terça-feira, 28 de julho de 2015

Acordo elimina tarifa de eletrônicos em 80 países, mas Brasil fica de fora.

Acordo eliminará tarifa de eletrônicos em 80 países
Brasil está fora porque não quer abrir mão de cobrar impostos.
Oitenta países devem assinar no final desta semana a atualização de um acordo comercial para eliminar tarifas de importação de mais de 200 produtos de tecnologia,...


Contra os preços elevados de vários produtos eletrônicos, muita gente, mesmo pagando diversas taxas e impostos, opta por adquirir esses dispositivos em países onde os valores são bem mais acessíveis. No entanto, muito em breve não será necessário se mover para outra nação para comprar um tablet ou smartphone mais barato. Acontece que, até o final desta semana, oitenta países devem assinar a atualização de um acordo comercial que elimina a tarifa de mais de 200 produtos de tecnologia.
Esta é a primeira grande negociação para corte de tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 18 anos e reduzirá em US$ 1 trilhão as tarifas cobradas sobre eletrônicos ao redor do mundo. China, Estados Unidos, Coreia do Sul e a União Europeia, que representam 97% do comércio mundial de itens de tecnologia da informação, fazem parte do tratado internacional (ITA, na sigla em inglês) que vai beneficiar produtos como GPS, videogames, cartuchos de impressoras, semicondutores e até aparelhos de ressonância magnética.
A má notícia? O Brasil ficará de fora do acordo, prejudicando não apenas os consumidores finais, mas também impedindo a modernização de hospitais e escolas por um custo muito menor.
Segundo Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, esse tipo de tratado poderia comprometer a indústria eletroeletrônica nacional. "Nunca quisemos participar do ITA. Se isso acontecesse, praticamente não teríamos mais indústria eletrônica no país", diz o executivo, destacando principalmente os preços dos itens chineses, os altos custos de produção no Brasil e o câmbio valorizado dos últimos anos.
Por outro lado, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), afirma que a ausência do Brasil em um acordo que envolve 80 países, num setor com alto potencial de crescimento nas transações, reforça o isolamento do país no comércio internacional.
"Ou nos integramos ao mundo ou o Brasil ficará cada vez mais à parte. O país não pode pensar apenas na proteção de sua indústria, que já tem na taxa de câmbio atual uma barreira à invasão de importados, e deve considerar que o isolamento comercial também afeta a competitividade de outros setores", declara Castro.
A expectativa é que o tratado internacional de tecnologia entre em vigor a partir de julho de 2016. O comércio global de produtos desse setor movimenta cerca de US$ 4 trilhões por ano. Algumas das empresas beneficiadas pela medida são Samsung, Intel e Sandisk.




fonte: http://canaltech.com.br/noticia/produtos/acordo-elimina-tarifa-de-eletronicos-em-80-paises-mas-brasil-fica-de-fora-45523/

Alguns fatos estupefacientes sobre os impostos no Brasil

por , terça-feira, 28 de julho de 2015


Tudo à sua volta tem impostos. Da energia elétrica que você consome para ler esse texto até a roupa que está vestindo nesse momento. 

Mas o sistema tributário brasileiro possui diversas bizarrices, das quais você provavelmente não faz a mais mínima ideia.
É um sistema complexo, desigual, cheio de brechas, gigante pela própria natureza e que tende a piorar nos próximos anos se tudo continuar nesse ritmo.
Entender toda essa legislação tributária não é tarefa simples: custa tempo, dinheiro e é algo literalmente pesado.
A seguir, sete fatos que você não sabia, mas deveria saber, sobre os impostos brasileiros. Do filme pornográfico ao livro dos recordes.
1) Pagamos mais impostos em remédios do que em revistas e filmes pornográficos

Sim, isso mesmo. 
Enquanto revistas eróticas sofrem uma taxação de 19%, nossos remédios possuem uma carga tributária de incríveis 34%. Além de dar prioridade ao conteúdo adulto, nosso sistema tributário ainda nos trata pior do que animais: segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), medicamentos veterinários possuem uma carga tributária de 13%, quase um terço dos impostos embutidos em remédios de uso humano.
2) A complexidade do nosso sistema tributário concorre por um recorde no Guinness World Records

