quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Falcatruas no financiamento eleitoral e acareação entre Paulinho e Youssef ferram com ofensiva de Dilma por Por Jorge Serrão


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Nem bem Dilma Rousseff lançou sua ofensiva para tentar continuar no poder, alvejando inimigos próximos e neutralizando o "fogo amigo" vindo do PT-PMDB, e novos fatos comprovadamente escandalosos põem em risco a chapa reeleitoral dela e de Michel Temer. Em pesadíssimo relatório de 33 páginas, o supremo ministro Gilmar Mendes, também do Tribunal Superior Eleitoral, justificou ontem o que chamara, na semana passada, de suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no financiamento da campanha do PT de 2014.

O tempo fechou para Dilma também na CPI da Petrobras, que promoveu a tão esperada acareação entre a dupla de condenados na Lava Jato, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras repetiu, várias vezes, que todas as decisões tomadas na empresa tinham o respaldo do Conselho de Administração, que foi presidido por Dilma Rousseff e Guido Mantega, durante os 12 anos de governos petistas. Indo além deste "batom na calcinha e na cueca", Youssef antecipou que sua nova delação premiada, na esfera do STF, vai revelar como funcionou a doação à campanha que elegeu Dilma, em 2010. E repetiu o mantra: Lula e Dilma sabiam de tudo que se passava na Petrobras...

Enquanto Youssef não fala tudo que sabe sobre 2010, a questão do financiamento eleitoral de 2014 fica eletrizante. Gilmar Mendes demonstrou as tais "práticas" que ensejariam abertura de ação penal pública. Se ficar comprovado que o Partido dos Trabalhadores recebeu, indiretamente, recursos vindos das falcatruas na Petrobras, investigadas pela Lava Jato e reveladas nas delações premiadas, o PT corre risco até de sofrer uma punição mais grave, por violação da Lei dos Partidos Políticos. E nem adianta a petelândia choramingar perseguição, pelo fato de Gilmar Mendes ter sido indicado para o STF pelo ex-Presidente FHC - aquele que faz de tudo para poupar o PT...

Gilmar Mendes voltou a pedir à Corregedoria Eleitoral que reexamine se existe também ilegalidade idêntica na prestação de contas da campanha presidencial do PT, da qual ele foi o relator. A mesma que o TSE julgou e aprovou, com ressalvas, em dezembro de 2014. Agora, Gilmar Mendes apresenta indícios concretos de que uma empresa que recebeu recursos do Petrolão, em tese, pode ter promovido financiamento indireto de campanha feito por empresa impedida de doar - no caso, a Petrobras, que é uma companhia de economia mista.

Gilmar Mendes mandou o Ministério Público de São Paulo investigar um caso concreto. A Secretaria de Fazenda de São Paulo, a pedido do TSE, confirmou que a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, aberta em agosto de 2014, em apenas um mês, emitiu notas fiscais eletrônicas no valor de R$ 3,7 milhões, sem o pagamento de impostos. Do total, 1,6 milhão foram diretamente para a campanha de Dilma. A grana pagou a empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda - fornecedora de material para a campanha petista. A Secretaria de Fazenda de São Paulo constatou que a empresa era fantasma. Não foi encontrada no endereço comercial. 

A diligência realizada na residência da proprietária, Angela Maria do Nascimento, confirmou a armação. Angela informou ao fisco paulista que foi orientada a abrir a empresa para funcionar apenas no período eleitoral. O contador dela, Carlos Carmelo Antunes, coincidentemente também contador da Embalac, informou que abriu a nova empresa a pedido dos donos da empresa fornecedora de material. A intenção era livrar a Embalac de custos com impostos. Foram emitidas 29 notas para a campanha de Dilma referentes ao fornecimento de placas e faixas.   

A Secretaria de Fazenda paulista investiga outra suspeita, quase evidência, de irregularidade no recebimento indevido de dinheiro para a campanha. O alvo é a empresa Focal Confecção e Comunicação Visual. A informação da Secretaria de Fazenda a Gilmar Mendes ressalva que “conclusões preliminares, pois devido ao grande volume de documentos apresentados faz-se necessário mais tempo para o aprofundamento das investigações e elaboração de relatório final”.

A maioria no TSE tende a reabrir o processo que investiga a chapa Dilma-Temer por crime eleitoral... O tempo ainda vai esquentar ainda mais em Brasília... E se Ação de Impugnação de Mandato Eletivo prosperar, a casa cai de vez para a petelândia...

Agora, independentemente de qualquer resultado de ação judicial, Dilma não tem mais nenhuma condição de continuar à frente da Presidência, completamente desmoralizada, impopular e sem credibilidade. Quanto mais ela insistir em ficar, pior será para ela e o Brasil.

Desmoralização popular

A foto da caverinha presidiária, com a inscrição Lula sobre a jaula, está exposta em uma loja na Saara, região de comércio popular no centro do Rio de Janeiro - conforme mostra o blog do Alcelmo Gois, em O Globo.

É dando que se recebe, seu Levy?       


Tucanos no muro da lamentação

Muitos eleitores têm motivos de sobra para ficarem pts da vida com o PSDB, que prefere ficar em cima do muro das lamentações políticas.

Ainda mais depois do comunicado oficial de que a falta de um consenso interno levou o partido a decidir que não vai liderar um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segunda-feira, o senador Aloysio Nunes Ferreira comunicou a deputados tucanos em São Paulo, em uma reunião na Assembleia Legislativa, que o PSDB apoiará qualquer processo que seja aberto no Congresso para afastar Dilma.

No entanto, Aloysio fez a ressalva aos parlamentares tucanos que não partirá do PSDB o tão citado pedido de impeachment...

