O PSDB, principal partido da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), está muito mais governista na reta final desta legislatura do que no início. Na média dos últimos quatro meses, os deputados tucanos votaram em concordância com a orientação do governo federal na Câmara em 52% das votações – uma taxa 3 vezes maior que em fevereiro de 2011, quando o índice era de apenas 17%.
Os dados que mostram a variação do comportamento dos partidos ao longo do mandato de Dilma estão em uma nova ferramenta lançada hoje no Basômetro – projeto do Estadão Dados que permite visualizar qual é o comportamento dos deputados e senadores nas votações nominais do Congresso em relação às orientações do governo. Para acessar a nova visualização interativa, basta clicar na aba “Histórico” na página principal do Basômetro e selecionar os partidos desejados para ver sua trajetória de governismo nos últimos quatro anos.
A tela abaixo é um exemplo de gráfico exibido pela nova interface. A linha branca mostra a média do governismo de todos os partidos da Câmara, enquanto as coloridas representam os partidos. Quanto mais governista for uma sigla, mais vermelha é sua linha. A curva indica a variação da média móvel da taxa de governismo nos quatro meses anteriores ao indicado.
A imagem mostra o comportamento de alguns dos principais partidos de situação e oposição de 2011 para cá. É possível ver que, assim como o PSDB e outros partidos de oposição aumentaram seu governismo ao longo do mandato de Dilma, vários partidos da coalizão governista caminharam em sentido oposto. A maior queda foi do PSB, que começou a legislatura como uma das principais legendas de apoio da presidente no Congresso mas que saiu do governo para lançar Eduardo Campos (PSB) como concorrente ao Planalto. A sigla passou de 99% de governismo em fevereiro de 2011 para 56% em julho de 2014, taxa similar a PSDB e DEM.
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