Além das injustiças e distorções provocadas pelo nosso sistema tributário, a sua complexidade atua como um entrave para empreendedores — e essa burocracia gera custos.
Anualmente, as empresas brasileiras gastam 2.600 horas para cumprir suas obrigações tributárias. É o pior resultado entre 189 países. Estamos atrás até mesmo de países como a Venezuela (792 horas), a Nigéria (956 horas) e o Vietnã (872 horas). Mesmo o penúltimo colocado, a Bolívia, dá uma surra no Brasil: 1.025 horas.
Mas para onde vai tanto tempo?
Um advogado resolveu correr atrás do número exato dessa burocracia toda. Foram quase 20 anos compilando as leis tributárias de municípios, estados e da Federação. O resultado: um livro de 7,5 toneladas, 2,21 metros de altura e 41 mil páginas contendo todas as normas tributárias do país, escritas em fonte tamanho 22.
Atualmente, o livro concorre na categoria de mais pesado e com mais páginas do mundo. Ao todo, o trabalho custou R$ 1 milhão — dos quais, 30%, foram gastos com impostos.
3) Não bastasse a complexidade existente, todos os dias são criadas mais 46 leis tributárias

Desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil criou 320.343 leis tributárias. Sim: trezentos e vinte mil, trezentos e quarenta e três leis tributárias.
Levando-se em conta o número de dias úteis no período, foram criadas 46 novas leis todos os dias, segundo um levantamento do IBPT.
Se continuarmos nesse ritmo, nossa complexidade tributária só tende a piorar e complicar ainda mais os negócios do país, que já precisam seguir 40.865 artigos legais para poderem funcionar.
4) Nosso atual imposto de importação é maior que o da União Soviética na década de 1980
Você leu certo, camarada. Em 1988, a União Soviética fez uma reforma tributária e de comércio exterior, com a intenção de atrair investimentos externos. O limite de participação estrangeira em negócios, por exemplo, saiu dos 49% para 80%. Junto a essa reforma, o governo também promoveu uma abertura comercial, permitindo a importação de diversos produtos e fixou as tarifas de importação para eles, que variavam de 1% (para itens de necessidade básica, como alimentos) até 30%, em casos de itens como eletrodomésticos.
A liberação econômica mais tarde ajudaria a acabar com a censura no país e levaria a União Soviética a um colapso econômico.
Em contraste, hoje os brasileiros pagam um imposto de importação de 60% do valor do produto. As taxas ainda podem ser maiores dependendo de impostos estaduais, como o ICMS, cobrado em cima do valor do produto após a taxa de importação. Como em alguns estados o ICMS pode chegar a 18%, a tarifa total sobre a importação pode totalizar 89% do valor da mercadoria.
5) Nosso sistema tributário é o mais injusto do mundo, por diversas razões
Não existe exatamente um ranking de sistemas tributários mais injustos; porém, se existisse, o Brasil teria boas chances de figurar nas primeiras colocações.
Primeiramente, nosso retorno sobre os impostos é o pior entre 30 países analisados pelo IBPT — posição que ocupamos por 5 anos consecutivos. Com um retorno tão baixo, o sistema tributário brasileiro força o contribuinte a pagar para a iniciativa privada, quando possível, por alguns serviços como educação e saúde. Os que não podem pagar ficam relegados a serviços públicos de péssima qualidade.
Para piorar, um estudo do IPEA demonstrou que, quanto mais na base da pirâmide, mais impostos proporcionalmente o cidadão paga de acordo com sua renda: enquanto os 10% mais pobres chegam a gastar quase 30% dos seus rendimentos com impostos indiretos, os 10% mais ricos gastam cerca de 10%. Mesmo considerando-se os impostos diretos, os pobres ainda pagam proporcionalmente mais impostos.
A solução, claro, não é aumentar as taxas do topo da pirâmide: os ricos brasileiros já deduzem uma porcentagem da renda muito próxima da de países desenvolvidos — e eles, é claro, vão sempre repassar essas taxas para o resto da população.
Por que não, então, cobrar menos dos outros degraus da pirâmide?
6) Não fosse a sonegação, teríamos a 3ª maior carga tributária do planeta
Que a carga tributária do Brasil é alta, todo mundo sabe. Mas, apesar de figurarmos na 22ª posição no ranking mundial, a carga de impostos do país está muito distante de sua realidade: aparecemos no ranking ao lado de diversos países europeus ricos. Se levarmos em conta todos os países do continente americano, saímos ainda pior na foto: somos o primeiro lugar entre todos os países da região, incluindo a América do Norte.
Mas a triste realidade poderia ser ainda pior, não fosse a sonegação. Isso mesmo, a sonegação.
Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), em 2014, o país deixou de arrecadar R$ 501 bilhões por conta da sonegação. O que pouco se fala, no entanto, é que, caso esse valor tivesse sido de fato pago pelos pagadores de impostos, o governo teria arrecadado impressionantes 2,3 trilhões de reais no período: 46% do nosso PIB, que ficou em R$ 5,5 trilhões ano passado de acordo com o IBGE.
Com uma carga tributária tão alta, tomaríamos o 3ª lugar na fila dos países que mais cobram impostos no mundo, perdendo somente para a Eritréia (50%) e a Dinamarca (48%).
Isso, claro, excluindo-se os dois países que são pontos fora da curva na arrecadação de impostos: a Coreia do Norte (100%) e o Timor Leste, que arrecadou 227% do PIB.
7) Existe um imposto escondido que você paga sem saber


