Lula e Vagner destacam eleições e plebiscito
da reforma política como prioridades para este ano
29/07/2014
“Somos os soldados vencedores das causas quase impossíveis”, diz ex- presidente
Escrito por: Isaías Dalle
“Somos os soldados vencedores das causas quase impossíveis”, disse Lula na noite de ontem,
durante o ato político de abertura oficial da 14a Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos (SP).
durante o ato político de abertura oficial da 14a Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos (SP).
O ex-presidente estava convocando os mais de 600 presentes a se empenhar em dois temas apontados por ele como prioridade para 2014. As eleições e o plebiscito popular pela reforma
política.
política.
“O que está em jogo nas próximas eleições é decidir se vamos subir mais um degrau ou descer
outros”, alertou. Ao lembrar da necessidade de os governantes estarem próximos ao povo, Lula desafiou: “Tem candidato que não nasceu pra isso, eles só governam para o andar de cima”.
outros”, alertou. Ao lembrar da necessidade de os governantes estarem próximos ao povo, Lula desafiou: “Tem candidato que não nasceu pra isso, eles só governam para o andar de cima”.
“Acredito que não há compromisso maior para nós, até o dia 5 de outubro, que as eleições”, disse.
Lula propôs à direção da CUT a realização de plenárias sindicais em todos os estados do Brasil,
para que ele possa participar.
Lula propôs à direção da CUT a realização de plenárias sindicais em todos os estados do Brasil,
para que ele possa participar.
Lula disse também que o debate em torno das eleições tem de ser feito de cabeça erguida. “Vamos lembrar do que nós éramos e o que a gente se tornou”. O ex-presidente abordou o tema da
corrupção. “Quero tocar nesse assunto porque sei que alguns ficam constrangidos. Nós vamos enfrentar esse tema, sem medo. Estamos preparando material para fazer esse debate”. Segundo
ele, a principal diferença, neste quesito, entre governos anteriores é a disposição de combater desvios. “Nós tiramos o tapete da sala. Antes se jogava tudo para baixo desse tapete, agora não”.
corrupção. “Quero tocar nesse assunto porque sei que alguns ficam constrangidos. Nós vamos enfrentar esse tema, sem medo. Estamos preparando material para fazer esse debate”. Segundo
ele, a principal diferença, neste quesito, entre governos anteriores é a disposição de combater desvios. “Nós tiramos o tapete da sala. Antes se jogava tudo para baixo desse tapete, agora não”.
Ao falar da campanha do plebiscito Lula lembrou que será uma oportunidade para atualizar a
agenda política brasileira. “Imaginem quantos não sabem, não conhecem essa luta de vocês.
Temos que mostrar a história, especialmente aos jovens. Não foi fácil fazer uma coisa plural como a CUT, onde a porta sempre esteve aberta. Mas se não tivéssemos feito, não estaríamos aqui,
na central mais importante da América Latina e quem sabe, do mundo”, disse Lula.
agenda política brasileira. “Imaginem quantos não sabem, não conhecem essa luta de vocês.
Temos que mostrar a história, especialmente aos jovens. Não foi fácil fazer uma coisa plural como a CUT, onde a porta sempre esteve aberta. Mas se não tivéssemos feito, não estaríamos aqui,
na central mais importante da América Latina e quem sabe, do mundo”, disse Lula.
Vagner Freitas, presidente da CUT, falou antes de Lula. Foi mais incisivo que o ex-presidente
da República ao falar de eleições. Lembrou que melhora ou mesmo a implantação recente de
políticas públicas nasceu da experiência e da formulação de propostas da CUT e dos movimentos sociais. Citou como exemplo a política de valorização do salário mínimo, “a maior conquista
do governo Lula, construída junto com o movimento sindical, por intermédio de mobilização,
de marchas a Brasília. Pois há economistas ligados a certos candidatos que dizem que o
salário mínimo está alto demais, que isso atrapalha o País”, disse.
da República ao falar de eleições. Lembrou que melhora ou mesmo a implantação recente de
políticas públicas nasceu da experiência e da formulação de propostas da CUT e dos movimentos sociais. Citou como exemplo a política de valorização do salário mínimo, “a maior conquista
do governo Lula, construída junto com o movimento sindical, por intermédio de mobilização,
de marchas a Brasília. Pois há economistas ligados a certos candidatos que dizem que o
salário mínimo está alto demais, que isso atrapalha o País”, disse.
E alertou: “Precisamos ficar alertas. Não podemos permitir retrocessos nessas eleições”.