Moro palestrando


A palestra certamente será boa para advogado e jurista, mas o preço dela, sem dúvida, é muito bom pra cachorro...

Minha arma, minha vida

Não é gozação com o programa do governo federal que constrói casas populares.

"Minha arma, minha vida" será o título de uma campanha nacional, a ser lançada nas redes sociais, pelo Coronel na reserva Parra Dias e pelo advogado e agroempresário Marcos Prado, o Marcão, um dos maiores ativistas pela Intervenção Constitucional. 

O objetivo é devolver aos brasileiros o direito a autodefesa, podendo ter o porte de arma legal - que os bandidos têm de forma inteiramente ilegal...

Mudança assim, não!

Recado, em caixa alta, dado pelo coronel Maciel em seu blog Velha Águia:

DOU POR BEM RECOMENDADO À DONA DILMA E SEUS ASSECLAS QUE NÃO SE DEVE “NEM PENSAR”, NEM MESMO POR BRINCADEIRA, EM TROCAR O NOME DE RUAS, PONTES, VIADUTOS, ESCOLAS, OU SEJA LÁ O QUE FOR, DOS GENERAIS OU DE QUALQUER OUTRO MILITAR PERTENCENTE AOS ANTIGOS  QUADROS DA GLORIOSA CONTRA- REVOLUÇÃO REDENTORA DE 64, POR NOMES DE BANDIDOS TERRORISTAS AMIGOS DA SENHORA, DONA DILMA, POIS ISSO É O MESMO QUE “CUTUCAR LEÃO COM VARA CURTA”.

ESTA RECOMENDAÇÃO, CURTA E GROSSA, DEVE IMEDIATAMENTE ENTRAR EM VIGOR, LIDA, RELIDA E PUBLICADA COM DESTAQUE EM TODA GRANDE MÍDIA FALADA, ESCRITA OU TELEVISIONADA, VISANDO O “BOM ANDAMENTO DO SERVIÇO”.

ASSINADO: TODOS NÓS, MILITARES E CIVIS, EM CUJAS VEIAS CORRE O SANGUE GENEROSO DAQUELES GENERAIS DA NOSSA ANTIGA E SAUDOSA “VELHA-GUARDA-BRASILEIRA”. 

Dirceu cassado pela OAB


Catanduva protestou



Já que Dilma não assistiu, pessoalmente, ao protesto feito contra ela na cidade paulista de Catanduva, pelo menos pode rever os lances no Youtube...

Chuva de vaias


Pelo menos na fotografia o governador Geraldo Alckmin, simbolicamente, protegeu a sorridente Dilma da chuva de vaias que ela tomou, mas não pode ouvir, na região central de Catanduva.

Perguntinha do Azambuja

Nosso Kamarada historiador Carlos I. S. Azambuja perguntou ontem, por e-mail a muitos oficiais das forças armadas e nas redes sociais:

"Dia do Soldado, Dia em que os militares reverenciam a figura de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, volto a perguntar: algum Kamarada sabe quando é que os senhores Comandantes irão anular a concessão e irão solicitar a devolução das medalhas concedidas a José Dirceu e José Genoino,  condenados pelo STF? Ou melhor, quando é que os senhores Comandantes irão cumprir a Lei?

Continue perguntando, kamarada Azamba, que um dia a resposta vem...

Imprevisão


7 de setembro negro




FONTE: http://www.alertatotal.net/2015/08/falcatruas-no-financiamento-eleitoral-e.html

Por que o nazismo era socialismo e por que o socialismo é totalitário




Minha intenção é expor dois pontos principais: (1) Mostrar que a Alemanha Nazista era um estado socialista, e não capitalista. E (2) mostrar por que o socialismo, compreendido como um sistema econômico baseado na propriedade estatal dos meios de produção, necessariamente requer uma ditadura totalitária.

