Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Vinhosa
O presente texto tem dois objetivos. O primeiro objetivo é retificar um termo (“Conselho Diretor da Petrobras”) indevidamente utilizado no artigo “A oposição que Dilma pediu a Deus”, publicado no Alerta Total de 28 de julho de 2014. Tal termo foi utilizado na pergunta que sugeri ser feita ao professor Ildo Sauer, a saber: “Ao aprovar, em outubro de 2004, a participação da Petrobras na Gemini, o Conselho Diretor da Petrobras, do qual o Senhor era integrante, tinha conhecimento do fraudulento Acordo de Quotista firmado em 29 de janeiro de 2004, nove meses antes da aprovação do Conselho?”
Na realidade, a troca do nome do órgão colegiado que aprovou a participação da Petrobras na Gemini em nada diminui o mérito da questão. Até mesmo porque, em entrevista recente, o próprio professor Sauer chegou a afirmar que era “membro do conselho da Diretoria Executiva”. E, segundo informações obtidas junto à Petrobras, foi a Diretoria Executiva o órgão que aprovou referida participação.
O que interessa, de fato, é saber se o órgão colegiado que aprovou a participação da Petrobras na Gemini tinha ou não conhecimento da existência do fraudulento Acordo de Quotistas, firmado antes de a Petrobras ter sido autorizada pelo órgão a participar da sociedade Gemini.
O segundo objetivo é demonstrar detalhadamente a importância da pergunta a ser feita ao professor Sauer – diretor de Gás e Energia da Petrobras no período 2003-2007, e o mais categorizado crítico dos desmandos praticados na área energética do governo. A importância do questionamento sugerido reside em um fato incontestável: qualquer que seja a resposta do professor Sauer, a mesma vai comprometer seriamente aqueles que se conluiaram para lesar a Petrobras.
Caso o professor Sauer responda que a existência do Acordo de Quotistas foi omitida do órgão colegiado que aprovou a participação da Petrobras na Gemini, a situação é muito mais escandalosa que a verificada no caso da refinaria de Pasadena. Lembremo-nos que, segundo Dilma, a compra da refinaria de Pasadena só foi aprovada porque um enganoso relatório encaminhado ao Conselho de Administração da Petrobras omitia as tristemente famosas cláusulas “put option” e “marlim”.
Caso o professor Sauer responda que o órgão colegiado tinha conhecimento que a aprovação da participação da Petrobras na Gemini já trazia em seu bojo um “contrabando” altamente lesivo à Petrobras – o fraudulento Acordo de Quotistas – quem deve ser responsabilizado são os integrantes do órgão colegiado.
Para finalizar, utilizo o mesmo fecho do artigo anterior – “Com a palavra a oposição” – e apresento o link que se segue, que demonstra didaticamente porque o Acordo de Quotistas permite que a Petrobras seja espoliada.
João Vinhosa é Engenheiro.
fonte: http://www.alertatotal.net/2014/08/a-oposicao-que-dilma-pediu-deus-ii.html
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