Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
A Revolução Brasileira em andamento oferece chances concretas de o Brasil mudar. Isto pode ser bom ou ruim. A mudança também pode ocorrer para pior - não para melhor. A estrutura brasileira sempre foi camaleônica. Adora uma "reforma" para ficar do mesmo jeito de sempre. A inconsistência política e a falta de um projeto concreto de Nação nos tornam reféns dos oportunistas - que agem de maneira ideologicamente extremista ou pragmaticamente cínica, dependendo da situação. O negócio é ocupar e se eternizar no poder - principalmente da forma mais fácil, que é se associando à governança do crime organizado (politicamente, inclusive).
A coisa é grave e estranha. O Brasil não corre risco de se transformar em um País comunista no sentido clássico. Além de não ter vocação para isso, não precisa se comunizar, pois já mistura o pior do capitalismo com o mais idiota do comunismo. Nosso Capimunismo em vigor parece um convento gerido por prostitutas (ou seria um prostíbulo administrado por freiras falsificadas?). Nosso sistema se finge "democrático" no formato legal. Mas, na prática, tende ao abuso contra o cidadão-eleitor-contribuinte. No fundo, somos um fascismo envergonhado.
As classe média faz pressão. Insatisfeitos protestam por todos os lados - nas ruas e na internet. O perigo é o extremismo radicalóide nas manifestações. A intolerância parece a marca da maioria. Os debates tendem a agressões. As pregações terminam, geralmente, em assustadoras facistadas. Tantos as que se proclamam "de esquerda" e as que se pregam "conservadoras" (porque se rotular "de direita" nunca está na moda, porque o discurso midiático garante a hegemonia do esquerdismo). Assim, nos bate-bocas, chega-se a nenhuma conclusão aproveitável.
A Nova República de 1985 esgotou-se. Peemedebostas, tucanalhas e petralhas deram contribuições para o caos. A classe política, em maioria esmagadora, fez o jogo da sacanagem. Os mais ideológicos fizeram ares de envergonhados e partiram para oposição. A petelândia, mais ousada e liderada pelo grupo do sindicalista de resultados Lula da Silva, dominou o espaço que outros não se habilitaram a ocupar. Agora que a desmoralização os contaminou completamente, só resta apelar para a ignorância de um modelito bolivariano, concebido pelo Foro de São Paulo (a união dos idiotas e ladrões de canhota).
Novamente, o estranho Brasil Capimunista tende a ser governado por quem manipule o velho e manjado discurso socialista fabiano - que combina o "tudo pelo social" com promessas de progresso com verniz de esquerda light. A Rede da Marina Silva é a favorita para crescer no atual meio ambiente de esgotamento da politicagem. O grupo dela tem o apoio dos grupos hegemônicos na mídia e no rentismo financeiro. Permanecendo o modelo em vigor, Marina desponta como favorita para ocupar o lugar de Dilma Rousseff, se ela aguentar até 2018 - o que é perfeitamente possível no Brasil da impunidade. Marina, com DNA petista, seria o mais do mesmo para o País. Não vai mudar o modelo. Irá apenas reformá-lo, com ares socialistas fabianos...
O PT vai partir para o pau se for tirado do poder abruptamente? Esta é a grande dúvida. Seus segmentos radicalóides juram que sim. No entanto, na prática, não têm a força militar e militante que apregoam aos quatro ventos. Embora sejam claramente associados a facções criminosas, para tocar a sonhada "revolução na base da porrada", não suportam um confronto aberto com as Forças Armadas do Brasil. Os tais "exércitos do Stédile", apesar da capacidade bélica que alguns apregoam, não têm preparo para uma guerra aberta. Se a crise chegar a tal nível de violência, tudo pode acontecer no Brasil...
As dúvidas persistem no grande impasse tupiniquim: Quem se habilita como liderança para tocar a mudança? Aliás, será que realmente a solução virá de uma liderança carismática, como as tradicionais populistas que temos por aqui, disposta a fazer o serviço correto? O Brasil poderá ser salvo pelo iluminismo de classe média - o mesmo que sempre moveu os movimentos tenentistas? Teremos um redesenho da chamada "ética protestante" (em sentido amplo do termo, muito além da formulada originalmente pelo sociólogo Max Weber), que vai viabilizar o trabalho de mudança? Ou vamos recair em mais uma onda autoritária tocada por extremistas ideológicos?
Só os idiotas da subjetividade política insistem em ignorar que a crise brasileira é estrutural - e não conjuntural. A pressão dos segmentos esclarecidos da sociedade - numa espécie de Iluminismo de Classe Média - pode criar condições para que algo mude efetivamente. O perigo é que não existe um projeto claro, socialmente debatido, de Brasil. Cada extremo tem sua visão e a prega de forma radical no mundo virtual ou na realidade das ruas e desgovernanças...
Enquanto isso, continuamos sob regime do Capimunismo (centralizador, clientelista, cartelizado, cooptador, corrupto e canalha). A máquina estatal perdulária continua cobrando seus 92 impostos, taxas, contribuições, junto com infindáveis instruções normativas e extorsivas multas para roubar recursos do cidadão-eleitor-contribuinte que efetivamente tenta produzir. Esta estrutura leviana não deseja mudanças. No máximo, aceita algumas reformas. Por isso, o espaço político fica mais aberto para oportunistas que para quem deseja mudança real.
O jogo é bruto. As regras são inseguras. Os ladrões estão no comando. Os ideólogos são aliados deles, e vice-versa. Os resultados tendem a ser escatológicos... A reação à governança do crime organizado ainda é lenta demais e enxugadora de gelo... Os bandidos estão com muita grana e, ainda, a hegemonia do processo político, para fazer o que desejam... Eles apostam na "Vitória na Guerra"...
Por tudo isso, revolução brasileira em andamento tem ares enigmáticos e perigosos que podem descambar para violência e autoritarismo (mais explícito que o em vigor)...
Zona Total Capimunista
O Brasil Capimunista, uma União Soviética envergonhada, já tem 143 estatais, e o Ministério da Fazenda ainda quer criar mais uma para cuidar dos negócios que estão armando em infraestrutura?
O rombo nas contas públicas já chega a R$ 70 bilhões, e a nossa dívida interna transborda nos trilhões, enquanto o desgoverno faz o discursinho cínico de um ajuste fiscal que só vai cobrar mais impostos além dos 92, inclusive com a pretendida recriação da CPMF?
O Brasil, que tem condições de ser potência, continua refém do modelo falido que só nos mantém no subdesenvolvimento induzido, para melhor exploração da colônia de sempre...
Aviso aos navegantes
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Ele voltou
Imperdoáveis
Boa desculpa
Pedaladas combinadas
Empurrando pra frente...
fonte: http://www.alertatotal.net/2015/10/os-riscos-de-mais-autoritarismo-no.html
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