A caracterização da Alemanha Nazista como um estado socialista foi uma das grandes contribuições de Ludwig von Mises.
Quando nos recordamos de que a palavra "Nazi" era uma abreviatura de "der Nationalsozialistische Deutsche Arbeiters Partei" — Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães —, a caracterização de Mises pode não parecer tão notável. O que se poderia esperar do sistema econômico de um país comandado por um partido com "socialista" no nome além de ser socialista?
Não obstante, além de Mises e seus leitores, praticamente ninguém pensa na Alemanha Nazista como um estado socialista. É muito mais comum se acreditar que ela representou uma forma de capitalismo, aquilo que comunistas e marxistas em geral têm alegado.
A base do argumento de que a Alemanha Nazista era capitalista é o fato de que a maioria das indústrias foi aparentemente deixada em mãos privadas.
O que Mises identificou foi que a propriedade privada dos meios de produção existia apenas nominalmente sob o regime Nazista, e que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber. 
A posição do que se alega terem sido proprietários privados era reduzida essencialmente à função de pensionistas do governo, como Mises demonstrou.
A propriedade governamental "de fato" dos meios de produção, como Mises definiu, era uma consequência lógica de princípios coletivistas fundamentais adotados pelos nazistas como o de que o bem comum vem antes do bem privado e de que o indivíduo existe como meio para os fins do estado. Se o indivíduo é um meio para os fins do estado, então, é claro, também o é sua propriedade. Do mesmo modo em que ele pertence ao estado, sua propriedade também pertence.
Mas o que especificamente estabeleceu o socialismo "de fato" na Alemanha Nazista foi a introdução do controle de preços e salários em 1936. Tais controles foram impostos como resposta ao aumento na quantidade de dinheiro na economia praticada pelo regime nazista desde a época da sua chegada ao poder, no início de 1933. O governo nazista aumentou a quantidade de dinheiro no mercado como meio de financiar o vasto aumento nos gastos governamentais devido a seus programas de infraestrutura, subsídios e rearmamento. O controle de preços e salários foi imposto em resposta ao aumento de preços resultante desta inflação.
O efeito causado pela combinação entre inflação e controle de preços foi a escassez, ou seja, a situação na qual a quantidade de bens que as pessoas tentam comprar excede a quantidade disponível para a venda.
As escassezes, por sua vez, resultam em caos econômico. Não se trata apenas da situação em que consumidores que chegam mais cedo estão em posição de adquirir todo o estoque de bens, deixando o consumidor que chega mais tarde sem nada — uma situação a que os governos tipicamente respondem impondo racionamentos. Escassezes resultam em caos por todo o sistema econômico. Elas tornam aleatória a distribuição de suprimentos entre as regiões geográficas, a alocação de um fator de produção dentre seus diferentes produtos, a alocação de trabalho e capital dentre os diferentes ramos do sistema econômico.
Face à combinação de controle de preços e escassezes, o efeito da diminuição na oferta de um item não é, como seria em um mercado livre, o aumento do preço e da lucratividade, operando o fim da diminuição da oferta, ou a reversão da diminuição se esta tiver ido longe demais. O controle de preços proíbe o aumento do preço e da lucratividade. Ao mesmo tempo, as escassezes causadas pelo controle de preços impedem que aumentos na oferta reduzam o preço e a lucratividade de um bem. Quando há uma escassez, o efeito de um aumento na oferta é apenas a redução da severidade desta escassez. Apenas quando a escassez é totalmente eliminada é que um aumento na oferta necessita de uma diminuição no preço, trazendo consigo uma diminuição na lucratividade.
Como resultado, a combinação de controle de preços e escassezes torna possíveis movimentos aleatórios de oferta sem qualquer efeito no preço ou na lucratividade. Nesta situação, a produção de bens dos mais triviais e desimportantes, como bichinhos de pelúcia, pode ser expandida à custa da produção dos bens importantes e necessários, como medicamentos, sem efeito sobre o preço ou lucratividade de nenhum dos bens. O controle de preços impediria que a produção de remédios se tornasse mais lucrativa, conforme a sua oferta fosse diminuindo, enquanto a escassez mesmo de bichinhos de pelúcia impediria que sua produção se tornasse menos lucrativa conforme sua oferta fosse aumentando.
Como Mises demonstrou,  para lidar com os efeitos indesejados decorrentes do controle de preços, o governo deve abolir o controle de preços ou ampliar tais medidas, precisamente, o controle sobre o que é produzido, em qual quantidade, por meio de quais métodos, e a quem é distribuído, ao qual me referi anteriormente. A combinação de controle de preços com estas medidas ampliadas constituem a socialização "de fato" do sistema econômico. Pois significa que o governo exerce todos os poderes substantivos de propriedade.
Este foi o socialismo instituído pelos nazistas. Mises o chama de modelo alemão ou nazista de socialismo, em contraste ao mais óbvio socialismo dos soviéticos, ao qual ele chama de modelo russo ou bolchevique de socialismo.
O socialismo, é claro, não acaba com o caos causado pela destruição do sistema de preços. Ele apenas perpetua esse caos. E se introduzido sem a existência prévia de controle de preços, seu efeito é inaugurar este mesmo caos. Isto porque o socialismo não é um sistema econômico verdadeiramente positivo. É meramente a negação do capitalismo e seu sistema de preços. E como tal, a natureza essencial do socialismo é a mesma do caos econômico resultante da destruição do sistema de preços por meio do controle de preços e salários. 
(Quero demonstrar que a imposição de cotas de produção no estilo bolchevique de socialismo, com a presença de incentivos por todos os lados para que estas sejam excedidas, é uma fórmula certa para a escassez universal da mesma forma como ocorre quando se controla preços e salários.)
No máximo, o socialismo meramente muda a direção do caos. O controle do governo sobre a produção pode tornar possível uma maior produção de alguns bens de especial importância para si mesmo, mas faz isso à custa de uma devastação de todo o resto do sistema econômico. Isto porque o governo não tem como saber dos efeitos no resto do sistema econômico da sua garantia da produção dos bens aos quais atribui especial importância.
Os requisitos para a manutenção do sistema de controle de preços e salários trazem à luz a natureza totalitária do socialismo — mais obviamente, é claro, na variante alemã ou nazista de socialismo, mas também no estilo soviético.
Podemos começar com o fato de que o autointeresse financeiro dos vendedores operando sob o controle de preços seja de contornar tais controles e aumentar seus preços. Compradores, antes impossibilitados de obter os bens, estão dispostos a — na verdade, ansiosos para — pagar estes preços mais altos como meio de garantir os bens por eles desejados. Nestas circunstâncias, o que pode impedir o aumento dos preços e o desenvolvimento de um imenso mercado negro?