Há um imposto ainda mais perverso com os mais pobres, o qual, mensalmente, corrói sua renda sem que eles tenham como escapar.  Esse imposto é a inflação.
Como o Nobel de Economia Milton Friedman argumentava, a inflação nada mais é do que um imposto escondido — ele acontece quando o governo injeta na economia mais dinheiro do que a demanda pode suportar.
[N. do E.: O atual sistema monetário é baseado em um monopólio estatal de uma moeda puramente fiduciária.  O dinheiro é criado monopolisticamente pelo Banco Central e é em seguida entregue ao sistema bancário.  O sistema bancário, por sua vez, por meio da prática das reservas fracionárias, se encarrega de multiplicar este dinheiro (eletronicamente) por meio da expansão do crédito. 
Falando mais diretamente, o dinheiro criado pelo Banco Central é multiplicado pelo sistema bancário e entra na economia por meio do endividamento de pessoas e empresas.
Essa expansão da oferta monetária feita pelo Banco Central e pelo sistema bancário de reservas fracionárias é o que realmente gera a inflação de preços e, por conseguinte, um declínio na renda das pessoas em termos reais.
Quando os preços aumentam em decorrência de uma expansão da oferta monetária, os preços dos vários bens e serviços não aumentam com a mesma intensidade, e também não aumentam ao mesmo tempo.
A quantia adicional de dinheiro que entra na economia — por meio do sistema bancário que expande o crédito, e o qual é totalmente controlado pelo Banco Central — não vai parar diretamente nos bolsos de todos os indivíduos: sempre haverá aqueles que estão recebendo esse dinheiro antes de todo o resto da população. 
As pessoas que primeiro receberem esse novo dinheiro estão em posição privilegiada: elas podem gastá-lo comprando bens e serviços a preços ainda inalterados.  Ora, se a quantidade de dinheiro em seu poder aumentou e os preços ainda não se alteraram, então obviamente sua renda aumentou.  Essas são as pessoas que ganham com a inflação.
À medida que esse dinheiro é gasto e vai perpassando todo o sistema econômico, os preços vão aumentando (afinal, há mais dinheiro na economia).  Porém, começa aí a haver uma discrepância: vários preços já aumentaram sem que esse novo dinheiro tenha chegada às mãos de outros grupos de pessoas.  Essas são as pessoas que perdem com a inflação. 
Somente após esse novo dinheiro ter perpassado toda a economia — fazendo com que os preços em geral tenham subido — é que ele vai chegar àqueles que estão em último na hierarquia social.  Assim, quando a renda nominal desse grupo subir, os preços há muito já terão subido. 
Houve uma redistribuição de renda: aqueles que receberam primeiro esse novo dinheiro obtiveram ganhos reais.  Com uma renda nominal maior, eles puderam comprar bens e serviços a preços ainda inalterados.  Já aqueles que receberam esse novo dinheiro por último tiveram perdas reais.  Adquiriram bens e serviços a preços maiores antes de sua renda ter aumentado.  Houve uma redistribuição de renda do mais pobre para o mais rico.]
Basicamente, é como se o governo imprimisse dinheiro continuamente; no entanto, como a produtividade da economia não acompanha o crescimento da oferta monetária, o dinheiro passa a valer menos no mercado.
Inflação, portanto, nada mais é do que um imposto, como qualquer outro, escondido sob um nome mais técnico. E este imposto é como a morte: não tem como escapar.

fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2150

PF deflagra a 16ª fase da Operação Lava Jato e cumpre 30 mandados

Operação ocorre em Brasília, RJ, Niterói, SP e Barueri; são 30 mandados.

Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear foi preso no Rio de Janeiro.



















A 16ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na madrugada desta terça-feira (28) em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói (RJ), São Paulo e Barueri (SP). São cumpridos dois mandados de prisão temporária, além de 23 mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A operação foi batizada de "Radioatividade".
Um dos presos é o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que foi detido no Rio de Janeiro. Ele foi afastado do cargo em abril deste ano, quando surgiram denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa, que é uma subsidiária da Eletrobras.
O outro detido é Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Ele foi preso no Rio de Janeiro. A Andrade Gutierrez afirma, em nota, que está acompanhando a 16ª fase da Lava Jato e que sempre esteve à disposição da Justiça. "Seus advogados estão analisando os termos desta ação da Polícia Federal para se pronunciar", diz o texto.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os presos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba.
O foco das investigações desta fase, segundo a PF, são contratos firmados por empresas já mencionadas na Operação Lava Jato com aEletronuclear, cujo controle acionário é da União. A empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares e responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no país.


Ainda de acordo com a PF, a formação de cartel, o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3 e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal são os objetos de apuração da atual fase.
Angra 3 será a terceira usina nuclear do país e está em construção na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Ela terá potência de 1.405 megawatts (MW) e gerará energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte por um ano.


Delações 
Em abril deste ano, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, afirmou em depoimento de delação premiada que houve "promessa" de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear nas obras da usina nuclear Angra 3. As informações foram obtidas pelo Jornal Nacional.
Avancini deixou a prisão em 30 de março para cumprir prisão domiciliar, após firmar acordo de delação premiada com a Justiça, homologado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.
Segundo Avancini, a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia "compromissos" de pagamento de propina equivalente a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo. À época, o PMDB negou as acusações de recebimento de propina.
A Eletronuclear e o então presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro, disseram em abril que as acusações eram infundadas, que a empresa age sempre em total transparência e que o Tribunal de Contas da União aprovou a preparação das propostas de preços em Angra 3. Uma comissão interna de fiscalização apura as denúncias e uma empresa de investigações foi contratada "para garantir a transparência e independência dos trabalhos", segundo nota da estatal.
O ex diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba para exame de corpo delito. Zelada é suspeito de ser beneficiário da corrupção na Petrobras (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Jorge Luiz Zelada, preso na 15ª fase da Lava Jato
(Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/
Estadão Conteúdo)
15ª fase
A 15ª etapa da operação foi batizada de Conexão Mônaco e prendeu ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Ele está detido na carceragem da Superintendência da PF, em Curitiba. Quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
A fase teve como foco o recebimento de vantagens ilícitas na diretoria da Petrobras. De acordo com a PF e o Ministério Público Federal (MPF), Zelada fez transferências bancárias para a China e para Mônaco. Foram € 11 milhões para Mônaco e outro US$ 1 milhão para a China. O dinheiro em Mônaco já estava bloqueado desde março deste ano.
O ex-diretor é suspeito de envolvimento no esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. Segundo o MPF, ele atuou no esquema desde quando atuava na gerência da empresa, quando na diretoria da área internacional.
Zelada foi sucessor de Nestor Cerveró – já condenado a cinco anos de prisão  pelo crime de lavagem de dinheiro – no cargo e atuou entre 2008 e 2012 na estatal.

A culpa é sua! Ou: Cada povo tem o governo que merece?

