segunda-feira, 7 de março de 2016

Xeque-Mate! - Garry Kasparov contra os socialistas apoiadores de Bernie Sanders por Equipe IMB

A lenda viva do xadrez, Garry Kasparov — nascido no Azerbaijão, criado na Rússia comunista e hoje vivendo na Croácia —, irritou toda a esquerda-chique americana ao postar, em sua página no Facebook, um desenho fazendo troça do pré-candidato democrata (e assumidamente socialista) à presidência dos EUA, Bernie Sanders. 
Na caricatura postada por Kasparov, Sanders utiliza um boné com a frase "Make America Greece Again".
Essa frase é, ao mesmo tempo, uma paródia do slogan de Donald Trump ("Make America Great Again" — Façamos a América Grande Novamente) e uma síntese do que aconteceria caso Sanders ganhasse a eleição ("Make America Greece Again" pode ser traduzido como "Façamos a América a Grécia Novamente").

Na legenda da caricatura de Sanders, Kasparov escreveu:
Um boné de Bernie Sanders para concorrer com Trump!  Obrigatório para nos prepararmos para mais outro grande triunfo do socialismo, depois de Grécia e Venezuela.
Desnecessário dizer que toda a intelligentsia e todo o beautiful people ficaram de-sa-pon-ta-dís-si-mos com Kasparov, e invadiram seu perfil para lhe repreender e dar sermões grandiosos e eloquentes sobre quão realmente belas e humanas são as propostas socialistas de Sanders.
Kasparov, no entanto, não se fez de rogado.  E escreveu:
Estou adorando a ironia de ver os americanos que apóiam Sanders explicando pomposamente para mim, um ex-cidadão soviético, todas as glórias do socialismo e o que ele realmente significa!
O socialismo soa bonito em frases curtas e slogans postados no Facebook, mas, por favor, mantenham-no confinado aí.  Na prática, o socialismo corrói não apenas a economia, mas também o próprio espírito humano, acabando com a ambição e as conquistas que possibilitaram ao capitalismo moderno retirar milhões de pessoas da pobreza.
Falar sobre as belezas do socialismo é um enorme luxo; um luxo ao qual só é possível nos darmos graças aos êxitos do capitalismo.  A desigualdade de renda é, sim, um grande problema; mas a ideia de que a solução é ter mais governo, mais regulamentações, mais endividamento e menos arrojo empreendedorial é perigosamente absurda.
Acuados, os defensores de Sanders tentaram contra-argumentar dizendo que o senador de Vermont não defende exatamente o socialismo, mas sim uma versão das social-democracias escandinavas.
Ao que Kasparov respondeu, em uma surpreendente demonstração de conhecimento econômico e, acima de tudo, histórico:
Sim, por favor, tomem a Escandinávia como exemplo!  Implantar alguns elementos socialistas APÓS já ter se tornado uma economia capitalista rica é uma medida que irá funcionar somente se você não estrangular exatamente aquilo que lhe tornou rico em primeiro lugar.
De novo, o socialismo é um item de luxo que não deve ser confundido com aquele item que realmente está fazendo o sistema funcionar [o capitalismo].  Muitos fazem essa confusão.
E não se esqueçam de que praticamente todas as incontáveis invenções, inovações e criações industriais do século XX, as quais tornaram o resto do mundo desenvolvido tão eficiente e confortável, vieram dos EUA.  E isso não foi uma simples coincidência. 
Enquanto a Europa podia contar com os [empreendedors dos] EUA incorrendo em riscos e investindo ambiciosamente — e, sim, gerando "desigualdade" —, ela pôde se dar ao luxo de apenas se beneficiar desses resultados sem ter de fazer os mesmos sacrifícios.
Quem será a América da América?
Os oponentes, então, simplesmente deitaram o rei no tabuleiro e se retiraram da mesa.

por 

fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2334

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