A resposta é a combinação de penas severas com uma grande probabilidade de ser pego e, então, realmente punido. É provável que meras multas não gerem a dissuasão necessária. Elas serão tidas como simplesmente um custo adicional. Se o governo deseja realmente fazer valer o controle de preços, é necessário que imponha penalidades comparadas àquelas dos piores crimes.
Mas a mera existência de tais penas não é o bastante. O governo deve tornar realmente perigosa a condução de transações no mercado negro. Deve fazer com que as pessoas temam que agindo desta forma possam, de alguma maneira, ser descobertas pela polícia, acabando na cadeia. Para criar tal temor, o governo deve criar um exército de espiões e informantes secretos. Por exemplo, o governo deve fazer com que o dono da loja e o seu cliente tenham medo de que, caso venham a se engajar em uma transação no mercado negro, algum outro cliente na loja vá lhe informar.
Devido à privacidade e sigilo em que muitas transações no mercado negro ocorrem, o governo deve ainda fazer com que qualquer participante de tais transações tenha medo de que a outra parte possa ser um agente da polícia tentando apanhá-lo. O governo deve fazer com que as pessoas temam até mesmo seus parceiros de longa data, amigos e parentes, pois até eles podem ser informantes.
E, finalmente, para obter condenações, o governo deve colocar a decisão sobre a inocência ou culpa em casos de transações no mercado negro nas mãos de um tribunal administrativo ou seus agentes de polícia presentes. Não pode contar com julgamentos por júris, devido à dificuldade de se encontrar número suficiente de jurados dispostos a condenar a vários anos de cadeia um homem cujo crime foi vender alguns quilos de carne ou um par de sapatos acima do preço máximo fixado.
Em suma, a partir daí o requisito apenas para a aplicação das regulamentações de controle de preços é a adoção de características essenciais de um estado totalitário, nominalmente o estabelecimento de uma categoria de "crimes econômicos", em que a pacífica busca pelo autointeresse material é tratada como uma ofensa criminosa grave. Para tanto é necessário o estabelecimento de um aparato policial totalitário, repleto de espiões e informantes, com o poder de prisões arbitrárias.
Claramente, a imposição e a fiscalização do controle de preços requerem um governo similar à Alemanha de Hitler ou à Rússia de Stalin, no qual praticamente qualquer pessoa pode ser um espião da polícia e no qual uma polícia secreta existe e tem o poder de prender pessoas. Se o governo não está disposto a ir tão longe, então, nesta medida, o controle de preços se prova inaplicável e simplesmente entra em colapso. Nesse caso, o mercado negro assume maiores proporções. 
(Observação: não estou sugerindo que o controle de preços foi a causa do reino de terror instituído pelos nazistas. Estes iniciaram seu reino de terror bem antes da decretação do controle de preços. Como resultado, o controle de preços foi decretado em um ambiente feito para a sua aplicação.)
As atividades do mercado negro exigem o cometimento de outros crimes. Sob o socialismo "de fato", a produção e a venda de bens no mercado negro exige o desafio às regulamentações governamentais no que diz respeito à produção e à distribuição, bem como o desafio ao controle de preços. Por exemplo, o governo pretende que os bens que são vendidos no mercado negro sejam distribuídos de acordo com seu planejamento, e não de acordo com o do mercado negro. O governo pretende, igualmente, que os fatores de produção usados para se produzir aqueles bens sejam utilizados de acordo com o seu planejamento, e não com o propósito de suprir o mercado negro.
Sobre um sistema socialista "de direito", como o que existia na Rússia soviética, no qual o ordenamento jurídico do país aberta e explicitamente tornava o governo o proprietário dos meios de produção, toda a atividade do mercado negro, necessariamente, exige a apropriação indébita ou o roubo da propriedade estatal. Por exemplo, considerava-se que os trabalhadores e gerentes de fábricas na Rússia soviética que tiravam produtos destas para vender no mercado negro estavam roubando matéria-prima fornecida pelo estado.
Além disso, em qualquer tipo de estado socialista — nazista ou comunista —, o plano econômico do governo é parte da lei suprema do país. Temos uma boa ideia de quão caótico é o chamado processo de planejamento do socialismo. O distúrbio adicional causado pelo desvio, para o mercado negro, de suprimentos de produção e outros bens é algo que o estado socialista toma como um ato de sabotagem ao planejamento econômico nacional. E sabotagem é como o ordenamento jurídico dos estados socialistas se refere a isto. Em concordância com este fato, atividades de mercado negro são, com frequência, punidas com pena de morte.
Um fato fundamental que explica o reino de terror generalizado encontrado sob o socialismo é o incrível dilema em que o estado socialista se coloca em relação à massa de seus cidadãos. Por um lado, o estado assume total responsabilidade pelo bem-estar econômico individual. O estilo de socialismo russo ou bolchevique declara abertamente esta responsabilidade — esta é a fonte principal do seu apelo popular. Por outro lado, o estado socialista desempenha essa função de maneira desastrosa, tornando a vida do indivíduo um pesadelo.
Todos os dias de sua vida, o cidadão de um estado socialista tem de perder tempo em infindáveis filas de espera. Para ele, os problemas enfrentados pelos americanos com a escassez de gasolina nos anos 1970 são normais; só que ele não enfrenta este problema em relação à gasolina — pois ele não tem um carro e nem a esperança de ter — mas sim em relação a itens de vestuários, verduras, frutas, e até mesmo pão. 
Pior ainda: ele é forçado a trabalhar em um emprego que não foi por ele escolhido e que, por isso, deve odiar. (Já que sob escassezes, o governo acaba por decidir a alocação de trabalho da mesma maneira que faz com a alocação de fatores de produção materiais.) E ele vive em uma situação de inacreditável superlotação, com quase nenhuma chance de privacidade. Frente à escassez habitacional, pessoas estranhas são designados pelo governo a morarem juntas; famílias são obrigadas a compartilhar apartamentos. Um sistema de passaportes e vistos internos é adotado a fim de limitar a severidade da escassez habitacional em áreas mais desejáveis do país. Expondo suavemente, uma pessoa forçada a viver em tais condições deve ferver de ressentimento e hostilidade.
Contra quem seria lógico que os cidadãos de um estado socialista dirigissem seu ressentimento e hostilidade se não o próprio estado socialista? Contra o mesmo estado socialista que proclamou sua responsabilidade pela vida deles, prometeu uma vida de bênção, e que é responsável por proporcionar-lhes uma vida de inferno. De fato, os dirigentes de um estado socialista vivem um dilema no qual diariamente encorajam o povo a acreditar que o socialismo é um sistema perfeito em que maus resultados só podem ser fruto do trabalho de pessoas más. Se isso fosse verdade, quem poderiam ser estas pessoas más senão os próprios líderes, que não apenas tornaram a vida um inferno, mas perverteram a este ponto um sistema supostamente perfeito?
