pessoas que viveriam ali estariam em melhor situação por minha causa.”
“Na terrível primavera de 1933, vi pessoas literalmente morrendo de fome. Vi mulheres e crianças com barrigas inchadas, ficando azuis, ainda respirando, mas com um olhar vago e sem vida… Eu não perdi a minha fé. Assim como antes, eu acreditava porque eu queria acreditar.”
Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, que deveria ser cumprida por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome que começou em março daquele ano. Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveresestavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente no ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados. As diferentes famílias camponesas reagiam de maneiras distintas à medida que lentamente iam morrendo de fome:
“Numa choupana, era comum haver algum tipo de conflito na família. Todos vigiavam estritamente uns aos outros. As pessoas brigavam por migalhas, tomando restos de comida umas das outras. A esposa se voltava contra o marido e o marido contra ela. A mãe odiava os filhos. Já em outra choupana, o amor permaneceria inviolável até o último suspiro da família. Eu conheci uma mulher que tinha quatro filhos. Ela costumava lhes contar lendas e contos de fadas com a intenção de fazê-los esquecer da fome. Sua própria língua mal podia se mover, mas mesmo assim ela se esforçava para colocá-los em seus braços, ainda que ela mal tivesse forças para levantar seus braços quando eles estavam vazios. O amor vivia dentro dela. E as pessoas notaram que, onde havia ódio, as pessoas morriam mais rapidamente. Entretanto, o amor não salvou ninguém. Todo o vilarejo sucumbiu; todos juntos, sem exceção. Não restou uma só vida.”
Normalmente é dito que o número de ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões. De acordo com Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo o grande número de deportações dos supostos “kulaks”, o total chega a estonteantes 14,5 milhões de mortes. E, mesmo assim, se apenas 1% dos alunos do ensino médio tiverem ouvido falar desses eventos, isso já seria um pequeno milagre.
No artigo, referi-me várias vezes a Robert Conquest, um excelente historiador da União Soviética. Convido e reforço que qualquer pessoa interessada nesses eventos leia seu extraordinário livro The Harvest of Sorrow. A leitura flui como se fosse um romance, mas a história relatada é cruamente real.

fonte: https://www.epochtimes.com.br/fome-ucrania-crime-socialismo-esquecido/#.VZMV8BtVhUZ