Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT)(Valter Campanato/Agência Brasil/VEJA)
Pedido
coloca ministro da Justiça, já em processo de fritura no partido, em nova
saia-justa: ele teme ser acusado de agir sob pressão do PT
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), orientou
seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de
informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal
(PF). Segundo disseram fontes do governo mineiro ao jornal O Estado de S. Paulo, o
pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro
responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.
O pedido coloca numa
saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é
subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para
o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava
Jato. Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a
investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser
acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.
Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a
investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em
relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no
metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.
Agora, o ministro, que
já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, por 'não controlar as investigações da Polícia Federal contra o
partido', deve entrar também na linha de tiro da oposição - que poderá acusá-lo
de pressionar a PF.
A Operação Acrônimo
investiga indícios de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano
passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas.
(Com Estadão Conteúdo)
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/na-mira-da-pf-pimentel-apura-vazamentos-e-constrange-cardozo
Nenhum comentário:
Postar um comentário