A isso se segue que os dirigentes de um estado socialista devem temer seu povo. Pela lógica das suas ações e ensinamentos, o fervilhante e borbulhante ressentimento do povo deveria jorrar e engoli-los numa orgia de vingança sangrenta. Os dirigentes sentem isso, ainda que não admitam abertamente; e, portanto, a sua maior preocupação é sempre manter fechada a tampa da cidadania.
Consequentemente, é correto, mas bastante inadequado, dizer apenas que "o socialismo carece de liberdade de imprensa e expressão." Carece, é claro, destas liberdades. Se o governo é dono de todos os jornais e gráficas, se ele decide para quais propósitos a prensa e o papel devem ser disponibilizados, então obviamente nada que o governo não desejar poderá ser impresso. Se a ele pertencem todos os salões de assembléias e encontros, nenhum pronunciamento público ou palestra que o governo não queira não poderá ser feita. Mas o socialismo vai muito além da mera falta de liberdade de imprensa e de expressão.
Um governo socialista aniquila totalmente estas liberdades. Transforma a imprensa e todo foro público em veículos de propaganda histérica em prol de si mesmo, e pratica cruéis perseguições a todo aquele que ouse desviar-se uma polegada da linha do partido oficial.
A razão para isto é o medo que o dirigente socialista tem do povo. Para se proteger, eles devem ordenar que o ministério da propaganda e a polícia secreta façam de tudo para reverter este medo. O primeiro deve tentar desviar constantemente a atenção do povo quanto à responsabilidade do socialismo, e dos dirigentes socialistas, em relação à miséria do povo. O outro deve desestimular e silenciar qualquer pessoa que possa, mesmo que remotamente, sugerir a responsabilidade do socialismo ou de seus dirigentes em relação à miséria do povo — ou seja, deve desestimular qualquer um que comece a mostrar sinais de estar pensando por si mesmo. 
É por causa do terror dos dirigentes, e da sua necessidade desesperada de encontrar bodes-expiatórios para as falhas do socialismo, que a imprensa de um país socialista está sempre cheia de histórias sobre conspirações e sabotagens estrangeiras, e sobre corrupção e mau gerenciamento da parte de oficiais subordinados, e por que, periodicamente, é necessário desmascarar conspirações domésticas e sacrificar oficiais superiores e facções inteiras do partido em gigantescos expurgos.
E é por causa do seu terror, e da sua necessidade desesperada de esmagar qualquer suspiro de oposição em potencial, que os dirigentes do socialismo não ousam permitir nem mesmo atividades puramente culturais que não estejam sob o controle do estado. Pois se o povo se reúne para uma amostra de arte ou um sarau de literário que não seja controlado pelo estado, os dirigentes devem temer a disseminação de idéias perigosas. Quaisquer idéias não-autorizadas são idéias perigosas, pois podem levar o povo a pensar por si mesmo e, a partir daí, começar a pensar sobre a natureza do socialismo e de seus dirigentes. Estes devem temer a reunião espontânea de qualquer punhado de pessoas em uma sala, e usar a polícia secreta e seu aparato de espiões, informantes, e mesmo o terror para impedir tais encontros ou ter certeza de que seu conteúdo é inteiramente inofensivo do ponto de vista do estado.
O socialismo não pode ser mantido por muito tempo, exceto por meio do terror. Assim que o terror é relaxado, ressentimento e hostilidade logicamente começam a jorrar contra seus dirigentes. O palco está montado, então, para uma revolução ou uma guerra civil. De fato, na ausência de terror, ou, mais corretamente, de um grau suficiente de terror, o socialismo seria caracterizado por uma infindável série de revoluções e guerras civis, conforme cada novo grupo dirigente se mostrasse tão incapaz de fazer o socialismo funcionar quanto foram seus predecessores. 
A inescapável conclusão a ser traçada é a de que o terror experimentado nos países socialistas não foi simplesmente culpa de homens maus, como Stalin, mas sim algo que brota da natureza do sistema socialista. Stalin vem à frente porque sua incomum perspicácia e disposição ao uso do terror foram as características específicas mais necessárias para um líder socialista se manter no poder. Ele ascendeu ao topo por meio de um processo de seleção natural socialista: a seleção do pior.
Por fim, é necessário antecipar um possível mal-entendido em relação à minha tese de que o socialismo é totalitário por natureza. Diz respeito aos países supostamente socialistas dirigidos por social-democratas, como a Suécia e outros países escandinavos, que claramente não são ditaduras totalitárias.
Neste caso, é necessário que se entenda que não sendo estes países totalitários, não são também socialistas. Os partidos que os governam podem até sustentar o socialismo como sua filosofia e seu fim último, mas socialismo não é o que eles implementaram como seu sistema econômico. Na verdade, o sistema econômico vigente em tais países é a economia de mercado obstruída, como Mises definiu. Ainda que seja mais obstruído do que o nosso em aspectos importantes, seu sistema econômico é essencialmente similar ao nosso, no qual a força motora característica da produção e da atividade econômica não é o governo, mas sim a iniciativa privada motivada pela perspectiva de lucro.
A razão pela qual social-democratas não estabelecem o socialismo quando estão no poder, é que eles não estão dispostos a fazer o que seria necessário. O estabelecimento do socialismo como um sistema econômico requer um ato maciço de roubo — os meios de produção devem ser expropriados de seus donos e tomados pelo estado. É virtualmente certo que tais expropriações provoquem grande resistência por parte dos proprietários, resistência que só pode ser vencida pelo uso de força bruta.
Os comunistas estavam e estão dispostos a usar esta força, como evidenciado na União Soviética. Seu caráter é o dos ladrões armados preparados para matar caso isso seja necessário para dar cabo dos seus planos. O caráter dos social-democratas, em contraste, é mais próximo ao dos batedores de carteira: eles podem até falar em coisas grandiosas, mas não estão dispostos a praticar a matança que seria necessária; e desistem ao menor sinal de resistência séria.
Já os nazistas, em geral não tiveram que matar para expropriar a propriedade dos alemães, fora os judeus. Isto porque, como vimos, eles estabeleceram o socialismo discretamente, por meio do controle de preços, que serviu para manter a aparência de propriedade privada. Os proprietários eram, então, privados da sua propriedade sem saber e, portanto, sem sentir a necessidade de defendê-la pela força.
Creio ter demonstrado que o socialismo — o socialismo de verdade — é totalitário pela sua própria natureza.

