Enfrentando grande frustração com a arrecadação, o governo de Dilma Rousseff mudará a meta de superávit primário deste ano para reconhecer um déficit que pode chegar a R$ 50 bilhões. O governo também avalia incluir a possibilidade de elevar montante caso haja novas frustrações de receitas, o que tem grande possibilidade de acontecer já que o País encontra-se em recessão.
Conforme uma das três fontes integrantes do governo e com conhecimento sobre o assunto, a equipe econômica está fazendo diversos cálculos sobre o resultado primário de 2015, que indicam um rombo que pode variar de R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões. Porém, ao final, deve prevalecer o valor maior, para desespero dos brasileiros de bem, que terão de arcar com a conta de uma crise que só cresce, enquanto Dilma insiste em “esconder o sol com a peneira”.
Além de reconhecer novo déficit primário neste ano, o governo também deve colocar mais um mecanismo que permitiria elevar esse teto, já que novas frustrações de receitas podem ocorrer. “O número (do déficit primário deste ano) tem mudado muito por isso”, destacou outra fonte.
Em julho, o Executivo federal reduziu a meta de superávit primário do setor público consolidado para 2015 a R$ 8,7 bilhões, ou o equivalente a 0,15% do PIB, mas incluiu a possibilidade de abatimento de até R$ 26,4 bilhões no caso de frustrações de receitas, já abrindo caminho para um déficit de até R$ 17,7 bilhões, entretanto, ainda não recebeu o aval do Congresso Nacional.
O governo conta também com algumas receitas extraordinárias neste ano, como as concessões de hidrelétricas marcadas para o próximo dia 6 de novembro, que poderiam gerar receitas de R$ 11 bilhões ainda em 2015.
No início de outubro, o governo viu frustradas suas expectativas de arrecadar até R$ 1 bilhão com a venda de blocos exploratórios de petróleo, diante do momento de crise na Petrobras e de queda nos preços globais do petróleo.
Vale ressaltar que a equipe econômica está esperando a presidente Dilma Rousseff voltar de sua viagem ao exterior, nesta madrugada, para bater o martelo. O número final precisa ser enviado à Comissão Mista do Orçamento ainda esta semana.
O governo ainda pretende pagar as chamadas “pedaladas fiscais”, detectadas neste ano pelo Tribunal de Contas da União (TCU), através de parcelamentos.
FONTE: http://ucho.info/governo-deve-mudar-a-meta-de-superavit-primario-de-2015-e-se-prepara-para-deficit-de-r-50-bi
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