“Aqui neste plenário estão aqueles que podem continuar mudando o Brasil”, completou.
“Aqui neste plenário estão aqueles que podem continuar mudando o Brasil”, completou.
Vagner destacou a necessidade de todos os sindicatos, dirigentes e militantes contribuírem
para a divulgação do plebiscito popular pela reforma política e ajudarem na coleta de votos
durante a Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. “O conjunto do Congresso não representa
o povo. Parte importante dos deputados e senadores está hegemonizada pelo poder econômico
. Se isso não mudar, vamos continuar sempre tendo de correr até Brasília para brigar com eles e impedir que eles aprovem medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”,
disse, citando o projeto que libera as terceirizações como exemplo.
para a divulgação do plebiscito popular pela reforma política e ajudarem na coleta de votos
durante a Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. “O conjunto do Congresso não representa
o povo. Parte importante dos deputados e senadores está hegemonizada pelo poder econômico
. Se isso não mudar, vamos continuar sempre tendo de correr até Brasília para brigar com eles e impedir que eles aprovem medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”,
disse, citando o projeto que libera as terceirizações como exemplo.
O prefeito de Guarulhos e ex-dirigente da CUT, Sebastião Almeida, afirmou que o ano de 2014
é “mais um momento histórico” para o Brasil e que “é impossível pensar e entender esse
País sem contar a história da CUT”. A 14a Plenária está sendo realizada no Centro
Municipal Educação Adamastor, centro de Guarulhos.
é “mais um momento histórico” para o Brasil e que “é impossível pensar e entender esse
País sem contar a história da CUT”. A 14a Plenária está sendo realizada no Centro
Municipal Educação Adamastor, centro de Guarulhos.
Também ex-dirigente da CUT e hoje assessor especial da Secretaria Geral da Presidência
da República, José Lopez Feijóo afirmou que a filosofia dos três últimos governos é o diálogo,
a negociação e a participação social. “E há aqueles que se opõe abertamente à participação
popular. Mas são sempre os mesmos. Porém, aqui neste espaço estão aqueles que sabem da importância dessa conquista”, afirmou, em referência a decreto que cria o Sistema Nacional de Participação Social.
da República, José Lopez Feijóo afirmou que a filosofia dos três últimos governos é o diálogo,
a negociação e a participação social. “E há aqueles que se opõe abertamente à participação
popular. Mas são sempre os mesmos. Porém, aqui neste espaço estão aqueles que sabem da importância dessa conquista”, afirmou, em referência a decreto que cria o Sistema Nacional de Participação Social.
Vitor Baez, da CSA, destacou a inserção brasileira na agenda internacional e tratou o País
como “gigante diplomático”. João Felício, recém-eleito presidente da CSI, fez um apelo em
defesa do povo palestino. “Provavelmente o povo que mais tem sofrido perseguição política,
agressões e preconceito. A CUT, que nasceu e vive das lutas populares, está sempre ao
lado daqueles que combatem as tiranias”.
como “gigante diplomático”. João Felício, recém-eleito presidente da CSI, fez um apelo em
defesa do povo palestino. “Provavelmente o povo que mais tem sofrido perseguição política,
agressões e preconceito. A CUT, que nasceu e vive das lutas populares, está sempre ao
lado daqueles que combatem as tiranias”.
Vice-presidente da CUT, Carmen Foro comemorou a participação das mulheres nessa 14a
Plenária, em que são 43% da delegação. “Estamos nos aproximando da paridade”, comentou.
Plenária, em que são 43% da delegação. “Estamos nos aproximando da paridade”, comentou.
Sérgio Nobre, secretário –geral, destacou o papel dos trabalhadores e trabalhadoras da
CUT na organização da Plenária. “É um grupo porreta, de qualidade”, disse.
CUT na organização da Plenária. “É um grupo porreta, de qualidade”, disse.
Do outro lado, um vilão não foi esquecido. O banco Santander, que recentemente distribuiu
mensagem alertando para riscos na economia brasileira e interferiu de maneira intrusa
no processo eleitoral. “Se é ruim pro Santander, é bom para o Brasil”, afirmou Vagner Freitas
. Para Lula, quem redigiu aquela mensagem “não entende p.... nenhuma de Brasil”.
mensagem alertando para riscos na economia brasileira e interferiu de maneira intrusa
no processo eleitoral. “Se é ruim pro Santander, é bom para o Brasil”, afirmou Vagner Freitas
. Para Lula, quem redigiu aquela mensagem “não entende p.... nenhuma de Brasil”.
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