quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ditador venezuelano anuncia apoio integral de Lula, que aproveitou para atacar os EUA. Há 49 anos, o “Porco Fedorento” proclamava na ONU: “Fuzilamos, estamos fuzilando e fuzilaremos”. É o herói dos nossos progressistas, inclusive do Supercoxinha!


















Nojo!
O, atenção para o nome do órgão, Ministério do Poder Popular para a Informação e a Comunicação emitiu um comunicado, em nome do “Governo Bolivariano da Venezuela”, anunciando o apoio integral de Luiz Inácio Apedeuta da Silva ao assassino Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, que assumiu o poder em razão de um golpe de estado e nele vai se manter em razão de eleições fraudadas.
Segundo a ditadura, Lula afirmou o seguinte:
“Quando a gente está no cargo de presidente, há coisas que não se podem dizer, por diplomacia, mas, agora, eu posso dizer: de vez em quando, os americanos se dedicam a pôr em dúvida a eleição alheia. Deveriam se preocupar consigo mesmos e deixar que nós elejamos o nosso destino”.
Eis aí. Lula fez essa afirmação no evento de ontem em Belo Horizonte, mais um que comemora os 10 anos do PT no poder. Estava ao lado da presidente Dilma Rousseff, que já havia dado os parabéns ao assassino.
O Apedeuta, como se nota, faz uma alusão às críticas feitas pelos EUA, que pedem a recontagem dos votos, já que há milhares de acusações de fraude, numa eleição já disputada em condições absolutamente desiguais.
Um vídeoEm dezembro de 1964, Che Guevara, o Porco Fedorento, discursou na ONU em nome do governo cubano. Os mais antigos, como eu, já leram o discurso. Os jovens talvez o ignorem. Ouçam. Volto em seguida.

