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Agora Dilma Rousseff tem certeza absoluta que seu maior e mais perigoso opositor se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto se borra de medo de sofrer impeachment - que tachou de "golpismo escancarado", a Presidente Dilma Rousseff sofreu ontem um duro golpe, pelas costas, praticado pelo seu "Presidentro". Além de morder e assoprar contra Dilma, Lula também detonou Joaquim Levy - elegendo o ministro da Fazenda como "bode expiatório".
$talinácio baixou na abertura do 12º Congresso da Central Única (CUT). Na fala logo depois que Dilma já havia deixado o evento, de forma covarde e cinicamente pragmática, digna do eterno sindicalista de resultados, Lula reclamou: "Ganhamos as eleições com um discurso e os nossos adversários perderam as eleições com um discurso. Mas a impressão que passamos para a sociedade é que adotamos o discurso de quem perdeu. É o que está na cabeça do povo".
A picaretagem de Lula foi tanta que ainda fingiu um elogio ao discurso feito por Dilma cerca de uma hora antes. Depois de classificar o argumento da Presidenta como "histórico" e compatível com o adotado por ela na disputa eleitoral do ano passado, Lula dissimulou um carinho com ela: "A Dilminha veio para cá outra Dilma. Essa é a Dilminha que elegemos. Não é aquele discurso que dá a impressão que é o Aécio que está falando, que dá impressão que é Serra. A Dilma não ganhou eleição para ficar batendo boca com perdedores. Se eles quiserem chorar, que comprem cebola para descascar".
Sem cebola, Lula descascou Joaquim Levy - ministro da Fazenda que já caiu e finge que não sabe. Depois de ouvir os sindicalistas amestrados gritarem "fora, Levy", Lula se empolgou e, como de costume, vociferou uma de suas metáforas futebolísticas: "Nunca gostei de jogar a culpa em cima de uma pessoa. No futebol, 11 perdem e, às vezes, a gente culpa só quem perdeu o pênalti".
A nova bola fora de Lula aconteceu justamente no dia em que o Brasil assistiu a mais um dantesco espetáculo de anti-democracia entre os três poderes. A judicialização da politicagem, uma realidade concreta em Bruzundanga, ficou mais que evidente ontem, na polêmica sobre o trâmite do (inútil) impeachment de Dilma. O fenômeno é bem fruto de nosso bacharelismo combinado com o patrimonialismo e a completa insegurança do Direito em um País sem democracia. Sofremos com a inocente suposição de que tudo se revolve socialmente editando inúmeras leis, para os "causídicos" fazerem a festa e ganharem muito dinheiro com a ajuda de um sistema judiciário caro, ineficiente e "burrocrático" - efetivo promotor das grandes injustiças.
Ontem, tivemos mais uma prova de que estamos em um processo aberto de ruptura institucional, no qual um poder, abusivamente, interfere no outro. O artigo 2o da Constituição, que fala da harmonia entre os poderes, virou letra assassinada. O Supremo Tribunal Federal promoveu uma intervenção direta no funcionamento do Legislativo, a pedido de um deputado petista. Tecnicamente falando, assistimos "contragolpe no (inútil) impeachment". Se a manobra vai dar certo ou não, vai depender da malandragem do Eduardo Cunha.
O presidente da Câmara, na corda bamba por suspeitas de envolvimento em corrupção, ainda garante que tem muita bala na agulha para brigar contra os inimigos no desgoverno. Neste clima de completa desmoralização política, o Brasil vai afundando na maior crise econômica de todos os tempos. Tudo fruto de um modelo capimunista agravado pela gestão criminosa dos governos da esclerosada Nova República - que precisa ser sepultada em uma intervenção institucional.
Não dá mais para perder tempo com as fofoquinhas da politicagem. O Brasil tem de mudar. Do contrário, se consolidará como uma Nação da Mediocridade, condenada ao permanente subdesenvolvimento.
Só nós dois é que sabemos...
Artistas portugueses ilustram a triangulação - LULA, DILMA e CUNHA na CORDABAMBA, cantando “SÓ NÓS DOIS É QUE SABEMOS”...
Bicicletagem
Do Economista Adriano Benayon, um dado assustador sobre o destino econômico do Brasil:
"Desde a Constituição de 1988, os gastos com a dívida pública, atualizados monetariamente, superam em muito R$ 20 trilhões. Se os gastos com a dívida interna, cujo montante passa de R$ 3,8 trilhões, continuarem crescendo com a taxa efetiva anual presente — aí nos 18% aa. – essa dívida subirá, em 30 anos, para 1/2 quatrilhão de reais. Um quatrilhão são mil trilhões: 1.000.000.000.000 x 1.000".
Benayon ressalta que criaram um círculo vicioso: "A dívida pública cresce devido a despesas financeiras, priorizadas pela LRF. A perspectiva de déficits orçamentários serve de desculpa para elevarem mais os juros. Daí minguam os investimentos produtivos e sociais da União e dos entes federativos".
Culpa do BC do B
Adriano Benayon indica quem é o coordenador oficial da grande tramoia com os juros, beneficiando o sistema financeiro:
"No Brasil, esse sistema é criminosamente privilegiado pela fraude no artigo 166, § 3º, II, b), e pela sacralização suicida dos gastos com juros injustificados, assegurada pelo art. 164. Esse confere exclusividade ao Banco Central (BACEN), para emitir moeda – somente para servir os bancos – colocando o Tesouro Nacional à mercê destes".
"Por lei, o BACEN está subordinado ao governo federal. Portanto, os governantes que se têm sucedido, deveriam explicar por que o BACEN age em favor da finança dos concentradores privados estrangeiros e locais e, em detrimento da economia e da sociedade".
Resumindo a parada errada: "Os recursos que o Estado Brasileiro emprestou de 1995 para cá, de investidores e banqueiros, nacionais e internacionais, foi "roubado", "desviado" ou "mal aplicado" em "projetos" sem retorno, pela sociedade brasileira, com a concordância e o conhecimento da classe política e dos empresários que operaram esse "carry trade" (pegar dinheiro no exterior a taxa de juros de 1% a.a. e emprestar para o Governo Brasileiro, via dívida pública federal, a taxas Selic que já atingiram patamares de mais de 40% a.a, para o povo pagar a conta, via carga tributária), que arruinou as finanças públicas federais e quebrou o país" (comentário de Rogerounielo França, via internet).
Cabra marcada para se ferrar
O juiz Jed Rakoff, da Corte de Nova York, anuncia até sexta-feira (16) quais serão os rumos de processos abertos na Justiça dos Estados Unidos por investidores individuais contra a Petrobras.
Advogados da Petrobras insistiram ontem que a ação judicial seja recusada, enquanto os 11 fundos querem que o juiz prossiga com o litígio.
Os processos individuais correm em paralelo a uma ação coletiva aberta na Corte em dezembro do ano passado.
Violência institucional
Sai do muro...
Suprema armação
Quem dá o golpe?
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