Desde janeiro de
2003, quando Lula transformou o Planalto no templo principal da seita que sonha
com o pesadelo socialista, o ministro encarregado de comandar a Casa Civil é
escolhido não pelo currículo, mas pelo prontuário; não pelas raríssimas
virtudes, mas pelos defeitos incontáveis. Isso explica por que, 13 anos e sete
chefes depois, o latifúndio situado no 4° andar do palácio presidencial mudou
de nome. O que existe ali é uma Casa Covil.
1 | José Dirceu | 1 de janeiro de 2003 a 21 de junho de 2005 | Luiz Inácio Lula da Silva | |
2 | Dilma Rousseff | 21 de junho de 2005 | 30 de março de 2010 | |
3 | Erenice Guerra | 30 de março de 2010 | 16 de setembro de 2010 | |
4 | Carlos Eduardo Esteves Lima | 16 de setembro de 2010 | 31 de dezembro de 2010 | |
5 | Antonio Palocci | 1 de janeiro de 2011 | 7 de junho de 2011 | Dilma Rousseff |
6 | Gleisi Hoffmann | 8 de junho de 2011 | 3 de fevereiro de 2014 | |
7 | Aloizio Mercadante | 3 de fevereiro de 2014 | 1 de outubro de 2015 | |
8 | Jaques Wagner | 2 de outubro de 2015 | presente |
O desfile de casos
de polícia começou com José Dirceu, devolvido recentemente à cadeia por ter
reprisado no Petrolão o papelão desempenhado no Mensalão. O guerrilheiro de
festim repassou o gabinete à camarada de armas Dilma Rousseff, que hoje tenta
escapar do impeachment fantasiada de pingo de honestidade no oceano de
bandalheiras protagonizadas por delinquentes de estimação.
O que era péssimo
ficou ainda pior quando o neurônio solitário indicou Erenice Guerra para
substituí-la. Onde Dilma só enxergava a melhor amiga havia uma mãe de quadrilha
disfarçada de mãe de família. Impedida de manter Erenice no emprego, a
sucessora de Lula mostrou que não havia perigo de melhorar com a nomeação de
Antonio Palocci, estuprador de contas bancárias de caseiros e médico
especializado em operações ilegais.
Com o segundo
despejo de Palocci, chegou a vez de Gleisi Hoffmann, que entrou para mostrar
que Casa Civil não é bordel e saiu transformada em forte candidata a Musa do
Petrolão. A sexta escolha contemplou Aloizio Mercadante, general da tropa de
larápios que Lula chama carinhosamente de “aloprados”. A relação de
antecessores informa que Jaques Wagner mereceu tornar-se o sétimo companheiro a
chefiar a Casa Covil.
Ele é o homem certo numa sala cujo dono tem por missão fazer sempre a coisa errada.
fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/os-sete-inquilinos-da-casa-covil/
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