Lindo, mas qual é a mensagem?
Geralmente a propaganda marxista é produzida de forma sutil, mas não foi o caso aqui.
O
próprio diretor da cerimônia, o cineasta Fernando Meirelles foi claro:
“A cerimônia de hoje terá índios, empoderamento dos negros e das
mulheres, transgêneros e um alerta contra os riscos do uso de petróleo”.
E emendou: “Bolsanaro vai odiar a cerimônia. Trump também. Pelo menos nisso acertamos”.
Por trás de lindos efeitos visuais, coreografias e fogos há uma mensagem, ou uma série de mensagens. Nesse caso:
1-
Os índios são fundamentalmente bons e puros, foram massacrados por
brancos malvados. A tese do bom selvagem prevalece, mesmo que ela seja
absurda e não leva em conta o nível de violência e atraso que existe em
muitas dessas comunidades até hoje.
2-
Esses mesmos brancos malvados escravizaram os negros. Não foi
apresentada uma única crítica sobre a escravidão de negros por negros na
África e mesmo no Brasil, onde Zumbi era um dos grandes senhores de
escravos.
3-
Os negros carregam a alegria, a arte, a criatividade, enfim, a
capacidade da expressão e são até hoje explorados pelo sistema.
4- A pobreza é algo bom. A favelização da cidade e mesmo da cultura não deve ser combatida, deve ser festejada e incentivada.
5- A sociedade está dividida, e a paz só virá pela favelização do país.
6-
O maior problema do mundo é o aquecimento global. Temos que salvar o
planeta em primeiro lugar. O ser humano tem importância secundária.
Quem liberou os escravos? Isso não importa, responderá Meirelles.
Poderia
muito bem ser um programa do PT (comunismo gramsciano), ou do PCdoB
(comunismo stalinista) ou do PSOL (comunismo chavista), talvez da REDE
(comunismo verde), que tem entre seus quadros o próprio Fernando
Meirelles.
Por
que não foram apresentado outros aspectos da história e da cultura
brasileira? Por exemplo, os brancos que formam a maioria, 45,9% da
população, foram praticamente ocultados da festa, tirando a apresentação
da Gisele Bundchen, que reforçou a ideia do individualismo, já que ela
foi apresentada sozinha no grande palco.
Não
houve nenhuma menção sobre a Monarquia, que foi quem acabou com a
escravidão, sobre os valores cristãos que formam a base da nossa
sociedade, sobre a imigração de europeus que ajudaram a construir o
país. Nada sobre o maior fenômeno sociocultural da últimas décadas, que
foram os protestos de 2015 e 2016.
A favela e a mão esquerda cerrada, símbolo máximo do movimento comunista na história.
Para os
criadores da apresentação, tudo isso não existiu. O que o Brasil criou
de mais importante foi funk e sua representação legítima, resumida pelo
verso:
“Eu
só quero é ser feliz. Andar tranquilamente. Na favela onde eu nasci. É…
E poder me orgulhar. E ter a consciência que o pobre tem o seu lugar.”
Um país com esse lema tem alguma chance de dar certo?
Leandro Ruschel
Compulsive reader and amateur writer. Financial markets, politics, philosophy and business are my subjects.
fonte: https://medium.com/@leandroruschel/cerim%C3%B4nia-de-abertura-das-olimp%C3%ADadas-uma-aula-de-marxismo-cultural-1a2ca056066d#.xt2r5uihx
Nenhum comentário:
Postar um comentário