Tradução de Fábio M. Ostermann
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
George Reisman é Ph.D e autor de Capitalism: A Treatise on Economics. (Uma réplica em PDF do livro completo pode ser baixada para o disco rígido do leitor se ele simplesmente clicar no título do livro e salvar o arquivo). Ele é professor emérito da economia da Pepperdine University. Seu website: www.capitalism.net. Seu blog georgereismansblog.blogspot.com.

FONTE: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98





Os nazistas eram esquerdistas, e não de direita - Bill Whittle e Andrew Kavlan -Assistam o vídeo

UMA SAUDÁVEL ONDA CONSERVADORA CHEGOU AO BRASIL PARA FICAR. SORRY, ESQUERDISTAS, MAS VOCÊS JÁ ESTÃO PERDENDO. E PERDENDO FEIO.





O debate político verdadeiro custou a chega ao Brasil. Foram décadas perdidas e sucessivas gerações sofreram uma lavagem cerebral esquerdista sistemática por meio, principalmente, das universidades e das artes em geral como o cinema, por exemplo. E isso ficou muito evidente a partir da década dos anos 60 do século passado com a dita "contracultura", onde na verdade começou o bundalelê geral, com culto às drogas e os "hippies", bandos de vadios maconheiros que viviam na promiscuidade das denominadas "comunidades alternativas".

Incrível que apenas no século XXI é que o verdadeiro debate político começa a ser travado no Brasil, graças às novas tecnologias, principalmente a internet e as redes sociais. A filosofia política num passado recente era traduzida por uma overdose de marxismo. Conservador era um conceito amaldiçoado, rotulado como démodé, desprezado e que tipificava a 'direita' fonte de todos os males. As liberdades eram apanágio exclusivo do socialismo, comunismo e suas variáveis incluindo aí a fabiana "social-democracia".

Em boa hora tudo isso está sendo revisto numa velocidade espetacular. E não são senhores sisudos de ternos escuros que promovem esse debate sobre o que é o conservadorismo. São jovens. E são milhares. A grande mídia ainda não foi capaz de fazer uma reportagem honesta desse fenômeno social e político. O número de conservadores cresce no Brasil a olhos vistos. Para quem utiliza intensamente os recursos da internet, sobretudo as mídias digitais, dentre elas as redes sociais e blogs jornalísticos independentes, isto não é novidade. Isto já é uma realidade cujo reflexo é a produção editorial. Os livros que mais vendem na área da filosofia, da política, da economia e afins, abordam temas pela ótica conservadora.

O vídeo que ilustra este post foi traduzido por um pessoal que se intitula Tradutores de Direita, e que têm feito um trabalho espetacular de tradução de programas variados que abordam temas conservadores como este debate em vídeo objeto desta postagem.

No Canal dos Tradutores de Direita há um texto explicativo sobre o vídeo. Faço a transcrição:


O pessoal do PJTV volta para desmontar mais uma falácia ensinada para nós durante anos: que o fascismo e o nazismo são de extrema-direita. Já não bastando ver nossa mídia chamando na maior cara de pau o partido socialista bunda-mole PSDB de oposição, ainda vêem dizendo que ele é de extrema-direita e neoliberal. Aí já não dá!
Mas a cavalaria chegou. O tio Bill e o tio Andrew nos vêm salvar novamente dos bullys histéricos. Um agarra e o outro soca, dando uma surra tal que promete, se não deixar a teoria esquerdista K.O, ao menos cambaleando. Veja o embate e compartilhe.
Num país onde a esquerda é tratada como direita, e onde a direita é tratada imediatamente como extremista, chega-nos mais um vídeo que clarifica a história e abre-nos a mente para a mentira que vivemos. E para quem ainda acredita que nazismo era de extrema-direita: efatá!
*Notas do Tradutor:
1) O livro citado por Bill Whittle aos 0:37 do vídeo é "Fascismo de Esquerda" de Jonah Goldberg, lançado no Brasil pela Editora Record.
2) No início do vídeo há um comentário feito por Andrew Klavan sobre Bill Whittle ter pedido a Michelle Obama para retirar algo da prateleira. Ao público brasileiro, esclarecemos que se trata de uma piada sobre um incidente ocorrido na loja americana Target entre a sra. Obama e uma outra consumidora. Enquanto ambas faziam suas compras, a mulher pediu à sra. Obama que retirasse um produto da prateleira para ela. A esquerda americana entendeu que se tratava de racismo (pela primeira-dama ser negra) enquanto a direita interpretou o fato como um simples pedido de ajuda. Maiores informações (em inglês) podem ser obtidas aqui:http://goo.gl/uCuSlk
Tradução: Israel Pestana
Revisão: Hugo Silver
Visite www.tradutoresdedireita.org
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CONCLUÍNDO: Como vocês podem ver, o pessoal está afiado, sabe das coisas. É por aí que o Brasil pode sair desse lodaçal de mentiras e empulhações de todos os calibres, de doutrinação comunista ridícula e criminosa nas escolas e universidades.
Mais uma década - ou nem tanto - e a idiotia marxista estará reduzida à sua real insignificância. Quem viver verá! E quanto mais avança este saudável debate mais se pode aferir o prejuízo pelo tempo perdido. Mas isso, no final das contas, será o catalisador que fará mais rápida a mudança. Cumpre por fim assinalar o extraordinário trabalho do filósofo, jornalista e escritor Olavo de Carvalho que com seus Seminários de Filosofia, seus livros, seus artigos e seu ativismo incansável, principalmente pela internet, tem sido um dos principais, senão o principal, agente dessa saudável transformação cultural e política que se registra no Brasil. 
O Brasil tem pressa! Amanhece, Bom Jesus!