Não é boa estratégia política culpar os eleitores pelo caos. Ao contrário: o objetivo, agora, é atrair o máximo de gente que for possível para o lado de cá, ou seja, para a oposição ao governo petista. Ainda bem que não sou político! Posso esfregar certas verdades na cara dos outros sem me preocupar com a perda de votos. Não sou candidato a nada. Quero apenas minha liberdade para dizer o que penso. E o que penso dessa turma toda que votou no PT nessas últimas eleições não é nada elogioso.

Claro, todos podem mudar de opinião, acordar, reconhecer os erros do passado. Isso é louvável. Mas confesso: creio, como já escrevi aqui, que boa parte da indignação tem mais ligação com a grave crise econômica do que com valores e princípios morais. Se a economia brasileira estivesse crescendo 2% em vez de caindo 2%, e se a inflação estivesse em 5% em vez de quase 10%, será que a revolta seria a mesma?
Pois é. Então essa verdade precisa ser dita e repetida por alguns “kamikazes” que não estão em busca de voto, e sim da própria verdade: o povo tem culpa no cartório! Aquele adesivo que fizeram logo após a última eleição tentou capturar bem isso: “Não tenho culpa; votei no Aécio”. O PT não chegou e ficou no poder por tanto tempo sem cúmplices, muitos cúmplices. Essa gente toda não pode simplesmente fingir que nada aconteceu lá atrás, que não contribuiu de alguma forma para esse quadro caótico atual.
Em 2009, portanto lá atrás e quando a economia ainda não tinha acusado o golpe do populismo, mas depois de mensalão e vários outros escândalos, gravei um desabafo um tanto revoltado com essa mensagem: quer um culpado para o “circo de Brasília”? Então olhe no espelho! Acho que é um direito legítimo meu resgatar esse vídeo hoje, pois quero, sim, perdoar quem colaborou com essa quadrilha no poder se o arrependimento for real, mas não eximir esses cúmplices de responsabilidade pelo que temos hoje. Só muda mesmo quem faz um doloroso e sincero mea culpa. Lá vai:


fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/politica/a-culpa-e-sua-ou-cada-povo-tem-o-governo-que-merece/




Após culpar “crise externa” inexistente, Dilma responsabiliza Lava-Jato por queda do PIB A culpa é deles, sempre deles!

Deu no GLOBO: Dilma responsabiliza Lava-Jato por queda de um ponto percentual no PIB

Durante reunião com 12 ministros e o vice-presidente Michel Temer, na tarde desta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff responsabilizou a Operação Lava-Jato por parte da queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Ao discorrer sobre as dificuldades econômicas que o país enfrenta, a presidente citou a operação da Polícia Federal, dizendo que esta provocou uma queda de um ponto percentual no PIB. O comentário, segundo dois ministros que estavam na reunião, ocorreu logo após uma longa explanação de Nelson Barbosa (Planejamento) sobre o cenário econômico e as perspectivas “sombrias” se as medidas do pacote de ajuste fiscal não forem aprovadas pelo Congresso.
— Para vocês terem uma ideia, a Lava-Jato provocou uma queda de um ponto percentual no PIB brasileiro — afirmou Dilma.
A presidente não teria dado detalhes do cálculo e, em seguida, emendou a necessidade de apoio da base aliada no Congresso aos projetos encaminhados pelo governo.
É o fim da picada! Dilma é daquelas que, quando criança e pega com a boca na botija, sempre apontava o dedo para os outros. A culpa nunca era dela! Primeiro, a presidente insistiu na tese furada de que nossos problemas são frutos da “crise externa” inexistente. Como já cansei de mostrar aqui, não há essa tal crise, e os países emergentes estão em situação muito melhor do que o Brasil, crescendo mais e com bem menos inflação. A crise é “made in Brazil” mesmo.
Mas agora eis que a presidente resolve responsabilizar a… Justiça! Ou seja: se ao menos a corrupção continuasse rolando livre, leve e solta, a economia estaria crescendo mais (ou caindo menos). A lógica é perversa: combater a impunidade faz mal à economia. É a mensagem implícita na fala da presidente. É temerário. É assustador. E é falso!
Claro que a apreensão dos corruptos, especialmente no setor das empreiteiras, pode travar alguns negócios. Mas isso está longe de explicar a crise brasileira. Estamos com uma economia em frangalhos e elevada inflação basicamente pelas trapalhadas do governo petista, pela “nova matriz macroeconômica”, pelo modelo desenvolvimentista pregado por sua equipe e seus gurus da Unicamp.
A Lava-Jato é apenas a cereja do bolo, e é uma cereja muito bem-vinda, apreciada por todos os brasileiros cansados da impunidade e da sua consequência, a corrupção desenfreada. Os “donos do poder” abusaram por tempo demais desse clima de impunidade. Chegou a hora de dar um basta. Não é isso que está “travando” o Brasil, e sim o próprio governo Dilma, inoperante, incompetente, sem credibilidade, cínico e mentiroso, fragilizado politicamente, sem articulação e sem coragem para efetivamente mudar o rumo e admitir os próprios equívocos.
Entre a Lava-Jato e a própria presidente Dilma, quem o brasileiro prefere? A resposta está dada nas pesquisas e nas ruas. Que saia Dilma, e que a Lava-Jato continue seu importante trabalho republicano!
Rodrigo Constantino


fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/corrupcao/apos-culpar-crise-externa-inexistente-dilma-responsabiliza-lava-jato-por-queda-do-pib/




 16 de agosto junte se a nós nas ruas de todo o Brasil.
Confirme sua presença: 


SÉRGIO MORO MANDA PRENDER UM ALMIRANTE… BOTA CORAGEM NISSO!


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade.
O foco das investigações desta fase são contratos firmados por empresas envolvidas na Lava Jato com a Eletronuclear, as obras da usina nuclear Angra 3 e pagamentos de propina a funcionários da estatal.
Os agentes cumprem 30 mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Eles acontecem em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói e Barueri.
Entre os presos está o presidente licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Ele pediu o afastamento do cargo em abril, após virem à tona notícias de que ele teria recebido propina nas obras da usina nuclear de Angra 3. Parte das revelações foram feitas na delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. O almirante nega ter recebido pagamentos indevidos.
A outra prisão temporária foi de Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez responsável por representar a empresa no consórcio de Angra 3.
Eles serão levados à sede da PF em Curitiba, onde deverão chegar na noite desta terça, por volta das 20h30. Os mandados de prisão têm validade de cinco dias.
Editoria de Arte/Folhapress

fonte: http://cristalvox.com.br/2015/07/28/sergio-moro-manda-prender-um-almirante-bota-coragem-nisso/

Socialismo: o entulho da história. Ou: Venezuela repete desgraça soviética, mas a esquerda nunca aprende!

Na VEJA desta semana, Eduard Wolf escreve uma ótima resenha do livro Camaradas, do inglês Robert Service, em que narra a ascensão e queda do comunismo. Ele atesta: violência e autoritarismo estão na essência dessa decrépita doutrina. O recado é óbvio para liberais e conservadores, mas precisa ser repetido, pois ainda há muito esquerdista insistindo por aí que houve, na União Soviética (e em todas as demais experiências socialistas), uma “deturpação” da utopia marxista. O problema foram seus líderes, não suas premissas, alegam. Estão errados, claro.