ExplicoEm 1964, a Venezuela era uma democracia, governada por Raúl Leoni, que havia sido eleito em 1963. Sucedia outro governo igualmente sufragado pelo povo, em 1958. Até esse ano, o país havia conhecido apenas nove meses de um governo saído das urnas, entre fevereiro e novembro de 1948.
Muito bem! O governo democrático da Venezuela enfrentava a luta armada de vários grupos terroristas, que se inspiravam em Cuba. E o que fez a ditadura cubana? Acusou, ora vejam!, o governo venezuelano de praticar genocídio… Houve excessos das forças de segurança, admitidos pelo próprio governo, que os condenou. Mas, obviamente, não havia morticínio em massa. Tratava-se apenas de uma das muitas fraudes históricas perpetradas pelas esquerdas.
Pois bem: o governo democrático da Venezuela reagiu à acusação, lembrando que o governo cubano era notório, ele sim, por fuzilar seus adversários. E é então que o Porco Fedorento, o “Chancho”,  o poeta do homicídio, aquele que descreveu com incrível prazer o movimento de uma bala que penetra de um lado do crânio e sai do outro (e ele era médico); aquele que confessou ter roubado um relógio de um homem que acabara de matar; aquele que acreditava que o homem deveria se transformar “numa fria e implacável máquina de matar”, motivado pelo ódio, eis que um vagabundo desse naipe afirma o seguinte na ONU (a partir do 36º segundo):
“Nós temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida, que temos expressando sempre diante do mundo: fuzilamentos, sim! Fuzilamos, estamos fuzilando e seguiremos fuzilando até que seja necessário. Nossa luta é uma luta até a morte. Nós sabemos qual seria o resultado de uma batalha perdida e os vermes também têm de saber qual é o resultado da batalha perdida hoje em Cuba. E vivemos nessas condições por imposição do imperialismo norte-americano. Isso, sim, mas assassinatos não cometemos, como comete neste momento a policia política venezuelana que, creio, recebe o nome de Digepol se não estou mal informado. Essa polícia cometeu uma série de atos de barbárie, de fuzilamentos, ou melhor, de assassinatos, e depois atirou os cadáveres em alguns lugares (…)”
A íntegra do discurso do vagabundo, em espanhol, está aqui. Na sequência, acreditem, ele critica o governo da Venezuela por aquilo que chama censura à imprensa. Em 1964, como ele mesmo confessa, não só não havia imprensa livre em Cuba como os adversários do regime eram fuzilados.
Poucas falas retratam com tanta precisão o horror moral da esquerda armada, e de seus herdeiros intelectuais, como essa. Notem que Che Guevara não acredita na existência de adversários, mas de “vermes”. Ora, se vermes são, então podem e devem ser eliminados. Seus fuzilamentos são parte da luta; os dos outros, crimes. Mais: ele diz que mata porque venceu e proclama que o outro lado faria a mesma coisa se tivesse vencido; logo, sua fala legitima tanto a própria brutalidade como a alheia. E pensar que os partidários desses pulhas ficam hoje, por aí,  a arrotar a sua moral vitimista, cobrando reparações. Tivessem ganhado aqui a batalha, Che Guevara informa o que teriam feito com os adversários — e não haveria, por certo, “Comissão da Verdade”. Antes que algum cretino se assanhe a dizer que estou defendendo tortura, digo: “Uma ova!”. Defendem a tortura, o assassinato e o fuzilamento os que perfilam com Che Guevara, não eu. Só estou evidenciando o que queriam aqueles anjos da morte.
Cinquenta anos depois, Nicolás Maduro, em nome de ideais derivados aquele Porco Fedorento, continua a fuzilar pessoas nas ruas. E, herança do mesmo chiqueiro moral, diz que o faz em nome da “revolução bolivariana”, que ele ameaça radicalizar.
Luiz Inácio Apedeuta da Silva lhe dá integral apoio. Dilma também. Vale dizer: ambos legitimam a morte de pessoas que só estavam protestando contra uma fraude eleitoral escancarada.
Assim, quando vejo as Dilmas, os Lulas e alguns fantasmas morais do passado a se levantar e a pedir justiça e reparação, indago: em nome de quais valores? “Ah, mas e o deputado Rubens Paiva?” O que tem ele? Foi vítima da brutalidade do regime, tem de ter a sua história contada, e o Estado tem de assumir a sua culpa, como, aliás, aconteceu. Mas nem ele nem ninguém mudam a história de um tempo, mudam os valores que estavam em conflito. E que, atenção!, ainda estão!
Cadê os nossos cultores da verdade, os nossos heróis da reparação, para enviar uma mensagem de solidariedade ao povo venezuelano e seus mortos? Estão calados em seu túmulo moral. Sabem por quê? Porque boa parte dessa gente acha que Maduro tem mais é de fuzilar mesmo. Porque boa parte dessa gente acha que Che Guevara estava certo. Porque boa parte dessa gente acha que humanos são os seus companheiros. Os adversários são apenas “vermes” que merecem morrer.
É isso aí. Fernando Haddad, o Supercoxinha, diz que sou uma “caricatura de jornalista” porque escrevo textos como este. É um elogio quando vem da boca de um Zé Ruela subacadêmico que escreveu, em 2004, um livro em defesa do socialismo e que, ora vejam!, se diz socialista até hoje. Nunca foi preciso, claro!, que arriscasse, como arrisquei, um fio de cabelo em defesa da sua “luta”. É o socialista que não suja o shortinho. Outros já haviam construído a democracia para ele. Conforta-se em defender um regime assassino lá do seu gabinete, protegido das chuvas e trovoadas.
Che Guevara o representa.


Por Reinaldo Azevedo

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ditador-venezuelano-anuncia-apoio-integral-de-lula-que-aproveitou-para-atacar-os-eua-ha-49-anos-o-porco-fedorento-proclamava-na-onu-fuzilamos-estamos-fuzilando-e-fuzila/


Mas não representa os Brasileiros!!!

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