fonte: http://www.aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/08/uma-saudavel-onda-conservadora-chegou.html







É PRECISO PROIBIR DE UMA VEZ O COMUNISMO NO BRASIL


Comprando o Congresso pra evitar Impeachment, Demissão ou Renuncia: Em meio à crise, governo liberará R$ 500 milhões para parlamentares com medo de rebelião


Feito vendaval – Nesta terça-feira (25), o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha(PMDB), que atualmente integra a articulação política de Dilma Rousseff, foi à Câmara dos Deputados anunciar a liberação, nos próximos dias, de R$ 500 milhões para emendas que os congressistas apresentaram ao Orçamento da União de 2015. A liberação de verbas visa conter ameaças de novas rebeliões no Congresso Nacional.
Devido às dificuldades econômicas, o Palácio do Planalto vinha contingenciando esses pagamentos, o que causou grande desconforto entre os parlamentares. “Isso é dinheiro na veia da economia”, afirmou Padilha após reunião com integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Geralmente, as emendas representam pequenas obras e investimentos nos redutos eleitorais dos deputados e senadores.
O ministro afirma ter superado uma “queda de braço” com a área econômica. “Já pagamos R$ 300 milhões, temos agora R$ 500 milhões e depois teremos mais”, ressaltou.
A expectativa do governo com o anúncio é a de que a comissão vote a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que deveria ter sido aprovada até o início de julho. A LDO fixa os parâmetros para a elaboração do Orçamento do ano seguinte.
Eliseu Padilha acertou com os congressistas a aprovação de projeto que permite ao governo pagar todas as emendas feitas por congressistas nos anos anteriores e que não saíram do papel, os chamados “restos a pagar”. O valor total está em torno de R$ 3,8 bilhões.
A liberação de verbas já foi motivo de debate entre Padilha e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ministro da Aviação Civil, representando Michel Temer, havia firmado compromisso com congressistas de que conseguiria a verba. A equipe técnica da Fazenda, no entanto, barrou a liberação. Padilha, então, reagiu: “Não vou recuar na minha palavra”, disse para Levy, em discussão tensa que logo repercutiu na Esplanada dos Ministérios.
A confusão acabou aumentando a pressão de setores do PMDB para que o vice-presidente deixasse a articulação política do governo, decisão que o Temer comunicou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda.
Outro ponto discutido na reunião foi o compromisso assumido pelo governo, que cedeu após ameaças de rebelião, de liberar verbas para emendas apresentadas pelos deputados que assumiram o mandato em fevereiro. Pelas regras até então, eles só poderiam apresentar emendas para o Orçamento de 2016.
Pelo acordo, será pago R$ 1,2 bilhão para as emendas dos cerca de 250 deputados novatos: R$ 4,8 milhões para cada um deles. Apesar dos compromissos, vários deputados manifestaram ceticismo em relação às promessas feitas por Padilha na reunião. (Danielle Cabral Távora)

fonte: http://ucho.info/em-meio-a-crise-governo-liberara-r-500-milhoes-para-parlamentares-com-medo-de-rebeliao