O historiador Richard Pipes já tinha mostrado, antes, que os resultados trágicos do socialismo “real” foram consequência lógica de seus métodos e teorias, que não poderiam levar a destino muito diferente. O socialismo não é uma boa ideia que fracassou; é uma má ideia em sua essência, por desprezar a natureza humana, por tratar indivíduos como insetos gregários, por subverter todo o código de valores “burgueses”, responsável pela relativa ordem a paz dos países desenvolvidos. Service também mostra que a violência era intrínseca ao comunismo, como argumenta Wolf:
Wolf
Ao usar seus “nobres fins” para justificar quaisquer meios, os revolucionários comunistas estão dispostos a tudo, a “fazer o diabo” para chegar e permanecer no poder. O fervor dogmático garante a paz de consciência para todo tipo de crime, praticado em nome do “povo” ou da utopia. A ditadura do proletariado era não só tolerada, como enaltecida enquanto meta “intermediária” para o destino final: o fim do estado. Ou seja: os comunistas pretendiam criar uma ditadura para depois simplesmente aboli-la, sem mais nem menos. É preciso ser ou muito idiota, ou muito cara de pau para crer em algo assim.
Mas não foram poucos os “intelectuais” que flertaram ou se apaixonaram com essa ideologia assassina. Vários pensadores importantes defenderam o comunismo e o socialismo, mesmo diante de seus resultados trágicos. Para eles, ou esses fatos eram simplesmente ignorados, não existiam, ou então eram aceitáveis pelo “bem maior”, pelo prêmio que eventualmente a humanidade ganharia se ao menos insistisse em seu objetivo de forma obstinada. Cadáveres sendo empilhados, miséria se espalhando, mas todo esforço precisava ser redobrado para, finalmente, o mundo ser igualitário, “justo”. Wolf conclui:
Wolf2
Com novo manto, o comunismo continua sendo pregado por quem nada aprendeu com a história. Vide o bolivarianismo chavista, o “socialismo do século XXI”, que voltou a encantar inúmeros idiotas úteis e “intelectuais” em busca de algum ópio para suas angústias existenciais. Essa gente toda defendeu a Venezuela sob o comando do bufão autoritário Hugo Chávez, e muitos fingem, agora, não ter nada a ver com seu resultado catastrófico. Seria, uma vez mais, o caso de uma “deturpação” do socialismo, de algum desvio qualquer.
Uma reportagem de Franz von Bergen no GLOBO de hoje mostra, porém, como a experiência venezuelana repetiu os mesmos passos da União Soviética. Nada disso é coincidência, ou puro acaso. É exatamente o que pessoas razoáveis esperavam dos métodos adotados por Chávez e Maduro. O socialismo nunca foi capaz de produzir resultados diferentes. A Venezuela, cada vez mais parecida com Cuba, segue a mesma ópera bufa soviética, e tudo isso foi previsto pelos liberais e conservadores, e ignorado pela esquerda em geral. Diz o jornal:
Se uma mulher decide sair para comprar carne, a menos que tenha sorte, não conseguirá fazê-lo de uma só tacada. Será necessária uma série de decisões que podem implicar: 1) não encontrar o produto e ter de buscá-lo em outro lugar; 2) encontrar o que buscava, mas enfrentar fila para comprá-lo; 3) substituir a carne por outra proteína; 4) adiar a compra e 5) abandonar a ideia completamente.
O exemplo poderia descrever a rotina de escassez vivida pelos venezuelanos. Mas foi pensado por János Kornai, economista húngaro nascido em 1928 e um dos maiores estudiosos das economias dos países socialistas europeus do bloco soviético. No livro “The Socialist System: The Political Economy of Communism”, Kornai adverte que esse sistema se transformou em uma “economia da escassez”, já que o fenômeno tornou-se “frequente”, “geral”, “intensivo” e “crônico”. Essa foi uma das consequências mais graves do socialismo clássico, que se apoiava na gestão governamental do aparato produtivo e em um planejamento centralizado que aplicava mecanismos de controle para anular a influência do mercado sobre a economia.
Desde que o chavismo se declarou socialista, em 2005, o governo tomou uma série de medidas que levaram o projeto a um modelo parecido ao que fracassou no Leste europeu. Embora com uma nova roupagem de “socialismo do século XXI”, o princípio é o mesmo, porque se controlam diretamente a economia e outras atividades, em vez de supervisar os mercados respeitando as liberdades.
Expropriação de empresas, ataque ao capitalismo, aos ricos e à sua “ganância”, demonização do lucro, discurso populista em prol da “justiça social”, concentração de poder e recursos no estado, antiamericanismo, eis o script ipsis literis dos velhos – e novos – socialistas. Nada mudou, tanto nos meios pregados como, claro, nos resultados obtidos. O socialismo produz somente escravidão, miséria e inanição, escassez generalizada. Mas ainda tem quem o defenda! Os dinossauros continham vivos! É uma doença mental, ou um sério desvio de caráter. Nada mais pode justificar a insanidade de querer fazer tudo exatamente igual, e ainda esperar resultados distintos.
Rodrigo Constantino

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/comunismo-2/socialismo-o-entulho-da-historia-ou-venezuela-repete-desgraca-sovietica-mas-a-esquerda-nunca-aprende/