quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Conversa Mole, Conversa pra boi dormir: Líder petista confessa: corte de Ministérios será apenas “simbólico”

Sibá Machado, líder do PT na Câmara, comete o ataque de sinceridade e coloca o governo em situação delicada. A reforma seria então uma "lorota" de Dilma?

Dilma Rousseff anunciou um “corte de ministérios”. Quantos? Quais? De qual valor? Nada foi informado. A imprensa caiu matando no que considerou amadorismo. Mas pode ser ainda pior: pura demagogia. Quem confirma isso é o líder do governo na Câmara, deputado Sibá Machado. O corte seria puro “simbolismo”, sem grande efeito financeiro. Uma confissão aparentemente mais atrapalhada que corajosa.
E a discussão, como sempre, não se concentra na crise econômica, mas sim na disputa de poder político, de espaços na estrutura de poder. Lamentável.
Mas o histórico é exatamente esse: Dilma classificava como “lorota” cortes ministeriais e o próprio PT sempre boicotou o tema. Agora, seja por excesso de sinceridade ou somente um deslize, o líder do partido na Câmara confessa que a coisa será mais “simbólica” que financeiramente efetiva.
Se for isso mesmo, então será uma lorota.

Ainda a conversa mole do “corte de ministérios”

BBC também reconhece que a redução de gastos não será impactante.



Já mostramos aqui: até mesmo o líder do PT na Câmara confessou que o corte ministerial é mais simbólico que efetivamente financeiro. O próprio governo ainda não anunciou exatamente quais ministérios cortará, quais cargos eliminará e qual o valor total a ser reduzido.
Um jogo de cena, portanto.
Agora, a BBC também confirma isso. Confiram trecho da análise de Mariana Schreiber:
“Embora a medida tenha o valor simbólico de demonstrar que o governo está “cortando na própria carne”, não produzirá impacto relevante no sentido de melhorar as contas públicas e viabilizar um ajuste fiscal mais robusto, afirmam economistas ouvidos pela BBC Brasil. Isso acontece porque a grande maioria dos gastos do governo está concentrada em poucos ministérios, principalmente na área social. Boa parte são despesas obrigatórias – com saúde, educação, aposentadorias – que não podem ser reduzidas com uma mera canetada.”
Em suma: gesto meramente simbólico, ganhando manchetes positivas e reconhecimento do “esforço”. Até surgir o valor total reduzido e todo mundo perceber que não era nada do que anunciaram.

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