SOBRE AS ELITES E AS “ZÉLITES” do Blog do Marcelo Madureira





Vasculhando até as fronteiras do latifúndio da minha ignorância, não lembro de nenhuma civilização humana em que não houvesse uma “elite”: os nobres, os sacerdotes, os melhores guerreiros, os maiores sábios, os melhores atletas, os mais talentosos artistas, os melhores artesãos. Enfim, os melhores entre os melhores eram (e até hoje são) o que se chama de “elite” em qualquer ajuntamento humano.
Pertencer à elite, qualquer elite, não necessariamente à elite financeira, é motivo de orgulho para qualquer um. Ser extraordinariamente bom e competente em alguma atividade (que não seja ilegal, é claro) é, de fato, uma conquista do indivíduo, é o triunfo do mérito, do talento, da dedicação, do estudo e, portanto, digno de admiração. Mas pertencer a uma elite não contém só o bônus do respeito, do carinho, da aprovação pela comunidade. Pertencer a uma elite tem também o seu ônus. Existe um preço a ser pago e não é barato.
A elite de uma sociedade saudável tem a responsabilidade intransferível de apontar os caminhos e conduzir os destinos do conjunto dos seus concidadãos. A elite tem a responsabilidade de semear o futuro da coletividade. Até mesmo na teoria leninista se admite a existência de uma elite, qual seja, o Partido Bolchevique, que é entendido como a vanguarda e a elite do proletariado.
O entendimento extravagante que o lulopetismo cultiva das “elites” chega a ser caricato. Na “mente” do Grande Ideólogo do lulismo, o que se compreende por “elite” é um grupo de cidadãos privilegiados, que se dedicam a se apropriar da mais-valia dos pobres trabalhadores explorados. São egoístas, gananciosos e sentem um prazer inenarrável ao submeter à miséria e ao sofrimento aqueles que não pertencem à sua turma.
Nessa narrativa imagino a clássica figura daquele sujeito gordo, de fraque e cartola, com um saco de dinheiro em uma das mãos e na outra um enorme charuto.
Curioso.
A entrevista do banqueiro Roberto Setúbal à Folha de São Paulo no domingo, 23 de agosto último, nos mostra um retrato acabado de como raciocina uma parte da elite do empresariado nacional. O pensamento de Setúbal deixa claro como os líderes empresariais brasileiros se caracterizam por um pragmatismo equivocado.
Estão mais preocupados com o balanço do final do ano do que com a saúde dos seus empreendimentos no longo prazo. Principalmente no setor financeiro, que é o maior credor do governo. O empresariado oportunista também cultiva uma relação promíscua com as autoridades, sempre à espreita de favores, benefícios fiscais e protecionismos setoriais.
Outra característica desse grupo é o pequeno interesse em ganhos de produtividade, inovação tecnológica, eficiência e competitividade. Tudo isso, a meu ver, é resultado de uma sólida formação humanista e política, indispensável para as responsabilidades de suas funções.
Evidentemente, ficam fora desse perfil as honrosas exceções de praxe e que confirmam a regra.
Na referida entrevista, o presidente do Itaú revela que está em contradição com a sociedade brasileira. Mau para ele, pior para a imagem do banco que dirige. Esse tipo de pensamento é típico daqueles que não querem sair da zona de conforto, mesmo porque são beneficiários diretos do atual quadro político, se não sócios-financiadores do poder vigente. Eles não têm motivos para tirar Dilma do poder. Acreditam que tal fato “pode trazer instabilidade ao país…”. Mas o clima atual no país é de quê? Otimismo e tranquilidade?
E mais, Setúbal abona atitudes inexistentes da presidente quando afirma “…o que a gente vê é que Dilma permitiu a investigação total sobre o tema”, o que apenas revela que ele desconhece a diferença entre Governo e Estado.
Sobre as pedaladas fiscais, o presidente do Itaú declarou: “podem merecer punição, mas não são motivo para tirar a presidente”. Portanto, mostra que desconhece a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No meio da entrevista, o senhor Setúbal, talvez querendo tirar uma onda de empreendedor moderno, revela sua preocupação com a produtividade e a eficiência da economia brasileira.
Concordo com as preocupações do importante banqueiro, mas posso garantir que ele não deve ser cliente do seu banco Itaú.
Pelo menos no que toca ao atendimento ao cliente, eficiência e produtividade não fazem parte da gestão do banco. Vale o dito popular: santo de casa não faz milagre.
Lembro as palavras de Fernando Gabeira em artigo recente. No caso da permanência de Dilma Rousseff até o final do seu segundo mandato, em três anos o Brasil será um pais diferente. Muito pior.
E tenho dito.

fonte: http://www.casseta.com.br/madureira/2015/08/26/sobre-as-elites-e-as-zelites/

Conversa Mole, Conversa pra boi dormir: Líder petista confessa: corte de Ministérios será apenas “simbólico”

Sibá Machado, líder do PT na Câmara, comete o ataque de sinceridade e coloca o governo em situação delicada. A reforma seria então uma "lorota" de Dilma?

Dilma Rousseff anunciou um “corte de ministérios”. Quantos? Quais? De qual valor? Nada foi informado. A imprensa caiu matando no que considerou amadorismo. Mas pode ser ainda pior: pura demagogia. Quem confirma isso é o líder do governo na Câmara, deputado Sibá Machado. O corte seria puro “simbolismo”, sem grande efeito financeiro. Uma confissão aparentemente mais atrapalhada que corajosa.
E a discussão, como sempre, não se concentra na crise econômica, mas sim na disputa de poder político, de espaços na estrutura de poder. Lamentável.
Mas o histórico é exatamente esse: Dilma classificava como “lorota” cortes ministeriais e o próprio PT sempre boicotou o tema. Agora, seja por excesso de sinceridade ou somente um deslize, o líder do partido na Câmara confessa que a coisa será mais “simbólica” que financeiramente efetiva.
Se for isso mesmo, então será uma lorota.

Ainda a conversa mole do “corte de ministérios”

BBC também reconhece que a redução de gastos não será impactante.



Já mostramos aqui: até mesmo o líder do PT na Câmara confessou que o corte ministerial é mais simbólico que efetivamente financeiro. O próprio governo ainda não anunciou exatamente quais ministérios cortará, quais cargos eliminará e qual o valor total a ser reduzido.
Um jogo de cena, portanto.
Agora, a BBC também confirma isso. Confiram trecho da análise de Mariana Schreiber:
“Embora a medida tenha o valor simbólico de demonstrar que o governo está “cortando na própria carne”, não produzirá impacto relevante no sentido de melhorar as contas públicas e viabilizar um ajuste fiscal mais robusto, afirmam economistas ouvidos pela BBC Brasil. Isso acontece porque a grande maioria dos gastos do governo está concentrada em poucos ministérios, principalmente na área social. Boa parte são despesas obrigatórias – com saúde, educação, aposentadorias – que não podem ser reduzidas com uma mera canetada.”
Em suma: gesto meramente simbólico, ganhando manchetes positivas e reconhecimento do “esforço”. Até surgir o valor total reduzido e todo mundo perceber que não era nada do que anunciaram.